Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESTUDO DIRIGIDO
Ji-Paraná/RO
2023.
Terezinha Moreira Santana
ESTUDO DIRIGIDO
Ji-Paraná/RO
2023.
QUADROS, Ronice Muller & SCHMIEDT. Magali L. P. Ideias para ensinar português
para alunos Surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006. pág. 18 a 32.
1º. KARNOPP (2002) diz que “as pessoas não constroem significados em vácuo”,
conforme o texto, faça a devida contextualização dessa frase. [1,0]
Antes de mais nada, faz-se necessário apontar que língua de sinais, a libra é língua de
sinais brasileira, usada pelos surdos das diversas regiões existentes no território brasileiro,
sendo usada por meio de comunicação visual de pessoas surdas, isto é, o modo pelo qual a
comunicação emerge.
Em vista disso, a Autora infere que aquisição da linguagem escrita e o processo de
desenvolvimento de crianças surdas não brotam do nada, mas de um processo que se
caracteriza “por meio de línguas de libras e linguagem escrita”. (QUADROS & SCHMIEDT,
p. 23, 2006). Ou seja, a Autora aponta que a aquisição da linguagem da pessoa surda é um
processo dialético, em construção, pois é construído a partir de utilização de elementos
significativos, do qual a criança através da língua de sinais vai adquirindo a linguagem escrita
e também a própria língua de sinais.
Assim, para Autora por meio da língua de sinais as pessoas surdas adquirem a
linguagem através de um processo gradual, que envolve vários aspectos, como ambientais,
culturais, linguísticas e de identidade.
A língua de sinais brasileira, a libras, é usada pelos surdos das diversas regiões
espalhadas no Brasil, abarcando diversas culturas surdas e os aspectos inerentes ao contexto
escolar.
Destarte, autora ao fazer alusão à frase, “estão se reproduzindo iletrados em sinais”,
acolchoa crítica concernente a omissão da escola de organizar e ofertar para criança surda
diferentes conteúdos embasados no processo de aquisição da língua de sinais, para poder
propiciar o pleno desenvolvimento das capacidades cognitivas desse aluno surdo.
Autora relata que a criação de contadores de histórias é automática, naturais, sendo os
contos de história parte da literatura da língua de sinais, as quais são transmitidos de tempos
remotos, ultrapassando gerações, e que devem ser incorporados ao processo de alfabetização
de crianças surdas.
Contudo, devido ao fato de que os professores de alunos surdos não usam a própria
língua de sinais nas salas de aula, a produção de sinais artísticos não recebeu o apoio
necessário.
Diante disso, para autora a língua de sinais é língua materna da criança surda, por isso,
fazer jus a ser tratada com merece, devendo as escolas recuperarem e priorizarem a cultura da
literatura em libras, e promover seu desenvolvimento e registro.
De outro turno, autora aponta que o processo de alfabetização deve romper os
paradigmas, no sentido de promover mudanças e assumir a função pedagógica da educação
bilíngue. Pois, a valorização e implantação da produção artística em língua de sinais é útil
para o processo educacional eficiente para o desenvolvimento pleno da criança.