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Teste de Avaliação
E.B. 2,3 Dr. João Lúcio
Grupo I – Leitura
(20 pontos)
Lê atentamente os textos A e B.
K’Cenas
Curso de teatro ATL Carnide Centro
Destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos que
gostam de teatro e que querem aprofundar
conhecimentos nesta área, a Associação Tenda Palhaços
do Mundo, em colaboração com a Junta de Freguesia de
Carnide, promove o curso de teatro K’Cenas.
O curso, com inscrições já abertas, decorre de 10 de
janeiro a 2 de julho, às segundas e quartas, sob orientação
do ator António Manuel, a quem os participantes podem
colocar todas as dúvidas sobre o que é ser ator.
10 de janeiro a 2 de julho_Rua dos Táxis Palhinhas / 939 749 701/2 / www.tenda.pt
Mentira e Autenticidade
Espetáculo Centro Cultural de Belém
Que formas tem o nosso corpo de se esconder, de
mentir, de se mostrar? Estas são as questões colocadas
neste espetáculo da coreógrafa Aldara Bizarro, um
trabalho sobre o corpo, inserido no Projeto Respira
2011. Mentira e Autenticidade é um projeto de
experimentação artística aliado à criação de um
espetáculo de dança, que conta com a participação de
alunos do sexto ano de três localidades diferentes.
Alunos, professores e a restante comunidade são
envolvidos na criação artística, através de uma
proposta genuína de partilha e de pesquisa.
Para maiores de seis anos, o espetáculo decorre nos
dias 7 e 8 deste mês.
7 e 8 de janeiro_Pç. do Império / 213 612 400 / www.ccb.pt
Agenda Cultural de Lisboa, janeiro 2011
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1. Indica a fonte dos textos A e B.
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2
Grupo II – Educação Literária (30 pontos)
Lê, atentamente, o texto que se segue.
Cena I
Rei Leandro, Bobo
(No Jardim do palácio real de Helíria. Rei Leandro passeia com o bobo)
REI: - Estranho sonho tive esta noite... Muito estranho...
BOBO: - Para isso mesmo se fizeram as noites, meu senhor! Para pensarmos coisas acertadas, temos os dias - e
olhe que bem compridos são!
REI: - Não sabes o que dizes, bobo! São as noites, as noites é que nunca mais têm fim!
Bobo: - Ai, senhor, as coisas que não sabe...
REI: - Estás a chamar-me ignorante?
BOBO: - Estou! Claro que estou! Como é possível que não saiba como são grandes os dias dos pobres, e como
são rápidas as suas noites... Às vezes estou a dormir, parece que mal acabei de fechar os olhos - e já tocam os
sinos para me levantar. A partir daí é uma dança maluca, escada acima escada abaixo: é você que me chama para
lhe alegrar o pequeno-almoço; é Hortênsia que me chama, porque acordou com vontade de chorar; é Amarílis
que me chama, porque não sabe se há-de rir se há-de chorar -, e eu a correr de um lado para o outro, todo o
santo dia, sempre a suspirar para que chegue a noite, sempre a suspirar para que se esqueçam de mim, por um
minutinho que seja!, mas o dia é enorme, enorme!, o dia nunca mais acaba, e é então que eu penso que, se os
reis soubessem destas coisas, deviam fazer um decreto qualquer que desse aos pobres como eu duas ou três
horas a mais para...
REI (interrompendo): - Cala-te! (...)
BOBO: - O que foi que logo de manhã o pôs assim tão zangado com a vida? (...)
REI (Suspira): - Ah, aquele sonho! Coisa estranha e esquista aquele sonho...
BOBO: - Ora, meu senhor! E o que é um sonho? Sonhou; está sonhado. Não adianta ficar a remoer.
REI: - Abre bem esses ouvidos para aquilo que te vou dizer!
BOBO: (com as mãos nas orelhas): - Mais abertos não consigo!
REI: - Os sonhos são recados dos deuses.
BOBO: - E para que precisam os deuses de mandar recados? Estão lá tão longe...
REI: - Por isso mesmo. Porque estão longe. Tão longe, que às vezes nos esquecemos que eles existem. É então
que nos mandam recados. Mas os recados são difíceis de entender. Acordamos, queremos recordar tudo, e
muitas vezes não conseguimos.
3
BOBO (aparte): - É o que faz ser deus... Eu cá, quando quero mandar recado, é uma limpeza: "Ó Brites, guarda-
me aí o melhor naco de toucinho para a ceia!" (Ri) Não preciso de mandar os meus recados pelos
sonhos de ninguém!
REI: - Que estás tu para aí a resmonear?
BOBO: - Nada, senhor! Reflectia apenas nas suas palavras.
REI: - E bom é que nelas reflictas. Apesar de bobo, quem sabe se um dia não irão os deuses lembrar-se de mandar
algum recado pelos teus sonhos... (Pára, de repente. Fica por momentos a olhar para o bobo, e depois pergunta,
com ar muito intrigado) Ouve lá, tu também sonhas?
(Aqui a cena fica suspensa, e a luz centra-se apenas no bobo, que fala para os espectadores na plateia)
BOBO: Será que eu sonho? Será que eu choro? Será que é sangue igual ao deles o que me escorre das costas
quando apanho chibatadas por alguma inconveniência que disse? Que sabem eles de mim? Nem sequer o meu
nome eles conhecem. Pensam que já nasci assim, coberto de farrapos, e que "bobo" foi o nome que me deu
minha mãe. (Pausa) Se é que eles sabem que eu tenho mãe, e pai, e que nasci igualzinho ao rei, ao conselheiro,
a todos os nobres deste e doutros reinos: E quando um dia morrermos e formos para debaixo da terra, tão morto
estarei eu como qualquer um deles.
VIEIRA, Alice, Leandro, Rei da Helíria, 3." ed., Ed. Caminho, 1991 (texto com supressões)
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3. “…como são grandes os dias dos pobres, e como são rápidas as suas noites.”
3.1 Explica o sentido desta afirmação, que foi proferida pelo Bobo.
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4.2 De que forma reage o Bobo à explicação do rei e por que razão?
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5- Os dias dos pobres são longos… e- …pois teve um estranho sonho naquela noite.
6- Violeta não conseguiu medir o amor pelo pai,… f- … e as suas noites são compridas.
5
2. Faz corresponder a forma verbal da Coluna A ao respetivo tempo verbal da coluna B.
Coluna A Coluna B
a) “Aqui há dias comi um besugo estragado.” 1- Presente do indicativo
6
• Deve ter um ato (mudança de lugar) e duas cenas (entrada e/ ou saída de personagens).
• Deve entrar, pelo menos, mais uma personagem.
Deve ter, pelo menos, quatro didascálias.
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