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UCM
Delegação de Tete
2022
Route Calisto
UCM
Delegacão de Tete
2022
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Indice
Resumo..............................................................................................................................4
1. Introdução......................................................................................................................5
1.1 Objetivos.............................................................................................................5
1.1.1 Geral..................................................................................................................5
1.1.2 Específicos........................................................................................................5
1.2.Problematização.......................................................................................................5
1.3.Metodologia.............................................................................................................5
1.4.Amostra ou Universo...............................................................................................6
3. Conclusão....................................................................................................................14
Referências Bibliográficas...............................................................................................15
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Resumo
A participação no âmbito da governação refere-se à variadas formas de envolvimento dos cidadãos nos
processos de governação, independentemente do grau de profundidade em que estes são envolvidos nos
referidos processos. Objectivos: O presente artigo busca analisar o nível de intervenção da participação
comunitária na elaboração do PES; Conceituar os termos chave e perceber a influencia das instituições de
participação comunitária. Metodologia: O artigo em causa ira observar busca de conteúdos em várias
fontes com mais foco a pesquisa bibliográfica. Fontes estas que abordam esta temática em sua totalidade e
outros conteúdos bibliográficos electrónicos em formato pdf conforme citam (Gil, 2007), e o manual de
normas de publicação de trabalhos que ajudaram a enriquecer o conteúdo e estrutura do presente trabalho.
Resultados: Com o mesmo espera-se a governação participativa para melhor nível de tomada de decisões
e melhor estruturação do PES com fim a satisfação das necessidades publicas.
Abstract
Participation in the scope of governance refers to the various forms of citizen involvement in governance
processes, regardless of the degree of depth to which they are involved in these processes. Objectives:
This article seeks to analyze the level of intervention of community participation in the elaboration of the
PES; Conceptualize the key terms and understand the influence of community participation institutions.
Methodology: The article in question will observe the search for content in various sources with more
focus on bibliographic research. These sources that approach this theme in its entirety and other electronic
bibliographic contents in pdf format as mentioned (Gil, 2007), and the manual of standards for publishing
works that helped to enrich the content and structure of this work. Results: With the same, participatory
governance is expected for a better level of decision-making and better structuring of the PES in order to
satisfy public needs.
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1. Introdução
A Lei nº 14/2020, de 23 de Dezembro, que estabelece os princípios e normas de
organização e funcionamento do Sistema de Administração Financeira do Estado –
SISTAFE, apresenta, entre outras reformas, a introdução do Subsistema de Planificação
e Orçamentação (SPO), em substituição do Subsistema de Orçamento do Estado (SOE),
definindo de forma sistematizada o ciclo de planificação e orçamentação, os seus
instrumentos, bem como a responsabilidade pela sua elaboração e aprovação.
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2. Governação
Segundo Kjaer (2004), a governação tem sido, indubitavelmente, um elemento bastante
importante na garantia do bem-estar dos cidadãos em qualquer nação. Tradicionalmente,
a governação tem sido associada ao exercício do poder por parte dos líderes políticos.
Porém, com o tempo a inserção de novos atores, fora do aparelho governativo, cujas
ações são conjugadas na persecução do objetivo final da governação, a garantia do bem-
estar dos cidadãos, surgem novos significados do conceito.
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A perspetiva da democracia deliberativa é pautada no diálogo entre os atores estatais e a
sociedade civil, por meio de espaços deliberativos. A governação participativa é
entendida aqui, segundo Speer (2012), como citado em Simione (2017), como formas
deliberativas de tomada de decisões, que privilegiem cooperação, debate público e
coletivo para promoção do bem comum.
Em suma, a participação deve ser entendida como ato e efeito de um processo em que a
sociedade civil, a sociedade política e a sociedade econômica tenham tomado uma
decisão em conjunto. Klausmeyer & Ramalho (1995), entendem que ela acontece
quando há acesso efetivo dos envolvidos no planejamento das ações, na execução das
atividades e em seu acompanhamento e avaliação.
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Assim, podem se considerar participativos os governos que partilham com as suas
comunidades informações sobre as decisões tomadas unilateralmente utilizando os
diferentes meios disponíveis; tal como o são os que antes de tomar uma decisão
consultam aos cidadãos; são também participativos os governos que adoptam
mecanismos de partilha de poder de decisão sobre actividades e recursos através da
planificação participativa e do orçamento participativo.
Dias (2008), indica que o Orçamento Participativo pode ser visto como estrutura e
processo de participação dos cidadãos na tomada de decisão sobre os investimentos
públicos municipais assente em três princípios a saber:
Por outro lado, o envolvimento dos cidadãos baseia-se no que Dias (2015), considera
como mecânica de organização das comunidades, através de grupos representativos, os
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quais podem assumir diferentes nomes e integrar um número variável de indivíduos em
função dos contextos, e que sirvam essencialmente de elo de ligação entre as populações
e órgão local.
2.2 Metodologia
No presente trabalho, privilegia-se uma abordagem qualitativa. Recorreu-se abordagem
qualitativa porque, por meio deste tipo de abordagem, o pesquisador interpreta os factos
procurando solução para o problema proposto (Soares, 2003), mas usou-se também uma
abordagem quantitativa uma vez que durante as pesquisa houve dados que necessitaram
de uma quantificação. Analisou-se o conteúdo da informação colhida e confrontou-se
com a realidade dos factos no distrito de Macanga, que serve de objeto de estudo da
presente pesquisa, substanciada com a literatura disponível para o alcance do objetivo
em causa.
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2.3 Apresentação e análise dos resultados
2.3.1 Breve Caracterização do Distrito de Macanga
2.3.1.1 Enquadramento Geográfico
O Distrito de Macanga localiza-se na região do Baixo Zambeze, Província de Tete,
compreendendo uma área total de aproximadamente 7 192 km², tendo como limites
geográficos os seguidamente apresentados:
2.3.1.2 Clima
Segundo a informação obtida junto da estação meteorológica de Songo (estação mais
próxima e localizada a sudoeste do Distrito de Macanga), a temperatura média anual é
de cerca de 23,9, observando-se uma amplitude térmica anual relativa inferior a 8ºC. O
mês de Outubro é o mais quente do ano (27,5 ºC). Em Julho regista-se a temperatura
mais baixa de todo o ano (19,7 °C).
2.3.1.3 Morfologia
A superfície do Distrito de Macanga não é homogénea, entre as altitudes 500 m e os
1600 m; O Distrito divide-se, quanto a zonas agro-ecológicas, em duas grandes zonas de
relevo (INIA, 1996):
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Região de média altitude de Tete - abrange as terras de toda a região sul do
Distrito. As altitudes médias desta região variam entre os 200 e os 1000 metros,
compreendendo baixos, médios e altos planaltos.
Região de alta altitude de Angónia - abrange as terras da parte norte do Distrito.
É a região mais elevada, com altitudes acima dos 1000 metros. Encontra-se nesta
região o ponto mais alto do Distrito, que é o monte Zóbuè com 1 676 metros, na
localidade de Gandali a Nordeste do Distrito, rica em baixas húmidas mesmo em
tempo seco.
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Macanga e Cassacatiza. O Conselho de Macanga ficou reduzido a apenas Postos
Administrativos de Furancungo sede, Kazula e Chiúta.
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2.3.1.7 Atores envolvidos e o seu papel no processo de elaboração PES
Os atores do processo de desenvolvimento local são denominados nos livros de
administração de stakeholders. Roy (1996), ao trabalhar uma metodologia multicritério
de apoio à decisão, diz que eles são pessoas, grupos ou instituições que possuem alguma
influência no processo decisório.
O governo municipal tem feito tudo dentro das suas capacidades para garantir que a
comunidade local participe no processo de desenvolvimento local através dos conselhos
consultivos de bairros e os munícipes tem conhecimento do quadro normativo que
garante a sua participação.
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Partindo do pressuposto supra citado por Tomo e Rico (2009), para as autoridades do
Distrito de Macanga, os principais atores envolvidos no processo de planificação são
Conselhos de Desenvolvimento do Bairro, Líderes Religiosos e Médicos tradicionais
(autoridade Tradicionais), Regulos, Agentes Económicos, Fazedores da Cultura,
Juventude Municipal, Agricultores, chefes das Localidades e outros mais.
Dentro desse processo existem dois grupos de organizações que devem participar. O
primeiro, é composto pelas organizações formais e que normalmente são registradas.
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local, privilegiando às parcerias locais ou ajudando à formação de várias entidades da
sociedade civil.
Outrossim, de acordo com o DM 67/2009 n° 2, artigo 35, são tarefas dos conselhos
locais as seguintes:
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Segundo o preceituado no n° 2 do artigo 115 da lei 8/2003, a forma de relacionamento
dos órgãos locais do Estado com as comunidades visa auscultação de opiniões sobre a
melhor maneira de mobilizar e organizar a participação das comunidades locais na
conceção e implementação dos programas económicos sociais e culturais em prol de
desenvolvimento.
3. Conclusão
Este trabalho foi desenvolvido procurando entender os fatores que podem influenciar a
participação da comunidade no processo do PES. No distrito de Macanga os atores
envolvidos no PES, são diversos, onde os munícipes participam de maneira consultiva
através de conselhos consultivos ou estruturas locais representativas. Entretanto, cabe a
Equipe Técnica a escolha de prioridades para constituir ou fazer parte das acções a ser
instrumentalizadas no plano em função da capacidade e disponibilidade orçamental. É
importante lembrar que a participação efectiva vai para além de uma simples consultas.
A participação por via de conselhos consultivos torna o processo não efetivo, ou seja, há
pouco espaço de participação das comunidades locais no processo de elaboração dos
planos Estratégicos de desenvolvimento municipais. O munícipe é consultado, mas não
tem oportunidade de tomar decisões tomando assim a denominação de processo semi-
participativo.
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Referências bibliográficas
Bilhim, J. (2004). A governação nas autarquias locais. Porto: Principia.
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