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UNIVERSIDADE RURAL DA AMAZÔNIA

ELIANE MARIA SANCHES FEREIRA


MARIA IZELINA SANTOS DE BRITO

DIFICULDADES NO PROCESSO DA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA


NOS ANOS INCIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

GURUPÁ – PARÁ
2015
UNIVERSIDADE RURAL DA AMAZÔNIA

ELIANE MARIA SANCHES FEREIRA


MARIA IZELINA SANTOS DE BRITO

DIFICULDADES NO PROCESSO DA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA


NOS ANOS INCIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

apresentado ao Curso de Pedagogia do Plano


Nacional de Formação de Professores da Educação

Básica – PARFOR promovido pela Universidade


Federal Rural da Amazônia – UFRA requisito

de avaliação parcial para obtenção do Grau de

Licenciado Pleno em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Msc. Vanessa Alcântara

Cardoso

GURUPÁ – PARÁ
2015
Ferreira, Eliane Maria Sanches

Dificuldades no processo da aquisição da leitura e da escrita nos anos


iniciais do ensino fundamental / Eliane Maria Sanches Ferreira, Maria Izelina
Santos de Brito. – Gurupá, PA, 2015.

30 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em


Pedagogia) – Plano Nacional de Formação de Professores,
Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015.

Orientadora: Vanessa Alcântara Cardoso

1.Leitura - Escrita 2.Dificuldade de Aprendizagem 3.Escola


4.Alfabetização I.Brito, Maria Izelina Santos de II.Cardoso, Vanessa
Alcântara, orient. III.Título

CDD – 372.4
ELIANE MARIA SANCHES FEREIRA
MARIA IZELINA SANTOS DE BRITO

DIFICULDADES NO PROCESSO DA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA


NOS ANOS INCIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

NOTA ATRIBUÍDA

___________________________________

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof.º Orientador: Prof.ª Vanessa Alcântara Cardoso

__________________________________
Prof.º 1º Avaliador: Prof.º Dr.º Pedro Silvestre da Silva Campos

_________________________________
Prof.º 2º Avaliador: Prof.ª Esp. Maria Flaviana do Couto da Silva

Data: ____ / ____ / 2015

GURUPÁ – PARÁ
2015
O sujeito mais confiante tenta mais, erra mais, aprende
mais.
Jean Piaget
RESUMO

Objetivou-se com essa pesquisa compreender As Dificuldades no Processo da Aquisição da


Leitura e da Escrita nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Neste sentido foi procedida
uma pesquisa bibliográfica onde foi possível o dialogo conceitual com alguns autores entre
eles Carlos Cagliari, Sylvia Bueno, Emilia Ferreiro, Ana Teberosky, Magda Soares e outros
que foram fundamentais subsidiando a reflexão e articulação do binômio teoria e prática, a
partir e uma abordagem analítica e descritiva referente ao tema. Verificou-se no decorrer da
trajetória conceitual que os pais consideram importante que os filhos freqüentem a escola na
expectativa de desenvolvimento de habilidades básicas no processo da aquisição da leitura e
da escrita. Conclui-se que os educadores devem estimular os educandos a leitura de livros
diversos, trabalhando com palavras soltas, de acordo com cotidiano assim facilitando o
entendimento dos mesmos. Para que haja um ensino-aprendizado de qualidade o educador
precisa estar em constante processo de formação pessoal na qual poderá melhorar cada vez
mais a prática pedagógica.

Palavra-chave: Leitura e Escrita, Dificuldade de Aprendizagem, Escola, Alfabetização.


ABSTRACT

It was objectified with this research to understand the Difficulties in the Process of the
Acquisition of the Reading and the Writing in the Initial Years of Basic Ensino. In this
direction she was proceeded a bibliographical research where it was possible it I dialogue
conceptual with some authors between them Carlos Cagliari, Sylvia Bueno, Emilia Ferreiro,
Ana Teberosky, Magda Soares and others who had been basic subsidizing the reflection and
joint of the binomial practical theory and, to break and referring an analytical and descriptive
boarding to the subject. It was verified in elapsing of the conceptual trajectory that the parents
consider important that the children frequent the school in the expectation of development of
basic abilities in the process of the acquisition of the reading and the writing. It is concluded
that the educators must stimulate the educandos the diverse book reading, working with
untied words, in accordance with daily thus facilitating the agreement of the same ones. So
that he has a quality teach-learning the necessary educator to be in constant process of
personal formation in which the pedagogical one will be able to improve each practical time
more.

Word-key: Reading and Writing, Difficulty of Learning, School, Alfabetização.


SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................ 07

CAPITULO I – REFERÊNCIAL TEÓRICO..................................................................... 09


1.1 – Breve Histórico de Leitura e Escrita .............................................................................. 09
1.2 – Leitura e Escrita no Processo ensino aprendizagem .......................................................15
1.3 – O Ensino e a aprendizagem da leitura ............................................................................ 15
1.4 – Conceitos da Leitura e Escrita na Visão de Alguns Autores ......................................... 19
1.5 – Dificuldades de Aprendizagem ...................................................................................... 24

CAPITULO II – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ........................................................ 27

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 30


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Diante da dificuldade que os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental


enfrentam na leitura e escrita, viemos através dessa temática esclarecer algumas
convergências e divergências conceituais tais como: a falta de recursos didáticos, má
formação de professores, ausência da família na vida escolar de seus filhos são problemas
enfrentado pelas escolas e que refletem no ensino aprendizagem dos alunos.

SITUAÇÃO PROBLEMA

Ao analisarmos a grande dificuldade que os alunos dos anos iniciais apresentam na


leitura e escrita, ou seja, a criança chega a essa etapa sem ser alfabetizada, pois não sabem ler,
apenas aprendeu a decodificar as palavras. A falta de motivação faz com que o aluno não
desenvolva sua capacidade de ler e escrever. A má preparação dos professores contribui
significativamente para o fracasso da leitura e escrita do aluno e também dos pais muitas
vezes não contribuem para o desenvolvimento escolar do aluno, deixando a responsabilidade
para o professor, que sozinho não consegue fazer com que o aluno desenvolva a leitura e
escrita de forma significativa.

QUESTÕES NORTEADORAS

Diante destas problemáticas questiona-se:


1 - Qual a dificuldade que os alunos encontram para o aprendizado da leitura e escrita?
3 - Qual a metodologia utilizada pelo professor para desenvolver o processo de leitura e
escrita do aluno?
4 - Quais os eventos que a escola promove para estimular a leitura e escrita do aluno?

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Instigar sobre a importância da leitura e da escrita no processo ensino aprendizagem


tendo uma visão mais ampla no contexto escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar o que faz com que esses alunos tenham dificuldades na leitura e escrita.
• Identificar qual a metodologia utilizada pelo professor para desenvolver o processo de
leitura e escrita do aluno.
• Observar quais os eventos que a escola pode promover para estimular a leitura e
escrita dos alunos.
• Investigar como os pais/responsáveis e a escola poderiam trabalhar em conjunto para
ajudar esse aluno.

RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Esse estudo é relevante ao destacar a importância do processo de aquisição da leitura e


da escrita dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, enquanto estratégia de
assimilação e compreensão da realidade. A pesquisa bibliográfica reitera essa relevância aos
destacar alguns significados da aprendizagem da leitura e da escrita na expectativa de
superação de dificuldades e melhoria do desempenho dos alunos.
CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 – Breve histórico da leitura e escrita

Segundo Cagliari (1995), a história em conjunto sem seguir uma linha de evolução
cronológica de nenhum sistema especificamente, e pode ser caracterizada como tendo três
fases distintas a pictórica, a ideográfica e alfabética.
A fase pictórica distinguiu-se pela escrita através de desenhos ou pictogramas. Os
pictogramas não estão associados a um som, mas a imagem do que se quer representar, a
escrita começou a existir no momento em que o objetivo do ato de representar pictoricamente
tinha como endereço a fala e como motivação fazer com que através da fala o leitor se
informasse a respeito de alguma coisa. Os sistemas baseados no significado são em geral
pictórico iconicamente motivados pelos significados que querem transmitir, e dependendo
fortemente dos conhecimentos culturais em que operam. Por outro lado, esses tipos de escrita
não depende de uma língua especifica. Sua leitura pode ser feita em varias línguas,
dependendo da habilidade lingüística e da sua capacidade de ler o que está escrito.
Consistem representações bem simplificadas dos objetos da realidade. Já a fase
ideográfica caracteriza-se pela escrita através de desenhos especiais chamados ideogramas.
Esses desenhos foram ao longo de sua evolução perdendo alguns dos traços mais
representativos das figuras retratadas e tornaram-se uma simples convenção de escrita. Uma
escrita ideográfica trás consigo em geral significado mais abrangentes do que outros sistemas
de escrita às letras do nosso alfabeto surgiram desse tipo de evolução. Por exemplo, o α era a
representação da cabeça de um boi na escrita egípcia: Em grego, o alfa se escreve . O b era
representação de uma casa egípcia: ₪. O d era figura de uma porta: ∏. O m era o desenho das
ondas da água: ‫س‬. O n era o desenho de uma cobra ‫ى‬. O o era figura do olho: ʘ. O x
representava o peixe: e assim por diante.
As escritas ideográficas mais importantes são a egípcia (também chamada de
hieroglífica), a mesopotâmia (Suméria), as escritas da região do Mar Egeu (por exemplo,
acretensi) e a chinesa (de onde provem à escrita japonesa). As escritas ideográficas jogam
muito com a habilidade lexical do leitor, e as escritas fonográficas com o poder de
apresentação semântica. Os sistemas de escritas são claramente convencionais e não são
sempre muito abertos. Toda a escrita também pode representar “atitudes do falante” escritor, e
não é de se espantar que tenha sido usado como selo, como marca individual e até como
objeto de interpretação psicanalítica.
A fase alfabética porem caracteriza pelo uso de letras. Estas tiveram sua origem nos
ideogramas, e perderam o valor ideográfico assumindo uma nova função de escrita: a
representação puramente fonográfica. O ideograma perdeu o seu valor pictórico o passou a ser
simplesmente uma representação fonética.
Os sistemas mais importantes são o semítico, o indiano e o grego-latino. Deste ultimo
provem o nosso alfabeto (latino) e o cirílico (grego), que originou o alfabeto Russo.
Segundo o Cagliari (1995), no mundo antigo, as variantes das letras se restringiam a
uns poucos casos. O latim, por exemplo, não tinha as letras minúsculas. A escrita cursiva vai
aparecer só na idade media, mas nessa época o latim já era escrito com muitos tipos de letras.
Hoje, mesmo numa única folha da cartilha, encontramos uma variedade de tipos de alfabetos.
Por exemplo, a primeira letra pode aparecer escrita das seguintes formas:
а А α а A ą, A, cada uma pertencente a um tipo de alfabeto diferente. De fato A é tão
diferente de α quanto p é de m, por exemplo p,b, d e g são muito mais semelhantes entre si do
que b e B, g e G etc. Vivemos no mundo onde a crise se realiza através de muitos tipos de
alfabetos. Como aprendemos a ler todos eles, não tomamos consciência. Para nós adultos,
qualquer A é A, seja ele escrito como for. A escrita tem como objetivo primeiro permitir a
leitura. A leitura é uma interpretação da escrita que consiste em traduzir os símbolos escritos
em fala, alguns professores fazem muita questão de enfatizar o uso da escrita cursiva e
esquecem de verificar o que a escrita representa para a criança.
É preciso ouvir das crianças o que é escrever, para que serve a escrita, valorizando as
opiniões que cada uma possa apresentar. Por exemplo: uma criança pode representar seu
nome por um conjunto de rabiscos. Em geral pequenos, e misturando linhas retas e curvas.
Nem sempre faz o rabisco e depois interpreta; às vezes tenta escrever algo que pensou. O
resultado é uma escrita cifrada cujo significado só o autor conhece.

Outros podem utilizar uma seqüência de letras:


A I D I A PA XUX
Quando, ao dizer que estar escrevendo, a criança desenha algumas letras agrupadas de
forma aleatória ela já possui uma idéia de que seja a escrita, ou seja, ela sabe que se escreve
com determinados sinais, mesmo que não saiba que antes sinais possuem uma ordem de
colocação e significação. Nessas tentativas de escritas, a criança não procura copiar mais
representar o que ela imagina que seja a escrita. É importante deixar que as crianças
experimentem como escrever as letras.
Mesmo para os que sabem é preciso dizer, logo no inicio o que é a escrita, as maneiras
possíveis de escrever, a arbitrariedade dos símbolos, a convencionalidade, que permite a
decifração, as relações variáveis entre letras e sons que permitem a leitura. Em fim, é preciso
não camuflar a complexidade da língua.
Antes que o alfabeto tomasse a forma que, tem hoje percebe-se que passou por
inúmeras transformações. Sendo que primeiro surgiram os silabários, que consistiam num
conjunto de sinais específicos para representar cada sílaba, os desenhos também se referiram
as características das palavras. Os Fenícios utilizaram muitos sinais da escrita egípcia
formando um inventario bastante reduzido de caracteres, cada qual escrevendo um som
consonantal. As características das línguas semíticas, não eram muito importantes escrever as
vogais, onde as palavras eram facilmente reconhecidas apenas pelas consoantes, observa-se
até hoje em modos que podem escrever o árabe e o hebraico.
Os gregos adaptaram o sistema de escrita fenícia, onde juntaram vogais, uma vez que
em grego as vogais têm uma função lingüística era muito importante na formação e
reconhecimento das palavras. Desta forma os gregos escrevendo, criaram o sistema de escrita
alfabética.
A escrita alfabética é a que apresenta um inventário menor de símbolos e permite a
maior possibilidade combinatória de caracteres na escrita. Posteriormente à escrita foi
adaptada pelos romanos e esta forma constitui o sistema alfabético grego-latino de onde
provem o nosso alfabeto.
Os caracteres dos sistemas ideográficos podem ser usados para representar silabas,
adquirindo, então, um caráter fonográfico. Por outro lado, uma silaba pode também ser
representada por uma letra do alfabeto, fazendo com que a característica típica fonográfica da
escrita alfabética comece a se perder. Apenas os caracteres do sistema alfabéticos conseguem
formar sistemas fonográficos, representando os sons da fala em unidade menores do que a
silaba; é por tanto, o sistema mais detalhado quanto a representação fonética.
A escrita seja ela qual for sempre foi uma maneira de representar a memória coletiva
religiosa, mágica, cientifica, política, artística e cultural. A invenção do livro é sobre tudo da
imprensa são grandes marcos da historia da humanidade, depois é claro da própria invenção
da escrita. Esta foi passando do domínio de poucas pessoas para o do publico em geral e seu
consumo é mais significativo na forma de leitura do que na produção de texto. Os jornais e
revistas são hoje tão comuns quanto à comida. Para a maioria das pessoas além de aprender a
andar e a falar, é comum aprender a ler e escrever.
Os instrumentos de escrita também têm se transformado muito ao longo dos tempos,
indo desde o pincel, o cinzel, o estilete, o lápis, a caneta, até as teclas das maquinas de
escrever e dos computadores.
Fala-se muito de leitura e escrita e da importância que tem na vida do ser humano, mas
nem todos eles têm o acesso à leitura e escrita, a diferença social e cultural tem grande
influencia nesse processo. Hoje no Brasil fala-se muito em erradicação do analfabetismo,
diminuição da evasão escolar, mas nada tem sido feita para amenizar o problema faltam
políticas que possam abranger não só aqueles de poder aquisitivo elevado, mas também a
classe pobre onde se concentra a grande maioria. Podemos dizer que o analfabetismo dos pais
contribui significativamente para o problema de aprendizagem das crianças principalmente da
leitura e da escrita.
Para FERREIRO E TEBEROSKY (1985),
A alfabetização tem duas fases; uma relativa ao adulto, e outra relativa às
crianças, se em relação aos adultos trata de sanar uma carência, no caso das
crianças trata-se de prevenir, de realizar o necessário para que as crianças
não se convertam em futuros analfabetos.
Sabemos que para o professor realizar um bom trabalho de leitura e escrita com as
crianças ele precisa conhecer a realidade e o meio em que ela estar inserida para poder
desenvolver um planejamento que possa engajar todas as crianças no processo de aquisição da
leitura e da escrita.
Nosso objetivo nesse trabalho como educador é contribuir para melhorar a leitura e a
escrita dos alunos de 3º ano que se encontram no processo de alfabetização. Pesquisando e
observando para melhor contribui nesse processo.
O estagio de observação e regência nas serie inicias nos deram subsidio para que
pudesse desenvolver esse trabalho no qual percebemos a grande dificuldade dos professores
das series inicias para desenvolver seu planejamento pedagógico para trabalhar leitura e
escrita das crianças. Juntos auxiliam os professores a desenvolver um planejamento que
contribuísse com aprendizado de leitura e escrita das crianças. Fazendo com que esse
aprendizado se tornasse significativo para elas de maneira que prendesse a atenção de forma
lúdica e prazerosa.
Nas nossas observações podemos perceber que as crianças estavam desestimuladas em
sala de aula sem interesse algum pela aprendizagem, pois a metodologia utilizada pela
professora ainda é um método tradicional, onde as crianças só escreviam o tempo todo sem
saber o que estavam escrevendo.
Observamos que a professora tinha dificuldade de inovar suas aulas deixando que se
tornassem rotineiras e assim os alunos tinham dificuldades de aprendizagem principalmente
na leitura e na escrita.
A falta de investimento na formação de professores contribui para o fracasso escolar
das crianças, por outro lado os professores precisam fazer sua parte, precisam ser professores
envolvidos com a educação buscando sempre a melhor maneira de ensinar seus alunos indo
em busca, pesquisando, lendo e se informando para se tornar um professor inovador um
professor que se preocupe com aprendizagem dos seu alunos. Para FREIRE (1996 p.29), não
há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esse quer-fazeres se encontra um no corpo do
outro, pesquiso para educar e me educar.
Percebemos que há grande dificuldade dos professores no desenvolvimento de suas
praticas pedagógicas, isso faz com que as crianças não tenham um bom desempenho escolar e
muitas acabam repetindo o ano. Certamente não estamos atribuindo a causa do fracasso
escolar somente a má professores sabemos que há vários fatores que contribui para o índice de
repetência e evasão escolar dessas crianças.
Segundo BOZZA (2008):
Ter essa concepção histórica de linguagem significa encaminhar uma pratica
pedagógica por caminho que priorizem o pensar, favoreçam o
desenvolvimento da capacidade de estabelecer relações, possibilitem a
inferência em todas as atividades e tenha na leitura e na escrita com função
social sua base primeira e única para ensinar a ler e escrever.

Sabemos que por meio da leitura e da escrita, a convivência em sociedade torna-se


mais fácil, com a aquisição da leitura e da escrita compreendemos o valor social e o papel
fundamental que tem na sociedade seja ela cultural ou não. Oferecendo meios necessários ao
homem de se comunicar e compreender o mundo, oferecendo a oportunidade de transformar
suas relações. De acordo com o pensamento expresso por FREIRE (2001), A leitura é
importante no sentido de oferecer ao homem a compreensão do mundo e através dessa relação
é possível à descoberta da realidade sobre a vida. Observa-se que a leitura expressa um
mundo particular dando significado as coisas que o cercam. Ao interagir com esses
conhecimentos,o ser humano se transforma,amplia seus conhecimentos que lhe possibilitam
novas formas de pensamento e inserção e atuação em seu meio.
Entende-se que a leitura e a escrita são indispensáveis ao processo do desenvolvimento
humano, especialmente no momento que o conhecimento se expressa como fator fundamental
na vida social. Também é expressa no mundo contemporâneo à leitura e escrita serem
revelados de forma diversificadas, nesse caso na escola as variedades devem ser incentivada.
Em fim, a escola deve priorizar no contexto de sua atuação o aprendizado da leitura e escrita,
o aluno, de acordo com a realidade que vivencia, e essa reflexão pode ser benéfica no sentido
de elevar o nível sócio cultural dos sujeitos na sociedade.
Segundo FREIRE (2001:40):
A consciência só adquirida se houver um processo dialógico entre homem e o
mundo. Por isso também, importância dos sujeitos no mundo perceberem-se,
através de suas “leituras” como agentes da história pessoas que fazem história, mas
que não apenas participam como expectadores.

O autor acima citado ressalta que o ser humano ao interagir com o mundo amplia seus
conhecimentos, que lhe possibilita novas formas de pensamento e inserção e atuação em seu
meio. O ser humano passa ter consciência da importância dele no mundo através da interação
adquirida por meio da leitura e da escrita sendo a condição para plena participação na
sociedade, o simples fato de escrever para alguém, ler livros, jornais e revistas estar havendo
à interação do homem com o mundo.
Segundo BUENO (2006):
Para compreender o desenvolvimento de leitura de crianças oriundas de
meio não letrados e de uma classe socioeconômica baixo, conhecer um
pouco do processo de leitura dessas crianças, poderia significar um passo na
busca de um ensino mais adequado a elas.

Observamos quando a criança vem de família onde os pais são analfabetos não tem
acesso a livros, jornais e revistas, certamente terão dificuldades no processo de leitura e
escrita, pois o meio em que estar inserida não há estimulação nesse sentido. Já a criança que
vem de família onde os pais têm hábitos de ler, onde a criança tem contato com livros, lápis e
papel. Não terá dificuldade para aprender a ler e escrever. Porque foi estimulada desde cedo
pelo meio em que estar inserida, ouvindo estória de livros e fazendo rabisco com lápis.
Segundo SIMONETTI (2007):
Alfabetizar significa então vivenciar com as crianças praticas de leitura e
escrita, inserindo-a no mundo da cultura escrita, além do ambiente
estimulante que lhe permita ler o mundo com sentimento e criação. Em fim a
criança aprende a ler e escrever com melhor qualidade.

Observamos que a autora a cima citada enfatiza a importância na praticas de leitura e


escrita e ressalta que tanto a escola quanto a família devem estar presente nas experiências das
crianças para um melhor desempenho, fazendo com que elas percebam sua grande importante
no seu meio social.
Piaget apud Macedo p.24 afirma,
Que para uma criança se desenvolver cognitivamente necessita passar por
experiências onde possam compreender o seu modo de construção do
conhecimento e reconstruí-lo. A criança que vivencia pratica sociais
diferenciadas e interagem de forma participativa experimenta desafios e
estimula seu raciocínio.

1.2 – Leitura e escrita no processo ensino aprendizagem

O processo de ensino da leitura e da escrita ainda é visto de maneira errônea por


nossos educadores e até pelos pais das crianças que se perguntam em que momento deve
ensinar a ler e escrever? Muitos adultos acreditam que decidem quando esse aprendizado vai
ser iniciado.
Ferreiro (2001: 98) diz algo muito importante sobre essa discussão:
“As crianças iniciam seu aprendizado de noções matemáticas antes da escola,
quando se dedicam a ordenar os objetos mais variados, participando de diversas
situações de contagem. Da mesma forma iniciam seu aprendizado do sistema da
escrita nos mais variados contextos, porque a escrita faz parte da paisagem urbana e
a vida urbana requer continuamente o uso da leitura. As crianças urbanas de 5 anos
geralmente já sabem distinguir entre escrever e desenhar”.

Vislumbramos em Freire (1989) este olhar sobre leitura quando nos diz que a "leitura
do mundo" precede a leitura da palavra, ou seja, a compreensão do texto se dá a partir de uma
leitura crítica, percebendo a relação entre o texto e o contexto.
Dessa forma, um leitor crítico não é apenas um decifrador de sinais, mas sim aquele que se
coloca como co-enunciador, travando um diálogo com o escritor, sendo capaz de construir o
universo textual e produtivo na medida em que refaz o percurso do autor, instituindo-se como
sujeito do processo de ler.
O educador tem que estar atento nesse processo de aprendizagem que a criança já traz
do seu meio social e adequar-se a realidade da mesma para que seja um aprendizado
significativo.

1.3 – O Ensino e a Aprendizagem da Leitura

Salientemos, em primeiro lugar, que os fundamentos aqui expostos não esgotam o


tema da leitura e de seu ensino. Buscaremos, com o que segue mostrar como diferentes
correntes teóricas puderam informar certo modo de ver a leitura, modo esse que está
condicionado a recortes epistemológicos e que, portanto, não resulta de uma aplicação direta
de uma teoria particular a uma situação de ensino particular. Segundo FERREIRO E
PALACIO (1987 p.16),
O processo de leitura entrega uma serie de estratégias. Uma estratégia é um
amplo esquema para obter, avaliar e utilizar informação. A leitura como
qualquer atividade humana é uma conduta condizente. As pessoas não
respondem simplesmente aos estímulos do meio; encontram ordem e
estrutura no mundo de tal maneira que podem aprender a partir de suas
experiência, antecipá-las e compreendê-las.

Um outro aspecto a salientar é que, quando falamos em leitura, não queremos


estabelecer oposição com a leitura que se faz na escola e na sala de aula. Ao contrário, nossa
visão é processual, ou seja, lê-se na escola, aprende-se a ler na escola para se ler fora dela.
Passemos agora aos fundamentos. Consideremos a escola o lugar de se aprender a ler e
a gostar de ler. Nesse lugar, desempenha papel fundamental o professor. Ele, como "texto",
foi o parceiro, o mediador, o articulador de muitas e diferentes leituras, de muitos e diferentes
textos. Sabemos que muitas crianças só têm acesso a diferentes tipos de texto na escola, por
isso cabe a escola propicia subsidio para desenvolver e estimular o processo de leitura da
criança para FERREIRO E TEBEROSKY (1985 p.176)
É possível que o protótipo de portador de texto para as crianças de classe
baixa seja o jornal a qual fazem freqüentes referencias; enquanto que para as
de classe media preferencialmente seja o livro de contos, dos quais sabem ser
destinatários diretos.

Para ler muito, ler tudo, o professor deve deixa expostos os livros para que tenham
acesso, que deixam de ser objetos intocáveis. Ler tudo implica, inclusive, trazer para dentro
da escola os textos esquecidos, considerados "subliteratura": o gibi, o catálogo, a propaganda,
o panfleto que se distribui na rua, a receita de culinária, ao lado dos clássicos, da literatura
informativa. Ler tudo implica desvendar, esclarecer a retórica de cada texto, a gramática
subjacente a cada um, na qual pode ser bastante produtiva: diagnóstico de necessidades e
expectativas do aluno; atendimento das necessidades e expectativas; ruptura e quebra das
expectativas; questionamento; alargamento da vivência cultural e da visão de mundo.
Teríamos aí o atendimento dos interesses e necessidades do aluno, mas também, e, sobretudo,
a possibilidade de criar novas necessidades culturais aprendidas na escola.
Torna-se imprescindível, como se vê criar no ambiente pedagógico um clima
favorável à leitura, marcado por interações abertas e democráticas. Interações que vão
permitir muitas leituras de um mesmo texto, por sujeitos que têm histórias, competências,
interesses, valores e crenças diferentes. Ao professor cabe reconstruir com seus alunos a
trajetória interpretativa de cada um, buscando compreender a construção de cada sentido
apontado.
A diversidade cultural ainda deve ser o eixo dos propósitos da leitura, determinando
diferentes tipos de relação com o texto. Alguns métodos devem ser levados em conta para o
encaminhamento pedagógico da leitura: o científico, o criativo, o comunicacional, para a
busca de informação, à recriação do texto, à identificação dos elementos do processo
comunicativo, às diferentes linguagens, Como deve ter ficado claro, são diversas as
possibilidades de exploração, encaminhamento e avaliação da leitura na sala de aula.
Segundo FERREIRO e PALACIO (1987 p.19) a busca de significado é a característica
mais importante do processo de leitura, e é no ciclo semântico que tudo adquire seu valor. O
significado é construído enquanto se ler, mais também é reconstruído, uma vez que devemos
acomodar continuamente nova informação e adaptar nosso sentido de significado em
formação.
Essas autoras dizem que, conforme a relação que estabelecemos com o texto, terá:
leitura-busca-de-informações; Discutindo a questão estaria, segundo elas, em como a escola
constitui a relação com a aquisição da leitura e escrita trata-se de optar entre uma relação de
submissão, para pura imitação,quando deveria ser uma relação crítica e criativa, para se
ampliar o sistema de referências culturais e simbólicas. Temos aqui delineada a necessidade
de atribuir sentido a toda e qualquer prática de leitura. A leitura é, portanto, caminho e
oportunidade de lidar com a escrita e seu alto grau de abstração e autonomia contextual.
Desse modo, se as interações cotidianas, em contextos privados e imediatos, ocorrem
de forma relativamente bem-sucedida, o mesmo não se pode dizer do trato com a língua
formal em contextos mais abstratos de interação à distância.
Em se tratando de recursos expressivos, a inserção no mundo da escrita amplia nosso
repertório lingüístico, funcionando, indubitavelmente, como um entre os vários caminhos da
aprendizagem da língua. E aqui devemos falar do papel do professor e da escola outra vez:
ninguém aprende a lidar com a língua e o uso da língua de modo automático e espontâneo. É
preciso que alguém ensine o aluno a desenvolver sua sensibilidade e a lançar novos olhares
sobre os sistemas simbólicos. O olhar apurado, aprendido, faz um novo sujeito, que questiona,
indaga, descobre, inventa, compara, coteja, transforma, aprende, ensina. Por isso a análise
comparativa de textos se faz tão fecunda.
O caráter de texto literário permitiu um trabalho com diversos conceitos como os de
gênero literário, recursos expressivos, níveis de linguagem, imagens e metáforas, símbolos e
sugestões, universalidade do texto literário, especificidades da obra poética, o lúdico, a rima,
o ritmo, o som, a magia, a fantasia. De outra parte, por reconhecer que também é preciso
trabalhar com leituras informativas, cuja interpretação é condicionada por um determinado
contexto sócio-histórico, leituras mais ligadas às demais áreas de conhecimento e à pesquisa.
Por isso, certamente, os estudiosos da leitura remetem tão freqüentemente ao conceito
de intertexto, que é o que, de fato, a escola deve fazer e permitir que se faça dentro e fora
dela. Se, nesse aspecto, ela for bem-sucedida, terá cumprido sua função. Abaurre (1985)
defendem enfaticamente a importância da leitura para a aprendizagem. Em geral, os autores
chegam a afirmar que a capacidade de ler é a grande herança que a escola pode deixar para o
aluno. Com base neles, encerramos nossa exposição, dizendo que a leitura - tal como aqui
concebida -, se for bem aprendida e prosseguir fora da escola, constitui-se num caminho para
a realização de mais interações, construção de mais sentidos, superação do imediato e
concretização de uma vida mais feliz para todos.
É possível afirmarmos que o ato de ler, no modelo tradicional de escola, caracteriza-
se, principalmente, pelo seu caráter reprodutor. Considera-se bom leitor aquele aluno que
consegue devolver ao professor a palavra do trabalho didático. A avaliação da compreensão
de leitura tem-se limitado à capacidade de captar informações explícitas na superfície do
texto. Isso se deve, certamente, às concepções de língua, texto e leitura subjacentes à prática
pedagógica. Assim, concebe-se a língua como um código transparente e exterior ao indivíduo,
o texto como uma mera soma de palavras e frases, e a leitura como a busca/confirmação de
um sentido preestabelecido.
A leitura é sistematicamente, submetida às rotinas padronizadas dentro da escola e
termina por perder seu sentido mais profundo. Em última instância, acaba sendo um fator
decisivo e determinante do fracasso escolar. Do ponto de vista dos objetos de leitura, essas
rotinas descaracterizam o trabalho, a revista e os demais materiais que circulam na vida
social. Cortado, adaptado, Mimeografado, o texto, enquanto objeto sociocultural se
transfigura, porque se “pedagogiza”.
Para FERREIRO E PALACIO (1987 p.23):

Um dos aspectos fascinantes no campo dos problemas de aprendizagem é que a


criança, cujo problema é aparentemente tão limitante em tarefas especifica, pode
mostra-se extremamente competente em todas as demais. Certamente, este contraste
resulta tão dramáticos que muitos se inclinam a limitar o termo de problemas de
aprendizagem para as crianças cuja inteligência está dentro ou acima da media,
embora não apresente nenhum argumento para excluir aquelas cujo rendimento
intelectual é menor mais que sofrem os mesmos defeitos, qualquer que seja a
natureza deste.
Segundo as autoras acima citadas, a escola não leva em conta as habilidades das
crianças no geral do seu desenvolvimento, limitando seu potencial em atividades especificas.
Sabemos que a criança pode não saber escrever bem, mais sabe ler perfeitamente, isso não
significa que ela tenha problema de aprendizagem, a escola precisa trabalhar focalizando as
necessidades das crianças e principalmente levando em conta o meio em que ela estar
inserida. Para FERREIRO E TEBEROSKY (1985 p.37) afirma que a influencia pode também
ser avaliada em função daquilo que a criança pode assimilar do seu meio, para que o
conhecimento se desenvolva.

1.4 – Conceitos de leitura e escrita na visão de alguns autores

Ler é um ato lingüístico diferente da produção espontânea de fala sobre um assunto


qualquer. Ler é condicionado pela escrita, mesmo que a restrição seja somente semântica. É
exprimir um pensamento estruturado por outra pessoa, não pelo leitor falante. (Cagliari) “ler é
um processo de relacionamento entre símbolos escritos e unidades sonoras, e é também um
processo de construção e de interpretação de textos escritos”. Logo escrever pode ser assim
também posto em evidencia, conforme o autor, “as habilidades de conhecimentos de escrita
estendem-se desde a habilidade de simplesmente transcrever sons até a capacidade de
comunicar-se adequadamente com leitor potencial”.
É nesse sentido que podemos perceber a diversidade de uso de leitura e escrita na vida
cotidiana. Mas para isso pessoas lêem e escreve com diferentes motivos e para diferente
finalidade como: ler para se manter informado e adquirir conhecimentos, escrever para se
comunicar e outros. Nesse sentido sabemos que a aquisição da leitura e da escrita é alicerce
para o desenvolvimento do ser humano. Para cagliari a um dito popular que diz que a leitura é
o alimento da alma, nada mais verdadeiro. As pessoas que não lêem são pessoas vazias ou
subnutrida de conhecimento. Algumas pessoas analfabetas conseguem às vezes se sair bem
economicamente, mais nem por isso deixa de ser pessoas vazias, já a escrita deve ter como
objetivo essencial o fato de alguém ler o que estar escrito. A escrita como tal precisa de um
objeto bem definido que é fornecer subsidio para que alguém leia.
Para FERREIRO E TEBEROSK (1985 p.96):
A influência do fator social está em relação direta com o contato com o objeto
cultural “escrita”. É evidente que a presença de livros, escritores e leitores é maior
na classe média, do que na classe baixa.

Segundo BUENO (2006),


Para que aprendizagem se dê na interação adulto – criança, cremos que dois outros
fatores são também determinante do maior ou menor sucesso alcançado: afetividade
e valoração. Embora tenha pesquisado pouco, a influência do componente afetivo,
Vygotsky (1962), via afetividade não apenas como parte das necessidades do
indivíduo, influenciando seus pensamentos e comportamentos, mais também, como
um fator de motivação para criança de um estado de consciência.

A afetividade confiança e respeito mútuo: confiança do aluno em que o professor estar


interessado em seu progresso; confiança do professor em que o aluno esteja aprendendo e que,
portanto, oferecera um feedback continuo que o adulto possa adequadamente direcionar sua
pratica. A confiança mutua pressupõe o respeito mútuo; respeito de professor para com aluno
como ser humano, o conhecimento que trás consigo, sua maneira de aprender, seu ritmo de
aprendizagem; respeito do aluno para com o professor como aquele que sabe mais e que,
como tal estar em condição de orientar o processo de ensino aprendizagem.
Nesse sentido a troca de respeito e confiança entre professor e aluno e vice-versa é
fundamental para troca de conhecimento, para que esse feedback aconteça o professor precisa
conquistar a confiança desse aluno, com isso o aluno poderá expressar seus anseios e suas
duvidas sem receio de ser reprimido.
Segundo FERREIRO E TEBEROSKY (1985.p.24):
Classicamente, pensa que para escrever corretamente é preciso também saber
pronunciar corretamente as palavras. Não se trata de ensinar as crianças a fazer uma
distinção, mais sim de levá-las a se concretizar de uma diferença que já sabiam
fazer.
Em outras palavras não se trata de transmitir um conhecimento que o sujeito não teria
fora desse ato de transmissão mais sim de fazer - lhe cobrar a consciência de um
conhecimento que o sujeito possui porem sem ser conscientes possuí-lo.
Quando a criança entra na escola já possui um saber, ou seja, tem um vocabulário que
é diferente daquele ensinado na escola, a escola por sua vez não considera esse saber que a
criança já possui, uma vez que ensinar a criança aquilo que ela já sabe de maneira deferente
fazendo com que tenha dificuldade de processo de aquisição da leitura e da escrita.
Segundo FREIRE (2004p. 47), saber que ensinar não é transferido conhecimento, mas
criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção.
Compreendemos que ensinar é da condição e oportunidades para que as crianças criem
e desenvolva seus conhecimentos de maneira que o professor possa aproveitar e adaptar seu
planejamento de acordo com o saber que a criança já possui.
Segundo FERREIRO E PALACIO (1987 p.102):
Antes que a escrita apareça como uma tarefa escolar iniludível, antes que a criança
seja iniciada nos rituais de alfabetização, a escrita existe. Historicamente falando,
não restam duvidas de que a escrita tem uma origem extra – escola; que no inicio de
sua organização enquanto objeto de conhecimento precede ás práticas escolares; que
a escrita efetiva evolui na criança através de modo de organização que a escola
desconhece por ter herdado, do tempo da formação dos escrivãos o cuidado pela
reprodução fiel. Porque não sabendo como tratar as escritas que se desviam da
norma esperada, ignora-as ou reprime-as.

O processo de ler e escrever extrapola os muros escolares e passam a ser praticado por
muitos alem e passam a fazer parte da sua prática. (FREIRE 2001).
Em outras palavras, ler não é adivinhar nem decifrar significados aquilo que se lê. Ler
é ter uma hipótese inicial para significação do texto e reformular esse significado tantas vezes
foram necessária a partir do encontro de nossas idéias e opiniões, do contexto em que lemos,
do tipo de texto e dos elementos que o formam. Sem significado não há leitura e os leitores
não podem obter o significado sem utilizar o processo de leitura. (FERREIRO E PALACIO
1987 p.14).
Quando pensamos em ler e escrever, imediatamente nos vêm à mente as práticas
escolares ou as práticas profissionais do emprego da literatura e da escrita certamente que o
ambiente escolar marca essas duas habilidades até mesmo porque a escola é a instituição
responsável pela aquisição da leitura e escrita. Mas, o que podemos pensar é que fora da
escola também se lê e se escrevem de modos diversos, muito singulares, para as mais
diferentes necessidades e nos mais diversificados grupos locais.
Para SOARES (2008), letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de
um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno, porém,
não tem como ensinar escrever sem saber ler, ambos está junto e não podem separá-los.
Ler é um conceito muito amplo: podemos ler um bilhete simples, uma placa na rua,
um sorriso de uma criança, um pequeno livro, uma imagem, ler a Bíblia ou uma tese de
doutorado... Para Soares (1998; P.8/9) ler e escrever não são categorias.
“A consciência só adquirida se houver um processo dialógico entre homem e o
mundo. Por isso também, importância dos sujeitos no mundo perceberem-se, através
de suas “leituras” como agentes da história pessoas que fazem história, mas que não
apenas participam como expectadores (Freire, 2001; p 40)”.

O autor acima citado considera a escrita algo que evoluiu bastante, desde os tempos
antigos aos dias atuais com a modernização da tecnologia e o acesso aos computadores
alterando a própria estrutura do pensamento e do conhecimento e acabou transformando a
consciência humana.
Segundo FERREIRO e PALACIO (1987 p.14). A língua escrita de modo similiar à
língua oral é uma invenção social. Quando uma sociedade necessita comunicar através do
tempo e do espaço e quando necessita recordar sua herança de idéias e de conhecimento, cria
uma língua escrita.
Porém a escrita analítica ou também designado por escrita de palavras onde
verificamos que já se efetuou um processo assinalável visto que a cada símbolo está associada
a uma palavra.
Escritas fonéticas, os quais podem ser tanto silábicas (quando um símbolo está
associado a uma sílaba) como alfabéticas (quando um símbolo está associado a uma unidade
fonológica). Nesta forma de escrita, cada fonema poderá combinar-se com outros,
obedecendo a determinado pressupostos, formando diferentes palavras. Assim, o número de
signos é ainda mais reduzido, sendo este o sistema utilizado atualmente.
A língua como representação do pensamento. Neste sentido a leitura entendida a
atividade de captação das idéias do autor, sem se livrar em contar as experiências e os
conhecimentos do leitor.
Nessa perspectiva a leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e
conhecimentos do leitor; e exige do leitor bem mais que o conhecimento do código
lingüístico, uma vez que o texto não é simples produto da codificação de um emissor o ser
decodificado por um receptor passivo. (FERREIRO E PALACIO 1987 p. 18):
O leitor está sempre voltado para obter sentido do texto. A atenção está focalizada
no significado, e tudo que há além disso (tal como letras, palavras ou
gramáticas)apenas recebe atenção plena quando o leitor encontra dificuldade na
obtenção do significado. Cada ciclo é uma sondagem e podem não ser completada se
o leitor for diretamente ao encontro de significado. Em uma leitura realmente
eficiente, necessitam poucos ciclos para completá-las se antes que o leitor obtenha o
significado.

Certamente a concepção de leitura é uma atividade de produção de sentido. As autoras


enfatizam que “Desse leitor espera-se que o processo, critique, contradiga, ou avalie a
informação que tem diante de si, que dê sentido e significado ao que lê”. De modo, os leitores
ativos, estabelecem relações, fazem inferência, comparações, formula hipóteses e perguntas
relacionadas ao conteúdo.
A leitura envolve a integração de múltiplos fatores relacionados à experiência do
indivíduo, habilidades de funcionamentos neurológicos. O ato de ler compreende desde a
decodificação dos símbolos e gráficos até a análise reflexiva de seu conteúdo. A compreensão
de um texto não se resume à capacidade de memória, mas também à capacidade de inferir
fatos que não são explicitamente no texto.
A compreensão em leitura implica a criação de uma representação mental coerente do
texto. Mesmo que a leitura tenha familiaridades com o código escrito, mesmo que conheça o
gênero textual, que possua conhecimento prévio sobre o assunto, ainda assim a compreensão
não está garantida. É necessário que a leitor tenha uma atitude ativa de cooperação para
construção da estrutura, a fim de aprender através da leitura. Escrita pode ser diferente dos
leitores, interferindo na produção de sentido.
Segundo BUENO (2006 p. 149):
A construção se sentido se dá, então, na interação. A leitura deixa de ser a
decodificação mecânica para ser a busca de resposta significativa para as perguntas
colocadas pelo adulto, avanço importante, uma vez que se dá quando ao aspecto que
é a essência da leitura: o significado. A leitura vai além da interação: deixa de ser a
busca de resposta para ser a busca do significado contido no texto.

Quando a autora acima citada afirma que a construção de sentido vai alem da interação
a criança se apropria da leitura e da escrita e vai em busca de um entendimento do texto, e a
partir daí encontra um significado do mesmo. Nesse sentido a leitura deixa de ser
decodificado e passa a ter significado e se torna de fácil entendimento para criança, quando
isso acontece o gosto pela leitura torna-se ainda maior. A valoração também contribui muito
nesse processo, a criança passa a ter consciência de que todo conhecimento adquirido será de
grande importância para o desenvolvimento e também lhe trará sucesso e aprovação em textos
e outros benefícios.
Ler, (Segundo Freire, 2001) não é um caminhar sobre as letras, mas interpretar o
mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação. Ler é tomar
consciência. A leitura antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só
ler. É também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo escrevê-lo.
Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática
de liberdade.
Segundo SOARES (2008 P.36, 37), Aprender a ler e escrever e passa a usar a leitura e
a escrita, torna-se praticas de leitura e de escrita, torna - se uma pessoa diferente adquire um
outro estado, uma outra condição socialmente e culturalmente.
Nesse sentido a aquisição da escrita e da leitura fará com que a criança se desenvolva
intelectualmente e saia de um estado que é o da decodificação para buscar um significado para
suas descobertas, a partir daí a criança passa para outro estado que é está inserida socialmente
e interagindo em seu meio, com uma outra visão que já não é mais a mesma, tornando-se
criativa com capacidade de interferir no discurso na sala de aula, uma vez que terá segurança
pra isso, desta maneira o professor não será mais o único interventor do discurso, mas a
criança também.
A escrita é também objeto do pensamento e da vida. Escrita e a leitura são distintivas
de poder. A leitura do mundo antecede a leitura das letras. A leitura assim é fato político
cultural de participação. Desse ponto de vista, um adulto ler frases como “vovó viu a uva”
deixou de ser um fato educacional pacífico e virou um absurdo político já que a frase não tem
nenhum significado para o adulto que se alfabetiza.
O professor deve valorizar o conhecimento prévio da criança e trabalhar de forma que
possa reconstruir esse conhecimento sem interferir naquele que a criança já traz de casa e a
partir daí construir novos conhecimentos, onde a criança poderá tirar sua própria conclusão de
tudo aquilo que já sabia e comparar com o que aprendeu sem que o professor interfira nesse
sentido.

1.5 – Dificuldades de Aprendizagem

Nesta pesquisa abordaremos sobre as dificuldades de aprendizagem que as crianças


apresentam no decorrer do estudo. São vários os fatores que causam esses entraves e
interferem na aprendizagem da criança. Por exemplo, fatores das próprias crianças, do meio
as quais se encontram a própria família e professor-aluno. A escola também faz parte desse
entrave pelo fato de muitas vezes não fazer uma pesquisa com a família da criança. Muitos
obstáculos podem interferir negativamente na aprendizagem do discente, mas a partir do
momento que o professor e a escola tomarem conhecimento dos problemas da mesma,
poderão de forma positiva ajudar na superação.
No decorrer do desenvolvimento mostraremos um pouco das várias dificuldades de
aprendizagem que a criança apresenta, pois as mesmas devem receber interferências
Pedagógica adaptadas e rica quanto ao método do ensino – aprendizagem e com isso
precisando de um olhar especial do educador para que juntas desbloqueiem suas dificuldades.
Nesse sentido, iremos realizar um estudo mais amplo das dificuldades das crianças no
processo de compreensão e utilização da linguagem oral e escrita. Pois conforme
TEBEROSKY 1985:

A escola é o lugar onde a criança convive com outras da mesma idade, interesse,
conhecimento e necessidades que podem ser compartilhadas. Todavia, não se
costuma aproveitar essas situações de intercambio que se dão espontaneamente por
julgar que atrapalham a disciplina e dificultam o ensino. Se reconhecermos que os
conhecimentos infantis são determinados pelas possibilidades de assimilação e pelas
informações do meio, podemos admitir que é no contexto de socialização que as
crianças iram confrontar diferentes pontos de vistas e construir seus conhecimentos.
Cabe a escola possibilitar a criança vivenciar situações que iram favorecer conflitos
– cognitivos e soltos conceituais em direção à apropriação da escrita / leitura. (p.80).
1.6.1 – Dislexia:

É um distúrbios de leitura, afetando a escrita, normalmente detectado a partir da


alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura e textos, porque a criança
disléxica demonstra sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos no início da
sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependem da leitura e da
escrita. A dislexia é considerada uma “disfunção cerebral”. A origem no eixo cerebral (base
psicomotora) cujo desenvolvimento é anterior à escrita. O disléxico não tem noção de
lateralidade, porém possui uma inteligência normal, tendo que ter uma observação no
processo da compreensão e utilização da linguagem falada ou escrita.
A criança não deve ter bloqueios emocionais que a impeçam de aprender, não deve ser
nova demais para alfabetização, isto é, exclui-se a imaturidade; deve ter tido pelo menos dois
anos de escolaridade com uma didática adequada. Isto significa que apenas aos 8-9 anos
podemos afirmar que a criança é disléxica.

1.6.2 – Disgrafia:

É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa.


Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis.

1.6.3 – Disortografia:

Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral,


havendo trocas ortográficas e confusão de letras. Essa dificuldade não implica a diminuição
da qualidade do traçado das letras.

1.6.4 – Dislalia:

Consiste na má articulação das palavras omitindo ou acrescentando fonemas. Nesse


caso a criança poderá trocar os fonemas, por problemas existentes na boca como: problema na
arcada dentaria ou na língua etc.
1.6.5 – Discalculia:

É A dificuldade em aprender aritmética pode ter várias causas: pedagógicas,


capacidade intelectual limitada e disfunções do sistema nervoso central.

1.6.6 – Distúrbios de leitura e aritmética:

As crianças com distúrbios de leitura, entre elas os disléxicos, apresentam dificuldades


para ler os enunciados dos problemas, mas são capazes de fazer cálculos quando as questões
são lidas em voz alta.

1.6.7 – Distúrbio de escrita e aritmética:

As crianças que têm disgrafia não conseguem aprender os padrões motores para
escrever letras ou números.

1.6.8 – Distúrbios de comportamento:

Constituem um assunto de grande preocupação para os professores porque, embora


muitos casos exijam assistência especializada, a ‘criança-problema’ geralmente permanece
em sala de aula, mesmo enquanto o tratamento está se realizando.
Características básicas: Muitos psicólogos classificam os distúrbios de comportamento
em duas categorias principais: problemas de conduta e problemas de personalidade.
A análise dessa pesquisa levou-nos a concluir que os desafios com as dificuldades de
aprendizagem poderão ser superados. Todo ser humano é capaz, tem suas potencialidades
basta lhe dar oportunidades.
CAPÍTULO II – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Diante da abordagem teoria realizada a partir da pesquisa bibliográfica, percebe-se que


quando a crianças tem o apoio e a orientação dos pais para realizar as tarefas de casa a mesma
sente-se estimulada e seu desenvolvimento na escola será maior e melhor do que aquelas que
não têm esse apoio dos pais. Através das observações realizadas na trajetória conceitual
podemos perceber que as maiorias das crianças observadas necessitam de apoio para
aquisição da leitura e escrita. Detectou-se ainda, que nas reuniões poucos pais se fazem
presentes, a maioria demonstra pouca preocupação com a educação de seus filhos. Por isso a
escola acaba não atingindo seu objetivo de conscientizar os pais sobre a importância do apoio
que eles podem dar para o aprendizado de seus filhos
A escola tenta trabalhar de forma correta a leitura e escrita dos alunos mais precisa
melhorar de maneira que o aluno tenha um aprendizado significativo atendendo as exigências
da leitura e da escrita que a sociedade impõe.
Diante deste breve contexto que revela discrepâncias e dicotomias em relação a
articulação do binômio teoria e prática que permeia a discussão do tema, apresentamos
algumas lógicas para uma possibilidade de intervenção para melhorar o aprendizado da
criança na leitura e escrita tendo como objetivo de contribuir com a proposta pedagógica
escolar como:
• Promover palestras para sensibilizar os pais da importância do apoio da família
na vida escolar de seus filhos.
• Proporcionar projeto de leitura e escrita, valorizando o aluno no ensino
aprendizagem.
• Propor projetos didáticos para alfabetizar relacionado a pesquisa de temas de
interesse da criança.
• Oportunizar a criança a recriar textos na roda de conversa.
• Proporcionar formação continuada aos professores para contribui nas suas
praticas pedagógicas.
• Propor aos professores algumas atividades de classe como: atividades com foco
no sistema de escrita; realizar atividades com foco nas praticas de linguagem; incluir
atividades permanentes na rotina da criança.
• Sugerimos que seja trabalhado de forma concreta e dinâmica para que a criança
se sinta valorizada e estimulada no processo de leitura e escrita.
• Promover aula de leitura na biblioteca para que o aluno possa ter contato com
diversos livros de literatura.
• Desenvolver metodologia de acordo com a realidade da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema tratado neste trabalho foi excelente e serviu para incentivar ainda mais o
interesse sobre as dificuldades de leitura e escrita que os alunos de 3º ano apresentam, pois a
partir deste estudo passamos a entender juntamente com alguns professores e começamos a
refletir também sobre as práticas educativas. Com base no referencial teórico, nos objetivos da
pesquisa e nos resultados obtidos foi possível compreender que a leitura e escrita é de suma
importância para as crianças. Espera-se que a escola apresente suas propostas pedagógicas por
meio de uma ação planejada voltada para o dia-a-dia em sala de aula, fazendo com que os
alunos possam desempenhar a função de gostar da leitura e conseqüentemente exercitar a
escrita.
No entanto acreditamos que para acontecer o progresso na leitura e escrita é preciso
que nós educadores sejamos comprometidos e tenhamos clareza teórica para perceber e
estimular a discussão, a pesquisa, o debate e o enfrentamento de tudo que se constrói o ser. E
ter consciência que é passível de erros, para que compreenda que o processo de leitura e
escrita se inicia muito antes de a criança entrar na escola.
Entretanto, sabe-se que a tarefa de educar é complexa, mas é preciso superar todas as
barreiras que nos impede de levar os discentes à plenitude de sua vida. Outra questão
importante é a necessidade da formação continuada para os docentes para que tenha um
melhor desempenho na observação dos discentes com dificuldade de leitura e escrita para que
seja diagnosticado no inicio e não prejudique seu ensino aprendizagem.
Para que o trabalho seja perfeito a escola precisa trabalhar a conscientização dos pais
em relação ao apoio com seus filhos nas dificuldades que eles apresentam sobre a leitura e
escrita, no qual a família em harmonia com a escola terá sucesso no ensino aprendizagem
dessas crianças. Por fim, não podemos deixar de ressaltar que os educandos foram nossos
inspiradores nessa pesquisa que podemos perceber o quanto nos foi gratificante ter adquirido
mais conhecimento e também mostrou-nos que nunca devemos parar de pesquisar e sempre
rever nossas praticas pedagógicas para um melhor desenvolvimento do ser humano.
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BUENO, Sylvia. A Construção da leitura. 4ª ed. Campinas, SP: Pontes 2006.

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