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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ERINALDA DA SILVA QUEIROZ

O PAPEL DA ESCRITA PARA A ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS

BRASILÉIA
2021
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ERINALDA DA SILVA QUEIROZ

O PAPEL DA ESCRITA PARA A ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS

Projeto de Ensino apresentado ao curso Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina de Projeto de Ensino e Educação 6º semestre.

BRASILÉIA-ACRE;
2021
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
OBJETIVOS...............................................................................................................04
PROBLEMATIZAÇÃO...............................................................................................04
REVISÃO BIBLIOGRAFICA......................................................................................05
METODO....................................................................................................................13
CRONOGRAMA.........................................................................................................15
RECURSO..................................................................................................................15
AVALIAÇÃO..............................................................................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS:......................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA............................................................................18
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INTRODUÇÃO

A educação tem sido reconhecida como uma prática que é necessária


para a vida social. Para Paulo Freire (1994, p.47), “a educação não é uma
doação ou imposição, mas uma devolução dos conteúdos coletados na própria
sociedade, que depois de sistematizados e organizados, são devolvidos aos
indivíduos na busca de uma construção de consciências críticas frente ao
mundo”. Sendo assim, a construção do saber está ligada às relações do
indivíduo com a sociedade e o ambiente em que vive.
Nesse contexto, o professor é um dos maiores responsáveis para o
aprendizado do aluno, ensinar se torna um grande desafio em todas as
modalidades de ensino, inclusive na modalidade EJA – Educação de Jovens e
Adultos no processo de alfabetização.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n.
9394/96), a “EJA corresponde a uma educação voltada para os indivíduos que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e
Médio na idade própria”, estes alunos, apesar de não terem convívio regular no
ambiente escolar, já possuem um conhecimento relativo às suas vivências, o
que contribui para a existência de uma postura diferente do professor mediante
aos alunos, exigindo assim, uma formação diferenciada.
A metodologia de ensino precisa ser baseada nas relações sociais dos
alunos e o professor deve compreender a sua importância no ambiente da EJA,
no processo de alfabetização, e as suas funções como mediador do
conhecimento.
Segundo Freire (1996 p. 47), “o professor precisa saber que ensinar não
é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção”.
Esta análise é válida, pois se propõe através da linha de pesquisa sobre
a formação do professor, esclarecer dúvidas sobre quais são as funções do
professor no processo de alfabetização de Jovens e Adultos, quais são as
mudanças necessárias em suas atitudes, como lidar com o conhecimento e
vivências desses alunos e qual a importância da relação professor e aluno
neste processo.
Por fim, a aquisição da leitura e da escrita não é algo facil, na EJA esse
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processo também é lento e o professor como mediador tem papel muito


importante na construção da leitura e principalmente na escrita.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

 Investigar sobre o papel da escrita na alfabetização de jovens e adultos.

OBJETIVO ESPECIFICO

 Fazer um levantamento bibliográfico sobre o conceito de escrita mais


usado na alfabetização;
 Investigar sobre que aspectos da escrita estão intimamente relacionados
com a alfabetização;
 Destacar a relação da leitura com a escrita no processo de
alfabetização;
 Compreender como a escrita é concebida para a alfabetização de
jovens e adultos.

PROBLEMATIZAÇÃO

De que maneira a escrita pode contribuir para a alfabetização de


jovens e adultos.?
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REVISÃO BIBLIOGRAFIA

No estudo de alfabetização, o método de aprendizagem, a maneira de


ensinar é planejada pelo educador. Dentro da sala de aula, cada educando tem
uma maneira de pensar e se expressar.
Aprender a ler e escrever para os alunos da EJA é um desafio muito
grande. No ensino da EJA é oferecida oportunidade para todos os que têm
interesse. O método de ensino é considerado como processo de
aprendizagem. Quando é aplicado o teste é para conferir se o aluno realmente
aprendeu a ler e escrever. Quando o aluno coloca suas idéias em prática é
sinal de que ele realmente foi alfabetizado, demonstrando seus conhecimentos.
Um bom trabalho de alfabetização precisa levar em conta o processo
de ensino e de aprendizagem de maneira equilibrada e adequada. O
professor tem uma tarefa a realizar em sala de aula e não pode ser um
mero espectador do que faz o aluno ou simples facilitador do processo
de aprendizagem, apenas passando tarefas. Cabe a ele ensinar
também e, assim, ajudar cada aluno a dar um passo adiante e
progredir na construção de seus conhecimentos. (Perspectivas
Lingüísticas Pg.67)
Alfabetizar não é repetir o que já foi ensinado, mas sim esclarecer as
dúvidas dos alunos tentando solucionar criando estratégias. Por outro lado
nenhum processo de alfabetização acontece se o professor não interagir com o
aluno. É importante que cada educando viva a realidade do processo de
alfabetização.
Compreender a leitura é muito difícil na EJA, são pessoas mais velhas
que sentem dificuldade na aprendizagem. Ao trabalhar a escrita devemos
tomar muito cuidado, determinando os fatos. Com as informações, definindo o
modo de interpretar.
No entanto, é muito comum o uso desse rótulo para classificar fatos
que não se caracterizam, na verdade, como o que se define, nas
ciências da linguagem, por “silaba”. Um exemplo famoso é o uso
equivocado da noção de silaba para definir regras de acentuação e
de uso de hífen na língua portuguesa (Cagliari 1989).
O sistema de escrita caracteriza o valor silábico, é quando se usa cada
silaba na perspectiva lingüística, de acordo com a escrita. Neste caso e
representado por vogais e consoantes, diferenciando-os exemplificando, a
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consoante na escrita não pode ser representada por silaba. No inicio o aluno
tenta escrever fazendo rabiscos, esta maneira de se escrever, está construindo
para si próprio.
A escrita alfabética e representada através de sons. Os alunos escrevem
alfabeticamente a mesma palavra, porém de forma diferente, usando a mesma
fala. Desde a fase inicial a escrita, é a identidade do aluno e sua importância na
sociedade. A escrita é considerada por duas maneiras diferentes, considerando
a conseqüência pedagógica, a escrita pode ser representada por uma
linguagem consistindo as diferenciações.
A descoberta da escrita foi um processo de construção, na codificação
elaborando a maneira de representar o estudo apresentado. No processo de
alfabetização, a dificuldade que os alunos encontram e compreender as letras.
Mas se aprender a língua escrita compreendendo a construção do
sistema, com termos totalmente diferentes adequando à fala discriminando as
perspectivas necessárias. Distinguindo a diferença entre escrever e desenhar e
o fundamento principal.
Quando vão para a escola, para serem alfabetizados os alunos da EJA
que moram na cidade, já viram muitas coisas escritas nas revistas, jornais,
cartazes, placas de ruas, nas embalagens dos alimentos, com isso tentam
decifrar, porque sabem que a escrita quer dizer alguma coisa, através os sinais
escritos estão transmitindo algo.
Em algumas famílias, a leitura e a escrita fazem parte do dia a dia,
sempre lendo jornais, revistas e fazendo um levantamento do que foi lido.
Na classe baixa e raridade, lêem livros e revistas, porque quando
crianças não tiveram a oportunidade de serem alfabetizados, por isso estão na
Educação Jovens e Adultos. Nunca é tarde para aprender a ler e escrever.
No passado os empregos oferecidos não eram exigidos grau de
escolaridade, a alfabetização que da inicio ao ingresso escolar, que no futuro
pode chegar ao nível superior, é de acordo com o esforço e interesse de cada
aluno. Para isso é necessário que o aluno pratique bastante leitura, que é um
meio de comunicação.
Alguns jovens e adultos querem ser alfabetizados o, mas rápido
possível, para conseguir um bom emprego, ter condições de assinar
documentos, lembrando que a leitura e a escrita não tem o mesmo significado
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para todos.
A primeira iniciativa é vivenciar a realidade através da escrita, não se
percebe tudo, mas tudo que esta em nossa volta. Um percurso para a escola é
um desafio para a alfabetização. Fora da escola os alunos devem prestar
bastante atenção na escrita, no dia seguinte cada aluno deverá falar o que viu,
lembrando que os mesmos são capazes de imaginar o que está escrito no alto
de um prédio ou em uma tampinha de cerveja encontrada na rua.
Deixe a turma refletir um pouco sobre alguns textos que ira ser
trabalhado, fazendo um debate para que todos tenham a oportunidade de se
expressar comparando as respostas, dando a oportunidade para que os alunos
opinem. Como por exemplo, letreiro de ônibus, de lojas, rótulos de produtos
incluindo alimentos e produtos de limpeza.
É importante que os alunos tragam para a escola, produtos com escritas
diferentes, isso serve para o uso da escrita no cotidiano, descobrindo as letras
de formas diferentes para a escrita. As atividades servem para testar os
conhecimentos dos alunos, lembrando que são diversos materiais, mas estão
ao alcance dos educandos.
No estudo da EJA o educador teve a perspectiva de trabalhar a escrita
com a contribuição construída por Emilia Ferreiro, na alfabetização de jovens e
adultos.
Este estudo não foi elaborado pelos professores, mas com eles na
expectativa de privilegiar o conhecimento na produção monológica do
professores.
“Contrapondo-se a tal monologismo, entende que o homem só pode ser
estudado como produtor de textos, como sujeito que tem voz, nunca como
coisa ou objetivo e, nesse sentido, o conhecimento só pode ser dialógico”
(Kramer, 1995, p.126)
O problema e que o estudo foi, assim, a contribuição de Emilia Ferreiro é
uma prática pedagógica para alfabetização de jovens e adultos. Para o
educador da EJA é importante que os objetivos sejam conduzindo com clareza,
a construção da escrita, oferecendo cursos de reciclagem, para o educador.
Foram feitas coletas de informação através de procedimentos:
questionário, entrevista que atendam as perspectivas para atuarem na sala da
EJA, constituindo a construção da escrita, proporcionando o estudo da EJA. De
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maneira eficaz a alfabetização permitiu ao alfabetizador aprimorar o seu


conhecimento na construção da escrita de cada individuo e suas hipóteses.
Segundo Ferreiro (1985), os níveis de escrita e as diversas hipóteses
elaboradas pelo alfabetizando no processo de construção, estão inseridas nos
três grandes períodos de construção supracitados. Desse modo, á escrita
alfabética não corresponde à escrita padrão porque nem sempre os fonemas
são representados, de maneira que seja reproduzido o que gerou. Nesse
sentido pronuncia Ferreiro e Tebrosky (1985, pg. 30)

Na teoria de Piaget, o conhecimento objetivo aparece como uma


aquisição, e não como um dado inicial. O caminho em direção a este
conhecimento objetivo não é linear: não nos aproximamos dele passo a passo,
juntando peças de conhecimento umas sobre as outras, mas sim através de
grandes reestruturações globais, algumas das quais são “errôneas” (no que se
refere ao ponto final), porem “construtivas” (na medida em que permitem
aceder a ele). Esta noção de erros construtivos é essencial.
A fala do sujeito parte através do conhecimento, que o educador sugere
ao educando, de acordo com cada nível da leitura e escrita.
É dessa forma que é feita a avaliação na escola em todos os ciclos.
Fazendo um levantamento pra avançar seus propósitos, do uso da linguagem
na alfabetização, para contribuição do professor, considerando o
desenvolvimento da leitura e da escrita.
A aprendizagem deste trabalho apontou as dificuldades da educação de
jovens e adultos, nas escolas publicas ainda tendo comprometimento e
compromisso para alfabetizar.
Escrevendo os textos, é uma forma de se expressar os conhecimentos,
adquiridos no decorrer do ano, imaginando a disponibilidade que cada aluno
pode-se expressar dentro ou fora da escola de acordo com o que foi estudado.
Para isso e necessário que o professor oriente o que foi escrito, ficando atento
durante o processo de aprendizagem, o professor sempre compreendendo a
escrita do aluno, trocando idéias. Não e simplesmente ignorar a escrita do
aluno, mas sim oferecer a ajuda necessária.
Uma maneira de se trabalhar a escrita e a leitura, aprendendo, ouvindo e
falando, nota-se que escrevemos da maneira que falamos. Se quando criança,
falamos espontaneamente, a escrita exige a capacidade de se conscientizar.
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Isso deve ser trabalhado na infância, as palavras maiúsculas e minúsculas.


É comum na sala de aula os alunos contarem a história da sua vida,
compartilhando informações, experiências vividas, elaborando perguntas e
respostas, trabalhando suas capacidades. Não foi por acaso que teve
consciência da alfabetização da cultura humana alfabetizar é ensinar a ler e
escrever, não repetindo as mesmas palavras.
Segundo Freire, ensinar a ler as palavras ditas e ditadas é uma forma de
mistificar as consciências, despersonalizando-as na repetição é a técnica da
propaganda massificadora. Aprender a dizer a sua palavra e toda a pedagogia,
e também toda a antropologia (1970. pg. 10).
Com o método Paulo Freire, os educandos falam pouco, porém eles têm
consciência das palavras ditas que geram no mundo em que vivem, assim que
a escrita é visada, a escrita tem que ser entendida de maneira clara, com
significado para transformação do mundo.
Um educando na fase inicial escreve as palavras com as letras trocadas,
porque ainda não se tem o domínio da escrita. Para se obter este domínio e
preciso se relacionar as letras com o som das palavras, em cada silaba
pronunciada, uma letra, para representação da silaba identificada oralmente.
Para se desenvolver a escrita e preciso que o aluno faça muita leitura,
para desenvolver o processo de aprendizagem, o importante que o alfabeto
seja todo identificado, analisando as palavras com relação às silabas,
escrevendo da maneira correta, percebendo a diferença da pronuncia,
identificando os sinais de acentuação.
Os educandos ainda não conseguem ler sozinhos, pois o educador deve
estimular a leitura com jornais e revistas, é uma coisa que os alunos do EJA
gostam também encartes de supermercados, através deste a leitura também
podem ser explorados, eles percebem essa realidade. Cada professor busca o
seu método de ensino, pois cada um ensina de maneira diferente.
O educador que iniciar o ensino a partir de textos terá mais facilidade
para fazer frase. A sugestão é escolher a frase. A diferença entre dois
métodos de ensinar e que o texto e mais amplo, mais significativo do que a
frase. O educador prefere trabalhar com a frase do que com o texto.
O educador acha o texto mais difícil para o educando que está na fase
inicial, deve começar a trabalhar com textos curtos mais adiante com o passar
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do tempo os longos. Dentro dos mesmos escolher frases pequenas e fáceis


para estar alfabetizando os educandos, relacionando as letras com os sons.
Tentando conciliar o método analítico com a soletração que ira construir as
frases.
Criada pelo professor ou ate mesmo pelo aluno uma frase relacionada
com o cotidiano dentro da sala de aula, lembrando que é através da escrita que
registramos os fatos ocorridos na escola e na sala de aula, colhendo idéias dos
alunos.
Depois da frase escolhida, devera ser interpretado, o aluno que devera
escolher a frase o mesmo devera dizer se a frase foi retirada do texto
estudado, analisando o significado o professor mostra a diferença entre a fala e
a escrita.
Desde o século XIX, que os educadores adotaram o método de
alfabetizar a partir de textos, testando o conhecimento dos alunos. O processo
fazia ilustrações com desenhos, para os mesmos redigirem o texto, isto é, para
trabalhar a memorização.
Do ponto de vista não existe muita diferença na forma de ensino
depende da interação do aluno com o texto.
Nas primeiras décadas do século XX, o educador francês Celestin
criou e divulgou o método de alfabetizar a partir do texto, conhecido
como método natural Freinet, professor primário durante toda a vida,
trabalhando com crianças pobres do meio natural, Freinet combatia a
pedagogia tradicional, buscava novas soluções, teoriza e escrevia
sobre a própria experiência. (Carvalho Marlene 2003, pg. 59).

Na escola registrava pequenos textos no quadro, concluindo o que os


alunos haviam falado. Freinet incentiva o estudo, a partir da escrita de forma
regular, ensino os alunos a descrever a história da vida.
Freinet observava a necessidade de estimular a leitura e a escrita, para
isso criou estratégias.
Os modelos lingüísticos de produção oral, atualmente são mais
abrangentes, a forma de estudo se torna mais fácil, de forma que o
aprendizado, quanto mais cedo seja colocado em prática o aluno passe a ter
mais gosto pela leitura.
Com relação aos estudos surgiram regras gramáticas em processos de
produção lingüísticas.
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Hoje podemos desenvolver os processos mais abrangentes trabalhando


com a fala a escrita de forma em que as pessoas desenvolvam com mais
facilidade na escrita, trabalhando assim adquirimos atividades do qual
envolvemos, programas, palestras, jogos e trabalhos educativos. O
planejamento educativo envolve plano como, por exemplo:
A colocação da fala envolve toda a forma inicial do que queremos dizer.
Devemos ordenar tudo em que colocamos num papel, decidir o assunto,
fazer a colocação, a pessoa deve decidir qual participante de um dado irá ser
escolhido para assunto gramatical. Existe escolha especifica de palavras. Ela
deve ser regida e compreendida pela pessoa ouvinte. A descrição de executar
um planejamento deve ser feito sempre por um falante de pessoas que tem
uma facilidade na escrita e na leitura. O modelo descrito vê, pois, ato de falar
como ação, processo, que envolve decisões de varias etapas e níveis Kato
Mary pg. 81
A leitura tem de ser fator primordial na vida de um ser humano através
dela tudo se torna mais fácil e mais agradável ao ver do ser. Pois nos traz
colocações com ênfase, na escrita.
Escrita é uma abordagem complementar, escrever bem é um ato
clássico. A leitura e a escrita andam juntas e interessantes saber que o
conhecimento é um ato de amor.
Ao ler e escrever tem que tornar mais legível possível para que todo o
seu conhecimento seja amplo, abrangente, claro e decisivo.
Neste sentindo, o professor deve estar atento ao fato de que os alunos
trazem consigo, para a sala, os conhecimentos construídos através das suas
relações sociais.
De acordo com Paulo Freire:
Procurar conhecer a realidade em que vivem nossos alunos é um
dever que a prática educativa impõe: sem isso não temos acesso à
maneira como pensam, dificilmente então podemos perceber o que
sabem e como sabem. (1993, p.79).

As realidades dos alunos se diferem umas das outras, cada um possui o


seu perfil e neste processo é fundamental o professor distinguir estas
características.
Freire ainda diz que:
[...] é impossível ensinarmos conteúdos sem saber como pensam os
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alunos no seu contexto real, na sua cotidianidade. Sem saber o que


eles sabem independentemente da escola para que os ajudemos a
saber melhor o que já sabem, de um lado e, de outro, para a partir
daí, ensinar-lhes o que ainda não sabem. (1993, p.105).

As vivências adquiridas pelos alunos, podem se tornar uma estratégia


para auxiliar o professor em suas aulas, basta apenas transformá-las em
conhecimentos usando as habilidades que os alunos já possuem. Mas, para
que esta conexão aconteça, é necessário um olhar atento e refinado para todo
e qualquer tipo de conhecimento que possa ser trabalhado e adquirido,
associando a realidade com o conteúdo da disciplina e levando em
consideração que o diálogo é uma peça fundamental nesse desenvolvimento
de habilidades e conhecimentos.
Freire enfatiza a questão do diálogo quando cita em sua obra que “o
diálogo é indispensável caminho em todos os sentidos do nosso ser” (Freire
2007 p.116). “Daí o papel do educador seja fundamentalmente dialogar com o
analfabeto, sobre situações concretas, oferecendo-lhe simplesmente os
instrumentos com que ele se alfabetiza” (Freire 2008, p.119).
Partindo deste pressuposto colocamos em questão a troca dos saberes
entre o professor e o aluno. Esta troca de saber faz com que o aluno enxergue
no professor a existência de um respeito às suas diferenças, é uma valorização
do seu conhecimento diversificado, é uma forma de demonstrar que acredita na
sua capacidade, o incentivando no alcance dos seus objetivos.
Segundo Vera Masagão (1999, p.193), “a disposição para o diálogo é
base para procedimentos que são essenciais nessa modalidade educativa: a
definição de objetivos compartilhados, a negociação em torno de conteúdos e
métodos de ensino e o ganho de autonomia dos educandos no controle de
seus processos de prendizagem”.
Este processo de troca auxilia na construção e reconstrução dos
conhecimentos, tornando o estudar um ato de criar e recriar idéias, auxiliando o
aluno na construção da sua autonomia e de um ser cidadão, que para Freire
(1987, p.63), “é um ser político capaz de questionar, reivindicar, participar, ser
militante e engajado, contribuindo para a transformação de uma ordem social
injusta e excludente”. Complementando esta troca de saberes entre o professor
e aluno, Vera Masagão (1999, p.195), também coloca em questão as práticas
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pedagógicas utilizadas em sala de aula, “os professores de jovens e adultos


devem estar aptos a repensar a organização disciplinar e de séries, no sentido
de abrir possibilidades para que os educandos realizem percursos formativos
mais diversificados, mais apropriados às suas condições de vida”. Não existe
uma prática totalmente adequada e correta, o ideal é uma prática que se
aproxime do contexto social do aluno e que seja fundamentada através do
movimento de conhecer. As práticas não precisam ser totalmente iguais, todos
os dias, cabe ao professor a tarefa de diversificá-las, trazendo a possibilidade
ao aluno de experimentar algo inovador.
Ser professor alfabetizador de Jovens e Adultos requer uma formação
adequada, juntamente com uma reflexão sobre as suas funções. Portanto, ao
analisarmos no contexto teórico, observamos que estas funções devem se
iniciar considerando a individualidade de cada aluno, juntamente com a
concepção de que o professor tem influências significativas no processo de
alfabetização e de construção de um ser cidadão, sendo o principal mediador
da relação entre o aluno e o conhecimento.

METODO
Para a realização da pesquisa busquei observar pelas escolas que
passei algo que fosse realmente importante pra mim citar no meu projeto de
ensino, a Educação de Jovens e Adultos foi algo que sempre tive curiosidade
em conhecer, tendo em vista a força de vontade dos alunos com idade já
avançada buscado realizar o sonho de aprender a ler e a escrever.
Portanto, o projeto de ensino foi desenvolvido a partir de leituras que que
me fizeram conhecer mas sobre o tema aqui apresentado. As leituras
realizadas me possibilitaram justificar o por que da escolha da tema abordar os
objetivos que espero alcançar com a realização do projeto de ensino.
Em fim, o trabalho realizado exigiu muita leitura para uma melhor
compreensao do tema e conhecimento do como traçar caminhos para um bom
trabalho na EJA.

TEMA E LINHA DE PESQUISA


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O Papel da Escrita para a Alfabetização de Jovens E Adultos é tema do


projeto de ensino aqui apresentado, optei por esse tema por acreditar que o
professor do seguimento da EJA é um grande exemplo, pois e na EJA que
muitos em idade avançada buscam o sonho de ainda aprenderem a ler e a
escrever por não terem tido oportunidade quando na idade certa.
A leitura também foi muito importante, pois me possibilitou compreender
como é o processo de aprendizagem na EJA e como os professores podem
ajudar numa melhor qualidade pra esse ensino.
A construção da escrita por jovens e adultos tem sido objeto de estudo
de diversos pesquisadores: entre eles Emilia Ferreiro (2001), Constance Kami
(2007), Paulo Freire (1987).
Ao ingressar no curso de Licenciatura em Pedagogia e entrar em contato
com esses estudos senti instigado a compreender qual o papel que a escrita
exerce no processo de alfabetização, uma vez que ao alfabetizar, o educador
tem como premissa proporcionar ao educando que o torne capaz de dominar
os códigos da leitura e da escrita. Inicialmente, pensei em realizar um estudo
envolvendo a escrita de crianças. No entanto, as discussões que foram
realizadas no decorrer do curso levaram-me a repensar a idéia original e propor
um estudo procurando focar o olhar para a alfabetização de jovens e adultos.
Pois ao me ingressar no campo de estágio pude perceber a dificuldade
dos jovens e adultos, com a leitura e a escrita alguns alunos conhecem as
letras, mas não conseguem identificá-las. Espero obter um bom resultado com
a alfabetização dos alunos, pois quando crianças não tiveram a oportunidade
de estar na sala de aula interagindo com eles obtive a resposta que a maior
vontade deles é de aprender a ler e a escrever.

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

O estudo que proponho neste projeto inserida nas discussões da linha


prática pedagógica. Para realiza – lá discutirei uma pequena bibliografia.

Segundo Paulo Freire e tantos outros educadores. Como creditar que


apenas quatro horas diárias na escola são suficientes para uma boa
educação? Por que os alunos não permanecem de seis a oito horas
por dia na escola, como ocorre em tantos países? (boletim em nome da
arte n° 1.759, ano 38, 28/11/ 2011).
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Ao ler vários livros e me ingressar no campo de estágio eu pude


perceber a importância de trabalhar este tema no processo de aprendizagem.
A pesquisa foi realizada em livros didáticos com pesquisadores, que com
estudos deram a sua contribuição para este estudo.
O presente momento será realizado no estudo da EJA, desenvolvendo a
leitura e a escrita no processo de aprendizagem.

TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

ANO 2021

MESES Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Escolha do Tema X X

Elaboração do projeto X X

Revisão Bibliográfica X X

Desenvolvimento do projeto X X

Entrega do projeto de Ensino X

Apresentação do Projeto
X X

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Livros;

 Internet;

 Escolas;

 Revistas;

 Conversas informais;

AVALIAÇÃO

Com o projeto busco proporcionar uma discussão sobre a aquisição da


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leitura e da escrita na EJA,acrescentando uma reflexão sobre seus objetivos e

a qualidade que a mesma oferece.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação de jovens e adultos se constituiu como política


educacionalnos anos 40 através das lutas de educadores e da própria
população quereivindicava melhorias. Após essa discussão a EJA começa a
ganhar outraperspectiva e o sujeito é valorizado pelas suas experiências e pelo
seu tempo deaprender. Sendo discutida com mais propriedade, respeitando
aspectos relevantesdessa modalidade.
Tendo em vista a grande necessidade de estar cada vez mais inserido
na sociedade, se faz importante aproximar os sujeitos da EJA das novas
possibilidades educacionais, a busca portanto, das pessoas em idade mas
avançada pela EJA deve proporcionar aos alunos uma visão crítica e uma
utilização consciente de que hoje precisam ter domínio da leitura e da escrita.
Para tanto, é necessário uma prática docente que englobe aspectos que
levem os alunos ao processo de ensino aprendizagem, onde os mesmos
tenham prazer no que estão aprendendo para poder colocar esse aprendizado
em pratica dentro da sociedade ao qual estão inseridos.
Diante disso, conclui-se que a práticadocente pode ser considerada uma
metodologia bastante favorável à educação de jovens eadultos, quando esta
parte de uma proposta contextualizada com as reais necessidades dos
educandos onde o professor pode ser um auxiliador no processo de ensino
aprendizado dos alunos.
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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 24 ed. Cortez.

CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. Ática. São Paulo, 2003.

KATO, Mary A. No Mundo da Escrita: Uma Perspectiva Psicolingüística.


Ática, São Paulo, 1998.

ROJO, Roxane. Alfabetização e letramento. São Paulo, 1998

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1970.

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