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Na anamnese, o paciente é o mediador entre sua vida, sua enfermidade, e o médico. Quando por
razões estatísticas ou para cumprir obrigações regulamentares de uma instituição, muitas vezes,
ela é feita pelo pessoal de apoio ou auxiliar. A anamnese trabalha com a suposição de que o
paciente conhece sua vida e está, portanto, capacitado para fornecer dados sobre a mesma.
Enquanto que, a hipótese da entrevista é de que cada ser humano tem organizado a história de
sua vida, e um esquema de seu presente, e destes temos que deduzir o que ele não sabe. Ou seja,
“o que nos guia numa entrevista, do mesmo modo que em um tratamento, não é a fenomenologia
reconhecível, mas o ignorado, a surpresa”(GOLDER, 2000, p.45). Nessa perspectiva, Bleger (1980)
compreende que, diferentemente da consulta e da anamnese, a entrevista psicológica tenta o
estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação
estabelecida com o técnico, durante o tempo que essa relação durar (p.12).
A entrevista psicológica funciona como uma situação onde se observa parte da vida do paciente.
Mas, nesse contexto não consegue emergir a totalidade do repertório de sua personalidade, uma
vez que não pode substituir, e nem excluir outros procedimentos de investigação mais extensos e
profundos, a exemplo de um tratamento psicoterápico ou psicanalítico, o qual demanda tempo, e
favorece para que possa emergir determinados núcleos da personalidade. Este tipo de assistência,
também não pode prescindir da entrevista. Esta que apresenta lacunas, dissociações e
contradições que levam alguns pesquisadores a considerá-la um instrumento pouco confiável.
Mas, com diz Bleger (1980), essas dissociações e contradições, são inerentes à condição humana, e
a entrevista oferece condições para que as mesmas sejam refletidas e trabalhadas.
VI - TIPOS DE ENTREVISTA
Segundo Gil (1999), as entrevistas podem ser classificadas em: informal, focalizada, por pautas e
estruturada.
a) Entrevista Informal (livre ou não-estruturada) – É o tipo menos estruturado, e só se distingue da
simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende é a
obtenção de uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de alguns
aspectos da personalidade do entrevistado;
b) Entrevista Focalizada (semi-estruturada ou semidirigida) – É tão livre quanto a informal, todavia,
enfoca um tema bem específico. Permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto, mas
quando este se -34%
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desvia do tema original
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o entrevistador Anúncios
deve se esforçar
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para sua retomada;
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c) Entrevista por Pautas (semi-estruturada
Nãoouexibir
semidirigida)
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certo grau dequê?
Por estruturação,
já que se guia por uma relação de pontos de interesses que o entrevistador vai explorando ao
longo do seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si. O
entrevistador faz poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente à medida que se
refere às pautas assimiladas. Quando este, por ventura, se afasta, o entrevistador intervém de
maneira sutil, para preservar a espontaneidade da entrevista;
d) Entrevista Estruturada (fechada) – Desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja
ordem e redação permanecem invariável para todos os entrevistados, que geralmente são em
grande número. Por possibilitar o tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-
se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais.
IX – DINÂMICA DA ENTREVISTA
O entrevistador, no seu papel de técnico, não deve expor suas reações e nem sua história de vida.
Não deve permitir em ser considerado como um amigo pelo entrevistado e, nem entrar em relação
comercial, de amizade ou de qualquer outro benefício que não seja o pagamento dos seus
honorários. Para Gilliéron (1996), a investigação repousará:
- Na análise do comportamento do paciente com relação ao enquadre;
- Num modelo preciso suscetível de evidenciar a dinâmica relacional que se estabelece entre o
paciente e o terapeuta; modelo de apoio objetal.
O entrevistado deve ser recebido com cordialidade, e não de forma efusiva. Diante de informações
prévias fornecidas por outra pessoa, se deixa claro que essas não serão mantidas em reserva. Em
função de não abalar a confiança do entrevistado, estas lhe serão comunicadas. A reação
contratransferencial deve ser encarada com um dado de análise da entrevista, não se deve atuar
diante da rejeição, inveja ou qualquer outro sentimento do entrevistado. As atitudes deste não
devem ser “domadas” ou subjugadas, não se trata de querer triunfar e nem se impor perante o
mesmo. Compete ao entrevistador averiguar como essas atitudes funcionam e como o afetam. O
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grau de repressão
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do entrevistado,
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de um certo modo, tem uma relação direta com-28%
o nível de -35
repressão do entrevistador. Não exibir mais este anúncio Anúncio? Por quê?
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Necessariamente, o entrevistado que fala muito não traz à tona aspectos relevantes das suas
dificuldades. A linguagem que é um meio de transmitir informação, mas poderá ser também uma
maneira poderosa de se evitar uma verdadeira comunicação (BLEGER, 1980). Nem sempre, uma
carga emocional intensa significa uma evolução no processo. O silêncio é uma expressão não-
verbal que muitas vezes comunica bem mais que as palavras. O silêncio é, geralmente, o fantasma
do entrevistador iniciante. Ele pode ser também uma tentativa de encobrir a faceta de um
momento o qual o sujeito não consegue enfrentar. Castilho (1995) cita uma série de tipos de
silêncio que são comuns nas dinâmicas de grupo, mas que também ocorrem, com bastante
frequência, no processo de entrevista, etc. Para ilustrar foram destacados alguns tipos de silêncio:
ter um desfecho (p.78). Não exibir mais este anúncio Anúncio? Por quê?
A articulação do conceito de “momento sensível”(grifo da autora) passa pelo
posicionamento do terapeuta. Esse instante preciso determina os mecanismos que
instalam a transferência. Com efeito, é o momento em que uma relação de trabalho
se torna possível. A abertura ao outro, a espera de ajuda vinda do exterior é forte e
expõe o paciente tanto ao melhor quanto ao pior dessa interação (GOLDER, 2000).
Nessa perspectiva, Gilliéron (1996) diz que todo paciente procura obter alguma coisa
do terapeuta. Ele não busca apenas a cura de um sintoma, mas também certa
qualidade de relação (p.14). O entrevistado revela aspectos irracionais ou imaturos de
sua personalidade, seu grau de dependência, sua onipotência e seu pensamento
mágico. As transferências negativas e positivas podem coexistir num mesmo
processo, embora, quase sempre com predomínio relativo, estável ou alterado, de
uma delas. Segundo Sang (2001), é a situação analítica e não a sua pessoa o que
levou a paciente a se apaixonar por ele, isto é, que o amor de transferência é
essencialmente impessoal. [...] o analista não deve nem reprimir nem satisfazer as
pretensões amorosas da paciente. Deve sim, tratá-las como algo irreal (pp.319-20).
No que é confirmado por Yalom (2006), quando diz que os sentimentos que surgem
na situação terapêutica geralmente pertencem mais ao papel que à pessoa, é um
equívoco tomar a adoração transferencial como um sinal de sua atratividade ou
charme pessoal irresistível (p.175).
b) Contratransferência
Na contratransferência emerge do entrevistador reações que se originam do campo
psicológico em que se estrutura a entrevista. Porém, se constitui, quando bem
conduzida, num indício de grande significação e valor para orientar o entrevistador
no estudo que realiza. Seu manejo requer preparação, experiência e um alto grau de
equilíbrio mental, para que possa ser utilizada com validade e eficiência. Na
contratransferência, salienta Gilliéron (1996), as emoções vividas pelo analista são
consideradas reativas às do paciente, vinculando-se, portanto, ao passado deste
último, e não dizendo respeito diretamente à pessoa do analista.
Manfredi (apud ZASLAVSKY & SANTOS, 2005, p.296), distingue cinco tendências de
abordagens desta questão:
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