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ESTUDO DIRIGIDO

PSICODIAGNÓSTICO - 2011

ARZENO

Luciana Lamarca

Arzeno, M. E. G. Psicodiagnóstico Clínico: Novas


Contribuições Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
Este livro é continuação de um trabalho iniciado nos anos 70 e publicado sob o
título: As técnicas projetivas e o processo psicodiagnóstico, da mesma autora, juntamente
com Maria Luisa S. Ocampo e colaboradores.
Dentre algumas inclusões teóricas e técnicas que implicaram em algumas
modificações do processo de psicodiagnóstico, Arzeno destaca que “atualmente é
impossível fazer um psicodiagnóstico correto se não se incluir, pelo menos, uma entrevista
familiar diagnóstica, mesmo em se tratando de um estudo individual” (p. 03).

Cap. 1 O Psicodiagnóstico Clínico na Atualidade

Quando falamos de avaliação psicológica no contexto da psicologia clínica, estamos


falando de psicodiagnóstico. Segundo Arzeno, 1995, este termo implica automaticamente a
administração de testes.
A autora acredita que um diagnóstico psicológico tão preciso quanto possível é
imprescindível por diversas razões:
 Para saber o que ocorre e suas causas
 Porque iniciar um tratamento sem o questionamento prévio do que realmente ocorre
representa um risco muito alto
 Para proteger o psicólogo em seus compromissos: clínico e ético.

Finalidades:
1. Diagnóstico: não “colocar” um rótulo, mas explicar o que ocorre além do que o
paciente pode descrever conscientemente. Para um diagnóstico correto devemos
associar a entrevista clínica a testes, principalmente os padronizados, pois dão uma
margem de segurança maior. A relação de transferência-contratransferência dada pelo
processo de psicodiagnóstico pode ser útil para prever como será o vínculo terapêutico
futuro.
2. Avaliação do tratamento: re-testes. É feito para apreciar os avanços terapêuticos de
forma mais objetiva e também para planejar uma alta; descobrir os motivos de impasse
num tratamento, ou ainda quando ocorre disparidade de opiniões entre terapeuta e
paciente (como o fim do tratamento, por exemplo). Obs.: Em qualquer dos casos, o
psicodiagnóstico com essa finalidade de avaliar o andamento do tratamento é feito por
outro psicólogo.
3. Como meio de comunicação: favorecer a tomada de insight, ou seja, contribuir para que
se adquira a consciência de sofrimento suficiente para aceitar cooperar na consulta e
provocar perda de certas inibições, possibilitando, assim, um comportamento mais
natural.
4. Na investigação: dois objetivos: a criação de novos instrumentos de exploração da
personalidade (validação de testes) e o de planejar investigação para o estudo de uma
determinada patologia, algum problema trabalhista, educacional ou forense.

Método para que o consultante aceite melhor as recomendações:

O Psicodiagnóstico inclui, além das entrevistas iniciais, os testes, a hora de jogo com
crianças, entrevistas familiares, vinculares. As conclusões serão discutidas com o
interessado e a família, conforme o caso.
Os testes realizados individualmente são reservados para a entrevista de devolução
individual. Porém o que for feito e conversado entre todos pode ser mostrado ou assinalado
para exemplificar algum conflito que os consultantes minimizam ou negam.

Escolha da estratégia terapêutica mais adequada:

Um Psicodiagnóstico completo e corretamente administrado permite-nos estimar o


prognóstico do caso e a estratégia mais adequada para ajudar o consultante (indicação
terapêutica).
No psicodiagnóstico individual, o motivo da consulta manifesto e latente dá-nos uma
pauta para recomendar ou não a terapia de grupo. Quando as dificuldades situam-se na
relação do indivíduo com os demais → é recomendável terapia de grupo. Se, no entanto, o
conflito está mais centralizado no intrapsíquico → terapia individual como mais adequada.

Cap. 2 Objetivos e Etapas do Processo Psicodiagnóstico

“O Psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista


fundamentalmente clínico” (p. 13).

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A concepção de personalidade está embasada na teoria psicanalítica, portanto tendo
aspectos conscientes e inconscientes, uma dinâmica interna, com ansiedades básicas que
mobilizam defesas mais primitivas e mais evoluídas (M. Klein), com uma configuração
única para cada pessoa, com um nível de inteligência que pode ou não ter interferências
emocionais, com impulsos mais ou menos intensos com maior ou menor controle, com a
luta de vida e morte pela primazia do ego, com sadismo e masoquismos sempre presentes
em diferentes escalas, com narcisismo, com estruturas de base variáveis conforme a
organização; além da importância dos fatores hereditários e constitutivos. O contexto
sociocultural e familiar deve ocupar um lugar importante no estudo da personalidade de um
indivíduo.
Antes de iniciar a tarefa, o psicólogo deve esclarecer com o consultante qual o
motivo manifesto do estudo e intuir qual o latente.

Etapas do processo psicodiagnóstico:

1. Do momento que o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com
o profissional
2. Nas primeiras entrevistas: motivos manifesto e latente, as ansiedades e defesas, fantasia
de doença, cura e análise e a construção da história do indivíduo e da família em
questão.
3. Hipóteses iniciais e instrumentos a serem utilizados
4. Realização da estratégia diagnóstica planejada
5. Estudo do material colhido
6. Entrevista de devolução: uma ou várias; com o indivíduo e com a família. - “Consiste
em transmitir os resultados do psicodiagnóstico de forma discriminada, organizada e
dosada segundo o destinatário. Também a linguagem verbal, gráfica ou lúdica deve ser
apropriada ao mesmo para que seja clara e adequadamente compreendida” (Arzeno,
1995, p. 196).
7. Elaboração do informe psicológico (laudo), se solicitado: para Arzeno, “consiste no
resumo das conclusões diagnósticas e prognósticas do caso estudado e que inclui muitas
vezes as recomendações terapêuticas adequadas ao mesmo” (p. 203).

Cap. 3 O Enquadre no Processo Psicodiagnóstico

O enquadre varia de acordo com o enfoque teórico que serve como marco
referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação, suas características
pessoais e também conforme as características do consultante (a idade ou o grau de
patologia nos obrigam a adaptar o enquadre a cada caso).
“É impossível trabalhar sem um enquadre, mas não existe um único enquadre” (p.
17).
A primeira entrevista nos dá subsídios que facilitam a escolha do enquadre. Este
inclui não somente o modo de formulação do trabalho, mas também o objetivo do mesmo, a
frequência dos encontros, o lugar, os horários, os honorários e, principalmente o papel que
cabe a cada um.
Segundo Bleger, “o enquadre seria o fundo ou a base, e o processo analítico
(psicodiagnóstico), a imagem do que, unindo ambos os conceitos (enquadre e processo)

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configuraria a situação analítica. O enquadre seria o fator constante, o que não é processo.
O processo seria aquilo que é variável, o que se modifica” (Citado por Arzeno, p. 19).

Cap. 4 O Primeiro Contato na Consulta

Para Arzeno, a “primeira entrevista” é um conceito referente à primeira etapa


diagnóstica, que tem um objetivo específico, mas não significa que deve ser só uma nem
que deve ser realizada obrigatoriamente no início do processo diagnóstico. “Em
circunstâncias especiais podemos obter dados após a aplicação dos testes, e não no início da
consulta” (p. 23).

Motivo da consulta

Durante a primeira entrevista o paciente deve expor o que acontece com ele e
esclarecer por que deseja se consultar → motivo manifesto. Ao longo do processo podem
ser descobertos outros motivos subjacentes, latentes e geralmente inconscientes, dos quais
se deverá falar de forma mais ampla possível.

Sintoma

Sintoma: motivo manifesto da consulta → sintoma encobridor? Por que esse


sintoma preocupa o paciente e ou a sua família? E por que agora? Existe mais de um
motivo manifesto?

Fantasias de doença e cura (A. Aberastury).

Guardam uma estreita relação com o motivo latente da consulta.


É importante que, durante a primeira entrevista, além de explicitar os sintomas que
o paciente traz, e suas fantasias de doença e cura, tentemos obter uma história ou novela
familiar, dando importância não só aos dados cronológicos exatos, mas a versão que o
paciente e sua família trazem dessa história. Isto significa desvendar a história do sintoma
em torno do qual vai se entrelaçando a história do paciente e de sua família.

O sintoma apresenta:
 Um aspecto fenomenológico
 Um aspecto dinâmico – conflito egóico: desejo insciente que entra em oposição
a uma proibição superegóica
 Um benefício secundário
 Um significado no contexto familiar
 Fracasso ou rompimento do equilíbrio intrapsíquico prévio

Objetivos e requisitos da primeira entrevista

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É o primeiro passo do processo psicodiagnóstico e deve reunir certos requisitos para
cobrir seus objetivos: no começo ser leve, não direcionada, de forma que possibilite a
investigação do papel que cada um dos pais desempenha, entre eles e conosco; o papel que
cada um parece desempenhar com o filho, a fantasia que cada um traz sobre o filho; a
fantasia de doença e cura que cada um tem; a distância entre o motivo manifesto e o latente
da consulta; o grau de colaboração ou resistência junto ao profissional, etc. → elementos
verbais e não verbais; gesticulações, lapsos, ações; comentários sobre o espaço e
profissional; queixas; pontualidade; contratransferência.
Situações a serem exploradas na primeira entrevista: motivo da consulta, sintomas
(manifesto e latente, histórico do sintoma, aspectos fenomenológico e dinâmico, ganho
secundário, análise a nível individual e familiar), fantasias de doença e cura.
A primeira entrevista em psicodiagnóstico deve ser livre em seu começo (psicólogo
como observador, com um papel de não-intervenção ativa) e dirigida num segundo
momento, com o objetivo de elaborar uma história clínica completa do paciente. O contrato
de trabalho também deve ser estabelecido na primeira entrevista.
É importante detectar na primeira entrevista o nível de angústia de consultante e
seus familiares, se há preocupação, tristeza com o que está ocorrendo ou se há negação
parcial ou total da importância do conflito. Em um processo diagnóstico é fundamental
trabalhar com um nível de ansiedade instrumental, ou seja, saudável.
Arzeno lembra que, como o referencial de trabalho é o psicanalítico, estamos desde
o início incluindo aspectos transferenciais da relação do paciente ou dos pais conosco e
contratransferenciais, mesmo se não os verbalizamos.
A atitude do profissional de psicodiagnóstico → duplo papel, atitude composta:
deve ser ao mesmo tempo plástica, aberta, permeável e concretamente precisa e
centralizada em um objetivo que não devemos ignorar ou perder de vista em momento
algum.
“Se a primeira entrevista cumpriu sua finalidade, terminaremos a mesma com:
 Uma imagem do conflito central e seus derivados
 Uma história da vida do paciente e da situação desencadeadora
 Alguma hipótese inicial sobre o motivo profundo do conflito
 Uma estratégia para usar determinados instrumentos diagnósticos” (p.35)

Cap. 5: Algumas Contribuições Úteis Para a Realização da Primeira


Entrevista com o Consultante

 Motivo da consulta: manifesto e latente


 Sintoma: aspectos fenomenológico e dinâmico, ganho secundário, expressão a nível
familiar e implicação de fracasso ou de ruptura do equilíbrio intrapsíquico prévio.
 Consciência de doença e fantasia inconsciente de doença: tem relação com o sentimento
de responsabilidade e compromisso com o sintoma descrito cs e se refere ao que está
mal e à sua causa
 Motivo latente da consulta e fantasia de doença e cura: aquilo que o sujeito poderia
imaginar como a solução para os seus problemas

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 A fantasia inconsciente de análise: aquilo que o sujeito concebe inconscientemente
como método para obter aquilo que a sua fantasia de cura coloca como solução de seus
conflitos
 O romance familiar: com seus mitos, segredos e tradições.

Arzeno recorre ao esquema freudiano, utilizando o mesmo como um guia ideal para
saber quais as informações que devem ser colhidas nas entrevistas iniciais e posteriores:

1. Herança e constituição: história de seus antepassados


2. História prévia do sujeito: real ou fantasiada
3. Situação desencadeante: individual e familiar

Recursos que o psicólogo dispõe para registrar o que é necessário desde a primeira
entrevista: comunicação verbal, não-verbal e registro contratransferencial.

Cap. 6: A Hora de Jogo Diagnóstica Individual

No trabalho com crianças, a primeira hora de contato com a criança ou púbere


equivale à primeira entrevista com o adulto.
Utiliza-se da teoria de M. Klein para pontuar o brincar como linguagem típica da
criança. Cita ainda A. Berastury (kleiniana) que conceitua a hora de jogo diagnóstica,
momento que a criança expressa as suas fantasias de doença e cura; F. Dolto, que não usa o
jogo, mas modelagem e desenho; M. Mannoni que incorpora material do brincar à
entrevista diagnóstica com os pais quando a criança está presente; e Winnicott.
Fala de um conceito de M. Klein de que toda hora de jogo expressa uma fantasia
masturbatória. O brincar transmite algo que está no fundo do inconsciente da criança, que
tem relação com a cena primária, e a natureza desta vai depender do nível de
desenvolvimento das relações objetais no qual ela se fixou (posicionou).
O papel do psicólogo nessa hora de jogo é o de um observador não participante, mas
dentro de um limite. Às vezes é necessário responder ao pedido de brincar da criança,
funcionando num primeiro momento como ego auxiliar. Quanto às interpretações, deve
descrever aquilo que vê e o que acha que está acontecendo com a criança; é mais um
assinalamento do que uma interpretação. Isso contribui para aliviar a angústia diante de um
primeiro encontro.
Na caixa deve-se incluir brinquedos e também materiais não estruturados como
papelão, barbante, isopor, madeirinhas, cubos, uma vez que será usada a mesma caixa
durante a entrevista familiar diagnóstica. Pode-se incluir na caixa algum material específico
de interesse de determinada criança ou solicitar aos pais que o tragam quando vierem com o
filho para a hora do jogo (uso do brinquedo: objeto transicional, Winnicott, contrafóbico ou
fetiche).
Cuidados: não se deve deixar que a criança cause algum dano que ela própria não
possa reparar, nem tampouco se deve aceitar papéis atribuídos pela criança que signifiquem
sedução, submissão masoquista, ou seja, que impliquem uma atuação da transferência
agressiva ou erótica.

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Cap. 7: Seleção da Bateria de Testes e a Sua Sequência

Fatores que devem ser considerados:

1. Quem formula a solicitação


2. Idade cronológica do consultante (presença de acompanhante)
3. O nível sociocultural do paciente e seu grupo étnico
4. Casos com deficiência sensorial ou comunicativa
5. Momento vital (momento evolutivo, crises evolutivas e existenciais).
6. Contexto espaço-temporal no qual se realiza (modelo sugerido:  6 sessões)
7. Elementos da personalidade a investigar (o teste considerado mais importante para
aquele caso deve vir no meio da bateria)

Cap. 8: Objetivos, Materiais e Instruções Utilizadas no Psicodiagnóstico


Clínico.

 Desenho Livre: exploração da fantasia de doença, cura e análise.


 Figura humana: crianças de 5 a 10 anos cujo nível intelectual e de maturidade deixam
dúvidas
 Teste das Duas Pessoas (mesma folha): três abordagens interpretativas: aspectos
dissociados e internalizados da personalidade; modelo de vínculo de casal internalizado;
tipo de vínculo transferencial com o psicólogo.
 Teste da Casa, Árvore e Pessoa – HTP, de E. Hammer
 HTP cromático – interpretação do uso da cor
 Desenho Cinético da Família Atual e Prospectiva: “desenhe sua família fazendo alguma
coisa”. No final pede-se que identifique cada figura, dizendo o que está fazendo e o
nome. Caso ocorra, apontar que falta ele no desenho.
 Desenho Cinético da Família – DCF: “desenhe sua família fazendo alguma coisa como
a imaginarias daqui a cinco anos”. São interpretadas as fantasias de mudança.
 Desenho Cinético da Família com Técnica de Consenso: mesma instrução, mas para
toda a família fazer junta.
 Teste Gestáltico Visomotor de L. Bender
 Questionário Desiderativo: investiga a possibilidade de usar o mecanismo de
identificação projetiva de maneira normal ou patológica.
 Teste de matrizes Progressivas de Raven e Teste de Dominós de Anstey: medir a
inteligência
 Teste de Apercepção Infantil – CAT, de Bellak: teste projetivo infantil (4 a 10 anos) de
contar histórias a partir das lâminas desenhadas.
 Teste de Relações Objetais (TRO) de H. Phillipson: teste projetivo com estímulo visual.
Baseia-se na teoria das relações objetais de M. Klein: investiga as fantasias
inconscientes mais primitivas, o modelo de relação objetal, as ansiedades básicas e as
defesas mais regressivas e mais evoluídas.
 Rorschach

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Cap. 9: Os Testes Projetivos Gráficos

Segundo J. Bernstein: “o instrumento principal da clínica psicológica é a entrevista;


os testes projetivos estão a serviço da mesma pois, a rigor, não são senão mecanismos para
conduzir uma forma de entrevista” (p. 84).
Segundo a autora, o interesse pelas técnicas gráficas surgiu a partir de fontes
diferentes: a grafologia, a psicanálise, a teoria da Gestalt, a Psicologia do caráter e a
Tipologia.

Características gerais dos testes gráficos:

 A linguagem gráfica, assim como a lúdica, é a que mais se aproxima do inconsciente e


do ego corporal (consequentemente mais confiável);
 É acessível a pessoas com baixo nível de escolaridade e/ou com dificuldades de
expressão oral;
 Grande utilidade com crianças pequenas;
 Administração simples e econômica;
 Devem ser complementados com associações verbais;
 Deve-se considerar os indicadores formais do gráfico, além do conteúdo;
 A estereotipia nos gráficos indica uma falha em aspectos estruturais da personalidade,
rigidez;
 A plasticidade nos desenhos indica maior força do ego;
 Também pode servir como recurso para melhorar a comunicação com um paciente.

Enquadre:

 Usar folhas de papel ofício ou carta sem linhas


 Lápis nº 2
 Borracha (com exceção do Bender)
 Iniciar a bateria com os testes gráficos, porque são mais simples
 Associações complementares

Interpretação:

 Visão gestáltica: observá-lo em sua totalidade


 Análise detalhada seguindo: (1) indicadores formais, (2) indicadores de conteúdo, (3)
associações verbais, (4) conjunto das anteriores.
 Seguindo a Interpretação dos Sonhos, de Freud (1900): significado dos desenhos
 Elaboração de hipótese diagnóstica e prognóstica de cada desenho e do conjunto
 Correlação dos gráficos com as entrevistas, hora do jogo e outros testes

 Tabela de significações gráficas para interpretação grafológica de um desenho livre –


Wolff, 1947: págs. 93 e 94.
 Valor tipológico dos indicadores gráficos: págs. 94 a 98.
 Indicadores de neurose e psicose nos testes gráficos de figura humana: págs. 98 a 100.

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Cap. 10: O Questionário Desiderativo

Versão final de J. Bernstein, 1960.

Instrução:
 O que mais gostaria de ser se não fosse uma pessoa? Por quê?
 O que mais? Por quê? (Tomam-se três escolhas correspondentes ao reino
animal, ao reino vegetal e algo inanimado).
 Agora vamos pensar em algo bem ao contrário, o que menos gostaria de ser?
Por quê? (Registram-se outras três escolhas).

As escolhas são chamadas de catexias, positivas nas três primeiras respostas e


negativas nas três seguintes. A resposta dada à pergunta do “por que” é chamada de
explicação desiderativa.
Devemos perguntar tudo o que for necessário para depois tabular e interpretar
corretamente. É importante anotar o ritmo em que o teste é realizado e o tempo de reação –
TR. Segundo a autora, as respostas instantâneas são duvidosas (defesa contrafóbica); as
pausas excessivas indicam também um ego fraco, talvez confuso (fundo fóbico ou situação
de confusão ou de psicose).

Critérios de interpretação:

Esse teste deixa o sujeito numa situação ambivalente. Por um lado o enfrenta com a
sua finitude, com a morte, com a castração. Por outro lado, permite-lhe brincar com sua
fantasia onipotente de ressurreição e eternidade.
Nas escolhas positivas aparecem a maior ou menor força do ego e, nas negativas, os
pontos fracos ou os aspectos não desejados contra os quais deve lutar.
As catexias positivas também podem ser interpretadas como as defesas que o Eu
usa, e as negativas, como o preço que o Eu deve pagar por usá-las.
O mecanismo de defesa básico é a identificação projetiva, além de dissociação,
deslocamento, defesa maníaca (negação da morte).

Cap. 11: O Desiderativo como Instrumento de Exploração do Narcisismo

Em vista da tarefa determinada pela instrução, acreditamos que se dispõe de um


material extremamente rico em matizes para fazer a análise dos componentes narcisistas da
personalidade, a partir do estrutural: Ego – Ego Ideal – Negativo do Ego Ideal; e também a
partir do dinâmico: tipo de eleição de objeto.

Fundamentação teórica:

Utiliza-se da teoria Freudiana do narcisismo.

Hipóteses de trabalho:

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1. A forma de instrução do teste funciona como produtora de uma ferida narcisística ao Eu
do sujeito. A mensagem faz referência, de maneira encoberta, à finitude e
vulnerabilidade da vida e à possibilidade de precisar renunciar ao que é ou ao que
gostaria de ser.
2. Por outro lado, a alternativa que o teste apresenta nas três primeiras colocações (+)
remetem, por um lado, a possibilidade de pôr em algo ou em alguém o seu Ego Ideal; e
por outro a de escolher um objeto que sintetize ou represente o que a pessoa sente que
lhe faz falta para ser completa, fantasia de perfeição. Mobilização da angústia de
castração.
3. Paralelamente, mostra nas escolhas negativas os objetos e qualidade dos objetos aos que
deve renunciar para manter o narcisismo necessário para sobreviver.
4. A estrutura da sequência permite indagar na escala de valores do paciente do extremo
superior (Ego Ideal) até as áreas inferiores (Ego Ideal Negativo).

Inferência de indicadores:

Indicadores para a avaliação dos componentes narcisistas da personalidade:


1. Rejeição total (alto grau de libido narcisista) ou parcial à realização do teste
2. Respostas desorganizadas e confusas: falhas das categorias centrais do narcisismo –
onipotência e perfeição
3. Natureza do objeto-símbolo escolhido nas catexias positivas: ideia de perfeição e
completude que implicam em si mesmos, e grau de autossuficiência e autonomia
versus dependência e necessidade do outro implicado em cada símbolo escolhido
4. Natureza da explicação desiderativa: racionalização – ênfase nos atributos ou nas
funções
5. Modos e graus de inclusão do outro
6. Inclusão de elementos agressivos no narcisismo
7. Congruência entre o objeto e a racionalização: teste de realidade

Conclui-se que o Desiderativo é um teste auxiliar valioso para o diagnóstico diferencial


entre neurose e psicose.

Cap. 12 Critérios Atuais para a Interpretação do Teste de Relações


Objetais de Phillipson

A autora remete o leitor a um livro publicado anteriormente onde há uma análise


minuciosa do teste em questão. Parte, então, para interpretação e exemplos.

Faz uma pequena comparação entre o Phillipson e o T.A.T.:


Phillipson: lâminas menos estruturadas; não há lâminas de conteúdo agressivo
explícito; o movimento pode ser projetado pelo sujeito, que também pode visualizar figuras
estáticas, sem entrar em contradição flagrante com a imagem mostrada. Pode ser
correlacionado com o Rorschach, já que ambos introduzem textura, claro-escuro e cor.

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T.A.T.: elementos mais nitidamente estruturados, portanto mais passível de ser
afetado pelos fatores históricos e socioculturais; lâminas de conteúdo agressivo explícito;
figuras que aparecem em atitude de evidente movimento.

Cap. 13 Indicadores de Analizabilidade no Teste de Relações Objetais de


Phillipson

Arzeno toma como ponto de partida os indicadores de capacidade de análise em


geral, apontados por um livro de Carlos Paz, 1971.

Partes sadias, adultas ou não regressivas do ego que devem estar presentes para
facilitar a aliança terapêutica sadia:

a) Motivação para algo mais que a cura sintomática – pode ser detectado no conteúdo das
histórias. A natureza do conflito e o seu desenlace fantasiado indicarão a presença de
esperança em soluções realistas ou, pelo contrário, em saídas mágicas, rápidas, que não
impliquem a necessidade de pensar nem sofrer demais.
b) Capacidade para tolerar frustração – o conteúdo das histórias é o primeiro indicador. Há
também a conduta do sujeito durante a administração do teste e no inquérito: pode
mostrar um comportamento de muita irritação, evitá-lo ou negar-se a responder.
c) Capacidade para tolerar ansiedades e não ser invadido por elas e para manter uma
regressão estável – comparar a produção das três séries. Na série A aparece o que é
mais agressivo; na B o mais maduro e evoluído do Ego; e na C é possível apreciar as
reações emocionais e a capacidade de tolerar impulsos sem derivá-los imediatamente à
ação.
d) Habilidade para manter o pensamento do processo secundário – o estilo verbal usado
pelo sujeito nos dá informação sobre este aspecto. O senso de realidade, a percepção do
estímulo (banal ou não), o predomínio de soluções lógicas sobre as mágicas.

Flexibilidade para assimilar as mudanças

Reação diante da mudança de séries (flexibilidade ou rigidez); uma produção pobre,


associada ao uso de controle obsessivo rígido em todas as lâminas não é um bom
prognóstico no que se refere à flexibilidade, os desenlaces das histórias também são
importantes.

Narcisismo não pronunciado, inveja não excessiva, receptividade para com as


interpretações

O conteúdo das histórias, o inquérito, a entrevista de devolução. O Phillipson é


importante para detectar qual é o desencadeante da inveja excessiva ou do colapso
narcisista.

Inteligência para captar as interpretações

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O Phillipson não é um teste de inteligência, mas pode-se inferir algo sobre ela,
indiretamente: a partir das histórias se triviais, pobres e desinteressantes ou interessantes,
originais e ricas. Lembrando que pode haver interferências emocionais sobre a inteligência.

Benefícios secundários adquiridos à custa da neurose

Avaliado no conteúdo das histórias, enquanto aparecer um conflito que possa


incomodar ou não o protagonista ou o próprio sujeito. Deve ser comparado com o material
da entrevista clínica inicial e de devolução.

Tolerância à dor, tensão, separações e falta de gratificação imediata

O conteúdo das histórias; o conflito que se espera que o sujeito coloque é tão
importante quanto e desenlace que ele escolher.

Cap. 14 Atualização dos Critérios do C.A.T., de L. Bellak

Este teste consiste numa adaptação do T.A.T. para crianças.

Objetivo: “explorar através das diferentes situações apresentadas por cada lâmina,
nas quais se pode refletir algum conflito, as ansiedades que o mesmo desperta, as defesas
com as quais tenta enfrentá-lo e a solução que propõe...quando consegue” (p. 165).
Quando todas as lâminas despertam o mesmo tipo de reação desviada da resposta
popular podemos pensar que a patologia é mais estrutural, ou seja, que afeta toda a
personalidade, todo aparelho psíquico e todos os vínculos do sujeito.
No entanto, quando algum desvio da resposta popular aparece em alguma ou
algumas lâminas e não em todas, pensamos mais num conflito neurótico que está instalado
no aparelho psíquico, mas que não afeta a estrutura fundamental da personalidade nem os
outros vínculos do sujeito.

Cap. 15: A Entrevista Familiar Diagnóstica. Importância da sua Inclusão


no Psicodiagnóstico de Crianças

Síntese introdutória:

Propõe-se a necessidade de incluir pelo menos uma entrevista familiar no


psicodiagnóstico individual. Destaca-se, também, a importância da mesma para possibilitar
uma entrevista de devolução mais dinâmica e conveniente acerca das conclusões.

Fundamentos para sua inclusão:

1. O sintoma da criança é o emergente de um sistema intrapsíquico que está, por sua vez,
inserido no esquema familiar também doente, com a sua própria economia e dinâmica;

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2. As hipóteses originadas nas entrevistas com o casal e naquela com o filho devem ser
consideradas provisórias até serem comparadas com as que aparecem na entrevista
familiar;
3. Quanto menor a criança, mais importante será considerar esta recomendação, pois ela
está em pleno processo de formação e em estreita e direta dependência emocional de
seus pais;
4. Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica, mais necessária será a entrevista familiar;
5. Propicia condutas observáveis para os pais, a criança e o profissional, que podem ser
tomadas como ponto de referência na devolução do diagnóstico;
6. Oferece elementos muito valiosos para decidir qual estratégia terapêutica que será
recomendada na entrevista de devolução
7. Em alguns casos pode dar indicadores para contraindicar o tratamento analítico
individual: quando não se vislumbra a possibilidade de modificação da patologia
familiar e principalmente se esta for severa; ou quando a melhora do filho poderia trazer
associada a descompensação de outro membro do grupo familiar; ou quando o filho
atravessar uma crise evolutiva que obrigue os pais a reviverem essa etapa; ou quando os
pais mantem e reforçam inconscientemente a sintomatologia do filho, porque isso lhes
proporciona um importante benefício secundário.

Indicadores na observação da entrevista familiar diagnóstica:

1. Se os papéis aparecem e estão bem discriminados ou se estão confusos ou invertidos


2. Se esses papéis permanecem fixos ou são intercambiáveis
3. Determinar quem exerce a liderança executiva no cargo familiar, e observar o seu
espírito de colaboração e aliança terapêutica
4. O nível de desenvolvimento obtido por esse progenitor líder para permitir ao filho que
consiga um desenvolvimento completo ou refreá-lo, se ele não consegue crescer junto
com os filhos
5. As identificações que predominam
6. Fantasia de doença e de cura do grupo familiar
7. Capacidade dos pais para transmitirem conhecimentos e estabelecerem limites,
ajudando assim a delimitar fantasia de realidade
8. Capacidade de fazerem uma regressão para compreender o filho e, ao mesmo tempo,
retornar da regressão voltando à sua condição de adulto
9. Mitos familiares
10. Capacidade de insight

Contraindicações: quando os pais estão separados, quando resistem reiteradamente,


quando se estima que isso elevará o nível de angústia da criança.

Alguns aspectos técnicos da entrevista familiar:

 Início com uma entrevista com os pais – estes serão informados que deverão
comparecer uma vez todos juntos e que a criança deverá comparecer duas vezes
sozinha para aplicação de testes.

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 O número de entrevistas vais depender da clareza com que seja possível extrair
material significativo – mas não é aconselhável estender demais.
 Psicólogo: observador não participante
 Lugar: levar em conta o número e idade dos participantes – espaço deve permitir
deslocamento confortável para que possa haver interação lúdica e não só verbal.

Cap. 16: O Estudo do Material Coletado

O importante é que o psicólogo consiga uma boa integração de tudo o que foi
registrado, incluindo o registro contratransferencial, suas associações e intuição.
O estudo do material consiste fundamentalmente na busca de recorrências e
convergências. Isso significa que aparecem “constelações simbólicas” que se repetem e que
são complementárias com outras.
A autora observa que o profissional que desempenha a tarefa do psicodiagnóstico
deve conhecer psicopatologia, psicologia geral, psicologia evolutiva, ter noções de
psiquiatria, domínio das técnicas projetivas e da psicanálise.

Cap. 17: Considerações Atuais sobre a Entrevista de Devolução dos


Resultados do Psicodiagnóstico

Definição: “consiste em transmitir os resultados do psicodiagnóstico de forma


discriminada, organizada e dosada segundo o destinatário. Também a linguagem verbal,
gráfica ou lúdica deve ser apropriada ao mesmo para que seja clara e adequadamente
compreendida” (p. 196).

1. Objetivos: transmitir uma informação


2. Observar as reações diante da mesma e a capacidade de insight com o que está
latente
3. É a última oportunidade para o aparecimento de elementos novos
4. Possibilidade de avaliar a recomendação terapêutica: manter ou modificar.

O ponto de partida da devolução deve ser o motivo da consulta mencionado pelo


consultante, seguido dos aspectos positivos mostrados pelo mesmo.
O obstáculo principal com o qual a autora diz ter se deparado é o do narcisismo ferido e
a onipotência daquele que não quer aceitar ouvir falar sobre o que ocorre com ele.

Cap. 18: O Informe Psicodiagnóstico

Definição: “consiste no resumo das conclusões diagnósticas e prognósticas do caso


estudado e que inclui muitas vezes as recomendações terapêuticas adequadas ao mesmo”
(p. 203).

Diferentes tipos de informe:

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A um colega, professor, advogado, empresário, médicos em geral, aos pais.

Cap. 19: Exemplos de Psicodiagnósticos e Seus Informes

Cap. 20: O Psicodiagnóstico Clínico e a sua Relação com as Outras Áreas


de Aplicação

Área clínica:

Utilização da bateria projetiva para diagnosticar o predomínio da parte neurótica


ou psicótica da personalidade – com esse objetivo cita os testes: Rorschach, Phillipson,
Desiderativo e os testes gráficos (Desenho Livre, Duas Pessoas, HTP, e Desenho Cinético
da Família).

Indicadores do predomínio da neurose ou da psicose:

 Parte neurótica: Ego capaz de manter contato e discriminar fantasia e realidade 


possibilidade de modificar a produção nos testes, demonstrar cooperação, modificar
lapsos verbais ou gráficos, justificar de forma aceitável as suas respostas mais bizarras.
Deve haver também um nível de precisão formal aceitável, sem respostas estereotipadas
ou arbitrárias. Escolha de símbolos populares no Desiderativo e de cinco respostas
populares (V) no Rorschach demonstram a boa adaptação à realidade. A prancha V
também assinala a presença real de um importante aspecto neurótico do Ego (morcego,
borboleta). Indicadores formas dos testes gráficos sem alteração; tamanho das figuras
humanas ocupando 2/3 da folha, Gestalt conservada e reconhecível nos desenhos e no
Bender.
 Parte psicótica: prevalece a ansiedade, a confusão e a desestruturação da personalidade,
não havendo melhora e modificações na produção dos testes. Respostas contaminadas e
combinações confabulatórias no Rorschach; distorções delirantes nas histórias e
distorções alucinadas na descrição perceptual no Phillipson; impossibilidade de resposta
à orientação do Desiderativo.
 Outros indicadores diferenciais importantes: o grau de conservação do pensamento
lógico e organizado, e a capacidade do Ego para conter emoções e impulsos.

* A autora fala ainda das áreas forense, trabalhista e psicopedagógica (p. 242 a 251),
que entendemos não ser o nosso foco.

QUESTÕES REFERENTES A CUNHA E ARZENO

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1) O Teste Desiderativo deixa o sujeito numa situação ambivalente. É correto afirmar que
o que está em jogo é:
a) luto  renascimento
b) castração  negação da morte
c) finitude, melancolia  mania e onipotência
d) castração, morte  fantasia de ressurreição e eternidade *

2) Segundo Arzeno, 1995, o Desiderativo possibilita uma análise estrutural da


personalidade narcísica a partir do Ego, Ideal do Ego e Negativo do Ideal do Ego. A
forma de instrução do teste funciona como produtora de:
a) uma ferida narcisística ao Eu do sujeito*
b) uma possibilidade de estruturação do Ideal do Eu
c) angústia frente a possibilidade de morte
d) uma desestruturação do Ego frente a sua finitude

3) Segundo Arzeno, 1995, como deve ser estruturada a(s) entrevista(s) inicial?
a) livre em seu começo e dirigida num segundo momento*
b) sempre dirigida para obtenção de dados completos
c) livre, utilizando outras técnicas, como os testes para completar as informações
d) dirigida em seu começo e, com a formação do vínculo, mais livre num segundo
momento

4) Fazem parte, exclusivamente, do grupo dos Testes Projetivos de Personalidade os


seguintes testes:
a) HTP, Raven e Rorschach
b) TAT, CAT e INV
c) HTP, TAT e Rorschach *
d) Desiderativo, Rorschach e WISC

5) Segundo Cunha, 1993, qual a função mais importante do psicólogo num Processo de
Psicodiagnóstico?
a) estar consciente de seus recursos internos e das técnicas usadas, assegurando assim,
um bom vínculo
b) estar atento às suas condições internas, as reações do paciente e a qualidade do
vínculo que se cria *
c) estar atento e alerta, exclusivamente, às comunicações e reações do paciente
d) deter-se com primor nos instrumentos utilizados podendo, então, não se preocupar
tanto com o sujeito em questão

6) Para utilizar-se de instrumentos ou testes de avaliação devemos levar em conta alguns


fatores para a seleção da bateria a ser utilizada, segundo Cunha. São eles:
a) idade do sujeito, aspectos patológicos da personalidade
b) objetivo do diagnóstico, idade do sujeito e o contexto no qual se realizará *
c) nível socioeconômico e vivências prévias

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d) momento vital do sujeito, capacidade de tolerar frustração e idade

7) Quanto a comunicação dos resultados ou entrevista de devolução num processo de


psicodiagnóstico é correto afirmar que:
a) deve ser feita, exclusivamente, ao profissional que solicitou o pedido
b) constitui, normalmente, uma etapa opcional do processo, cabendo ao psicólogo
decidir se deve fazê-la
c) é fundamental, desde que, sempre, na presença de toda a família
d) constitui uma unidade essencial e deve ser prevista já no contrato de trabalho *

8) Leia as afirmativas abaixo sobre as questões básicas de um Psicodiagnóstico, segundo


Cunha, e responda o que se segue:
1. Cabe ao psicólogo examinar as circunstâncias que precederam a consulta,
atribuindo a sinais e sintomas sua significação adequada.
2. Em geral, considera-se sintoma a evidência de uma perturbação, que pode
precocemente servir de alerta; e sinal quando é atribuível uma identificação mais
clínica.
3. Um sintoma não tem valor diagnóstico por si só e paciente com um mesmo
diagnóstico podem apresentar diferentes composições de quadro sintomático.
4. Quando se trata de transtorno mental a diferenciação entre sinal e sintoma é
praticamente inexistente.

a) Todas as afirmativas acima estão incorretas


b) Apenas 1 e 2 estão corretas
c) Todas estão corretas, com exceção da número 2 *
d) Apenas 3 e 4 estão corretas

9) Sobre os objetivos do Psicodiagnóstico, propostos por Cunha, é incorreto afirmar que:

a) O psicólogo nunca deve emitir um laudo de psicodiagnóstico com o objetivo


exclusivo de classificação simples.
b) Chegar a uma classificação nosológica do caso, com o objetivo prognóstico, é tarefa
privativa do psicólogo *
c) Para realizar um diagnóstico diferencial, o psicólogo deve ter conhecimento de
psicopatologia e de técnicas sofisticadas de diagnóstico.
d) Para se alcançar o entendimento dinâmico do caso é necessário um nível mais
elevado de inferência clínica para enfocar a personalidade.

10) Segundo Arzeno, 1995, quando devemos incluir a entrevista familiar diagnóstica no
psicodiagnóstico infantil?

a) Sempre que os pais da criança estiverem separados


b) Às vezes, quando o objetivo for possibilitar uma entrevista de devolução mais
dinâmica e convincente.
c) Nunca quando puder elevar o nível de angústia da criança *
d) Raramente, já que o foco do processo psicodiagnóstico é a criança.

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