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Índice
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

1.1 Problematização...............................................................................................................2

1.2 Hipóteses:.........................................................................................................................3

1.3 Objectivos.........................................................................................................................3

1.3.1 Objectivo geral...........................................................................................................3

1.3.2 Objetivos específicos.................................................................................................3

1.4 Justificativa.......................................................................................................................4

1.5 Delimitação da pesquisa...................................................................................................5

CAPITULO II. REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................5

2.1 Participação comunitária..................................................................................................5

2.2 Características da participação comunitária.....................................................................6

2.3 Determinantes da participação comunitária.....................................................................7

2.4 Importância da participação comunitária.........................................................................8

2.5 Participação comunitária no âmbito da governação municipal........................................9

2.6 Desenvolvimento local...................................................................................................10

CAPITULO III. METODOLOGIA DE PESQUISA...............................................................10

3.1Quanto a natureza........................................................................................................10

3.2 Quanto a abordagem...................................................................................................11

3.3 Quanto ao método.......................................................................................................11

3.4 Quanto aos procedimentos técnicos............................................................................11

3.5 População e amostra...................................................................................................12

3.6 Instrumento de recolha de dados................................................................................12

3. Plano orçamental..................................................................................................................12

4. Cronograma de actividades..................................................................................................13

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I. INTRODUÇÃO
O presente projecto de pesquisa com o tema “participação comunitária no processo do
desenvolvimento comunitário: estudo de caso no Município de Boane” surge âmbito do da
dissertação de mestrado para a obtenção do grau de Mestre em Gestão de empresas na
Universidade Apolitecnica de Moçambique, o mesmo pretende descrever os principais
factores que influenciam a participação comunitária no processo do desenvolvimento
comunitário.

Devido a uma variedade de necessidades e objectivos que guiam as comunidades, é pouco


provável que a Administração pública consiga satisfazer todas, assim evoca-se a participação
dos órgãos locais para poder sanar algumas dificuldades do dia-a-dia das comunidades, sendo
assim necessário que as comunidades desenvolvam mecanismo de participação comunitária
com vista ao desenvolvimento local.

Em Moçambique, a municipalização é um processo que se enquadra no âmbito da


descentralização e desconcentração, princípios que regem a administração pública
moçambicana (Nguenha, 2012). Este processo teve seu início em 1994, com a aprovação da
lei 3/94, que cria o quadro institucional dos distritos municipais, e seguidamente através da
Lei 2/97 de 18 de Fevereiro foram criados os primeiros 33 municípios moçambicanos
(Forquilha, 2010).

O presente estudo procura identificar os principais factores influenciam a participação


comunitária no processo de desenvolvimento. Pretende ainda mostrar a importância do
envolvimento da sociedade, nas tomadas de decisões referentes aos distritos/ municípios a
que estão inseridos. Com esse objetivo, realizar-se-á a pesquisa no Distrito de Marracuene,
onde a amostra será extraída nos diversos bairros deste distrito.

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1.1 Problematização
De acordo com o Banco Mundial (2006), a boa governação local não se resume apenas na
provisão de uma gama de serviços locais, mas também inclui a preservação da vida e
liberdade dos residentes, na criação de espaço para uma participação democrática e um
diálogo cívico, na promoção de um desenvolvimento local que seja ambientalmente
sustentável e baseado no mercado, e na persecução de resultados que enriqueçam a qualidade
de vida dos residentes. Aires e Nguiraze (2012) acrescenta ainda que a forma como os
espaços de participação comunitária são criados denota uma exclusão de grande parte da
população rural dos benefícios da representação política a nível local, ou seja, da
possibilidade de serem incluídos no governo e na participação em programas de
desenvolvimento locais.

Desta feita surge a necessidade de buscar este exemplo do distrito de Marracuene para os
outros distritos e municípios com vista a se fazer das comunidades locais parceiros no
processo de governação, não só, como também fazer com que as comunidades se sintam
envolvidas no processo de tomada de decisão relacionado com as comunidades. Surgindo
assim, a seguinte pergunta de pesquisa:

Pergunta de partida:

Quais são os factores que condicionam a plena participação das comunidades locais no
desenvolvimento comunitário?

1.2 Hipóteses:
H1: A sociedade participa do desenvolvimento local quando observa os resultados positivos
de sua participação, ou seja, quando é dado a ela poder de decisão e execução; assim, ela
ajuda a gerir os recursos públicos conforme sua necessidade.

H2: A sociedade não tem em si o espirito participativo no que se relaciona as comunidades a


qual está inserida.

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1.3 Objectivos
1.3.1 Objectivo geral
 Analisar os principais fatores que influenciam a participação comunitária no processo
de desenvolvimento comunitário.

1.3.2 Objetivos específicos


 Identificar os principais factores que influenciam a participação comunitária no
processo de desenvolvimento comunitário
 Caracterizar os possíveis factores que influenciam a participação comunitária no
processo de desenvolvimento comunitário.
 Desenvolver uma análise critica sobre o modelo de participação implementado
vigente na actualidade
 Analisar e compreender os contributos da comunidade dão nos processos de
desenvolvimento comunitário.

1.4 Justificativa
Os primeiros anos de governação pós-independência, pelo partido Frelimo não reduziram a
lacuna existente entre o Estado e as comunidades, pelo contrário, as políticas adoptadas no
âmbito da ideologia da construção da nação socialista, o regime político de “centralismo
democrático” levaram a maior burocratização e fragmentação dos governos locais, e a erosão
da legitimidade do governo central” (WEIMER, 2012)

A escolha do tema “participação comunitária no processo de desenvolvimento comunitário


caso do distrito de Marracuene deve-se pelo facto de ser uma grande ambição aferir até que
ponto a participação comunitária tem contribuído para o desenvolvimento económico bem
como social das comunidades locais, não só, bem como para do desenvolvimento e
crescimento do país em geral. O presente estudo, cujo objectivo fundamental descrever os
factores que influenciam a participação comunitária no processo de desenvolvimento
comunitário, reveste-se de muita importância visto que visa aferir até que ponto os
mecanismos de participação comunitária criados pelos distritos/ municípios tem impacto no
desenvolvimento das comunidades, desta forma, espera-se que o estudo ajude a perceber as

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dinâmicas do processo de participação comunitária no que concerne ao desenvolvimento


comunitário.

A nível académico o tema pretende ser mais uma contribuição no que se reger a literatura não
só da participação comunitária, bem como a que se referi ao desenvolvimento comunitário.

A nível social espera-se que o trabalho seja como uma alavanca para as comunidades no que
concerne a sua participação com vista ao desenvolvimento não só das comunidades, mas do
país em geral.

Embora existam alguns estudos sobre a participação democrática a nível local em


Moçambique, mas são poucos que se dignam a falar do desenvolvimento comunitário, por
isso esta área do saber carece de muita investigação, na medida em que a questão da
democracia participativa, principalmente no que refere à participação comunitária na tomada
de decisão com vista ao desenvolvimento comunitário. Assim, espera-se que o estudo seja
mais um contributo para a melhoria da qualidade de participação dos cidadãos nos processos
de tomada de decisão ao nível dos municípios.

1.5 Delimitação da pesquisa


O Município da vila de Boane localizando-se na parte Sudoeste da cidade de Maputo,
limitado a Norte pelo Posto Administrativo da Matola-Rio, através das povoações de Xitevele
e Macombe, a Sul pelos rios Movene e Umbelúzi, a Este pelo rio Umbelúzi e a povoação de
Beluluane e a Oeste pelo rio Movene. O Município compreende 33 bairros e 2 postos
Administrativos e trata-se do maior município do Pais em termos de extensão território.

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CAPITULO II. REVISÃO DE LITERATURA


Palavras-chaves: participação comunitária, desenvolvimento, desenvolvimento comunitário
2.1 Participação comunitária
Para Ornelas (2003), a participação comunitária não é simplesmente a oferta voluntária de
tempo ou recursos em prol de uma comunidade, mas resulta da participação dos cidadãos nos
processos de decisão a favor da comunidade, implicando envolvimento efetivo nos processos
de decisão nos grupos, organizações e comunidade.

Segundo Dalton, Elias e Wandersman (2001, cit. por Elvas e Vargas Moniz, 2010) a
participação comunitária, apesar de envolver o contributo efetivo dos cidadãos nas decisões
com impacto na mudança social, envolve também o suporte ou ajuda entre membros de um
determinado grupo. Posto isso pode-se concluir que a participação comunitária envolve não
só a disponibilização de recursos as comunidades, mas também a existência da
disponibilidade da mesma em participar dos processos de decisão e a criação de grupos das
nas comunidades com vista a existência de mudanças quer de ponto de vista social e também
de ponto de vista económico nas comunidades onde se encontram inseridas.

Arnstein (1969, cit. por Kenny et al., 2013) afirma que embora, teoricamente, a participação
seja a pedra de toque da democracia, na realidade, uma grande franja da sociedade encontra-
se excluída do poder e das tomadas de decisão políticas e económicas. A participação é
descrita em termos categóricos como poder cidadão e a tipologia proposta, ilustrada por uma
escada de participação, pretende sublinhar a divergência de visões entre os que têm e os que
não têm poder.

Segundo Roy (1996), cada actor possui um grupo de valores que darão sustentação a seu
julgamento, no que se refere à intensidade e à solução de uma problemática; para tanto, eles
levam em consideração seus objetivos, interesses e aspirações. Entretanto, a participação é
uma forma que a sociedade e o poder público têm de partilhar as obrigações e os direitos.
Nesta linha de ideias pode-se afirmar que a participação comunitária surge como elo de
ligação entre as comunidades e o poder publico, reduzido assim o nível de exclusão da
sociedade no tange a decisões referente as sociedades a que se encontram inseridas.

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2.2 Características da participação comunitária


A participação é um instrumento importante no sentido de promover a articulação entre os
atores sociais, fortalecendo a coesão da comunidade e melhorando a qualidade das decisões,
tornando mais fácil alcançar objetivos de interesse comum. No entanto, as práticas
participativas não podem ser encaradas como procedimentos infalíveis, capazes de sempre
proporcionar soluções adequadas para problemas de todos os tipos (BANDEIRA,1999).

Segundo Doniak (2002) apud. Pinheiro (1997), adaptando de Pretty (1994), classifica
diversos tipos ou maneiras de como as instituições de desenvolvimento interpretam e usam o
termo participação:

1) Participação passiva: as pessoas participam sendo informadas do que vai acontecer ou já


aconteceu. É uma decisão unilateral, sem qualquer tipo de consulta ou diálogo.

2) Participação via extrações de informações: as pessoas participam respondendo a perguntas


formuladas através de questionários fechados. Os métodos não são discutidos e não há
retorno de dados ou de resultados.

3) Participação consultiva: as pessoas participam sendo consultadas por agentes externos, os


quais definem problemas e propõem soluções com base na consulta, mas sem dividir a
tomada de decisão.

4) Participação por incentivos materiais: as pessoas participam fornecendo recursos como


mão-de-obra e terra em troca de dinheiro, equipamentos, sementes ou outra forma de
incentivo. A maioria dos experimentos em propriedades e projetos agrícolas se encaixa neste
tipo. Quando a ajuda é retirada, o entusiasmo logo termina.

5) Participação funcional: as pessoas participam formando grupos para atender a objetivos


pré-determinados e definidos por agentes externos. Estes grupos em geral dependem dos
facilitadores, mas às vezes se tornam independentes.

6) Participação interativa: as pessoas participam de forma cooperativa, interagindo através de


planos de ação e análise conjunta, os quais podem dar origem a novas organizações ou
reforçar as já existentes. Estes grupos têm controle sobre as decisões locais. É dada ênfase a
processos interdisciplinares e sistemas de aprendizado que envolvem múltiplas perspectivas.

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7) Participação por automobilizarão: as pessoas participam tomando iniciativas para mudar os


sistemas independentemente de instituições externas. O resultado dessa ação coletiva pode ou
não mudar uma situação social indesejável (por exemplo, distribuição desigual de renda e de
poder

2.3 Determinantes da participação comunitária


Para Ziersch, Osborne e Baum (2011) a participação das pessoas no seu bairro está
relacionada quer com fatores composicionais quer contextuais. Os fatores composicionais
incluem as características sociodemográficas (tais como rendimento, emprego e educação)
das pessoas que vivem num bairro particular, e a sua concentração com áreas particulares,
enquanto os fatores contextuais se referem às características das próprias áreas, tais como
fatores físicos e ambientais, disponibilidade de equipamentos e serviços e características
socioculturais como reputação e história local. Os níveis de capital social existentes num
bairro, que incluem os níveis de coesão social e os níveis de participação comunitária, podem
também ser compreendidos como factores contextuais e estão relacionados com, e podem ser
influenciados por outros fatores contextuais.

Dukeshire e Thurlow (2002) identificam como barreiras à participação comunitária no


desenvolvimento de políticas a falta de entendimento acerca do processo político (perceber o
processo político pode ajudar os indivíduos na decisão de se envolverem na alteração ou
desenvolvimento de políticas), a falta de recursos da comunidade (é necessário que os
indivíduos tenham acesso a recursos, nomeadamente fundos, programas de formação,
educação, lideres e voluntários que suportem as causas e iniciativas), a dependência de
voluntários, a falta de acesso a informação (os cidadãos referem que sentem uma falta de
informação relativamente aos programas e serviços do governo; essa informação é difícil de
obter e de interpretar), a ausência de representação nos processos de tomada de decisão, a
relação entre o governo e as comunidades e as restrições de tempo e de timing político.

No domínio intrapessoal Santos (2012) identifica como determinantes a perceção dos


benefícios da atividade física para a saúde física / mental, os seus benefícios sociais, a
autoimagem, a autoestima, o sentimento de comunidade, o objetivo de diminuir a ansiedade,
a observação de modelos, estado de saúde, a motivação, o interesse, as baixas expectativas, o
não gostar de praticar atividade física e a depressão. No domínio interpessoal os
determinantes identificados são o apoio social, o estímulo de outros, os benefícios sociais, o
objetivo de conviver e fazer amizades, a atitude dos pares em relação à atividade física, a

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falta de apoio social, os compromissos familiares, outros compromissos e isolamento social.


No domínio ambiental são identificados o custo, o clima, as características da oferta, a
segurança e a falta de oportunidades como determinantes no envolvimento dos idosos na
prática de atividade física.

2.4 Importância da participação comunitária


As políticas públicas devem ser diferenciadas para os setores mais empobrecidos do campo e
voltados para a ampliação da capacidade de produção dos agricultores familiares
(MAGALHÃES & BITTENCOURT, 1997). A participação torna os processos de
desenvolvimento local democráticos e direcionados aos objetivos que a sociedade deseja.

2.5 Participação comunitária no âmbito da governação municipal


Pio (2013), refere que a participação política depende da existência de estruturas que sirvam
para fornecer tanto oportunidades bem como incentivos aos cidadãos. Ainda de acordo com o
autor, em sistemas democráticos as estruturas de participação política consideradas mais
importantes estão relacionadas com o direito de voto e os processos eleitorais competitivos
em que forças políticas organizadas, sobretudo partidos políticos disputam cargos electivos.

Não obstante às várias críticas à teoria democrática, Pereira (2012), no seu estudo sobre a
descentralização e pobreza política em Moçambique, mostra a relevância da participação
comunitária na resolução dos seus problemas. Para o autor, a participação dos membros das
comunidades nos conselhos locais (“espaços de interlocução entre o Estado, a sociedade civil
e o mercado, sendo muitas vezes, a um só tempo, fórum de debates, instância consultiva,
deliberativa e de gestão das políticas públicas” (Guimarães, 2005:2 Citado em Pereira,
2012:44) possibilita a formulação de políticas públicas que respondam às demandas das
comunidades. Mais ainda, o autor afirma que quanto mais forte a participação dos membros
das comunidades, mais eficaz é o governo na resolução dos problemas dessas mesmas
comunidades.

Arnstein (1969) apresenta uma distinção clara entre dois conceitos fundamentais para a
compreensão do processo de partição dos cidadãos. Por um lado, segundo Arnstein, a
participação pode ocorrer sem que haja uma “redistribuição de poder”. Neste contexto, a
participação constitui-se num processo vazio e frustrante para os não-poderosos. Este tipo de
participação permite que aqueles que detêm o poder argumentem que todas as partes foram
consideradas, porém, apenas algumas dessas partes se beneficiam pelas decisões tomadas.

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Por outro lado, a participação dos cidadãos pode ocorrer num processo que inclua a
“redistribuição de poder”, que permita com que os cidadãos não-poderosos, excluídos dos
processos políticos e económicos, passem a ser deliberadamente incluídos. Neste contexto, a
participação constitui-se numa estratégia na qual os não-poderosos são incluídos para
determinar como a informação é partilhada, como as politicas e as metas são estabelecidas,
como os recursos são alocados, como os programas são operacionalizados e como os
benefícios como contratos e patronagens são parcelados (ARNSTEIN, 1969).

2.6 Desenvolvimento local


Segundo Magalhães & Bittencourt (1997), desenvolvimento local é um processo de
mobilização das energias sociais, dos recursos e das potencialidades locais para a
implementação de mudanças que elevam as oportunidades sociais e as condições de vida no
plano local, tendo como base a participação da sociedade no processo.

Para Donaik (2002), a noção de desenvolvimento local teve, durante muito tempo, um caráter
centralizador e baseado em grandes empresas. Um local para se desenvolver teria
necessariamente que atrair investimentos de empresas de grande porte. Hoje, temse um novo
enfoque, “de baixo para cima”, de caráter difuso, com diversas fontes de propagação e efeitos
de influência, sustentado por fatores não somente econômicos, mas também sociais, culturais
e territoriais (COELHO & FONTES, 1998).

De acordo com o Projeto Aridas (1994), desenvolvimento local constitui o processo de


mobilização das energias e capacidades endógenas dos subespaços descentralizados e
diferenciados, de modo a promover a elevação da base produtiva e das condições de vida da
população, em sintonia com as necessidades e as reais potencialidades econômicas. Nos
tempos actuais onde a mudança climática tem fustigado o planeta há claramente necessidade
de associar o desenvolvimento local com o desenvolvimento sustentável, nesta linha de ideias
Jara (1998),afirma que o desenvolvimento sustentável refere-se aos processos de mudanças
sociopolíticas, socioeconômicas e institucionais que visam assegurar a satisfação das
necessidades básicas da população e a eqüidade social, tanto no presente quanto no futuro,
promovendo oportunidades de bem-estar econômico que, além do mais, sejam compatíveis
com as circunstâncias ecológicas de longo prazo. A sustentabilidade é o percurso do
crescimento econômico integrado por mecanismos de redistribuição da riqueza, além das
reformas sociais e de políticas de grande peso e impacto (CASAROTTO FILHO & PIRES,
1999).

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CAPITULO III. METODOLOGIA DE PESQUISA


3.1Quanto a natureza
Segundo Cervo e Bervian (1983) ” pesquisa pura ou básica é aquela que o pesquisador tem
como meta o saber, buscando satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento”.
Com vista ao apuramento de dados que serão usados na compilação do trabalho final, quanto
a natureza a pesquisa será básica, porque a um curto espaço de tempo não se pretende que ela
seja aplicada num contexto concreto, não obstante pretende-se que ela gere novos
conhecimentos na âmbito académico como no âmbito social, e que seja mais uma fonte
literária de consulta para profissionais e estudantes que estejam interessados em adquirir ou
ampliar os seus conhecimentos sobre a participação comunitária no processo de
desenvolvimento comunitário.

3.2 Quanto a abordagem


Quanto a abordagem a pesquisa caracteriza-se em qualitativa.

Segundo Mascarenhas (2012) “pesquisa qualitativa é aquela que é usada quando se pretende
descrever um objecto de estudo com mais profundidade”.

Sendo o caso o objecto de estudo a participação comunitária pretende-se aprofundar ainda


mais os factores motivacionais com vista a participação das comunidades para o
desenvolvimento local e não só.

3.3 Quanto ao método


Quanto ao método a pesquisa pode ser indutivo.

Segundo Mascarenhas (2012) “método indutivo parte do específico para o geral, tirando
conclusões abrangentes com base em casos particulares”.

A pesquisa será indutiva na medida que se baseará nos dados e resultados colhidos no distrito
de Marracuene para chegar a conclusão sobre os distritos/ municípios em geral.

3.4 Quanto aos procedimentos técnicos


Quanto a procedimentos técnicos a pesquisa pode ser bibliográfica e estudo de caso.

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Segundo Lundin (2016) “pesquisa bibliográfica é aquela que é elaborada a partir de material
já publicado, fonte secundária, constituído principalmente de livros e artigos de jornais» em
quanto que «pesquisa estudo de caso é aquela que envolve o estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objectos de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento”.

A pesquisa será bibliográfica porque se baseará nos manuais e trabalhos já publicados para
fazer a colecta e selecção de dados para elaboração do mesmo e estudo de caso porque os
dados práticos a serem desenvolvidos serão colhidos em campo, no caso no distrito de
Marracuene.

3.5 População e amostra


Segundo Marconi e Lakatos (1990) “universo ou população é o conjunto de seres animados
ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”.

A população em estudo serão os moradores do Município de Boane e amostra será


constituída pelos moradores dos diversos bairros.

3.5.1 Definição da amostra


Neste projecto de pesquisa será usado a amostra aleatória estratificada.
Segundo Marconi e Lakatos (1990) “amostra aleatória estratificada é aquela que usa os
grupos já existentes na população e frequentemente já cadastrados como tal, os estratos são
formados pelo pesquisador, segundo as necessidades do seu estudo”.

A amostra será estratifica, porque primeiro vai se separar a amostra em estrato (bairros a
serem estudados) e posterior será extraída uma amostra simples.

3.6 Instrumento de recolha de dados


Segundo Marconi e Lakatos (1990) “a entrevista é um encontro entre duas pessoas a fim de
que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto mediante uma
conversação de natureza profissional”.

Será elaborada uma entrevista a qual será feita a todos membros da amostra a ser analisada no
estudo de caso.

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3. Plano orçamental
Tabela 1: Plano orçamental

Unidades Necessidades Custo Previsão do custo


Transporte 20,00x3x3 180,00
1 Resma de A4 300,00 300,00
Lanche 150,00x3x2 900,00
2 Caneta 15,00x2 30,00
1 Lápis 10,00 10,00
1 Afiador 10,00 10,00
1 Borracha 5,00 5,00
1 Gravador 200,00 200
1 Impressão do 200,00 200
projecto
Total 1835,00
Fonte: Autoria própria

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4. Cronograma de actividades
Tabela 2: cronograma de actividades

Junho Julho de Agosto Setembro Outubro Novembro


de 2021 2021 de 2021 de 2021 de 2021 de 2021
Levantamento
de literatura
Compilação
dos dados
Montagem do
trabalho final
Contacto com
o grupo
pesquisado
Redacção do
texto
Revisão do
texto final
Entrega do
trabalho
Fonte: Autoria própria

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Referencias bibliográficas

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução á metodologia do trabalho: Elaboração de


trabalhos na graduação. 7ª Edição. 2. Reimpressão. São Paulo: Atlas, 2006.

ALVES, Maria Piedade. Metodologia científica. Lisboa: Escolar Editora, 2012.

CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 3ª
Edição. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983

ARNSTEIN, S. R. (1969). A Ladder of Citizen Participation. JAIP, Vol. 35, No. 4, pp. 216-
224.

Banco

AIRES, J. D. M. e NGUIRAZE, A. C. Conselhos Consultivos como imperativos de


Governação: o Caso de Moçambique. Rio de Janeiro: Intratextos, 2012.

ELVAS, S. & VARGAS MONIZ, M. J. Sentimento de comunidade, qualidade e


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FORQUILHA, S. Autarquias Locais em Moçambique: Lógicas e Dinâmicas políticas.


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administrativa em Moçambique: Lógicas, Dinâmicas desafios. In: Brito, L., Branco, C.,
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Susana Maria (Eds.), III Conferência de Desenvolvimento Comunitário e Saúde
Mental: Participação, Empowerment e Liderança Comunitária (pp. 5-13), Lisboa: ISPA,
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NGUENHA, E. J. Governação Municipal Democrática em Moçambique: Alguns


Aspectos Importantes param o Desenho e Implementação de Modelos de orçamento
participativo. Maputo: IESE, 2009.

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