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A Entrevista Psicológica e suas Nuanças

por: Valdeci Gonçalves da Silva (/4-valdecigoncalves.html)


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 (https://www.facebook.com/valdecipsi)

“Cada indivíduo tem um mundo interno diferente, e o


-31% -5%
estímulo tem um significado para cada um” (Irvin D.
Yalom).

I - UM BREVE HISTÓRICO -34%


A entrevista psicológica sofreu algumas modificações
no início do século XIX, quando predominava o
modelo médico. Naquela época, Kraepelin usava a
entrevista com o objetivo de detalhar o Pague Em Até 12x Sem Juros
comportamento do paciente, e, assim, poder MadeiraMadeira
identificar as síndromes e as doenças específicas que
as classificavam segundo a nosografia vigente.
Enquanto isso, Meyer, psiquiatra americano, se interessava pelo enfoque psicobiológico (aspectos
biológicos, históricos, psicológicos e sociais) do entrevistado. A partir de Hartman e Anna Freud o
interesse da entrevista se deslocou para as defesas do paciente. Isto é, a psicanálise  teve sua
influência na investigação dos processos psicológicos, sem enfatizar o aspecto diagnóstico, antes
valorizado.
Nos anos cinquenta, Deutsch e Murphy apresentaram sua técnica denominada Análise Associativa
que considerava importante registrar não somente o que o paciente dizia, mas, também, em
fornecer informações sobre o mesmo. Desse modo, desviou-se o foco sobre o comportamento
psicopatológico para o comportamento dinâmico. Ainda nesta década, Sullivan concebeu a
entrevista como um fenômeno sociológico, uma díade de interferência mútua.
Após este período, a entrevista e o Aconselhamento Psicológicos se deixaram influenciar, entre
outros, por Carl Rogers, cuja abordagem consiste em centrar no paciente. Ou seja, em procurar
compreender, de acordo com o seu referencial, significados e componentes emocionais, tendo
como base a sua aceitação incondicional por parte do entrevistador.

II - DEFINIÇÃO DE ENTREVISTA PSICOLÓGICA


A entrevista psicológica é um processo bidirecional de interação, entre duas ou mais pessoas com
o propósito previamente
-31% -34% Anúncios-28%
fixado no-5%qual uma delas, o entrevistador, procura saber o-28%
que acontece -35
com a outra, o entrevistado, procurandoNão agir exibir
conforme
mais esse conhecimento
este anúncio Porapud
(WIENS
Anúncio? quê? NUNES,
In: CUNHA, 1993). Enquanto técnica, a entrevista tem seus próprios procedimentos empíricos
através dos quais não somente se amplia e se verifica, mas, também, simultaneamente, absorve os
conhecimentos científicos disponíveis. Nesse sentido, Bleger (1960) define a entrevista psicológica
como sendo “um campo de trabalho no qual se investiga a conduta e a personalidade de seres
humanos” (p.21). Uma outra definição caracteriza a entrevista psicológica como sendo “uma forma
especial de conversão, um método sistemático para entrar na vida do outro, na sua intimidade”
(RIBEIRO, 1988, p.154). Enfim, Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de diálogo
assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de
informação (p.117).
A entrevista psicológica pode ser também um processo grupal, isto é, com um ou mais
entrevistadores e/ou entrevistados. No entanto, esse instrumento é sempre em função da sua
dinâmica, um fenômeno de grupo, mesmo que seja com a participação de um entrevistado e de
um entrevistador.

III - OS OBJETIVOS DA ENTREVISTA


Com base nos critérios que objetivaram a entrevista em saúde mental, pode-se classificar a
entrevista quanto aos seguintes objetivos:
a) Diagnóstica – Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como as
indicações terapêuticas adequadas. Assim, faz-se necessário uma coleta de dados sobre a história
do paciente e sua motivação para o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é parte de
um processo mais amplo de avaliação clínica que inclui testagem psicológica;

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b) Psicoterápica – Procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas diversas


abordagens - rogeriana (C. Rogers), jungiana (C. Jung), gestalt (F. Perls), bioenergética (A. Lowen),
logoterapia (V. Frankl) e outras -, para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades,
tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas;
c) De Encaminhamento – Logo no início da entrevista, deve ficar claro para o entrevistado, que a
mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não será conduzido pelo
entrevistador. Devem-se obter informações suficientes para se fazer uma indicação e, ao mesmo
tempo evitar que o entrevistado desenvolva um vínculo forte, uma vez que pode dificultar o
processo de encaminhar;
d) De Seleção – O entrevistador deve ter um conhecimento prévio do currículo do entrevistado, do
-31% -34% -5% Anúncios-28% -28%
perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as informações que o candidato tem a respeito da -35
empresa, e destacar os aspectos mais significativos do examinando
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relação àPor
vaga pleiteada,
quê? 
etc.;
e) De Desligamento – Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da alta do paciente,
examina junto com ele os planos da pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema ainda
pendente. Essa entrevista também é utilizada com o funcionário que está deixando a empresa, e
tem como o objetivo obter um feedback sobre o ambiente de trabalho, para providenciais
intervenções do psicólogo em caso, por exemplo, de alta rotatividade de demissão num
determinado setor;
f) De Pesquisa – Investiga temas em áreas das mais diversas ciências, somente se realiza a partir
da assinatura do entrevistado ou paciente, do documento: Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (Resolução CNS no 196/96), no qual estará explícita a garantia ao sigilo das suas
informações e identificação, e liberdade de continuar ou não no processo.

IV - A SEQUÊNCIA TEMPORAL DAS ENTREVISTAS


DIAGNÓSTICAS
Essa sequência pode ser subdividida em: entrevista inicial; entrevistas subsequentes e entrevista
de devolução, caracterizadas de forma diferente, e mostrando objetivos distintos conforme o
momento em que elas ocorram (GOLDER, 2000).
a) Entrevista Inicial
É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico. Semidirigida, durante a qual o sujeito
fica livre para expor seus problemas. Segundo Fiorini (1987), o empenho do terapeuta nessa
primeira entrevista pode ter uma influência decisiva na continuidade ou no abandono do
tratamento (p.63). Pinheiro (2004) salienta que a mesma ocorre num certo contexto de relação
constantemente negociada. O termo negociação se refere ao posicionamento definido como “um
processo discursivo, através do qual [...] são situados numa conversação como participantes
observáveis, subjetivamente coerentes em linhas de histórias conjuntamente produzidas”(DAVIES
& HARRÉ apud PINHEIRO, 2004, p.186).
Essa entrevista, geralmente, inicia-se com a chamada telefônica de um outro técnico,
encaminhando o entrevistado para a avaliação psicodiagnóstica, ou com a chamada do próprio
entrevistado. Tem como objetivos discutir expectativas, clarear as metas do trabalho, e colher
informações sobre o entrevistado, que não poderiam ser obtidas de outras fontes. As primeiras
impressões sobre o entrevistado, sua aparência, comportamento durante a espera, são dados que
serão analisados pelo entrevistador, e que podem facilitar o processo de análise do caso. Para
Gilliéron (1996), a primeira entrevista deve permitir conhecer:

- O modo de chagada do paciente à consulta (por si mesmo, enviado por alguém ou


a conselho de alguém, etc.);
- O tipo de relação que o paciente procura estabelecer com o seu terapeuta;
- As queixas iniciais verbalizadas pelo paciente, em particular a maneira pela qual
ele formula seu pedido de ajuda (ou sua ausência de pedido).

A partir dessas impressões e expectativas, entrevistador e entrevistado constroem mutuamente


suas transferências,
-31% -34% contratransferências,
-5% e resistênciasAnúncios
que foram-28%
ativadas bem antes
-28% de ocorrer o -35
encontro propriamente dito. Um clima de confiança proporcionado pelo entrevistador facilita que o
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entrevistando revele seus pensamentos e sentimentos sem tanta defesa, portanto, com menos
distorções. No final dessa entrevista devem ficar esclarecidos os seguintes pontos: horários,
duração das sessões, honorários, formas de pagamento (quando particular), condições para
administrar instrumentos de testagem e para as condições de consulta a terceiros.
b) Entrevistas Subsequentes
Após a entrevista inicial, em que é obtida uma primeira impressão sobre a pessoa do paciente,
esclarecimentos sobre os motivos da procura, e realização do contrato de trabalho de
psicodiagnóstico, via de regra são necessários mais alguns encontros. O objetivo das entrevistas
subsequentes é a obtenção de mais dados com riqueza de detalhes sobre a história do
entrevistado, tais como: fases do seu desenvolvimento, escolaridade, relações familiares,
profissionais, sociais e outros.
c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva
No término do psicodiagnóstico, o técnico tem algo a dizer ao entrevistado em relação ao que
fundamenta a indicação. Em 1991, Cunha, Freitas e Raymundo (apud NUNES, In: CUNHA, 1993),
elaboraram algumas recomendações sobre a entrevista de devolução:

- Após a interpretação dos dados, o entrevistador vai comunicar-lhe em que consiste


o psicodiagnóstico, e indicar a terapêutica que julga mais adequada;
- O entrevistador retoma os motivos da consulta, e a maneira como o processo de
avaliação foi conduzido;
- A devolução inicia com os aspectos menos comprometidos do paciente, ou seja,
menos mobilizadores de ansiedade;
- Deve-se evitar o uso de jargão técnico (expressões própria da ciência circulante
entre os profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”), e iniciar por
sintoma ligado diretamente à queixa principal;
- A entrevista de devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.

V - DIFERENÇA ENTRE ENTREVISTA, CONSULTA E ANAMNESE


A técnica da entrevista procede do campo da medicina, e inclui procedimentos semelhantes que
não devem ser confundidos e nem superpostos à entrevista psicológica. Consulta não é sinônimo
de entrevista. A consulta consiste numa assistência técnica ou profissional que pode ser realizada
ou satisfeita, entre as mais diversas modalidades, através da entrevista. A entrevista não é uma
anamnese. Esta implica numa compilação de dados preestabelecidos, que permitem fazer uma
síntese, seja da situação presente, ou da história de doença e de saúde do indivíduo. Embora, se
faça a anamnese com base na utilização correta dos princípios que regem a entrevista, porém, são
bem diferenciadas nas suas funções.

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Na anamnese,  o paciente é o mediador entre sua vida, sua enfermidade, e o médico. Quando por
razões estatísticas ou para cumprir obrigações regulamentares de uma instituição, muitas vezes,
ela é feita pelo pessoal de apoio ou auxiliar. A anamnese trabalha com a suposição de que o
paciente conhece sua vida e está, portanto, capacitado para fornecer dados sobre a mesma.
Enquanto que, a hipótese da entrevista é de que cada ser humano tem organizado a história de
sua vida, e um esquema de seu presente, e destes temos que deduzir o que ele não sabe. Ou seja,
“o que nos guia numa entrevista, do mesmo modo que em um tratamento, não é a fenomenologia
reconhecível, mas o ignorado, a surpresa”(GOLDER, 2000, p.45). Nessa perspectiva, Bleger (1980)
compreende que, diferentemente da consulta e da anamnese, a entrevista psicológica tenta o
estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação
estabelecida com o técnico, durante o tempo que essa relação durar (p.12).
A entrevista psicológica funciona como uma situação onde se observa parte da vida do paciente.
Mas, nesse contexto não consegue emergir a totalidade do repertório de sua personalidade, uma
vez que não pode substituir, e nem excluir outros procedimentos de investigação mais extensos e
profundos, a exemplo de um tratamento psicoterápico ou psicanalítico, o qual demanda tempo, e
favorece para que possa emergir determinados núcleos da personalidade. Este tipo de assistência,
também não pode prescindir da entrevista. Esta que apresenta lacunas, dissociações e
contradições que levam alguns pesquisadores a considerá-la um instrumento pouco confiável.
Mas, com diz Bleger (1980), essas dissociações e contradições, são inerentes à condição humana, e
a entrevista oferece condições para que as mesmas sejam refletidas e trabalhadas.
VI - TIPOS DE ENTREVISTA
Segundo Gil (1999), as entrevistas podem ser classificadas em: informal, focalizada, por pautas e
estruturada.
a) Entrevista Informal (livre ou não-estruturada) – É o tipo menos estruturado, e só se distingue da
simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende é a
obtenção de uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de alguns
aspectos da personalidade do entrevistado;
b) Entrevista Focalizada (semi-estruturada ou semidirigida) – É tão livre quanto a informal, todavia,
enfoca um tema bem específico. Permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto, mas
quando este se -34%
-31%
desvia do tema original
-5%
o entrevistador Anúncios
deve se esforçar
-28%
para sua retomada;
-28% -35
c) Entrevista por Pautas (semi-estruturada
Nãoouexibir
semidirigida)
mais este– anúncio
ApresentaAnúncio?
certo grau dequê? 
Por estruturação,
já que se guia por uma relação de pontos de interesses que o entrevistador vai explorando ao
longo do seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si. O
entrevistador faz poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente à medida que se
refere às pautas assimiladas. Quando este, por ventura, se afasta, o entrevistador intervém de
maneira sutil, para preservar a espontaneidade da entrevista;
d) Entrevista Estruturada (fechada) – Desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja
ordem e redação permanecem invariável para todos os entrevistados, que geralmente são em
grande número. Por possibilitar o tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-
se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais.

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VII – A ENTREVISTA QUANTO AO SEU REFERENCIAL TEÓRICO


O processo de entrevista é orientado por seu referencial teórico. Aqui serão vistas, em síntese,
algumas das perspectivas:
a) Perspectiva Psicanalítica – Tem como base os pressupostos dos conteúdos inconscientes. O
entrevistador busca avaliar a motivação inconsciente, o funcionamento psíquico e a organização
da personalidade do entrevistado. A entrevista é orientada para a psicodinâmica da estrutura
intrapsíquica ou das relações objetais1 e funcionamento interpessoal;
b) Perspectiva Existencial-humanista – Não procura formular um diagnóstico, e sim, verificar se o
interesse do indivíduo está auto-realizado ou não. Aqui não existe uma técnica específica de
entrevista, estas são consideradas pelos existencialistas como manipulação. O entrevistador reflete
o que ouve, pergunta com cuidado, e tenta reconhecer os sentimentos do entrevistado;
c) Perspectiva Fenomenológica – Estuda a influência dos pressupostos e dos preconceitos sobre a
mente, e que os acionam ao estruturar a experiência e atribuir-lhe um significado. Além de uma
atitude aberta e receptiva, é necessário que o entrevistador atue como observador participante, e
que, assim, seja capaz de avaliar criticamente, através de sua experiência clínica e conhecimento
teórico, o que está ocorrendo na entrevista.
VII – A ENTREVISTA QUANTO AO SEU MÉTODO
Segundo Ribeiro (1988), a realização da entrevista psicológica segue diferentes enfoques:
a) Psicométrico – O entrevistador faz uso constante de uma série de instrumentos: testes,
pesquisas, controle estatístico, etc., predeterminados, enquanto dispositivos para a aquisição de
conhecimentos sobre o entrevistado. Nessa situação, dificilmente o entrevistador conseguirá
-31% -34% Anúncios
aprofundar a relação, o encontro -5%
permanece mais em nível formal-28% e informativo do-28%
que -35

espontâneo, criativo e transformador. IstoNão


nãoexibir
quermais
dizereste
queanúncio
seja menos válida ou
Anúncio? mais
Por superficial;
quê? 
b) Psicodinâmico – A relação poderá ser mais aprofundada devido ao fato do entrevistador contar
com maior disponibilidade de tempo para questionar o entrevistado, e conduzir a situação de
maneira “menos estruturada”. Sua atenção não está no aqui e no agora, ela atende a uma dinâmica
de causa-efeito na qual submensagens poderão dificultar a comunicação;
c) Antropológico – Abrange a relação ambiente-organismo na compreensão da comunicação.
Qualquer dado será considerado, mas, nem sempre, é possível dizer em que momento ele está e
onde será utilizado. Esse tipo de entrevista parece mais complexo, assim sendo, exige mais prática
do entrevistador para analisar as informações.
VIII - TÉCNICAS DE ENTREVISTA
Um dos aspectos essenciais da entrevista está na investigação que se realiza durante o seu
transcurso. As observações são registradas em função das hipóteses que o entrevistado emite. O
entrevistador ordena na seguinte disposição: observação, hipótese e verificação. Uma boa
observação consiste, de algum modo, em formular hipóteses que vão sendo reformuladas durante
a entrevista em função das observações subsequentes. No entender de Bleger (1980), o trabalho
do psicólogo somente adquire real envergadura e transcendência quando coincidem a
investigação e a tarefa profissional, porque estas são as unidades de uma práxis que resguarda a
tarefa mais humana: compreender e ajudar os outros. Assim, indagação e atuação, teoria e prática,
devem ser manejadas como momentos e aspectos inseparáveis do mesmo processo.

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8.1) Segundo Bleger (1980), a entrevista se diferencia de acordo com o beneficiário
do resultado:
- A entrevista que se realiza em benefício do entrevistado, a exemplo da consulta
psicológica ou psiquiátrica;
- A entrevista cujo objetivo é a pesquisa, valorizando, apenas, o resultado científico
da mesma;
- A entrevista que se realiza para terceiro, neste caso, a serviço de uma instituição.

Com exceção do primeiro tipo de entrevista, os demais exigem do entrevistador que


desperte interesse ou motive a participação do entrevistado.
8.2) Segundo Gil (1999), as entrevistas podem se dá em duas modalidades: Face a
face e por Telefone. A entrevista tradicional tem sido realizada face a face. No
entanto, nas últimas décadas vem sendo desenvolvida a entrevista por telefone.
- Principais vantagens da entrevista por telefone, em relação à entrevista pessoal:
custos mais baixos; facilidade na seleção da amostra; rapidez; maior aceitação dos
moradores das grandes cidades, que temem abrir suas portas para estranhos;
facilidade de agendar o momento mais apropriado para a realização da entrevista;
- Limitações da entrevista por telefone: interrupção da entrevista pelo entrevistado;
menor quantidade de informações; impossibilidade de descrever as características
do entrevistado ou as circunstâncias em que se realizou a entrevista; parcela
significativa da população que não dispõe de telefone ou não tem seu nome na lista.
8.3) Segundo Erickson (apud SCHEEFFER, 1977), algumas recomendações devem
ser aplicáveis ao processo de entrevista psicológica:
- O entrevistador deve ter o cuidado para não transformar a entrevista numa
conversa social. “Como posso ajudá-lo?”, é uma boa maneira de se iniciar uma
entrevista;
- O entrevistador não deve completar as frases do entrevistado. Devem-se evitar
perguntas que induzam respostas do tipo “sim” ou “não”. Não interromper o fluxo do
pensamento do entrevistado, a não ser que ele se perca em ideias que fogem dos
tópicos da entrevista;
- A atitude do entrevistador deve ser de aceitação completa das vivências do
entrevistado. Não deve haver discussão de pontos de vista;
- As pausas e silêncios são, quase sempre, embaraçosos para o entrevistador.
Nesses momentos, possivelmente, o entrevistado está revivendo experiências que
não consegue expressar verbalmente. Quando as pausas forem longas, o
entrevistador poderá retomar um tópico anterior que estava sendo discutido;
- O tempo de entrevista deve ser marcado, e o entrevistado será comunicado de
-31% quanto tempo-34%dispõe. Se necessário,
-5% marca-se outra (s) entrevista
Anúncios -28% (s). Deve-se
-28% limitar -35
o número de assuntos em cada sessão paramais
Não exibir nãoeste
confundir
anúncio o entrevistado;
Anúncio? Por quê? 
- É necessário trocar o pronome pessoal “eu”, pelo uso de expressões2 mais vagas,
tais como: “parece que ...”; “parece melhor ...”; etc.;
- Recomenda-se fazer o resumo do que fora discutido em cada final de entrevista. E
que o entrevistador faça uma síntese para o entrevistado do que foi abordado na
sessão;
- O término da entrevista não deve transformar-se numa conversa social, sem
nenhuma relação com os problemas discutidos. Isto pode prejudicar o resultado da
entrevista.
8.4) Segundo Foddy (2002), é aconselhável o investigador ou entrevistador:
- Adotar uma atitude comum e casual. Ex. “Por acaso você ...”;
- Empregar a técnica “Kinsey” de olhar os inquiridos bem nos olhos, e colocar a
pergunta sem rodeios de modo a que eles tenham dificuldade em mentir;
- Adotar uma aproximação indireta de modo a que os inquiridos forneçam a
informação desejada sem terem consciência disso, a exemplo das técnicas
projetivas;
- Colocar as perguntas perturbadoras na parte final do questionário ou da entrevista
de modo a que as respostas não sofram qualquer consequência desse efeito.
8.5) Segundo Gilliéron (1996), pode-se estudar os comportamentos do paciente
praticamente em relação a dois eixos:
- A anamnese do sujeito que permite a observação dos comportamentos repetitivos
que dão uma ideia exata da sua personalidade: trata-se do ponto de vista histórico;
- A observação do comportamento do paciente quando da primeira entrevista
também fornece indicações muito precisas sobre a organização da sua
personalidade.

IX – DINÂMICA DA ENTREVISTA
O entrevistador, no seu papel de técnico, não deve expor suas reações e nem sua história de vida.
Não deve permitir em ser considerado como um amigo pelo entrevistado e, nem entrar em relação
comercial, de amizade ou de qualquer outro benefício que não seja o pagamento dos seus
honorários. Para Gilliéron (1996), a investigação repousará:
- Na análise do comportamento do paciente com relação ao enquadre;
- Num modelo preciso suscetível de evidenciar a dinâmica relacional que se estabelece entre o
paciente e o terapeuta; modelo de apoio objetal.

O entrevistado deve ser recebido com cordialidade, e não de forma efusiva. Diante de informações
prévias fornecidas por outra pessoa, se deixa claro que essas não serão mantidas em reserva. Em
função de não abalar a confiança do entrevistado, estas lhe serão comunicadas. A reação
contratransferencial deve ser encarada com um dado de análise da entrevista, não se deve atuar
diante da rejeição, inveja ou qualquer outro sentimento do entrevistado. As atitudes deste não
devem ser “domadas” ou subjugadas, não se trata de querer triunfar e nem se impor perante o
mesmo.  Compete ao entrevistador averiguar como essas atitudes funcionam e como o afetam. O
Anúncios-28%
grau de repressão
-31% -34%
do entrevistado,
-5%
de um certo modo, tem uma relação direta com-28%
o nível de -35

repressão do entrevistador. Não exibir mais este anúncio Anúncio? Por quê? 
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Necessariamente, o entrevistado que fala muito não traz à tona aspectos relevantes das suas
dificuldades. A linguagem que é um meio de transmitir informação, mas poderá ser também uma
maneira poderosa de se evitar uma verdadeira comunicação (BLEGER, 1980). Nem sempre, uma
carga emocional intensa significa uma evolução no processo. O silêncio é uma expressão não-
verbal que muitas vezes comunica bem mais que as palavras. O silêncio é, geralmente, o fantasma
do entrevistador iniciante. Ele pode ser também uma tentativa de encobrir a faceta de um
momento o qual o sujeito não consegue enfrentar. Castilho (1995) cita uma série de tipos de
silêncio que são comuns nas dinâmicas de grupo, mas que também ocorrem, com bastante
frequência, no processo de entrevista, etc. Para ilustrar foram destacados alguns tipos de silêncio:

-31% -34% -5% Anúncios-28% -28% -35

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- Silêncio de Tensão – É a expressão da ansiedade. Facilmente observado através
da postura corporal tensa ou inquieta do entrevistado, da sua respiração ofegante,
do tamborilar dos dedos, etc.;
- Silêncio de Medo – Deixa o entrevistado petrificado, na sua tentativa de fugir de
uma situação psicologicamente ameaçadora. Esse silêncio suscita muita tensão e,
como consequência, forte descarga psicossomática;
- Silêncio de Reflexão – Surge normalmente após a intervenção do entrevistador, ou
logo após um feedback, ou mesmo depois do entrevistador ter passado por algum
tipo de vivência. Nele, observa-se a ausência de tensão, há um recolhimento
introspectivo de elaboração mental;
- Silêncio de Desinteresse – O indivíduo perde o foco da atenção, camufla
resistência, se desinteressa pela situação externa porque interiormente ela o atinge.
9.1) A Ansiedade na Entrevista
A ansiedade é parte da existência humana, todas as pessoas a sentem em grau
variado, por vezes consiste em uma resposta adaptativa do organismo (SIERRA,
2003). Para Bion (apud ALMEIDA & WETZEL, 2001), se duas pessoas estão numa sala
de análise sem angústia, não está havendo análise (p.272). Calligaris (apud GOLDER,
2000), percebe que em todo encontro, o outro está imediatamente implicado
enquanto “semelhante imaginário”, o que se busca primeiro é uma tela, uma espécie
de cumplicidade que supõe um sentido comum ao que estamos dizendo(p.151).
Desse modo, a ansiedade é um indicativo do desenvolvimento de uma entrevista, e
deve ser controlada pelo entrevistador, a sua própria, e a que aparece no
entrevistado.
Durante a situação de entrevista, tanto à ansiedade quando os mecanismos de
defesa do entrevistado podem aumentar, não somente devido a esse novo contexto
externo que ele enfrenta, mas também devido ao perigo, em potencial, daquilo que
desconhece em sua  personalidade. O contato direto com seres humanos, coloca o
técnico diante da sua própria vida, saúde ou doença, conflitos e frustrações.
Considerando que o entrevistador é um agente ativo na investigação, sua ansiedade
torna-se um dos fatores mais difíceis de lidar. Em sua tarefa, o psicólogo pode oscilar
facilmente entre a ansiedade e o bloqueio, sem que isto o perturbe, desde que
possa resolver na medida em que surja.
Toda investigação implica a presença de ansiedade frente ao desconhecido, e o
investigador deve ter a capacidade para tolerá-la, assim, poderá manter o controle
da situação. Há casos em que o investigador, devido aos seus bloqueios e limitações,
se vê oprimido pela ansiedade, e recorre a mecanismos de defesa para se sentir
seguro, e assim, elimina a possibilidade de uma investigação eficaz, uma vez que
conduz a entrevista de maneira estereotipada. Um outro problema frequente diz
-31% respeito a uma
-34% certa compulsão
-5% do entrevistador Anúncios
focalizar-28%
seu interesse -28%
ou -35

encontrar perturbações exatamente Nãona esfera


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esteele nega osAnúncio?
anúncio seus próprios
Por quê? 
conflitos.
A manipulação técnica, de toda ansiedade, deve ser realizada com referência a
personalidade do entrevistado, e o nível de timing (sincronização e ajustamento) que
se tenha estabelecido na relação. Toda interpretação fora desse contexto implica em
agressão ao paciente ou entrevistado. Cabe ao psicólogo saber calar, na proporção
inversa da sua vontade compulsiva de interferir. Nessa ótica, Almeida & Wetzel (2001,
p.271) dizem que a interpretação algumas vezes vem de um desejo de intervenção
com a finalidade de eliminar angústias (perda de continência), instados pela situação
e autorizados pelo setting (grifo dos autores).
Segundo Piaget (apud GIL, 1999), o bom entrevistador deve reunir duas qualidades:
saber observar (não desviar nada, não esgotar nada); saber buscar (algo de preciso,
ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para
controlar) (grifo do autor). Douglas (apud FODDY, 2002) corrobora com essa ideia
quando afirma que entrevistar criativamente é ter determinação atendendo ao
contexto, em vez de negar, ou não conseguir compreender. O que se passa numa
situação de entrevista é determinado pelo processo de perguntas e respostas, a
entrevista criativa agarra o imediato, a situação concreta, tenta perceber de que
modo esta afetação vai sendo comunicada e, ao compreender esses efeitos,
modifica a recepção do entrevistador, aumentando, assim, a descoberta das
verdades3.
9.2) Transferência e Contratransferência
a) Transferência
Freud (1914-1969) entende que a transferência é (...) apenas um fragmento da
repetição e que a repetição é uma transferência do passado esquecido (...) para
todos os aspectos da situação atual (p.166). A transferência é designada pela
psicanálise como um processo através do qual os desejos inconscientes se
atualizam sobre determinados objetos, num certo tipo de relação estabelecida,
eminentemente, no quadro da relação analítica. A repetição de protótipos infantis
vividos com um sentimento de atualidade acentuada. Classicamente a transferência
é reconhecida como o terreno em que se dá a problemática de um tratamento
psicanalítico, pois são a sua instalação, as suas modalidades, a sua interpretação e a
sua resolução que as caracteriza (LAPLANCHE & PONTALIS, 2004).
A transferência e a contratransferência são fenômenos que estão presentes em toda
relação interpessoal, inclusive na entrevista. Na transferência o entrevistado atribui
papéis ao entrevistador, e se comporta em função dos mesmos, transfere situações
e modelos para a realidade presente e desconhecida, e tende à configurar esta
última como situação já conhecida, repetitiva. No entender de Gori (2002), repetindo
transferencialmente, evoca-se a lembrança e é somente por meio da lembrança que
temos acesso á história [...] Por meio da transferência é forjado num lugar
-31% intermediário entre a vida real
-34% Anúncios
-5% e um ensaio de vida, para que
-28% o drama humano
-28% possa -35

ter um desfecho (p.78). Não exibir mais este anúncio Anúncio? Por quê? 
A articulação do conceito de “momento sensível”(grifo da autora) passa pelo 
posicionamento do terapeuta. Esse instante preciso determina os mecanismos que
instalam a transferência. Com efeito, é o momento em que uma relação de trabalho
se torna possível. A abertura ao outro, a espera de ajuda vinda do exterior é forte e
expõe o paciente tanto ao melhor quanto ao pior dessa interação (GOLDER, 2000).
Nessa perspectiva, Gilliéron (1996) diz que todo paciente procura obter alguma coisa
do terapeuta. Ele não busca apenas a cura de um sintoma, mas também certa
qualidade de relação (p.14). O entrevistado revela aspectos irracionais ou imaturos de
sua personalidade, seu grau de dependência, sua onipotência e seu pensamento
mágico. As transferências negativas e positivas podem coexistir num mesmo
processo, embora, quase sempre com predomínio relativo, estável ou alterado, de
uma delas. Segundo Sang (2001), é a situação analítica e não a sua pessoa o que
levou a paciente a se apaixonar por ele, isto é, que o amor de transferência é
essencialmente impessoal. [...] o analista não deve nem reprimir nem satisfazer as
pretensões amorosas da paciente. Deve sim, tratá-las como algo irreal (pp.319-20).
No que é confirmado por Yalom (2006), quando diz que os sentimentos que surgem
na situação terapêutica geralmente pertencem mais ao papel que à pessoa, é um
equívoco tomar a adoração transferencial como um sinal de sua atratividade ou
charme pessoal irresistível (p.175).
b) Contratransferência
Na contratransferência emerge do entrevistador reações que se originam do campo
psicológico em que se estrutura a entrevista. Porém, se constitui, quando bem
conduzida, num indício de grande significação e valor para orientar o entrevistador
no estudo que realiza. Seu manejo requer preparação, experiência e um alto grau de
equilíbrio mental, para que possa ser utilizada com validade e eficiência. Na
contratransferência, salienta Gilliéron (1996), as emoções vividas pelo analista são
consideradas reativas às do paciente, vinculando-se, portanto, ao passado deste
último, e não dizendo respeito diretamente à pessoa do analista.
Manfredi (apud ZASLAVSKY & SANTOS, 2005, p.296), distingue cinco tendências de
abordagens desta questão:

1 - A contratransferência não é mais considerada como uma criação


unicamente do paciente, por ignorar a transferência do analista;
2 - É problemático diferenciar a contratransferência normal da patológica (os
dados á disposição do analista não permitem, quase sempre, uma
diferenciação);
3 - A tolerância à contratransferência já seria suficiente, dada, aqui, a
dificuldade da diferenciação dos sentimentos envolvidos na dupla;
4 - Devia-se, mais sábia e humildemente, fazer também a rota inversa: procurar
-31% no paciente,
-34% e não só procurar
-5% no analista; Anúncios-28% -28% -35

5 - A questão do confessar ou Não


não,exibir
ou confessar/revelar
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os sentimentos contratransferenciais despertados.
X – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que o instrumento Entrevista Psicológica, de fato, se efetive como auxiliar no trabalho do
psicólogo, não é o bastante a sua compreensão ou domínio teórico e técnico que fundamenta e
norteia sua prática, mas também de experiências que são adquiridas em rollyplays através de
estágio, supervisão; laboratório ou oficinas de sensibilidade. É preciso desenvolver a sensibilidade
para entrevistar, aprender ser empático, saber lidar com a própria subjetividade e com a
subjetividade do outro (entrevistando), facilitando assim que seu universo, um tanto livre das
“ameaças”, se descortine. O entrevistador precisa adquirir à habilidade da “dissociação
instrumental”, e ser capaz de adentrar esse universo, sem juízo de valor, sem preconceito, para que
assim possa estar com o Outro, conhecer, não temer, se perder e se achar e, finalmente, voltar à
realidade do contexto. E agora, de posse de sua bagagem técnica tecer suas observações,
ponderações e considerações, de modo axiomático, considerado que a utópica da neutralidade
sempre deverá ser perseguida. Os princípios éticos serão avivados em cada encontro, e nenhum
instrumento poderá adquirir uma aura de prevalência sobre a pessoa do entrevistado, que é mais
importante e assim deve ser respeitado. O que não significa ser “meloso”, por demais solicito, muito
menos autoritário. O entrevistador deve habilitar-se em se inscrever na virtualidade da distância e
proximidades ótimas que o trabalho possa fluir. Ser a pessoa na figura do profissional imbuído da
intenção singular de realizar uma atividade sem perder sua essência humana. Nesse investida, é
fundamental que o profissional se “conheça”, e que faça de rotineiras as reflexões sobre suas
atitudes, postura e comportamento, bem como de que tenha também flexibilidade em reformulá-
los, quando a necessidade aponte. Muito do trabalho do psicólogo certamente vem em
consequência do auto “mergulho” que lhe dará a base na qual se apóiam à sua atuação e
intervenção com toda transparência.
NOTAS
1 - Expressão usada na psicanálise para designar o modo de relação do sujeito com seu mundo,
relação que é resultado complexo e total de uma determinada organização da personalidade, de
uma apreensão mais ou menos fantasística dos objetos e de certos tipos de defesa (LAPLANCHE &
PONTALIS, 2004).
2 - Yalom (2006), diz que os terapeutas têm jeitinhos ardilosos, e se pergunta o que os terapeutas
fariam sem recorrer ao recurso do “eu me pergunto”? “Eu me pergunto o que o impede de agir em
relação a uma decisão que parece que você já tomou”.
3 - Para Nietzsche, “Não existe verdade, só existe interpretação” (apud YALOM, 2006).

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XI - REFERÊNCIAS
ALMEIDA, R. M. F & WETZEL, S. G. Quando o esperar é um à-toa muito ativo: apreensão dos
fenômenos emocionais na relação mãe-bebê, no observador e no pequeno grupo de discussão.
Revista ALTER (SPB). Origens: mente e psicanálise. v. XX, Brasília-DF, n. 2, dez de 2001.
BLEGER, José. Temas de psicologia: entrevista e grupos. Trad. Rita M. de Moraes. São Paulo: Martins
Fontes, 1980.
CASTILHO, Áurea. A dinâmica do trabalho de grupo. 2 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark ed, 1995.
CUNHA, Jurema Alcides e cols. Psicodiagnóstico-R. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
FIORINI, Hector J. Teoria e técnica de psicoterapias. Trad. Carlos Sussekind. 7 ed. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1987.
FODDY, William. Como Perguntar: Teoria e prática da construção de perguntas em entrevistas e
questionários. 2 ed. Trad. Luís Campos. Oeiras-PT: Celta, 2002.
FREUD, Sigmund (1914).  Repetir, recordar e elaborar. Trad. J.O.A. Abreu. v. XII. Rio de Janeiro: Imago,
1969.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
GILLIÉRON, Edmond. A primeira entrevista em psicoterapia. Trad. M. S. Gonçalves & A. U. Sobral.
São Paulo: Loyola, 1996.
GORI, C. Andréa. Forças Indômitas: considerações teóricas sobre a transferência em um fragmento
de ópera. Revista Psicanálise e Universidade, n. 16, São Paulo, abr de 2002.
GOLDER, E. M. Clínica da primeira entrevista. Trad. P. Abreu. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
LAPLANCHE & PONTALIS. Vocabulário da psicanálise. 4 ed. Trad. P. Tamen. São Paulo: Martins
Fontes, 2004.
PINHEIRO, O. G. Entrevista: uma prática discursiva. In: Práticas discursivas e produção no cotidiano:
aproximações teóricas e metodológicas. SPINK, M. J. P. (Org.). 3 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
RIBEIRO, J. Ponciano. Teorias e técnicas psicoterápicas. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1988.
SANG, E. René. Sobre o amor de transferência: um caso clínico. Revista ALTER (SPB). Origens:
mente e psicanálise. v. XX, Brasília-DF, n. 2, dez de 2001.
SCHEEFFER, Ruth. Aconselhamento psicológico. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1977.
SIERRA, Juan Carlos. Ansiedad, angustia y estrés: três conceptos a diferenciar. Revista Mal-Estar e
Subjetividade. v. II, n. 1, Universidade de Fortaleza, mar de 2003.
YALOM. Irvin D. Os desafios da terapia: reflexões para pacientes e terapeutas. Trad. Vera de Paula
Assis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
ZASLAVSKY, Jacó & SANTOS, M. J. P. Contratransferência em psicoterapia e psiquiatria hoje. Revista
de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. v. 27, n. 3, set/dez de 2005.

+ do assunto + do autor

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5. O Não-Lugar-34%
-31% e a Tragédia de -5%
Suzano (o-nao-lugar-e-a-tragedia-de-suzano.html)
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