Libras, do 2º ano do curso de Letras Português, sendo como pré-requisito para obtenção da nota parcial do 1º Bimestre. Professor: Ednilson
PARANAGUÁ 2017 BILINGUISMO
A história da educação de crianças e adultos surdos, se deu muito tardia. O que
ocasionou muitas mortes, pois na Idade média eram condenados a escravidão ou até a morte, justamente pela falta de conhecimento das pessoas, em crer que quem não ouvia, não era dotado de conhecimentos e incapazes para a vida social. Através do monge beneditino Ponce de León (1520-1584), se tem os primeiros relatos de educação para surdos no mundo, ocorrido na Espanha. Charles Michel L’Epeé (1712-1789), foi um outro grande nome na história, por criar métodos baseado no emprego de senhas metódicas em 1780, na Europa. L’Epeé acreditava que a língua de sinais seria a melhor maneira de comunicação para os surdos. Mas em Milão, no ano de 1880, aprova-se a lei que determina o método oral como única forma de possibilidade de fala para a criança surda, ou seja, o processo que tinha acabado de começar a progredir, regressa instantaneamente. Em 1875, no Brasil, foi inaugurado o Nacional de Surdos-Mudos, atualmente chamado de Instituto Nacional dos Surdos (INES), pelo professor surdo francês Ernest Huet. Mas infelizmente, em 1911, a língua de sinais foi proibida como no resto do mundo. Graças a Lei Federal 10.436/2002 regulamentada pelo Decreto 5.626/2005 o bilinguismo é implantado nas escolas de todo país. Reconhecendo sua língua oficial, na cultura surda como LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), a qual deve ser ensinada desde a infância e a segunda a ser ensinada, é a língua oral oficial do Brasil. O processo de ensino aprendizagem se torna mais completo e inclusivo, em vista que se compõe do bilinguismo (Libras e língua oficial do país), uma vez que é muito importante essa junção para eficácia do desenvolvimento cognitivo e social dos alunos surdos. O aluno surdo necessita de atendimento especializado para melhor aprendizado na sala de aula. Dessa maneira, existem diferentes papéis a serem compostos para a realização dessa tarefa com sucesso. Como: • Professor de LIBRAS capacitado e preferencialmente surdo, podendo ter formação de nível superior ou médio. Credenciado pelo MEC. • Professor Bilingue, fluente em LIBRAS, para ensino do português escrito. • Professor interprete Libras/Língua Portuguesa, para mediação das aulas. Credenciado pelo MEC e no mínimo com formação média. • Fonoaudiólogo Bilíngue, para as práticas terapêuticas do ensino do português oral. Em consonância com isso, faz- se necessário uma reflexão dos objetivos, conteúdos e metodologias em vista da realidade das crianças. Além do mais, é importante um currículo que abrace a diferença e incorpore a educação de Libras, no ensino do português oral, a qual visa respeito e direito ao acesso a comunicação. As comunidades surdas defendem a perspectiva do conceito bilíngue não ser apenas sobre os aspectos biológicos, mas sim, reivindicam o reconhecimento cultural, além da língua gestual, sua particularidade na forma de pensar. Defende- se a ideia de que a família, que geralmente é ouvinte, ajude no processo de aprendizagem de LIBRAS da criança surda em sua linguagem própria. E que também, a família aprenda essa linguagem para melhora da integração na sociedade, na comunidade escolar e no meio familiar. Compreende-se, assim, vemos que precisamos lutar para que haja professores e escolas preparadas para a recepção dos alunos surdos, a fim de melhor atende-los em suas particularidades, afim de assegurar com qualidade seus direitos antes negados. REFERÊNCIAS GOMES, J. C; SOUZA, R. de R; BILINGUISMO COMO DIREITO A DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DE SURDOS. Departamento de Educação Intercultural, Brasil. Portal Educação. Disponível em:<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/o- bilinguismo-o-que-e/33865> Acesso em 26 maio 2017. Adaptar e Incluir. Disponível em: < http://adaptareincluir.blogs.sapo.pt/9824.html> Acesso em 26 maio 2017. FERNANDES, Sueli. Educação bilingue para Surdos: desafios à inclusão. In: FERNANDES, Sueli.Educação de Surdos.Curitiba: Editora Ibepex, 2.ed., 2011, 159 p. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ Camila Biato Sílvia Corrêa Nair gomes Lívia Alcântara Thamires Martins