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FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ - FAEPI

PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

ANALICE DA SILVA CARVALHO CRUZ

TERESINA- PI

2022
ANALICE DA SILVA CARVALHO CRUZ

IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

 Artigo apresentado como requisito


parcial para obtenção do título de
Especialista em Educação Infantil, da
faculdade Evangélica do Piauí – FAEPI,
sob a orientação da prof.ª. Esp.
Juliana Araújo Silva Ramos.

TERESINA- PI

2022
1 DESENVOLVIMENTO
O presente trabalho refere se a importância da leitura no processo de alfabetização a mesma
trata -se de uma atividade inicial da leitura e escrita, porém um indivíduo alfabetizado é capaz
de ler e escrever, é uma atuação que vai muito além de decodificação de letras e silabas. No
Brasil é possível encontrar uma precariedade no ensino, sendo assim é encontrada inúmeras
pessoas escolarizadas, porém considerada analfabetos funcionais ou melhor dizendo não são
capazes de compreender o que leem. apesar disso autenticidade presente nas escolas é
fundamental o docente compreender o que é alfabetização e o que é letramento podendo
assim melhor desenvolver sua prática pedagógica.

No Brasil a alfabetização ganha força a pós a Proclamação da República com o intuito de


tornar as novas geração aptas à ordem política e social, segundo Saviani a necessidade de
formação de docente surgiu desde de Comenius, ainda no século XVII o principal objetivo era
expandir o ensino a todas as camadas sociais no século XIX, porem sofrem grandes influencia
que precariza as dificuldade encontradas na escola -cidadão, o fracasso surge na alfabetização
desde esse período nos atingindo-o até hoje nos dias atuais, exigindo assim uma atenção
especial e uma solução para um ensino de qualidade.

A alfabetização é um processo que consiste a oportunidade de leitura e escrita como prática


social, e se constitui em uma etapa primordial nos anos iniciais, que integrada ao letramento
contribui para o desenvolvimento integral das crianças, preparando - o para a vida adulta. É
fundamental que os educandos sejam alfabetizados de forma clara e objetiva, criando nesse
alunado os hábitos de ler e escrever o mesmo pode ser desempenhado no cotidiano escola

Segundo soares (2007) a alfabetização, significa levar a aquisição do alfabeto, ou seja,


ensinar a ler e escrever. Assim a especificidade da alfabetização é um código alfabeto e
ortográfico. Através do desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita. O
desempenho escolar poder ser melhorado de acordo a metodologia aplicada, pois nem
sempre é uma tarefa fácil.

De acordo, Magna Soares, em seu artigo Letramento e Alfabetização: há muitas facetas


(2003), a expansão do significado de alfabetização em direção ao conceito de letramento,
levou a perda de sua especificidade.
[...] no Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem
levado, apesar da diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a um inadequado
inconveniente fusão dos dois processos, com prevalência do conceito do letramento, [...] o que tem
conduzido ao um certo apagamento da alfabetização que, talvez com algum exagero, denomino
desinvenção da alfabetização(...) (SOARES, 2003, P.8-grifos nossos)

A ‘’desinvenção da alfabetização ‘’ leva a união de dois processos que se agrupa a


interpretação das novas perspectivas teóricas na qual, provocou na pratica a negação de
qualquer atividade que visasse à aquisição do sistema alfabético ortográfico, como o ensino
das relações entre letras e sons, o desenvolvimento da consciência fonológica e tradicionais.
(SOARES,2016:20). Cabe aqui uma definição do que, para Soares, compreende o método de
alfabetização: um ‘’caminho em direção a um fim, considera-se que o fim é a criança
alfabetizada, o caminho é o ensino e a aprendizagem’’(SOARES,2016:333)

Concordando, com Magda Soares, esse caminho é que direciona a criança abrir os seus
horizontes, dentro da prática do professor, quando o educador foca na direção de
instruir seus alunos no trajeto final que é ser alfabetizado, sem que ele se decepcione
e se fruste com o que encontrar no meio em que vive. Atualmente muitos educadores
ainda definem equivocamente o processo de alfabetização como sinônimo de uma
técnica. A metodologia do professor deve ser voltada basicamente para o aluno, ele é
a chave principal de seu planejamento, porque é a partir dos seus conhecimentos
prévios e dificuldades apresentadas que o mesmo irá iniciar a sua metodologia de
ensino em sala de aula.

A rápida propagação do Novo Coronavírus (COVID-19) moveu o mundo inteiro a adotar e


cumprir medidas preventivas de isolamento social. Nesse período, foi necessário se manter em
casa para conter a doença, assim como enfrentar os riscos, isso gerou impacto na vida das
pessoas. A mudança da rotina de casa, dos filhos, as dúvidas com o presente o futuro, o
bombardeio de informações, o medo enfim todos esses conflitos impactou a leitura das
crianças em geral, com a chegada da vacina que amenizou a doença as crianças e professores
tiveram que retornar as salas de aulas, com muitas expectativas esse alunado espera dos seus
professores ser correspondidos pelas novas metodologia aplicada.

2.1 Leitura e a escrita


A história da leitura tornou -se um campo de estudos muitos lucrativo dos anos 1970,
sobretudo com a matriz da historiografia desenvolvida na França que ficou conhecida como
história. Foi com essa “nova história”, ou nova história cultural, que desenvolve o interesse por
novos objetos de estudo, novas abordagem e novos problemas para a história. Um desses
novos “objetivos” foi exatamente a “prática de leitura”, que foi transformando -se de acordo
com a construção social de cada umas dessas época.

A leitura deu início há milhares de anos o homem começou a fazer inscrições nas paredes das
cavernas, simbolizando, assim animais e cenas de seu cotidiano, que são chamadas de artes
rupestres, mas tarde evoluindo para uma forma rudimentar de comunicação, chamada
pictografia. Por volta do ano de 3.200 a.C. na mesopotâmia atual Iraque foram criando os
primeiros livros sumérios quando a mesma começou a escrever em tablets de argila. O
conteúdo, na quela é poca, era composto por leis, assuntos administrativos e religiosos, lendas
e até poesias. 1 de agosto de 2001.

De acordo com GALVÃO E BATISTA (1998.p34). “A partir do século XIX, com a implantação
régia 1808, o Brasil início sistematicamente a impressão de livros. 17 de abril de 2014.

A prática da leitura tornou -se um hábito realmente popular e com grande impacto na
sociedade a mesma promove a reflexão e favorece um raciocínio claro, além de questionar e
desenvolver argumentos. Além da criatividade a leitura oferece uma rica fonte de
vocabulários, palavras e colocação que antes você não usava ou nem conhecia, praticar a
leitura estimula a raciocínio, trabalha a imaginação, exercita a Memória, contribui com o
crescimento vocabulário melhorando assim a escrita.

A leitura reflete uma importância significativa na vida dos educandos pela necessidade de
obter o hábito de ler como instrumento libertador, pois o sujeito quando chega na escola o
mesmo já teve contato primeiramente com a família depois com o mundo e seguida com a
comunidade que está inserida realizando suas primeiras leituras e tentando compreendê-la

A leitura é algo relevante na vida do ser humano. Ler estimula a criatividade, trabalha a
imaginação, exercita a memória, contribui com o crescimento do vocabulário e a melhora na
escrita, ela promove crescimento intelectual e desenvolve um excelente treino de atenção e é
um recurso eficaz para aprender a se concentrar, quanto mais a pessoa lê, melhor ele escreve,
e expande o seu conhecimento geral, e terá a possibilidades sempre ao acesso a novas
informações sobre lugares do mundo, períodos históricos, e diferentes culturas. Portanto a
leitura permite que o indivíduo tenha um olhar crítico sobre os fatos, também ajuda observar
as situações por diferentes aspectos e acolher uma postura mais questionadora.

Outro fator existente no desenvolvimento do gosto pela leitura no Brasil indica a falta de
domínio da habilidade de leitura para a formação de leitores. ‘’Não ter paciência para ler’’ e
‘’ler muito devagar. ‘’ é fundamental que os pais e professores transforme a prática da leitura
em uma atividade prazerosa, e não uma obrigação, porque os mesmos são capazes de se
envolver e aprender muito mais quando estão se divertindo. Por isso, os professores devem ao
planejar suas atividades investir em atividades criativas para incrementar ainda mais o
momento da leitura, é essencial também a escolha certa dos livros, como a qualidade de texto
e a variedade das ilustrações, devem estar sempre de acordo com a idade do leitor.

[...] A leitura favorece a remoção das barreiras educacionais de que tanto se fala, concedendo
oportunidade mais justas de educação principalmente através da promoção do
desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, e aumenta a possibilidade de
normalização da situação pessoal de um indivíduo. (BAMBERGER, 2010, p.1)

Enfim, o educador alfabetizador pode e deve utilizar, criar estratégias de ensino de acordo
com as necessidades e dificuldades de seus alunos, sem esquecer que a educação é um alto
político e deve romper com as situações de opressão que as vezes as pessoas sofrem e nem a
percebem.

2.2 Letramento e Alfabetização


Alfabetizar e letrar são processos distintos, mas inseparáveis. Alfabetização e letramento se
somam, e ela é um componente do letramento. Sendo assim, devem ser ensinada as
crianças a ler e a escrever de maneira que a criança não decodifique as palavras, mas entenda
o que lê. Para alcançar um ponto positivo o professor alfabetizador precisa reconhecer o
significado de alfabetização e letramento no processo de ensino aprendizagem. Ao mencionar
a leitura e dos seus benefícios na sociedade o efeito como ela ocorre no contexto escolar

A alfabetização e letramento é um equívoco atual nas concepções psicológicas, linguísticas e


psicolinguísticas de leitura e escrita, no mundo da escrita ocorre simultaneamente por dois
processo: pela aquisição do sistema convencional da escrita e pelo desenvolvimento no
contexto de habilidades de uso desse sistema de atividade de leitura e escrita nas práticas
sociais que envolvem a língua escrita o letramento, desenvolvendo assim uma alfabetização no
contexto por meio de pratica sociais de leitura e de escrita isto é através de atividade de
letramento e por sua vez pode se desenvolver no contexto meios de aprendizagem de relação
fonema-grafema sendo assim dependência da alfabetização. Portanto e preciso compreender
que alfabetização e letramento são práticas distintas, porém, indissociáveis, interdependentes
e simultâneas. No entanto, a falta de compreensão desses termos gera grande confusão em
seu uso teórico e prático, levando a perda da prática existente. (SOARES, 2003)

Segundo Soares,2003, a palavra letramento é de uso ainda recente e significa o processo de


relação das pessoas com a cultura escrita. Assim, não é correto dizer que uma pessoa é
iletrada, pois todas as pessoas estão em contato com o mundo escrito. Mas, se reconhece que
existem deferentes níveis de letramento, que podem variar conforme a realidade cultural.
O letramento está intimamente ligado as práticas sociais, exigindo do indivíduo, uma visão do
contexto social em que ele vive. Tudo isso faz a alfabetização uma prática centrada mais na
individualidade de cada um e do letramento uma prática mais ampla e social.

Nesse caso, se destaca o papel do professor dentro desse processo. O mesmo deve promover
a construção de pensamento crítico em si próprio e em seus alunos.

Assim, o letramento se torna uma forma de entender a si e aos outros, desenvolvimento a


capacidade de questionar com fundamento e discernimento, intervindo no mundo e
combatendo situações de opressão. (FREIRE. 1996)

Ele ainda em sua obra Pedagogia da Autonomia (1996), que o sujeito quanto mais amplia sua
visão de mundo, mais se liberta da opressão, ou seja, o sujeito letrado que já possui seus
conhecimentos prévios, com um determinado ponto de vista, quando alfabetizado, pode
modificar seus pensamentos, ampliando-o de forma que passa a refletir criticamente sobre a
prática social. Freire acreditava ser fundamental que as pessoas compreendam o seu lugar no
mundo e sua função social nele.

2.3 REFERENCIAL TEÓRICO


Observar permite que a criança expanda seu repertório de palavras, aumentando a
familiaridade com a língua, desenvolvendo grandes leitores que inicia o processo formal de
alfabetização. Ressalta-se que quando o educador lê para seus alunos, abre um elo que
possibilita o educando ampliar seu vocabulário e, assim, aperfeiçoar consequentemente,
suas produções textuais, nessa circunstância beneficia significativamente o processo de
alfabetização.

A alfabetização é um principal processo incluído no mundo escolarizado, o discente nas séries


iniciais é desenvolvido não somente uma tonalidade de estímulo com finalidade pedagógica,
como também, ao sistema alfabético e numérico. As vezes para muitas crianças é uma
atividade de recursos carente de profundidade a longo prazo, porque esses alunos têm acesso
a material literários somente na escola, no meio familiar esse material é escasso o que
permanece o resultado fatalista do ensino tradicional e cultura não-leitora. Esse cenário é
exatamente o que acontece diariamente pela esperada relação família e escola, pela
incalculável necessidade orientação e mediação de conhecimento do aluno nessa fase, como
explica Ferreiro:
[...] A leitura é um momento mágico, pois o interpretante informa a criança, ao efetuar esta ação
aparentemente banal, que chamamos de um ato de leitura, que essas marcas têm poderes
especiais :basta olhá-las para produzir linguagem. (FERREIRO, 1999, p.175)

Acrescenta Garcia:
[...] a aprendizagem da leitura está íntima e decisivamente interligada a aprendizagem da
escrita. É cara e coroa da mesma moeda. Da mesma forma que se responde para que, por que ler na
escola Responde-se para que, porque escrever na escola (GARCIA, 1988, p. 36).

No entanto, o professor não deve ler simplesmente para passatempo, e sim com propósito de
transmitir para esse alunado de forma clara o que ele irá aprender, deve estar levando em
consideração essa prática social, e se manter ciente dos objetivos didáticos a que ela se
destina. Porque se os objetivos não forem aplicados com clareza, a leitura por si própria não
terá sucesso no processo de alfabetização, apresentando o professor o papel de mediador
desse processo.

Vygotsky (2007) também chama a tenção para o simbolismo no desenho infantil, para ele seria
uma espécie de ensaio que antecede a linguagem verbal e posteriormente o desenvolvimento
para a escrita. Quanto aos símbolos na escrita, aparece então uma nova relação entre os
rabiscos e traços precursor na futura escrita, é comum que a criança tente representar coisas
do seu cotidianas, pois nessa fase ela está descobrindo o mundo através de seus rabiscos, ou
seja, desenvolvendo também a fala na escrita, conforme Vygotsky.
[...] Na verdade o segredo do ensino da linguagem escrita é preparar e organizar adequadamente
essa transição natural. Uma vez que ela é atingida, a criança passa a dominar o princípio da linguagem
escrita, e resta então, simplesmente, aperfeiçoar esse método. (VIGOTSKY, 2007, p. 141).

2.1 O professor que usa a leitura apenas como conteúdos disciplinar formará um aluno que
só irá. lê por obrigação enquanto estiver no espaço escolar e, consequentemente, quando sair
da sala de aula, não terá o hábito da leitura. Enquanto ato de experiência, o processo de
alfabetização, letramento e leitura possui no alfabetizando o seu sujeito, por isso o educador
não precisa eliminar a criatividade do aluno nem o seu compromisso na construção de sua
linguagem escrita e na leitura dela. Alfabetizar letrando é um aprendizado essencial
atualmente.

Alfabetizar letrando é um aprendizado essencial atualmente, para que possa atingir a


educação de qualidade e construir um ensino, em que os alunos não sejam apenas uma caixa
de depósito de conhecimento, mas sim seres pensantes e transformadores na sociedade.

Portanto, uma pessoa letrada ele é apto a organizar discursos, interpretar e compreender
textos e a refletir sobre o mesmo, na qual se pautam na linguagem como produto cultural e
social.

A alfabetização não possui receita pronta em relação ao método, pois forma de aprendizagem
de uma criança pode ser diferente da outra. O método aplicado em uma turma pode não ter o
mesmo êxito em outra. É importante lembrar que as crianças não é só mais uma peça feita por
uma empresa que possui um molde e produz todas as peças igualzinha. É fundamental

Utilizar um método, no entanto não se pode definir um como o melhor, ou mesmo único, pois
o que pode ser bom para aprendizagem de uma criança pode ser ruim para outra, lembrando
que no momento que se recorre a um método e ele não traz bom resultados, deve se partir
para outro.

Com relação ao pensamento de que o processo de alfabetização não possui um método


realmente eficaz ou uma receita pronta, uma especialista afirma que:

Quem se propõe a alfabetizar baseado ou não no construtivismo, deve ter um


conhecimento básico sobre os princípio teórico-metodológico da alfabetização, para não ter
que inventara roda. Já não se espera que um método milagroso plenamente eficaz para todos.
Tal receita não existe. (CARVALHO, 2008, p. 17).

entretanto, diversos professores não têm a experiência sobre os princípios metodológicos e


nem sequer se aprofunda em estudos e formação continuada. Tendo em vista a achar que o
que é bom para um aluno pode ser bom para todos e terminam contribuindo para a
construção do insucesso no processo de alfabetização inicial.
Na realidade é muito importante para a construção de alunos leitores o interesse. De acordo
com Freire (1996), o professor deve estimular a curiosidade do aluno por tudo que o cerca,
principalmente pela leitura, desta forma, adquire maior conhecimento e melhora o
aprendizado e por consequência, a consciência da relação de homem e sociedade.

[...] O fundamental é que professore alunos saibam que a postura deles, do


professor e alunos, é dialogada, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala
ou enquanto ouve. O que importa é que o professore alunos se assumam
epistemologicamente curiosos. (freire, 1996, p. 86)

O educador que estimula no seu aluno a importância da leitura diariamente, seja no espaço
escolar em sala de aula na literatura ou durante as atividades em outras disciplinas, atribuindo
sentido a esses incentivos diário, será adaptado nesse aluno uma rotina literária, cujo hábito
não terá prejuízo, mesmo quando este se tornar adulto. Portanto, o que se espera do aluno é
que o mesmo consiga trabalhar com a leitura e a escrita de forma desafiadora, que aguce
nesse educando a curiosidade de aprender, pois a curiosidade é a peça-chave, é a mola
principal para o aprendizado.

A leitura é um dos pilares da formação do conhecimento e do desenvolvimento da criança e


do jovem estudante. No entanto, o hábito deve acompanhar (e respeitar) o desenvolvimento
psíquico e intelectual. Para isso, é importante que os pais compreendam os estágios que
caracterizam o relacionamento da criança com os livros. Sabemos, que a criança que pratica
constantemente a leitura, geralmente, tem um acesso mais amplo ao conhecimento.

Quando o professor faz uma interpretação oral da história, com as crianças da educação
Infantil, já está trabalhando as habilidades que mais tarde serão transferidas para leitura
independente, ou seja, este aluno estará mais apto a interpretar textos em série posteriores.

Magda Soares (2009), acredita que esta leitura deva ser explorada.

Naturalmente, para que a leitura oral de história atinja esses objetivos,


não basta que a história seja lida. É necessário que o objeto portador da história seja analisado
com as crianças e seja desenvolvida estratégias de leitura. (p.1).

Entre as quais, Soares (2009) destaca: leitura precedida de perguntas de previsão a partir do
título e das ilustrações; que seja propositadamente interrompida, em pontos pré-escolhidos,
por perguntas de compreensão e de inferência; que seja acompanhada, ao término, por
confronto com as previsões inicialmente feitas, por meio da avaliação de fatos, personagens,
seus comportamentos e suas atitudes. Tornando a leitura de histórias uma ferramenta para a
aquisição do letramento.

A alfabetização e letramento são dois processos distinto, no entanto devem se fundir para que
o indivíduo seja capaz de adquirir uma alfabetização ampla. Não é só necessário aprender a
decodificar o código escrito, mas também para que ele serve como usá-lo.

O acesso a leitura e a escrita na alfabetização, nesta perspectiva então, deverão ter de base o
letramento, já que ler e escrever são fundamentalmente um meio de interação e comunicação
social, enquanto a alfabetização deve ser entendida pela criança como a ferramenta que ela
irá usar para envolver-se nas práticas sociais de leitura e escrita.

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