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1 . INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................6
3. OFERECENDO UM ESPAÇO DE LEITURA E ESCRITA........................... ..............7
4. DESCOBRINDO O MUNDO DA ESCRITA ................................................. ..............7
4.1 Escola e alunos.............................................................................. ..........................8
4.2 Atividades significativas de leitura e escrita............................... ..............................8
5. METODOLOGIAS DE ENSINO PARA ALFABETIZAÇÃO......................................................9
6. ATRIBUIÇÕES DO DOCENTE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO................................10
5. CONCLUSÃO............................................................................................................ 12
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO
Na educação infantil podemos trabalhar de uma forma prazerosa, pois este espaço
necessita muito do lúdico para a aprendizagem ocorra. Como podemos, então, oferecer a
alfabetização e o letramento para os pequenos? Magda Soares coloca que as atividades
bastante comuns na educação infantil, os rabiscos, desenhos, os jogos e brincadeiras, não
são consideradas alfabetizadoras, porém elas já fazem parte deste processo.
Ou seja, quando a criança na educação infantil, atribui aos rabiscos, desenhos
representativos ou a objetos, como brinquedos de sucatas, a função de signos, ela já está
descobrindo sistemas de representação, que muito facilitam depois na compreensão do
sistema de representação de sons e signos que é a língua escrita.
Por consciência fonológica denomina-se a habilidade metalinguística de tomada de
consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois
níveis: no primeiro a consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades
distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as
sílabas, em fonemas. E no segundo, a consciência de que essas mesmas unidades
repetem-se em diferentes palavras faladas (rima, por exemplo).
Através dos livros, os alunos começam a se familiarizar com o texto escrito, ou seja,
com a materialidade da escrita. Em seu artigo sobre Leitura na Educação Infantil, Erica Paz,
Aurora Mariotti e Maira Knetsch, (2006) pesquisaram sobre o uso dos livros para a iniciação
das crianças ao uso da leitura e da escrita. As autoras comentam que muitas professoras
têm receio em deixar que os alunos pequenos manuseiem os livros, pois podem danificar os
mesmos. Porém, no mesmo trabalho destacam que
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCNEI (1998, vol 3)
ressalta a importância do manuseio de materiais, de textos
(livros, jornais, cartazes, revistas etc), pelas crianças,
uma vez que ao observar produções escritas a criança, vai conhecendo de forma
gradativa as características formais da linguagem. (Paz, Mariotti, Knestch, ano, p1.)
A concepção do mundo atual sobre a alfabetização não é a mesma de anos atrás que
enxergava a alfabetização como o simples fato de decodificar os códigos atrelados as letras,
juntar sílabas e formar palavras. A alfabetização atual procura não utilizar mais o método de
repetição de sons que estão associados ao modelo sintético, pautado na fonação e soletração
(ALMEIDA; CIPOLA; JÚNIOR, 2018). O sistema escrito é um processo geral e, é um trabalho
contínuo de elaboração cognitiva que inseri o aluno no mundo da escrita a partir de interações
sociais.
O educador deve fazer uso da leitura e da escrita, utilizando diversos gêneros textuais
como anúncios, revistas, jornais, realizações de bilhetes, cartas, entre outros, que faça com que
a criança interaja com o mundo letrado no começo da trajetória escolar (ALMEIDA; FARAGO,
2014).
A alfabetização é a aprendizagem de uma habilidade complexa que faz parte de uma
aprendizagem muito mais ampla, que é o letramento. No momento atual é necessário que a
metodologia de ensino tenha foco no alfabetizar letrando, pois a inutilidade social da leitura e
escrita é vista como analfabetismo funcional
O método de soletração ou alfabético: consiste na memorização do alfabeto, partindo do
reconhecimento da letra e em seguida as sílabas. O aluno começa soletrando as letras e após
faz a junção para formar as sílabas e formar a palavra que foi proposta (RUSSO, 2021).
O método fônico: o reconhecimento das letras parte do fonema, ou seja, dos sons;
começando dos mais simples e evoluindo para os mais complexos, iniciando pelas vogais,
depois pelas consoantes, evoluindo para as sílabas das mais simples as mais complexas
(RUSSO, 2021).
O método silábico: começa pelo reconhecimento das sílabas formadas por uma
consoante e vogal e vai evoluindo até as sílabas mais complicadas, assim, é ensinado ás
famílias silábicas podendo ser associadas a desenhos ou palavras-chave (RUSSO, 2021).
Já o método global de contos ou historietas: O aluno é estimulado a observar um texto
por um tempo determinado período de tempo e entender o sentido no contexto geral, e a, partir
disso sucessivamente, o texto é decomposto e analisado em sentença, palavra, até chegar á
sílaba (RUSSO, 2021).
Diante disto, nota-se que o percurso intelectual da criança para compreender o sistema
alfabético, e se tornar um sujeito alfabetizado, ao longo da trajetória de aprendizagem passa
por várias fases, e é importante que as práticas de ensino utilizadas pelo professor
alfabetizador estejam alinhadas com o período de desenvolvimento que a criança se encontra
no processo de aprendizagem.
Desse modo, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1985) procuraram por meio de um
estudo compreender e identificar como a criança se apropria do sistema escrita e a partir desse
estudo foi possível notar que as crianças passam por um percurso evolutivo, podendo ser
denominado como construtivismo uma vez que através da pesquisa notou-se que os erros das
crianças acerca das grafias na verdade pode ser entendido como o ato de tentar entender o
código (GONÇALVES, 2016). Nesse sentido, é possível notar que as crianças passam por três
períodos distintos no momento da apropriação da escrita:
1. Diferença entre icônico e não icônico: É a distinção entre o desenho e a escrita. O
desenho representa o modo icônico. Já, a escrita representa o modo não-icônico,
que é a forma dos grafismos, aqui a criança compreende que as letras não
representam os modelos dos objetos dispostos na sociedade (FERREIRO, 2011,
p.22).
2. Formas de diferenciação no “eixo qualitativo e quantitativo”: A criança começa a
tentar entender como funciona o sistema escrito e seus modos de diferenciação.
Sendo assim, no eixo qualitativo em uma escrita a criança altera a posição da letra,
variando as posições e construindo novos significados, e no eixo quantitativo a
criança acrescenta mais letras e consegue obter escritas diferentes, nesse nível de
alfabetização esse momento é complexo para a compreensão cognitiva infantil
(FERREIRO, 2011, p.22).
3. Fonetização da escrita: Esse período de evolução é marcado pelas propriedades
sonoras do significante, ou seja, a criança começa a descobrir que as letras
representam as sílabas, e após essa compreensão a mesma passa a construir a sua
consciência sonora, iniciando pela fase de escrita silábica e culminando na fase de
escrita alfabética (FERREIRO, 2011, pg. 22).
Por fim, sabendo que a alfabetização é complexa e é adquirida de forma construtiva é
necessário que as práticas e as estratégias de ensino sejam planejadas ainda visando que o
discente seja alfabetizado letrando para que o mesmo consiga utilizar também ao longo da sua
trajetória a língua materna no contexto socia.
4. REFERÊNCIAS
SCARPA, Regina. Alfabetizar na Educação Infantil. Pode? Revista Nova
Escola. Ed. 189. Fev. 2006. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/alfabetizareduca
cao-infantil-pode-422868.shtml Acesso em: 8 set. 2010.
SOARES, Magda. Letramento: Um Tema de Três Gêneros- 2 ed, Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.128 p. SOARES, Magda. Oralidade, alfabetização
e letramento. Revista Pátio Educação Infantil -Ano VII-N°20. Jul/Out. 2009.
Disponível em:
http://falandodospequenos.blogspot.com/2010/04/alfabetizacao-e-
letramentona-educacao.html Acesso em: 8 set. 2010.
BRASIL. Base Nacional Curricular Comum. BNCC. 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaof
in al_site.pdf Acesso em: 27set. 2022.
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto
Alegre: Artes Médicas,1985.
ALMEIDA, Simara Solene Copettide. CIPOLA, Eva Sandra Monteiro.
JÚNIOR, Ademir Pinto Adomo de Oliveira. Ciclo de Alfabetização: Desafio
Entre O Processo Cognitivo E O Ensino Aprendizagem. São Paulo, 2018.
Disponível em: Acesso em: 20 de fevereiro de 2022.