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DISCIPLINA: Ensino de Libras como L1 DOCENTE: Grasiele Pavan

ACADÊMICOS: Ana Paula Barbosa e Taylor Ramos DATA: 12/10/2021

Oficial

Considera-se que escolas bilíngues são capazes de preparar seus estudantes para a vida
através do ensino estruturado, baseado na língua de sinais, a partir do uso das
atribuições linguísticas das Libras, facilitando o desenvolvimento e a aprendizagem do
aluno surdo em sala de aula.
ESCOLA COMUM E ESCOLA BILÍNGUE
Acredita-se, no caso da criança surda, no seu potencial para estudar e aprender assim
como qualquer outra criança ouvinte e portanto, pode acompanhar todo o “sistema” de
ensino brasileiro desde que o receba através de uma Pedagogia adequada à sua forma de
estar no mundo e isso significa então, a necessidade de privilegiar as experiências
visuais e, portanto, o uso da língua de sinais como língua de instrução e um ambiente
bilíngue constante dentro da escola. Por ambiente bilíngue então se entende o uso da
Língua Brasileira de Sinais (Libras) como a língua em que todos os conteúdos serão
ensinados e existirá a comunicação com a criança surda e a língua portuguesa como a
segunda língua (Decreto 5626/05, CAPÍTULO VI, Art. 22). Isto é fundamental para que
a criança tenha uma aprendizagem mais efetiva e possa existir equidade no processo de
ensino-aprendizagem com as demais crianças ouvintes.

Desta forma, quando pensamos na diferença entre uma escola bilíngue para surdos e
uma escola comum, podemos dizer que é pela língua a ser usada dentro da escola por
todos os participantes deste local e, além disso, pela preocupação bastante importante
quanto a forma da criança surda aprender e como apresentar o ensino a ela.

https://pais.ufba.br/pensar-no-processo

A comunicação entre crianças surdas filhas de


pais ouvintes
O surdo possui como sua primeira língua a língua de sinais, essa que é natural, pois evolui
como parte de um grupo do povo surdo (Gesser, 2009, p. 12). Assim, segundo a autora, a
língua de sinais tem todas as características linguísticas de qualquer língua humana
natural. É necessário que nós, indivíduos de uma cultura de língua oral, entendamos que o
canal comunicativo diferente (visual-gestual) que o surdo usa para se comunicar não
anula a existência de uma língua tão natural, complexa e genuína como é a língua de
sinais (Gesser, 2009, p. 22). Os surdos foram privados de se comunicar em sua língua
natural durante muitos séculos. Vários estudos têm apontado a difícil relação dos surdos
com a língua oral majoritária e com a sociedade ouvinte. Dentre algumas narrativas
históricas, consta que a sinalização era vista como um “código secreto”, mesmo entre os
surdos, pois era usada às escondidas, por causa da sua proibição. Na Idade Média, na
Itália, os monges beneditinos empregavam uma forma secreta de sinais para se
comunicar entre si, a fim de não violar o rígido voto de silêncio (Lane, 1984; Sacks,
1990).
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/3/a-comunicao-entre-crianas-surdas-filhas-d
e-pais-ouvintes

A importância de uma boa comunicação entre


a equipe escolar e a família na implementação
de programas bilíngues.

Sabemos que a comunicação é algo que traz alguns ruídos se não for bem cuidada em
todos os âmbitos da vida: profissional, pessoal e acadêmica. Quando é planejada,
assertiva e vai além da mera passagem de informação, ela integra e acolhe, sendo
possível colher bons frutos deste investimento.

O primeiro passo a ser dado pelo gestor ao planejar a implementação de um programa


bilíngue em sua escola é comunicar essa decisão a seus colaboradores. Explicar os
motivos que o levaram a escolher o programa, os benefícios para os alunos e alunas e as
mudanças previstas a partir dessa implementação. Isso é importante porque configura
alterações significativas na escola, como:

Ambiente bilíngue: a escola agora passa a valorizar ainda mais o uso de mais de um
idioma e será cada vez mais comum ver professores e estudantes se comunicando tanto
em português quanto em inglês (se essa for a língua ofertada pelo programa da escola).

Famílias: a apresentação da mudança e como funcionará precisa ser comunicada logo no


início e também ao longo do ano escolar. Isso porque o interesse dela pode mudar no
meio do caminho. Além do mais, comunicar-se com alguma frequência sobre o programa
bilíngue mostra o valor educacional que a escola tem em relação a isso. É uma maneira
também de justificar porque oferece e investe nessa possibilidade.

Projeto classifica educação bilíngue para


surdos como modalidade de ensino
Escolas deverão oferecer Libras e Português escrito, como segunda língua

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Proposta inclui na LDB as pessoas surdas, surdocegas e com deficiência auditiva.

O Projeto de Lei 4909/20, do Senado Federal, determina a educação bilíngue de surdos


como uma modalidade de ensino independente, com a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
como primeira língua e o português escrito como segunda língua.
A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, inclui novos itens na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
O texto que veio do Senado inclui na LDB, entre os princípios do ensino no País, o
“respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas,
surdocegas e com deficiência auditiva”. Também acrescenta à LDB o capítulo “Da
Educação Bilíngue de Surdos”.
Ainda de acordo com a proposta, a educação bilíngue – de caráter opcional – será feita
em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos
de educação bilíngue de surdos.
O público a ser atendido será de educandos surdos, surdocegos, com deficiência
auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com deficiências
associadas.

https://www.camara.leg.br/noticias/774138-projeto-classifica-educacao-bilingue-para-
surdos-como-modalidade-de-ensino/

Porque queremos escola bilíngue para surdo

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