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Agrupamento de Escolas Dr.

Mário Fonseca
ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DR. MÁRIO FONSECA, LOUSADA
Ficha de Avaliação de Português 9º ano
F NS S SB E
Nome:______________________________________________
Nº:_______ Turma: ______
Avaliação:
Ano letivo: 2018/19
Data: ________
Professora: _________________________________
Enc. Ed.: ___________________________________
Fraco 0% a 19 % Não Satisfaz 20% a 49 % Satisfaz 50% a 69% Satisfaz Bastante 70% a 89% Excelente 90% a 100%
GRUPO I

1. Indica se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as que forem falsas. (3 pontos)

a. O programa “Vicente 500”, do Teatro de S. João, insere-se nas comemorações dos 500 anos do
nascimento de Gil Vicente.
b. O programa “Vicente 500” dirige-se a todo o público interessado.
c. O Teatro de S. João iniciará o programa em causa a 6 de junho.

2. Assinala, para cada uma das alíneas seguintes (2.1. a 2.3.), a(s) opção(ões) correta(s), de acordo com o
texto.

2.1. O programa “Vicente 500” não contempla… (2 pontos)

a. a apresentação teatral do texto vicentino.


b. a criação dramatúrgica e contemporânea.
c. a reflexão teórica e a formação artística.
d. a animação teatral.
e. a representação de todos os autos de Gil Vicente.
f. a criação e representação de um auto inspirado no Auto da Visitação.

2.2. Segundo José Wallenstein, o Teatro de S. João pretende… (1 ponto)

a. provar a importância da obra do pai do teatro português.


b. comprovar que a obra de Gil Vicente é efémera.
c. divertir e contribuir para o espírito mais culto do público.
d. divulgar e reinventar a obra de Gil Vicente.

2.3. No âmbito de “Vicente 500”, o Teatro Nacional de S. João organiza… (2 pontos)

a. várias representações do Auto da Visitação.


b. um concurso de dramaturgia.
c. a escolha da peça mais emblemática de Gil Vicente.
d. oficinas várias.

3. Completa a afirmação abaixo, de acordo com o sentido do texto: (2 pontos)

A dinamização do programa “Vicente 500”, associado às comemorações dos 500 anos do


teatro português, deve-se ____________________________________________________

1
GRUPO II
PARTE A

 Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Riso. Uma Exposição a Sério


Por Susana Pomba

A Fundação EDP volta às grandes exposições temáticas.


Depois do “Povo-People”, agora é a vez do “Riso”. Uma
exposição que mostra a criação portuguesa vista sob “os
temas que desde sempre provocaram diferentes tipos de
5 riso: o quotidiano, a política, o amor, a morte...”.
Feita em parceria com as Produções Fictícias de Nuno
Artur Silva, "Riso. Uma Exposição a Sério" reúne quatro
curadores (1) - - o próprio Nuno Artur Silva, José Manuel dos
Santos, João Pinharanda e Nuno Crespo.
10 Os números podem também fazer rir: quase 500 obras
(entre elas 11 encomendas e sete inéditas (2)), 273 autores,
55 emprestadores, uma equipa de 60 pessoas (entre
produção, técnicos, investigadores e curadores) e 30 mil
parafusos... nas palavras do diretor da Fundação EDP, José
15 Manuel dos Santos.
Quando entramos na exposição é bem visível a razão desta afirmação, a estrutura em teia criada pelo
atelier Pedrita, é feita com grandes ripas de madeiras que criam uma espécie de labirinto onde o
espectador pode descobrir as obras, uma espécie de teia de teatro. José Manuel dos Santos, e o próprio
atelier Pedrita, asseguraram que os 30 mil metros cúbicos de madeira serão reaproveitados quando a
20 exposição encerrar.
O grande desafio desta exposição foi "pensar o riso e a
importância do riso na sociedade contemporânea" e fazer
"conviver as obras de arte com obras de entretenimento",
nas palavras de Nuno Artur Silva. Assim, podemos ver
25 pelo espaço, muitos vídeos com programas de humor
bem conhecidos, como o Tal Canal de Herman José,
rábulas (3) de Raul Solnado ou alguns sketches dos Gato
Fedorento, ao lado de obras de artes plásticas de autores
como Jeff Koons, Vasco Araújo, João Pedro Vale ou Paula
30 Rego. A exposição, organizada tematicamente, divide-se
nos seguintes núcleos: o quotidiano, o corpo, o sexo, a
linguagem, o poder e o espetáculo.
in Público – Guia do Lazer, 20 de outubro de 2012

Vocabulário: 1- curador – o que administra bens alheios por encargo judicial; 2- inédito – obra acabada que ainda não foi
publicada; 3- rábula – obra de curta duração, geralmente curta e dialogada, representada em teatro, televisão ou cinema.

1. Indica, para responderes a cada item (1.1. a 1.5.), a única opção que permite obter uma afirmação adequada
ao sentido do texto.

1.1. A intenção comunicativa do texto é

a) expor uma situação.


b) apresentar um ponto de vista.
c) informar sobre um evento.
2
d) criticar um evento.

1.2. No primeiro parágrafo do texto, o foco é colocado na referência

a) às entidades promotoras do evento.


b) à natureza nacional das obras expostas.
c) à variedade dos temas da exposição.
d) ao tema da exposição.

1.3. Na expressão “Os números podem também fazer rir”, a palavra sublinhada estabelece uma relação de
semelhança entre

a) os números envolvidos e o tema da exposição.


b) os números envolvidos e a crise que o país vive.
c) os números envolvidos e os parafusos usados na montagem.
d) o ato de rir e a natureza cómica dos números.

1.4. A expressão “a estrutura em teia é feita com grandes ripas” contém:

a) uma ironia.
b) uma metáfora.
c) uma hipérbole.
d) uma comparação.

1.5. De acordo com o texto, esta iniciativa tem dois grandes objetivos:

a) rir e olhar as obras de arte como formas de entretenimento.


b) refletir sobre a importância do riso na atualidade e conviver com obras de entretenimento.
c) dar importância ao riso e estabelecer uma relação entre as obras de arte e o espetáculo.
d) refletir sobre o papel social do riso e colocar em diálogo obras de arte e produtos de lazer.

2. Seleciona a opção que corresponde à única opção falsa, de acordo com o sentido do texto.

a) “Riso. Uma exposição a Sério” aborda o tema do humor em vertentes diversas.


b) Esta não é a primeira exposição temática organizada pela Fundação EDP.
c) A exposição assenta num conceito segundo o qual o visitante deve viajar à descoberta das obras expostas.
d) Esta é uma exposição sobre a história do humor português.

3
PARTE B
 Lê atentamente o seguinte excerto retirado da obra Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente:

Vem um sapateiro com um avantal, e carregado de formas, e chega ao batel infernal, e diz:

1 Sapateiro Hou da barca! Ora juro a Deos que é graça!


Diabo Quem vem i?
Sapateiro Santo sapateiro honrado! Vai-se à barca do Anjo, e diz:
Diabo Como vens tão carregado?
Sapateiro Mandaram-me vir assi... Hou da santa caravela,
poderês levar-me nela?
5 E pera onde é a viagem? 40 Anjo A cárrega t’embaraça.
Diabo Pera o lago dos danados. Sapateiro Nom há mercê que me Deos faça?
Sapateiro Os que morrem confessados, Anjo Isto uxiquer irá...
onde têm sua passagem? Essa barca que lá está
Diabo Nom cures de mais linguagem! leva quem rouba de praça.
10 Esta é tua barca, esta!
Sapateiro Arrenegaria eu da festa 45 Oh almas embaraçadas!
e da puta da barcagem! Sapateiro Ora eu me maravilho
haverdes por grão peguilho
Como poderá isso ser, quatro forminhas cagadas
confessado e comungado... que podem bem ir i chantadas
15 Diabo E tu morreste escomungado: 50 num cantinho desse leito!
nom o quiseste dizer. Anjo Se tu viveras dereito,
Esperavas de viver, elas foram cá escusadas.
calaste dous mil enganos.
Tu roubaste bem trint’anos Sapateiro Assi que determinais
20 o povo com teu mester. que vá cozer ò Inferno?
55 Anjo Escrito estás no caderno
Embarca, eramá pera ti, das ementas infernais.
que há já muito que t’espero!
Sapateiro Pois digo-te que nom quero!
Diabo Que te pês, há-de ir, si, si! Torna-se à barca dos danados, e diz:
25 Sapateiro Quantas missas eu ouvi,
Nom me hão elas de prestar?
Diabo Ouvir missas, então roubar – Sapateiro Hou barqueiros! Que aguardais?
é caminho per’aqui. Vamos, venha a prancha logo
e levai-me àquele fogo!
Sapateiro E as ofertas, que darão? 60 Não nos detenhamos mais!
30 E as horas dos finados?
Diabo E os dinheiros mal levados,
que foi da satisfação?
Sapateiro Ah! Nom praza ò cordovão,
nem à puta da badana,
35 se é esta boa traquitana,
em que se vê Joanantão!

Vocabulário: danados – condenados; Nom cures de mais linguagem! – Escusas de falar mais!; Arrenegaria – rejeitaria;
mester – trabalho; eramá – em má hora; Que te pês – ainda que te custe; então – depois; ofertas – dádivas aos santos, em
cumprimento de promessas; horas dos finados – orações que se faziam pelos defuntos; satisfação – indemnização; cordovão –
coiro de cabra curtido para calçado; badana – pele de ovelha para calçado; traquitana – barca ordinária; cárrega – carga;
uxiquer – em qualquer parte; de praça – publicamente; me maravilho – admiro-me; peguilho – estorvo; chantadas – colocadas

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 Responde de forma clara e completa às questões sobre o excerto acima transcrito:

Nota: A menos que te seja pedido, não copies o texto para responderes às questões.

3. Indica os objetos cénicos com que o Sapateiro se apresenta em cena, justificando a sua importância.

4. No diálogo entre o Sapateiro e o Diabo, cada um apresenta argumentos em defesa do destino que o
Sapateiro deve ter.
4.1. Enumera os argumentos do Sapateiro.

4.2. Como contra-argumenta o Diabo?

5. Tal como aconteceu com as personagens anteriores, o Sapateiro dirige-se à barca do Anjo.
5.1. Como procede, desta vez, o Anjo?

5.2. O Sapateiro entendeu, de imediato, a posição assumida pelo Anjo? Fundamenta a tua opinião.

5.3. Transcreve os dois versos das falas do Anjo que revelam a inevitabilidade do destino final do Sapateiro.

6. Explica o jogo de palavras presente nos versos “Assi que determinais / que vá cozer ò Inferno?”

7. Identifica os tipos de cómico que se destacam nesta cena e dá um exemplo para cada um deles.

8. Tendo em mente a atuação do Sapateiro ao longo desta cena, carateriza-o psicologicamente (3 adjetivos),
justificando a tua resposta.

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GRUPO III

1. Identifica os processos fonológicos ocorridos nas palavras abaixo, fazendo corresponder a cada item uma
designação da coluna B.

A B
1.1. i  aí Inserção

1.2. campanairo  campanário Supressão

1.3. creerá  crerá Alteração

2. Divide e classifica as orações das frases seguidamente apresentadas.

2.1. O Parvo queria ajudar embora só atrapalhasse.


2.2. Quando o Diabo falava com as personagens, já conhecia o seu destino.
2.3. A personagem que estava a mentir ia para o Inferno.
2.4. A personagem disse que merecia o Céu.

3. Completa as frases, conjugando os verbos de acordo com as instruções entre parênteses.

3.1. Vós _________________ (querer – pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo) permanecer na terra
por mais tempo.
3.2. Eu _________________ (pôr –pretérito perfeito simples do indicativo) o assunto à discussão.
3.3. Eles _________________ (intervir – pretérito perfeito simples do indicativo) sempre que foi necessário.

6
IV
Além do Sapateiro, Gil Vicente permite-nos conhecer várias personagens que retratam o século em que
viveu.
Redige um texto expositivo sobre uma dessas outras personagens do Auto da Barca do Inferno. Apresenta
a personagem, caracterizando-a, explicitando a simbologia dos seus adereços, referindo o seu percurso cénico
e a intenção de Gil Vicente ao inseri-la no auto.

COTAÇÕES
GRUP Item (cotação em pontos)
O
I 1 2.1 2.2 2.3 3
3 2 1 2 2 10
II A 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 2
3 3 3 3 3 3
II B 3 4.1 4.2 5.1 5.2 5.3 6 7 8
3 3 3 3 3 3 3 3 3 45
III 1 2 3
6 8 6 20
IV 25
TOTAL 100

Bom trabalho!

A professora,

Isabel Caldeira

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Teste de compreensão do oral n.º 4

“Gil Vicente destaca-se no


Teatro de S. João”
O Teatro de S. João vai destacar Gil Vicente até ao fim do ano, associando-
-se às comemorações dos 500 anos do teatro português. O programa “Vicente 500”
arranca no dia 6 de junho e destina-se essencialmente ao público escolar. […]
Associando-se às comemorações dos 500 anos do teatro português, o S. João
apresenta um programa, o “Vicente 500”, que se destina essencialmente ao público
5
escolar.
O programa, que arranca no dia 6 de junho, “envolve tanto a apresentação teatral
do texto vicentino como a criação dramatúrgica e contemporânea, a reflexão teórica
como a formação artística e a animação teatral, congregando interessados na execução
10 de cada uma das iniciativas”, adianta o Teatro em comunicado.
O diretor da instituição, José Wallenstein, entende que o programa dá um
contributo para a divulgação e reinvenção do trabalho de um homem que, através do
teatro, dedicou a sua vida ao seu próprio divertimento e ao espírito dos
outros.
15 O “Vicente 500” abre com várias representações do Auto da Visitação, de 6 a 8 de
junho.
A 11 e 12 de junho, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett acolhe as “Jornadas Gil
Vicente” organizadas pelo Centro Educativo do S. João. Alguns dos temas em discussão
20 passam por “As falas do Diabo”, “Da Farsa Segundo Gil Vicente”, “Autos de Companhia”
e “Gil Vicente & Companhia: um divertimento musical”.
No mês de julho, o Teatro Nacional de S. João realiza oficinas de interpretação
dramática, música, realização plástica, movimento e escrita, dirigidas a estudantes e
professores do terceiro ciclo e do ensino secundário, a estudantes de Línguas e
25 Literaturas e a encarregados de educação.

TSF – Rádio Notícias (28-05-2002)

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