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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI

CAMPUS PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA-


PARNAÍBA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS-PORTUGUÊS
COMPONENTE CURRICULAR: LIBRAS

CAMILA DE LIMA SALES


MARIANE LIMA NASCIMENTO

OS DESAFIOS SOCIAIS E COMUNITCATIVOS PARA SURDOS:


UMA ANÁLISE DE O AMOR EM OUTRA LÍNGUA.

PARNAÍBA
2022
CAMILA DE LIMA SALES
MARIANE LIMA NASCIMENTO

OS DESAFIOS SOCIAIS E COMUNICATIVOS PARA SURDOS: UMA


ANÁLISE DE O AMOR EM OUTRA LÍNGUA.

PARNAÍBA
2022
OS DESAFIOS SOCIAIS E COMUNICATIVOS PARA SURDOS: UMA
ANÁLISE DE O AMOR EM OUTRA LÍNGUA.

Segundo dados da OMS (2021), a Organização Mundial da Saúde, 1,5


bilhões de pessoas no mundo tem algum grau de deficiência auditiva, ou seja, a
surdez. A surdez não é uma deficiência causada por vírus, não é patológica e
geralmente, a maioria das pessoas surdas tem uma vida ativa. Elas trabalham,
estudam, mantém relacionamentos amorosos e, na maioria das vezes, enfrentam
algum problema em relação à inclusão com as pessoas ouvintes. Fatores como esses
são retratados no filme O amor em outra língua, em que o protagonista (Onur) é um
surdo.
O problema quanto ao relacionamento e inclusão do personagem Onur com
os ouvintes, se dá principalmente com uma garota ouvinte, Zeynep. De início, alguns
problemas aparecem, mas com muito esforço e enfrentando os preconceitos geridos
por esse relacionamento, os dois conseguem ir levando a relação. Assim como no
dilema enfrentado pelos protagonistas no referido filme, as pessoas surdas,
certamente teria muita dificuldade quanto à inclusão social com pessoas ouvintes.
Pois em determinados, a interação social, que precede conversas, diálogos, é
inevitável e até necessário. Essa interação tende a ser suscetível a preconceitos e
medos vindos de ambas as partes. Haja vista que muitos brasileiros não falam a
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), sendo que ainda não há disponibilidade bem
como regularidade do ensino dessa língua na grade curricular, seja em instituições
públicas ou privadas, reitera-se que é de extrema importância seu uso e ensino.
Alocados desde a infância, esses preconceitos se tornam mais uma via de
tormentos para pessoas surdas que sofrem com a rejeição de familiares e de outras
pessoas ouvintes. É o que acontece com Onur, que revela seus medos por ter sido
rejeitado e abandonado pelo pai. Este sentia-se envergonhado por ter um filho surdo
e o afastou dos avós, por isso. Refletindo sobre essa situação, pensamos que o
preconceito que envolve toda uma sociedade vem já de dentro da família, sendo esta
a base que deveria dispersar todo e qualquer vestígio preconceituoso. Bem como
inserir o surdo na sociedade. Pesamos o quanto a educação pode ser uma aliada
importante e, muitas vezes, salvador do surdo, ao nos colocarmos em situações
como as encenadas por Onur. Aliviando dessa forma, o peso do surdo e o medo em
ser diferente dos ouvintes.
Quando nos colocamos no lugar do outro, além de empatia, ganhamos
também conhecimento sobre o que é ser surdo, em especial, na sociedade moderna
de hoje. Precisamos tomar o lugar do surdo e sentir as dificuldades que eles sentem.
Onur, o protagonista do filme, vive esses dilemas – a rejeição por parte da família,
dos amigos e de Zeynep, do trabalho – direta e indiretamente. Essas dificuldades são
ainda comuns e como educadores precisamos estar atentos pois todos são afetados.

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