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GUAPIARA – ABRIL/2023
ELDER FOGAÇA DE LARA
GUAPIARA
ABRIL – 2023
A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O USO DA
LÍNGUA DE SINAIS
RESUMO
A inclusão da pessoa surda na educação infantil, dando a importância sobre a
interação do aluno surdo para com o professor, e o quanto é importante a formação
profissional adequada, pois o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais- Libras é
de grande valor quando se refere ao trabalho com o aluno surdo, para isso é preciso
aprofundar-se em estudos acerca do desenvolvimento do aluno com surdez. A
formação para o profissional que pretende trabalhar com o aluno surdo, deve ser
específica na área da educação, pois dessa forma visa o melhor aprendizado do
aluno. O estímulo para o aprendizado deve ser desde a educação infantil, tanto para
surdos como para os ouvintes, instruir cada aluno é o dever de todo professor que
trabalha com a educação no geral, mas em especial com o aluno surdo, a inclusão
do aluno em sala de aula deve ser trabalhada diariamente, em especial junto com os
colegas de sala. O professor como mediador é de suma importância que ele tenha o
conhecimento em Libras para que possa dessa forma ministrar os conteúdos na
língua do aluno surdo.
1. INTRODUÇÃO
A educação dos surdos teve início na antiguidade através dos monges, onde
os surdos sofreram em decorrência da surdez, mas com a tentativa de educá-los, de
ingressar eles na sociedade, a partir de então foi criado uma língua gestual para que
os surdos não ficassem totalmente sem comunicação, os monges foram um dos
preceptores a transmitir o conhecimento ao surdo, mesmo que fosse muitas vezes
em segredo.
No ocidente, os primeiros educadores de Surdos, surgiram a partir do século
XVI. Já no século XVII teve a percepção que os estudiosos tinham interesse na
educação dos surdos, pois se tinham ganhos financeiros, que era ofertado pela
família que tinha um herdeiro surdo, e até pagavam bem para que o mesmo
aprendesse a ler e a escrever.
Na idade contemporânea, final do século XVIII, deu-se início a educação dos
surdos dentro da instituição. Até então eram os preceptores como médicos,
religiosos ou gramáticos que realizavam essa tarefa, para educar os surdos
individualmente, ajudando-os a se comunicarem através de “gestos” e “linguagem”,
nessa época quem defendeu o uso da Língua de Sinais foi L’Epée, por esse motivo
foi considerado o pai dos surdos, L’Epée que conseguiu dar sentido a Língua de
Sinais para facilitar a comunicação entre os surdos, ou dos surdos para com os
ouvintes (HONORA, 2009).
Oliveira (2011) cita os primeiros registros de educadores de surdos na
Espanha, França, Inglaterra e Alemanha a partir do século XVI.
Girolamo Cardamo (1501-1576), médico italiano, teorizava que a audição e
uso da fala não são indispensáveis para a compreensão das ideias, e que a surdez
é mais uma barreira à aprendizagem do que uma condição.
Oliveira (2011) diz que o surgimento da Língua de Sinais, e sua utilização
dentro do processo de ensinos para os surdos começam no século XVII.
Daniel Choi destaca que entre o século XVI e XVIII a educação dos surdos
era planejada pela família. Era então contratado tutores com um objetivo, o de
ensinar os surdos a se comunicarem tanto oralmente como pela escrita. O método
que foi usado naquela época que podiam assemelhar-se com a escrita e leitura, era
a ajuda dos tutores que usavam a fala, a escrita, o alfabeto manual e os sinais. Os
professores da época preferiam guardar em segredo os métodos usados, por isso
pouco se sabe sobre esse período.
Segundo Oliveira (2011), Pedro Ponce de Léon (1520-1584), um monge
beneditino, que também foi o fundador da escola para os surdos em Madri, foi Ponce
de Léon que se dedicou a educação de alunos com surdez da nobreza castelhana.
O método que ele usava para a educação dos surdos incluía a datilologia, a fala e a
escrita.
Para Daniel Choi, Ponce de Léon era um dos tutores que se destacou na
educação de surdos, ou seja, o ensino de surdos da nobreza espanhola. O objetivo
dele era ensinar os surdos a falarem para que tivessem direito, pois quem não era
oralizado não tinha o direito à herança.
Ponce fazia o uso das duas mãos para que assim pudesse fazer sentido dos
sinais que era usado pelos monges beneditinos que viviam com o voto do silêncio.
Daniel Choi (2011) comenta sobre Charles – Michel de L’Epée que foi o
fundador da primeira escola para surdos na França privilegiando a Língua de Sinais
Francesa (LSF), que L’Epée havia aprendido nas ruas de Paris. L’Epée teve a
oportunidade de reconhecer a língua, divulgar e valorizar, mostrando assim que
mesmo que os surdos não falassem, eles poderiam sim serem considerados
humanos. Uma das contribuições de L’Epée foi de educar todos os surdos
abandonando o modelo individual. Todos os surdos que foram educados por L’Epée
se formaram e tiveram resultados positivos, assim fundaram escolas para surdos por
todo mundo, principalmente no Brasil.
Junto a L’Epée iniciou-se o período do reconhecimento como a “época do
ouro da educação dos surdos”, de 1780 até 1880, foi quando os surdos ocuparam o
espaço na educação que anteriormente era só para ouvintes. O século XVIII foi
considerado momento bem-sucedido para a educação dos surdos. Pois ocorreram
várias fundações de escolas para os surdos.
Honora (2009) cita que em meados do século XX e XXI o método que mais se
usavam em escolas que se trabalhavam com alunos surdos, era o Bilingüismo, que
era usado como a língua materna a Língua de Sinais Brasileira, e como a segunda
língua do surdo a língua portuguesa escrita.
E porventura a educação dos surdos evoluiu, pois, tendo domínio da Língua
de Sinais eles poderiam conhecer com mais facilidade muitos assuntos que os
levariam a poder exercer uma profissão (OLIVEIRA, 2011).
A Língua de Sinais é a língua natural dos surdos, e é transmitida através do
convívio entre os surdos. A Língua de Sinais por ser uma língua pouco estudada por
ouvintes, estes acabam julgando-a como uma língua difícil para aprender. No
entanto, a diferença é que a Língua de Sinais se utiliza um meio visual-espacial para
que se possa entender a mensagem em Língua de Sinais. Portanto é necessário
estar atento aos sinais e gestos realizados pelo emissor e a partir dessa atenção se
entende a mensagem passada (HONORA, 2009).
Quadros (1997) afirma que a Língua de Sinais é uma forma de comunicação
que foi sendo transferida entre os surdose é um tipo de língua que não tem
associação nenhuma com a língua oral, pois aconteceu da necessidade de
comunicação que os surdos tinham. É uma língua com gramática própria e que
mesmo com os sinais icônicos, são difíceis de interpretar caso o profissional não
tenha o conhecimento devido para do seu uso. Desse modo no estágio espacial é
visto o recurso da qualidade que se deve ter da língua. Pois da mesma forma que
qualquer outra pessoa tem a sua necessidade de comunicar-se, o surdo também
tem, por isso devem-se estudar Libras, e assim a pessoa surda pode motivar-se
dentro de uma poesia, música e assim sucessivamente, por isso a necessidade de
aprender a Língua de Sinais, para que todos entendam a importância de se
comunicar.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Trabalho teve como finalidade mostrar um pouco do que é inclusão, do
surdo, e a importância que tem a Libras para o surdo, pois usando a língua natural
ele poderá ingressar na sociedade.
Com a experiência que foi obtido durante a pesquisa pode-se então trabalhar
para que se consiga um bom desenvolvimento para os alunos com necessidade
educacional especial, como referido no presente estudo, a pessoa surda.
4. REFERÊNCIAS