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FACULDADE IGUAÇU - FI

A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O USO


DA LÍNGUA DE SINAIS

ELDER FOGAÇA DE LARA

GUAPIARA – ABRIL/2023
ELDER FOGAÇA DE LARA

A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O USO


DA LÍNGUA DE SINAIS

Artigo científico presentado a Faculdade Iguaçu -


FI, como requisito parcial para obtenção do
Diploma de Especialista em Docência do Ensino
Superior.

GUAPIARA
ABRIL – 2023
A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O USO DA
LÍNGUA DE SINAIS

AUTOR: Elder Fogaça De Lara

RESUMO
A inclusão da pessoa surda na educação infantil, dando a importância sobre a
interação do aluno surdo para com o professor, e o quanto é importante a formação
profissional adequada, pois o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais- Libras é
de grande valor quando se refere ao trabalho com o aluno surdo, para isso é preciso
aprofundar-se em estudos acerca do desenvolvimento do aluno com surdez. A
formação para o profissional que pretende trabalhar com o aluno surdo, deve ser
específica na área da educação, pois dessa forma visa o melhor aprendizado do
aluno. O estímulo para o aprendizado deve ser desde a educação infantil, tanto para
surdos como para os ouvintes, instruir cada aluno é o dever de todo professor que
trabalha com a educação no geral, mas em especial com o aluno surdo, a inclusão
do aluno em sala de aula deve ser trabalhada diariamente, em especial junto com os
colegas de sala. O professor como mediador é de suma importância que ele tenha o
conhecimento em Libras para que possa dessa forma ministrar os conteúdos na
língua do aluno surdo.

Palavras-chaves: Educação Infantil, Inclusão, Libras, Surdez

1. INTRODUÇÃO

A pesquisa realizada tem o objetivo voltado para compreensão da


necessidade educacional especial da pessoa surda, a importância da inclusão logo
na educação infantil e a necessidade de oferta da Língua de Sinais, sobretudo,
porque nessa faixa etária o aluno tem uma facilidade em absorver todo o
conhecimento, já que apresentam mais curiosidades em relação ao diferente.

O conteúdo também se refere a primordialidade do profissional na busca de


conhecimentos específicos para que se obtenha a formação adequada a fim de
atender as necessidades de todos os alunos, favorecendo inclusive o
desenvolvimento do aluno surdo, para que possa, então, ter um melhor
discernimento de todo o contexto, ainda, é discutido um pouco sobre a história da
educação de surdos.

A pesquisa também apresenta dados das conquistas dos surdos como o


espaço dentro da sociedade, passando a serem considerados cidadãos com
direitos, graças a lutas dos surdos e de profissionais, que perceberam as
necessidades de os surdos estarem inclusos na sociedade.

Assim, um povo com a língua, cultura própria e com comunicação


adequada não ficariam excluídos.

Segundo Honora (2009), várias foram as tentativas e a busca da melhor


forma de oportunizar a comunicação e a inclusão da pessoa surda, todavia, foi com
a Língua de Sinais que se alcançaram melhores resultados e por essa razão, foi
criada a Língua de Sinais, no caso do Brasil, a Língua Brasileira de Sinais.

Lacerda (2015) cita o desafio que foi levado às creches e pré-escolas e a


busca para encontrar metodologias de ensino e recursos que fossem diferenciados
daquilo que era tradicional, e que dessa forma pudessem alcançar o resultado do
aprendizado, junto a seus objetivos curriculares básicos propostos a alunos com
necessidades especiais, no caso o aluno surdo, assim como um ambiente mais
organizado, projetos diferenciados para que não fiquem somente em sala de aula,
usando materiais pedagógicos variados, para que dessa forma aconteça a inclusão.

Por esses motivos é que se fala na importância do trabalho em creches e


pré-escolas realizadas junto a setores que são especializados ao atendimento que é
favorável, pois são primordiais os cuidados básicos e que também é o direito do
aluno com necessidades educacional especial, quanto mais o tratamento que se
deve ter para com eles em relação às suas características, tendo em vista que os
alunos surdos na maioria das vezes são filhos de pais ouvintes.

2. A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O


USO DA LÍNGUA DE SINAIS
2.1. Histórico do processo de inclusão da pessoa surda em um contexto
mundial
Na antiguidade os surdos sofriam discriminação por não conseguirem
desenvolver a oralidade. Nessa fase da história a igreja católica detinha o poder e o
domínio e dessa forma acreditavam que os surdos por não ouvirem, não
conseguiam compreender os dogmas da igreja, logo também não seriam capazes
de seguir as doutrinas, como a confissão dos seus pecados, e já na idade média, a
igreja católica teve um papel essencial com relação a discriminação que os surdos
sofreram, pois para a igreja católica o homem era considerado “imagem e
semelhança de Deus”. Portanto os surdos, que não se encaixavam no padrão que
os ouvintes estabeleciam como “normais”, acabavam deixados de lado, não sendo
sequer considerados humanos (HONORA, 2009).
Nascimento e Raffa (2011) relatam que as pessoas que tinham uma
deficiência auditiva eram tratadas como se não tivessem valor algum e por conta
disso acabavam trancados em asilos, para serem excluídos do convívio da
sociedade.
Na antiguidade os monges viviam em clausuras por terem feito o voto de
silêncio para que não transmitissem os conhecimentos adquiridos em contato com
os livros religiosos, foi então, que criaram uma linguagem gestual a fim de que não
ficassem sem nenhuma comunicação, e por esse motivo há quem considere o
surgimento da Língua de Sinais provindo dos monges, pela convivência com surdos,
os monges acabavam ajudando-os a soletrarem em troca de algo que os
agradassem (HONORA, 2009).
Já Nascimento e Raffa (2011), relatam que a Língua de Sinais surgiu através
de Pedro Ponce de Leon, ele foi um dos primeiros educadores de surdos. Segundo
os autores, ele passou grande parte de sua vida ajudando a ensinar os surdos filhos
de pessoas nobres usando sinais rudimentares.
Honora (2009) também traz a importância de Jean-Marc Itard (1775-1838),
que foi um médico-cirurgião francês, formado no Instituto Nacional de Surdos-Mudos
de Paris, em 1814. Itard dedicou-se tentando entender quais eram as causas da
surdez e chegou a estudar o menino Victor que foi encontrado no bosque de
Aveyron, conhecido como selvagem por ter crescido em um bosque em meio aos
animais, com o qual obteve resultados satisfatórios.
John Bulwer, médico inglês, teve participação dentro da educação de surdos,
pois defendia a língua gestual para as pessoas surdas, foi ele quem teve a atitude
de desenvolver um método para que pudesse se comunicar com os surdos e por
essa razão tornou público livros trazendo conhecimentos que melhorariam o uso dos
gestos (NASCIMENTO e RAFFA, 2011).
Honora (2009) relata sobre Charles-Michel de L’Epée (1712-1789), um
educador filantrópico francês, reconhecido como o “Pai dos surdos”, por defender
arduamente o uso da Língua de Sinais. De acordo com a autora, L’Épée criou a
primeira escola pública no mundo para surdos em Paris, o Instituto para Surdos-
Mudos. L’Epée tinha o hábito de mostrar os seus alunos em praça pública, visando
conseguir o dinheiro para que dessa maneira pudesse continuar com o seu trabalho.
Na escola criada por L’Épée, a qual valia-se de uma filosofia manualista e oralista,
foi aonde os surdos conquistaram o direito de ter a sua própria língua.

2.2. Contexto histórico da inclusão da pessoa com deficiência auditiva no


Brasil
A educação para surdos no Brasil teve início durante o segundo império, com
a chegada do professor francês HernestHuet, que foi o ex-aluno surdo do instituto de
Paris. Para que fosse iniciado o aprendizado do surdo no Brasil, Huet trouxe o
alfabeto manual francês e a língua francesa de sinais (HONORA, 2009).
Nascimento e Raffa (2011) relatam que a educação de surdos no Brasil deu-
se a partir da parceria de Huet com Dom Pedro II, criou uma escola para ensinar os
surdos, a Escola Imperial Instituto de Surdos-Mudos a atual (INES – Instituto
Nacional de Educação dos Surdos).
Em 1880, no Congresso Mundial de Surdos em Milão, quando surdos da
Europa e dos EUA, foram reunidos, definindo-se neste Congresso uma nova
corrente filosófica para educação dos surdos: a filosofia oralista, quando a língua
oral passou a ser condição para que fosse aceito na sociedade. A Língua de Sinais
foi totalmente proibida. Por cem anos imperou o oralismo voltando a Língua deSinais
somente em 1971, em um novo Congresso Mundial, que aconteceu em Paris, onde
se discutiu a respeito dos resultados das pesquisas realizadas a partir da
comunicação total (NASCIMENTO e RAFFA, 2011).
Oliveira (2011), diz que em 1977 foi fundada a FENEIDA, que foi uma
Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos, onde os
diretores eram ouvintes.
Os autores Daniel Choi e Lane relatam que na década de 80 os surdos eram
menosprezados, e por esse fato, foi exigido que houvesse o reconhecimento da
Libras, a Língua de Sinais Brasileira, para que tivesse valor e pudesse ser usada
com os alunos surdos para aquisição do conhecimento, e através da Língua de
Sinais poder ter uma cultura. Depois que os surdos começaram a usar a Libras
iniciou a saída da passividade e junto vieram os movimentos surdos onde era
exigido o respeito ao surdo e os direitos de cidadãos.

2.3. Principais conquistas para inclusão da pessoa surda no Brasil


Depois dos movimentos vieram às conquistas, uma delas a Filosofia Bilíngüe,
sendo assim a Língua de Sinais, a primeira língua dos surdos e a segunda língua, a
língua da comunidade ouvinte, apenas na modalidade escrita.
Oliveira (2011) diz que no ano de 1980, foi realizada uma pesquisa pela
lingüista Lucinda Ferreira Brito em relação a Libras, junto com a contribuição de
alguns outros estudiosos da área, onde ocorreu no Brasil as primeiras oportunidades
da filosofia bilíngüe.
Nascimento (2006), diz que no ano de 1984, fundou-se uma confederação
brasileira de desportos de surdos em São Paulo – Brasil foi um espaço de recreação
e lazer para surdos.
Oliveira (2011) fala que em 1994 A TV Educativa, começou a exibir o
programa, cujo nome era, “Vejo Vozes”, que usava Libras em sua apresentação,
esse programa durou 4 meses, sendo iniciada no mês de outubro de 1994 com
duração até fevereiro de 1995.
Segundo Nascimento (2006) no ano de 1999 foi lançado à primeira revista da
FENEIS, Federação Nacional de Educação e Integração do Surdo, onde as imagens
da revista eram ilustradas pelo desenhista surdo, Silas Queirós.
No dia 24 de abril do ano de 2002 o Presidente Fernando Henrique Cardoso
decretou a Lei Nº 10.436 reconhece a Língua Brasileira de Sinais-Libras como meio
legal de comunicação e expressão e outros recursos de expressão a ela associados.
No mesmo ano aconteceu a formação de agentes, ou seja, a formação de
agentes multiplicadores da Libras, realizado pelo MEC e pela FENEIS
(NASCIMENTO, 2006).
Em 22 de dezembro do ano de 2005 o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assinou o decreto 5.626 com a função de regulamentar a lei 10.436, apresentando
no capítulo II artigo III a obrigatoriedade da inclusão da disciplina de Libras nos
cursos de licenciatura para o exercício do magistério em nível superior e também
nos cursos de Fonoaudiologia. Com o objetivo de incluir os alunos surdos. HONORA
(2009).

2.4. O surgimento da língua de sinais com finalidade educacional

A educação dos surdos teve início na antiguidade através dos monges, onde
os surdos sofreram em decorrência da surdez, mas com a tentativa de educá-los, de
ingressar eles na sociedade, a partir de então foi criado uma língua gestual para que
os surdos não ficassem totalmente sem comunicação, os monges foram um dos
preceptores a transmitir o conhecimento ao surdo, mesmo que fosse muitas vezes
em segredo.
No ocidente, os primeiros educadores de Surdos, surgiram a partir do século
XVI. Já no século XVII teve a percepção que os estudiosos tinham interesse na
educação dos surdos, pois se tinham ganhos financeiros, que era ofertado pela
família que tinha um herdeiro surdo, e até pagavam bem para que o mesmo
aprendesse a ler e a escrever.
Na idade contemporânea, final do século XVIII, deu-se início a educação dos
surdos dentro da instituição. Até então eram os preceptores como médicos,
religiosos ou gramáticos que realizavam essa tarefa, para educar os surdos
individualmente, ajudando-os a se comunicarem através de “gestos” e “linguagem”,
nessa época quem defendeu o uso da Língua de Sinais foi L’Epée, por esse motivo
foi considerado o pai dos surdos, L’Epée que conseguiu dar sentido a Língua de
Sinais para facilitar a comunicação entre os surdos, ou dos surdos para com os
ouvintes (HONORA, 2009).
Oliveira (2011) cita os primeiros registros de educadores de surdos na
Espanha, França, Inglaterra e Alemanha a partir do século XVI.
Girolamo Cardamo (1501-1576), médico italiano, teorizava que a audição e
uso da fala não são indispensáveis para a compreensão das ideias, e que a surdez
é mais uma barreira à aprendizagem do que uma condição.
Oliveira (2011) diz que o surgimento da Língua de Sinais, e sua utilização
dentro do processo de ensinos para os surdos começam no século XVII.
Daniel Choi destaca que entre o século XVI e XVIII a educação dos surdos
era planejada pela família. Era então contratado tutores com um objetivo, o de
ensinar os surdos a se comunicarem tanto oralmente como pela escrita. O método
que foi usado naquela época que podiam assemelhar-se com a escrita e leitura, era
a ajuda dos tutores que usavam a fala, a escrita, o alfabeto manual e os sinais. Os
professores da época preferiam guardar em segredo os métodos usados, por isso
pouco se sabe sobre esse período.
Segundo Oliveira (2011), Pedro Ponce de Léon (1520-1584), um monge
beneditino, que também foi o fundador da escola para os surdos em Madri, foi Ponce
de Léon que se dedicou a educação de alunos com surdez da nobreza castelhana.
O método que ele usava para a educação dos surdos incluía a datilologia, a fala e a
escrita.
Para Daniel Choi, Ponce de Léon era um dos tutores que se destacou na
educação de surdos, ou seja, o ensino de surdos da nobreza espanhola. O objetivo
dele era ensinar os surdos a falarem para que tivessem direito, pois quem não era
oralizado não tinha o direito à herança.
Ponce fazia o uso das duas mãos para que assim pudesse fazer sentido dos
sinais que era usado pelos monges beneditinos que viviam com o voto do silêncio.
Daniel Choi (2011) comenta sobre Charles – Michel de L’Epée que foi o
fundador da primeira escola para surdos na França privilegiando a Língua de Sinais
Francesa (LSF), que L’Epée havia aprendido nas ruas de Paris. L’Epée teve a
oportunidade de reconhecer a língua, divulgar e valorizar, mostrando assim que
mesmo que os surdos não falassem, eles poderiam sim serem considerados
humanos. Uma das contribuições de L’Epée foi de educar todos os surdos
abandonando o modelo individual. Todos os surdos que foram educados por L’Epée
se formaram e tiveram resultados positivos, assim fundaram escolas para surdos por
todo mundo, principalmente no Brasil.
Junto a L’Epée iniciou-se o período do reconhecimento como a “época do
ouro da educação dos surdos”, de 1780 até 1880, foi quando os surdos ocuparam o
espaço na educação que anteriormente era só para ouvintes. O século XVIII foi
considerado momento bem-sucedido para a educação dos surdos. Pois ocorreram
várias fundações de escolas para os surdos.
Honora (2009) cita que em meados do século XX e XXI o método que mais se
usavam em escolas que se trabalhavam com alunos surdos, era o Bilingüismo, que
era usado como a língua materna a Língua de Sinais Brasileira, e como a segunda
língua do surdo a língua portuguesa escrita.
E porventura a educação dos surdos evoluiu, pois, tendo domínio da Língua
de Sinais eles poderiam conhecer com mais facilidade muitos assuntos que os
levariam a poder exercer uma profissão (OLIVEIRA, 2011).
A Língua de Sinais é a língua natural dos surdos, e é transmitida através do
convívio entre os surdos. A Língua de Sinais por ser uma língua pouco estudada por
ouvintes, estes acabam julgando-a como uma língua difícil para aprender. No
entanto, a diferença é que a Língua de Sinais se utiliza um meio visual-espacial para
que se possa entender a mensagem em Língua de Sinais. Portanto é necessário
estar atento aos sinais e gestos realizados pelo emissor e a partir dessa atenção se
entende a mensagem passada (HONORA, 2009).
Quadros (1997) afirma que a Língua de Sinais é uma forma de comunicação
que foi sendo transferida entre os surdose é um tipo de língua que não tem
associação nenhuma com a língua oral, pois aconteceu da necessidade de
comunicação que os surdos tinham. É uma língua com gramática própria e que
mesmo com os sinais icônicos, são difíceis de interpretar caso o profissional não
tenha o conhecimento devido para do seu uso. Desse modo no estágio espacial é
visto o recurso da qualidade que se deve ter da língua. Pois da mesma forma que
qualquer outra pessoa tem a sua necessidade de comunicar-se, o surdo também
tem, por isso devem-se estudar Libras, e assim a pessoa surda pode motivar-se
dentro de uma poesia, música e assim sucessivamente, por isso a necessidade de
aprender a Língua de Sinais, para que todos entendam a importância de se
comunicar.

2.5. Língua Brasileira de Sinais: sua importância na educação infantil


Na educação, a LIBRAS tem sido vista cada vez mais como investimento no
desenvolvimento infantil, isso desde os primeiros meses de idade até da
escolarização que é obrigatória (LACERDA apud OLIVEIRA, 2015).O papel
fundamental da escola como instituição social, por si é mover e estender o saber,
que se destina à sociedade a construir. É necessário ter um olhar mais amplo
quando nos referimos à educação infantil, buscando possibilidades de estruturas
concretas, é preciso oferecer oportunidades de interação dos alunos surdos e
ouvintes.
Nos dias atuais leva em consideração que os alunos com necessidades
educativas especiais, antes de qualquer coisa são alunos que tem a necessidade de
ser incluído pelo professor da sala e não sendo deixados de lado. A educação
especial não pode ser vista como igual à educação no contexto em geral, ou seja,
deve estar dentro, existir a interação por completo.
Assim creches e pré-escolas encontram desafios, ao colocar maneiras
especificas para se ensinar e atingir as metas que se oferecem para os alunos com
necessidades educativas especiais, um ambiente adaptado e organizado para que
de fato o ensino favoreça o desenvolvimento do mesmo (LACERDA, 2015).
Santos (2008), fala da importância de ser incluído dentro da sociedade, não
somente como a pessoa com necessidades especiais no caso o aluno surdo, mas
como qualquer outro cidadão, pois é direito do discente estar incluído no contexto
escolar que ele está inserido.
Faz-se necessário que todos saibam como se comunicar com o surdo,
através da linguagem brasileira de sinais pois querendo ou não, as pessoas surdas
necessitam de comunicação com as pessoas ao seu redor (QUADROS, 1997).
A educação inclusiva é de grande importância, pois existem alguns princípios
básicos, quais sejam diminuir qualquer tipo de exclusão em áreas educacionais, e
assim fazer com que todos cresçam no nível de participação e igualdade na
sociedade. Todos os seres humanos podem ser incluídos dentro da sala de aula ou
sociedade. Assim, diminuir-se-á a exclusão, podendo-se então elevar-se ao grau da
aprendizagem no individual e coletivo. As propostas inclusivas são baseadas na
dignidade da pessoa humana, sendo que tem uma estrutura menos hierarquizada e
longe de exclusões, visto que todos têm valor, simplesmente pela essência humana,
sendo considerados únicos. O que leva a se ter uma educação inclusiva (SANTOS,
2008).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Trabalho teve como finalidade mostrar um pouco do que é inclusão, do
surdo, e a importância que tem a Libras para o surdo, pois usando a língua natural
ele poderá ingressar na sociedade.

Essa pesquisa foi de grande relevância, pois assim ampliou o conhecimento


acerca da Libras e da inclusão do surdo, e da necessidade que existe em aprender
algo que possa envolver a inclusão daqueles que precisam de uma comunicação
diferenciada para o desenvolvimento dos seus conhecimentos, e vivência na
sociedade, para que também os educadores saibam como incluir o aluno com
necessidades educacional especial de uma forma menos sofrida, pois dessa
maneira todos seriam incluídos na vida educacional do surdo, assim conseguiria
também conhecer as limitações, por isso os educadores devem ter uma formação
adequada para que possa realmente ajudar em sala de aula.

Tendo assim a percepção de como o aluno surdo era visto antigamente e


como tudo vem se transformando, mesmo assim os diferentes ainda sofrem uma
discriminação.

Com a experiência que foi obtido durante a pesquisa pode-se então trabalhar
para que se consiga um bom desenvolvimento para os alunos com necessidade
educacional especial, como referido no presente estudo, a pessoa surda.

Jamais seria possível ter todo esse reconhecimento da Libras como a


primeira língua do surdo, se os educadores não tivessem a atitude de ensinar,
defender e fazer acontecer para aquele que de algum jeito não eram vistos. É de
extrema importância que todos os educadores saibam mesmo como tratar os seus
alunos surdos, e trabalhar com a inclusão, pois só dessa forma a sociedade
entenderá de fato o quanto se faz presente a necessidade de se comunicar com o
próximo, não seria justo exigir de alguém algo que o outro não está disposto a fazer
a diferença na vida do outro é o ideal para que a educação inclusiva seja real.

Se a Libras teve o reconhecimento, o mediador não poderá ser apenas mais


um na vida do surdo, e sim o que fez total diferença na vida pessoal, social e
educacional. É necessário trabalhara para que realmente aconteça a inclusão do
surdo na sociedade, e lutar para que isso seja cada vez mais respeitado por todos,
incentivando a aprendizagem da Língua de Sinais nas escolas, ou dentro de
empresas. Não existe inclusão se não houver disposição das partes envolvidas em
lutar pela causa, nesse contexto a inclusão do surdo.

4. REFERÊNCIAS

CHOI, Daniel. LIBRAS conhecimento além de sinais. São Paulo: Califórnia,


1992, 2011.
HONORA, Márcia. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais:
desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2009.
LACERDA, Cristina B.F. de. Intérprete de Libras: em atuação na educação
Infantile no ensino fundamental. Porto Alegre: Mediação, 2015.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como
fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
NASCIMENTO, Márcia M do. Inclusão social: primeiros passos. São Paulo:
Rideel, 2011.
OLIVEIRA, Liliane Assumpção. Fundamentos históricos, biológicos e legais
da surdez. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2011.
QUADROS, Ronice Müller de. Educação de surdos: a aquisição da
linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
SANTOS, Mônica Pereira dos; PAULINO, Marcos Moreira. Inclusão em
educação: culturais culturas, políticas e práticas. São Paulo: Cortez, 2008.
SOUZA, Regina Maria de. Educação de surdos: pontos e contrapontos. São Paulo:
Summus, 2007.

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