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GUARABIRA – PB
2013
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GUARABIRA – PB
2013
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18 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Pedagogia) Universidade Estadual da Paraíba.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................05
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................15
REFERÊNCIAS..........................................................................................................17
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RESUMO
O presente artigo visa discutir a importância da aquisição da linguagem na pré-
escola. Seu principal objetivo é a discussão da utilização das diferentes linguagens
da criança (corporal, musical, plástica, oral e escrita), ajustadas às várias intenções
e situações de comunicação. De forma que ela possa compreender e ser
compreendida, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades, desejos e, assim,
avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo sua
capacidade expressiva. Esse trabalho foi elaborado a partir de uma pesquisa
bibliográfica e das observações em sala de aula do próprio pesquisador,
investigando como se dá o desenvolvimento da linguagem na Educação Infantil, com
base na teoria de alguns autores. Dentre eles, destacam-se Jean Piaget (1998),
Vygotsky (1998), e o Referencial Nacional para a Educação Infantil (1998). Desta
forma, este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância
da aquisição da linguagem nas crianças da Educação Infantil. Há que se ressaltar
que é nessa fase, durante o processo de construção de conhecimento, que as
crianças se utilizam das mais variadas linguagens e exercem a capacidade que
possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar.
Ao fim desse breve estudo, chegamos à conclusão que as crianças constroem o
conhecimento a partir das interações sociais com as outras pessoas e com o meio
em que vivem, através da imitação. Vale salientar, que o professor é mediador entre
a criança e a linguagem, organizando e propiciando ambientes e situações de
aprendizagens significativas.
1 INTRODUÇÃO
Em relação ao que diz Garcia (1993), a criança ao chegar à escola, ainda que
em turmas de pré-escolar, ao contrário do que acreditam, traz consigo suas
“leituras”; leituras que lhes facilitam entender e compreender o mundo físico-social
no qual vivem. E, neste caso, a aprendizagem é o resultado de sua interação com o
mundo. A criança se desenvolve aprendendo, e aprende se desenvolvendo. Por
isso, o ambiente escolar é um dos espaços mais favoráveis neste processo
educacional por estar em volta, a pluralidade de ordem social, cultural e econômica.
Segundo Vigotsky (1989), o aprendizado e o desenvolvimento estão inter-
relacionados desde o primeiro dia de vida da criança.
Mais do nunca, nos dias atuais, considera-se a aquisição da linguagem uma
das atividades mais importante para o desenvolvimento das crianças na Educação
Infantil. Neste sentido, este estudo, baseado nas pesquisas bibliográficas, utiliza
como inquietação o desenvolvimento da linguagem na pré-escola, o qual seja uma
responsabilidade da escola, do professor e do processo de interação social com
meio em que as crianças vivem. Portanto, nosso artigo se justifica por sua
contribuição quanto à aquisição da linguagem das crianças na pré-escola. Pois, este
estudo se caracteriza pela responsabilidade social inspirada na escola a partir de
sua função perante a sociedade.
A interação social das crianças com outras, que ainda não têm linguagem
estruturada, tem um aspecto interessante na pré-escola, pois, não é somente na
interação com o educador, mas também com outras crianças, que já dominam a fala
plenamente de forma que existam muitas possibilidades de troca de aprendizagem
linguística, o que torna o ambiente altamente formativo e construtivo de
competências, as quais estão por serem constituídas.
As diferentes situações, a exemplo das solicitações, tanto verbais como
gestuais, colocam as crianças num ambiente rico em desafios, que requer dela uma
reação à sua maneira e possibilidade, criando atitudes e respostas que, se estivesse
só com o educador, não teria chances de vivenciar.
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O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia,
favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a
não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de
que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e
se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente
a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e
confiável.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Além
disso, considera-se que a brincadeira atua como uma forma de assimilação do real
ao “eu” da criança. Para adaptar-se ao mundo, ela faz uma representação deste, e a
brincadeira é uma atividade que transforma o real de acordo com suas necessidades
afetivas e cognitivas.
Vale salientar que, na pré-escola, a criança tem ao seu lado uma parceria que
se dirige a ela a todo instante, gesticula, tem expressões facial que acompanham a
mensagem oral, enfim, solicita a atenção de uma com as outras.
A criança precisa de parcerias para desenvolver-se, principalmente no que se
refere à aquisição da linguagem; é fundamental reconhecer nas outras crianças,
parcerias competentes que auxiliem esse desenvolvimento. Esse é um recorte
significativo para ser analisado quando se focaliza o ambiente Pré-escolar.
Nesse processo de interação que a criança desenvolve ações que estão além
de suas capacidades reais, entendemos que mais que potencialmente, é necessária
a presença dos outros para que se desenvolva uma ação compartilhada
favorecendo essas atitudes.
O instante em que a criança começa falar é entendido como um marco
fundamental tanto para os pais, familiares e educadores, no cotidiano de suas
relações com a criança, como pelas teorias psicológicas sobre o desenvolvimento,
uma das questões mais intrigantes diz respeito ao funcionamento da linguagem e à
configuração das primeiras palavras.
Vygotsky (1989) diz que a interação social pressupõe generalização, da
mesma forma que a generalização só é possível na interação social. Além disso, o
significado da palavra é entendido como produto da evolução histórica da
linguagem, o que não implica, no entanto, que ela seja algo já dado, acabado,
imutável.
Ao ingressar na pré-escola, a criança se depara com um espaço que possui
composição própria, com objetos específicos e uma estrutura social diversa da
familiar. É necessário levar em conta a ação da escola, que tenta ajustar a criança
às suas exigências e à transformação desta ao procurar adaptar-se a tal situação.
Esse processo evidencia muito claramente como a criança se apropria de
formas diferentes de conduzir uma situação, desde que ela tenha oportunidades de
interagir com o “outro”. Daí a importância do educador estar comprometido com essa
questão, compromisso que passa necessariamente pelo entendimento do seu
significado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ABSTRACT
This paper discusses the importance of language acquisition in preschool. Its main purpose
is to discuss the use of the different languages of the child (body, musical, plastic, oral and
written), adjusted to various intentions and communication situations. So that she can
understand and be understood, to express their ideas, feelings, needs, desires, and thus
advance the process of constructing meaning, enriching their expressive power. This work
was developed from a literature review and observations in the classroom of the researcher
himself, how is investigating language development in early childhood education, based on
the theory of some authors. Noteworthy among these is Jean Piaget (1998), Vygotsky
(1998), and the National Reference for Early Childhood Education (1998). Thus, this study
will provide a more conscious about the importance of language acquisition in children from
kindergarten. It should be noted that this phase is during the process of knowledge
construction, the children are used in a variety of languages and exercise capacity they have
to have original ideas and hypotheses about what we seek to unravel. At the end of this brief
study, we conclude that children construct knowledge from social interactions with others and
with the environment they live in, through imitation. It is noteworthy, that the teacher is the
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mediator between the child and the language, organizing and providing environments and
situations of significant learning.
REFERÊNCIAS
GARCIA, Regina Leite. Alfabetização dos Alunos das Classes populares: Ainda
um Desafio. São Paulo. Cortez. 1993.
___________. Revisando a pré-escola. 2ª edição. São Paulo, Cortez.
OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
OLIVEIRA, Zilma de Morais Ramos. Educação Infantil: Muitos Olhares. 2ª Ed. São
Paulo, Cortez. 1995.