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Disciplina de LIBRAS

Professora: Edileuza de A. Cardoso


História da Educação de surdos
• Antiguidade Grego- Romana
 Os filósofos gregos acreditavam que o pensamento só poderia ser concebido por meio das
palavras. Por não ouvirem, os surdos eram considerados desprovidos de razão, o que
tornava sua educação uma tarefa impossível.

Sem audição – sem fala – sem linguagem – sem pensamento

• Idade Média

 Até o século XII os surdos não podiam se casar;

 As almas dos surdos não eram imortais


• Idade Moderna

 Pedro Ponce de Leon (1520 – 1584) foi um dos tutores que se destacou no ensino de surdos na
nobreza espanhola;

 Entre o século XVI e XVIII, a educação das crianças surdas era planejada pela família. Para isso
eram contratados tutores com objetivo de ensinar os surdos a se comunicar oralmente ou por
escrito. Os métodos utilizados no ensino das crianças surdas eram muito semelhantes: os tutores
usavam a fala, a escrita, o alfabeto manual e os sinas;

 Abade Charles-Michel de L’Epée, foi o fundador da primeira escola para surdos no mundo, Instituto
Nacional para Surdos-Mudos em Paris, privilegiava a Língua de Sinais Francesa (LSF);

• Idade Contemporânea

 Congresso Internacional de Educação do Surdo, ocorrido em Milão, na Itália, em 1880;

 Reuniu educadores de surdos de diferentes países( apenas um surdo);

 Método oral puro;

 Professores surdos foram afastados da docência;

 Proibição das Línguas de Sinais em ambientes escolares;


Atas do Congresso de Milão

“Dada a superioridade incontestável da fala sobre os


sinais para reintegrar os surdos-mudos na vida social e
para dar-lhes maior qualidade de linguagem...( este
Congresso) declara que o método de articulação deve ter
preferência sobre o de sinas na instrução e educação
dos surdos-mudos .
O método oral puro deve ser preferido porque o uso
simultâneo de sinais e fala tem a desvantagem de
prejudicar a fala, a leitura orofacial e a precisão de
ideias”.
 1855 D. Pedro II junto com o professor Hernest Huet fundou a primeira escola para surdos no
Brasil, denominado Imperial Instituto de Surdos-Mudos no Rio de Janeiro .

• Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES;

• Línguas de sinais francesa;

Imperial Instituto de Surdos-Mudos. Fonte: Chih, 2013.


Filosofias de Ensino

Oralismo

• Essa proposta pretendia que os surdos fossem reabilitados, ou “normalizados”, pois, a surdez era
considerada uma patologia, uma anormalidade. Eles deveriam comportar-se como se ouvissem, ou
seja, deveriam aprender a falar.

• Objetivo central da educação : ensino da Língua Oral.

• Surdos eram vistos como “deficientes”.


Comunicação Total

• Defende a utilização de inúmeros recursos linguísticos, tais como, a língua de


sinais; linguagem oral; códigos manuais, entre outros.

• Oposto do Oralismo.

• Leva em consideração as características da pessoa com surdez, utilizando todo e


qualquer recurso possível para a comunicação, a fim de potencializar as interações
sociais, considerando as áreas cognitivas, linguísticas e afetivas dos alunos.

• Bimodalismo

• A Língua de Sinais não pode ser utilizada simultaneamente


Com o português.
 Bilinguismo

• O surdo é visto como diferente

• Aprendem duas Línguas: Libras como L1 e a Língua Portuguesa como L2

• Intérpretes de Libras

• A proposta de Educação Bilíngue, "busca respeitar o direito do sujeito surdo, no que


se refere ao acesso aos conhecimentos sociais e culturais em uma língua que tenha
domínio" (SKLIAR, 1998 apud VICTOR, et al, 2010).
Bibliografia

DIAS, Rafael. Língua brasileira de sinais: Libras. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. (Biblioteca
Pearson)

PEREIRA, Maria Cristina da Cunha [et al.]Libras. Conhecimento além dos sinais. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2011. (Biblioteca Pearson)

BAGGIO, Maria Auxiliadora e CASA NOVA, Maria da Graça. Libras. Curitiba: InterSaberes, 2017.
(Biblioteca Pearson)

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa, SANTOS, Lara Ferreira e MARTINS, Vanessa Regina de Oliveira
(org). Libras: aspectos fundamentais. Curitiba: InterSaberes, 2019. (Biblioteca Pearson)

BELÉM, Laura Jane Messias. Língua Brasileira de Sinais 1° Ed. Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2013.

LOPES, Maura Corcini (Org.). Cultura Surda & Libras. Coleção EAD. São Leopoldo, RS, 2012.
Disponível em: HTTPS://projetoredes.org/wp/wp-content/uploads/cultura-surda-e-Libras.pdf

QUADROS, Ronice Müller. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre:Artes Médicas,
2008

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