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Oralismo, Comunicação Total e Bilingüismo:

ORALISMO: objetivava a desmutização, priorizava o trabalho de aquisição da


oralização, essa modalidde era metódica e repetitiva, primava pela linguagem oral
e escrita, convertiam as pessoas surdas, usuárias dos sinais, em usuários da língua
oral. Os preceitos oralistas proibiam as gestualizações, pois acreditavam que o uso
dos sinais acarretavam o atrofiamento da mente e desfavorecia o desenvolvimento
da fala. O Oralismo pretendia transformar as pessoas surdas em ouvintes com o
uso do aparelho auditivo (prótese auditiva), a concepção médica era direcionada
pela busca da cura da surdez, negava a presença dos professores com surdez no
processo educacional, considerava a Língua de Sinais inferior à língua oral em todos
os aspectos. O oralismo discriminava  a cultura surda e negava a diferença entre
surdos e ouvinte e pregava a homogeneização.

COMUNICAÇÃO TOTAL: considera todas as características da pessoa com surdez,


utilizava todo e qualquer recurso possível para a comunicação (fala, gestualização,
textos orais e escritos), a fim de potencializar as interações sociais. A linguagem
gestual visual, textos orais e escritos e as interações sociais caracterizavam a
comunicação total. As pessoas surdas eram segregadas, permaneciam agrupados
pela deficiência, marginalizava e excluía do contexto maior da sociedade. Não
valorizava devidamente a Língua de Sinais, negava a Língua de Sinais como língua
natural das pessoas com surdez. Usava o Português sinalizado e desfigurava a rica
estrutura da Língua de Sinais.

BILINGUISMO: capacita a pessoa com surdez a utilizar a Língua de Sinais (LIBRAS)


e a língua da comunidade ouvinte (Língua Portuguesa), valoriza a educação
inclusiva, onde ouvintes e surdos convivem no mesmo espaço educacional, define
que para os alunos com surdez a primeira língua é a LIBRAS e a segunda língua é a
Língua Portuguesa na modalidade escrita, orienta para a formação inicial e
continuada de professores e formação de intérpretes para a tradução e
interpretação da Libras e da Língua Portuguesa, respeita as especificidades e a
forma de aprender de cada um, não impondo condições à inclusão desses alunos no
processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o Decreto 5.626, 5 de dezembro de 2005, as pessoas com surdez têm direito a
uma educação que garanta a sua formação, em que a LIBRAS e a Língua Portuguesa na
modalidade escrita, constituam línguas de instrução e que o acesso às duas línguas ocorra de
forma simultânea no ambiente escolar. 

Diante do exposto, a proposta bilíngue pauta a organização da prática pedagógica na escola


comum, na sala de aula comum e no Atendimento Educacional Especializado/AEE. No AEE
destacam-se três momentos didáticos-pedagógicos: 
AEE em LIBRAS é destinado à PS, deve ser realizado todos os dias, com todos conhecimentos
dos diferentes conteúdos curriculares em LIBRAS, semelhante ao desenvolvido na sala
comum, deverá ser desenvolvido preferencialmente por um professor surdo ou professor
especializado com domínio da LIBRAS. Nesse momento, deverão ser utilizadas muitas
imagens visuais e, quando o conceito é muito abstrato, recorrem a outros recursos como teatro.
Neste atendimento deverão estar presentes: mural de avisos e notícias, biblioteca da sala,
painéis de gravuras e fotos sobre temas de aula, roteiro de planejamento, fichas individuais,
etc. 
AEE de LIBRAS para os alunos com surdez com aulas de LIBRAS, para a aquisição
principalmente de termos científicos a serem introduzidos pelos conteúdos curriculares, deverá
ser ministrado pelo professor e/ou instrutor de LIBRAS, preferencialmente surdo. O
atendimento deverá ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a
respeito da Língua de Sinais. 
AEE em Língua Portuguesa deverá ser realizado todos os dias, no contra turno, por uma
professora graduada em Língua portuguesa. O atendimento deve ser planejado a partir do
diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa. Neste
atendimento objetiva-se desenvolver a competência gramatical ou linguística, bem como
textual, para que a PS seja capaz de gerar sequências linguísticas bem formadas.

O surdo pode e deve estar inserido numa escola que não seja destinada apenas para surdos, precisa manter contato
com o mundo ouvinte (já que a maioria das pessoas o são e isto é inevitável e inegável que aconteça), porém no
ambiente escolar a interação entre ouvinte e surdos se dá de maneira informal e principalmente quando crianças, pois
os pequeninos não têm incrustados na mente o preconceito, fazendo com o surdo (desde já trabalhado nesta
perspectiva) se aceite como surdo e sinta na prática que a interação entre ambos (surdos e ouvistes) pode acontecer,
interações estas que não serão apenas no momento ensino-aprendizagem, mas no ato de brincar e se sentir aceita,elas
precisam disso,aprender a lidar e interagir com o aprendizando,estudando e bricando.

Sim , o surdo deve ser inserido em uma escola regular, para ingressar na sociedade , mas para isso é preciso uma
adaptação para que ele não se sinta excluído ,por isso a importância do acompanhamento de um um professor de
Libras

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