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A primeira entrevista em
psicoterapia breve
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No segundo, tende-se a dar a esse primeiro contato o caráter
de fonte primordial de dados para o terapeuta, "que no devido
momento serão restituídos ao paciente", e como ocasião de
um acordo formal (aceitação do enquadramento e convocação
para a primeira sessão), com a idéia de que "o material
virá depois, e só com o avanço do processo se poderá ver
com maior clareza". Nestes casos, o que não aparece (julgamos
que, em parte, por hipertrofia e trasladação mecânica da ne-
cessária dose de ambigüidade e parcimônia do analista do con-
texto de sua técnica) é, por exemplo, tudo o que o paciente,
para iniciar uma psicoterapia, precisa saber do terapeuta e
aprender dele precisamente nesse encontro inicial.
Em primeiro lugar, é importante destacar o fato de que
esta entrevista está destinada a cumprir não apenas funções
diagnosticas e de fixação de um contrato; mais que isso, em
psicoterapias breves, ela desempenhará um papel terapêutico,
como o evidenciam pesquisas realizadas com a finalidade de
avaliar efeitos da primeira entrevista (6), (16). É mister, então,
que sua ação terapêutica não se exerça meramente pelo efeito
de placebo do contato inicial, e sim que o terapeuta possa rea-
lizar intervenções adequadas, capazes de potenciar esse efeito.
Estamos experimentando nos últimos três anos um estilo
de entrevista, seja para iniciar a psicoterapia, seja para orien-
tação e encaminhamento, que é o que exporemos neste trabalho.
Múltiplas observações clínicas nos permitiram comprovar que
este enfoque tem possibilitado criar, logo de saída, uma alian-
ça sólida para pôr em marcha o processo terapêutico. Com este
estilo de trabalho, verificamos uma redução acentuada no índice
de deserções, inclusive nos casos encaminhados ao fim de tais
entrevistas.
Com base nesta experiência, julgamos que uma primeira
entrevista para fins de psicoterapia breve deve e pode estru-
turar-se definidamente, com traços próprios que a distinguem
dos outros tipos de contato inicial.
Dentro de nossa perspectiva, esta entrevista, para ser efi-
caz, deve cumprir em fases sucessivas várias tarejas:
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2 . Esclarecimento inicial do terapeuta no tocante a pro-
blemática colocada e à orientação terapêutica que decorre do
diagnóstico da mesma.
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cado mediante investigações mais rigorosas que as do método
clínico com o qual registramos nossas observações2.
Passamos a comentar as diferentes fases ou momentos-da
primeira entrevista, que já abordamos em suas linhas gerais:
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dó. dado imediatamente necessário. O paciente registra sempre
a presença ou ausência dessa atividade orientadora do terapeu-
ta com uma clara alternativa: experimentar a segurança de
estar com um expert que "sabe para onde vai", ou a sensação
oposta, de mal-estar, incerteza e confusão, que pode fazê-lo
duvidar da idoneidade do terapeuta. [Neste sentido, as decla-
rações de pacientes que desistem depois da primeira entrevista
são altamente ilustrativas ( 1 1 ) . ]
Uma intervenção útil do terapeuta, destinada a evitar a
incerteza inicial e seus riscos, consiste em começar fornecendo
ao paciente um enquadramento desta primeira entrevista, acla-
rando o sentido da mesma e os passos que deverão ser dados
para que sejam alcançados os seus objetivos 4 .
b. O diagnóstico da motivação e das aptidões do paciente
para a psicoterapia. Julgamos que o conceito de motivação
para o tratamento ainda não recebeu em nosso meio toda a
atenção que merece. Com este termo ficam comumente abran-
gidos diversos aspectos do comportamento do paciente, suas
expectativas de cura, sua disposição para aceitar a psicoterapia,
suas aptidões para participar da mesma de modo ativo. Alguns
autores não arredam pé de uma insistência especial nos com-
ponentes inconscientes do comportamento para com o terapeuta,
destacando, em particular, a importância da transferência Inicial
e das fantasias de enfermidade e de cura com que o paciente
chega para a consulta ( 7 ) , (13). Outros autores realçam o pa-
pel desempenhado pelas aptidões ou capacidades egóicas do
paciente, reforçáveis em seus aspectos conscientes. Dentro deste
enfoque (12), (13), um paciente está bem motivado para iniciar
uma psicoterapia breve de esclarecimento se for possível iden-
tificar~~Heter~~ — — —
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•(5,y A esperança de que o tratamento alcance resultados
positivos.
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fica, horários, situação econômica, local de residência, obriga-
ções familiares —• considerando-se todos estes pontos, não iso-
ladamente, mas em relação com os demais planos do diagnósti-
co. Por outro lado, esse diagnóstico visa também a identificar
fatores patogênicos (que contribuem para a enfermidade) nes-
sas condições de vida, assim como os recursos do meio que
possam contribuir para a cura (potencial terapêutico utilizável
das condições de vida).
2
A informação que é devolvida inicialmente pelo
terapeuta. Clarificação do problema e reforço
da motivação
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antes que tudo, ao dinâmico, que se expressa na formulação
interpretativa de uma esfera central dos conflitos, unificadora
dos problemas relatados pelo paciente. Mas, em conexão com
essa formulação global, precisa estar presente o traçado de uma
perspectiva terapêutica, que sugira o tipo de tratamento a ser
adotado, seu tempo de duração aproximado e os objetivos que
se proporiam para o mesmo.
3 \
Confrontação entre as expectativas do paciente
e a perspectiva do terapeuta. Reajustes e
busca de acordos
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( 1 6 % ) , Destacamos a existência de vários níveis de ação so-
bre o paciente implicados na abertura de um diálogo acerca
de suas expectativas de tratamento. Este diálogo cumpre uma
função aclaradora, capaz de reforçar a motivação inicial para
aceitar uma psicoterapia. A busca ativa, por parte do tera-
peuta, das dúvidas do paciente, tem também uma função de
apoio, de contenção dirigida a partes infantis deste último;
há alguém que, com seus conhecimentos e com sua tolerância,
acolhe uma criança que duvida, que manifesta inclusive des-
confiança para com ele e para com seu tratamento.
A clarificação de expectativas não se limita a possibilitar
a consolidação do vínculo; cumpre, também, f'mção terapêu-
tica específica: uma determinada imagem do futuro passa a
incluir-se ativamente no presente da tarefa ( 5 ) . Está provado
experimentalmente que a explicitação dos resultados que se
espera alcançar com o tratamento se vincula significativamente
a melhores resultados (ver exemplo clínico V ) .
Em todo este processo de intercâmbio é importante que
a abertura do terapeuta às objeções do paciente seja real e
sincera; que a liberdade de decisão do paciente seja tangível
e não meramente formal. Para tanto, suas dúvidas conscientes
deverão ser consideradas, antes de mais nada, em seus aspec-
tos adultos e conscientes, e deverão receber, antes de mais
nada, informação. Qualquer precipitação interpretativa do te-
rapeuta poderá ser vivenciada como uma intrusão ainda não
autorizada pelo paciente, como um desconhecimento de suas
partes adultas. E isto é decisivo, na medida em que um as-
pecto importante da aliança terapêutica se estabelece com as
partes adultas do paciente. Em nossa experiência de primeiras
entrevistas, esta fase girou em torno de problemas tais como:
"Doutor, receio que no tratamento o senhor me obrigue a
me divorciar, como única solução para minhas angústias" ou
"Ouvi dizer num programa que quando a gente se mete nestes
tratamentos, depois não consegue mais deixá-los, de maneira
que estou sem saber ainda s e . . . " Algumas destas reservas e
temores teriam atuado sub-r&pticiamente, como resistências
mais obscuras, se não- houvessem sido ativamente indagados
no primeiro contato. Só mediante este processo que consiga
instalar um vínculo e torná-lo digno de confiança, graças à
clarificação de seus significados e alcances, é possível para
o paciente aceitar a proposição concreta de um contrato te-
rapêutico de um modo mais sólido (exemplo V I ) .
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4
Proposição de um contrato terapêutico.
Antecipações a respeito da tarefa terapêutica
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Uma pesquisa avaliou os resultados da psicoterapia em
um grupo de pacientes que tiveram a entrevista indutora c os
comparou com os de outro grupo (controle) que não teve
essa entrevista. Ambos os grupos eram comparáveis quanto
à patologia, classe social, sexo, idade etc., e a psicoterapia
empregada foi a mesma. O grupo experimental (motivado ou
induzido) obteve maiores benefícios com o tratamento: mos-
trou maior facilidade para funcionar na relação terapêutica,
compareceu às sessões com maior regularidade e apresentou
uma melhora mais acentuada quanto ao alívio de sintomas e
ao reajustamento social.
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b. Diante de alguns dos obstáculos que interferem na
possibilidade de o paciente vir a aceitar um tratamento e
comprometer-se no contrato terapêutico, a interpretação trans-
ferencial pode desempenhar, com freqüência, um papel de-
cisivo. Sua função é neutralizar ansiedades ligadas a fantasias
transferenciais intensas que podem precipitar a desistência
a curto prazo. Destina-se a reforçar a motivação par? o tra-
tamento e, só num plano secundário, a clarificar em si as-
pectos do comportamento do paciente, tarefa que requer um
timing mínimo. O essencial na primeira entrevista é instalar
o vínculo e esclarecê-lo em seu significado e a!~ance. Para se
ter uma compreensão de conjunto do comportamento do pa-
ciente, pode-se esperar pelo resto do processo terapêutico.
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central, vincula componentes arcaicos a componentes atuais
cio conflito, inclui a luta entre elementos regressivos e ele-
mentos adaptativos no comportamento. Devolve ao paciente,
logo de início, uma imagem global retraduzida de sua situa-
ção. Seu efeito decisivo não está tanto na profundidade, com
precisão de matizes, de seus diversos componentes, mas no
fato de que conduz a pensar na situação, desde este início,
como uma totalidade que inclui numerosos parâmetros; isto
é, no fato de que organiza desde já •— ainda que em forma
de "rascunho" — uma estrutura.
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adequada às suas necessidades. Está pouco a pouco se desli-
gando de sua família e verifica que eles conseguem se arran-
jar sozinhos. Pensa que o tratamento "cumpriu sua missão'".
O terapeuta se inquieta, não pode deixá-la ir-se assim "tão
depressa, sem ter uma visão completa de suas coisas". A
paciente esclarece que precisa interromper o tratamento por-
que seu trabalho a ocupa durante o horário do hospital e
porque conseguir o que conseguiu era tudo o que esperava.
O terapeuta aceita (não tem outra alternativa) e fica entre
intrigado e frustrado. Não crê que se haja completado um
tratamento, mas tampouco tem certeza de que devem ocorrer
recaídas e que por isso se justifique que procure reter a pa-
ciente. É evidente que o terapeuta baseia suas expectativas
num esquema de modificações por insight, inadequado para
compreender outros fenômenos que concorreram pata a me-
lhora, mobilizados em período tão breve.
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líder respeitado no grupo social em. que atua, que é "tudo
para ele". Vem ao hospital para que lhe dêem algum medica-
mento que lhe alivie os sintomas, sobretudo suas crises de
angústia. Não sabe a que se devem, nem o imagina. Durante
o processo de contato inicial (três primeiras entrevistas) recei-
tam-lhe tranqüilizantes e o paciente se sente consideravelmen-
te aliviado. Ao cabo de poucas sessões, dá a entender que'já
está melhor, que o tratamento cumpriu seus objetivos. O te-
rapeuta considera que aceitar a mera modificação nos sinto-
mas como fim do tratamento não ê correto, e que este pa-
ciente tem problemas importantes a elaborar. Procura escla-
recer o significado dos sintomas e orienta a relação para uma
terapia de esclarecimento (insight). O paciente falta às sessões
seguintes. O terapeuta marca, novas consultas, ele comparece
a ama, depois volta a faltar. O paciente diz que já "se sente
bastante bem", que é melhor não continuar. O terapeuta" se
inclina a considerar esta deserção como um fracasso do trata-
mento. A esta altura e com estes dados, devemos nos pergun-
tar onde está o "fracasso".
Queremos sublinhar a ausência de acordos preliminares,
necessários para que um tratamento determinado, com obje-
tivos explícitos aceitos por ambos, se ponha realmente em
marcha. Através dessas poucas entrevistas, paciente e tera-
peuta mantiveram expectativas diferentes sobre a tarefa* que
têm em comum. Não é possível deixar de dár a devida impor-
tância a este desacordo básico: mais necessário que dirigir
a atenção do paciente para os conteúdos da enfermidade com
maior especificação é estabelecer acordos sobre a natureza
e os fins do vínculo terapêutico".
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explicar o que é que eu tenho, se é grave, o tempo que vou
levar para ficar curada". "Não me soube convencer de que
tenho que me comprometer a um tratamento asstm por tanto
tempo". "Não deixou claro o que é possível obter depois de
todo esse esforço, os resultados que vou alcançar". -Não gos-
tei da maneira como me tratou, muito frio, muito distante,
eu ficava sem saber se ele entendia o que estava se passando
comigo e se concordava ou não com o qua eu lhe dizia".
"Não vi muito sentido em ter ido lã com todo este problema
que tanto me angustia, e ele começar a me perguntar se eu
me masturbava quando criança ou se havia presenciado as
relações sexuais de meus pais". "Saí muito mal dessa entre-
vista, as interpretações feitas me angustiaram demais".
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Noms
1
O problema das deserções é de uma magnitude inquietante. Vários
estudos mostram que, de cada 100 pacientes que comparecem a primeiras
entrevistas em diferentes instituições, entre 30 e 65 desistem imediata-
mente ( 4 ) , (17). Não resta dúvida de que o fenômeno deserção está
multideterminado, e, entre as variáveis a considerar, figuram: o tipo de
paciente, o grupo familiar, as condições culturais e sóciooconôrnicas, as
características da instituição e do terapeuta. Aqui vamos pôr em relevo
o papei particular que pode desempenhar outra das variáveis intervenien-
tes: o tipo de primeira entrevista.
2
Tais investigações nos deverão mostrar, por exemplo, se o que
agora se pode propor como um esquema geral de entrevista deverá des-
dobrar-se em uma diversidade de tipos de entrevista ajustados segundo
variações na díade: tipo de pacíente-tipo de terapeuta.
3
Trata-se, naturalmente, de uma primeira aproximação, suscetível
de ulterior enriquecimento e reajustes pelos dados que venham a ser
fornecidos através de outros métodos (psicodiagnósticos, entrevista fa-
miliar), assim como através das entrevistas posteriores.
4
A entrevista tem uma tarefa: o diagnóstico e a orientação tera-
pêutica. Mas são requeridas, igualmente, tarefas destinadas a criar as
condições adequadas para o cumprimento daquela função principal. To-
das as explicitações que o terapeuta faça sobre método e finalidades da
entrevista são essenciais para criar tais condições. A luta contra a ambi-
güidade deve ser, desde o início, um princípio diretor em psicoterapia
breve.
B
O estudo de procedimentos que permitem fazer destes pacientes
"difíceis" sujeitos mais aptos para a tarefa psícoterapêutica abre, certa-
mente, u m capítulo de enorme importância assistencial. Nesta linha me-
recem ser mencionados Arnold P. Goldstein e sua equipe da Universi-
dade de Syracuse, que vêm desenvolvendo amplas pesquisa? sobre o
tema ( 6 ) . Estes estudos põem em relevo que o contato inicial'condensa
fenômenos interacionais complexos, que fazem da situação-príineira-
entrevista um campo dinâmico muito rico, digno de uma especial dedi
cação.
0
Uma consideração adicional sobre este caso e sobre o problema
dos objetivos limitados ao alívio de sintomas. Entendemos que o com-
portamento desíe paciente transmitia uma mensagem: não -estava em
condições de suportar uma ruptura de suas defesas maníacas e obsessivas
freníe ã sua separação. Talvez a mensagem refletisse o grau de tolerân-
cia à ansiedade que a economia psíquica do paciente podia suportar.
É de supor que somente ante um alívio de sua ferida narcisística
(a de ter ficado só "outra vez em sua vida"), alívio do gênero que lhe
poderia proporcionar o encontro de uma nova companheira, o paciente
se torne capaz- de tolerar essa mobilização de ansiedades que significa
para ele pór-se frente a frente com toda a sua vida de perdas e kban-
donos.
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Quando falamos de motivação para o tratamento deveríamos incluir,
como uma dimensão fundamental do que se chama "disposição para
;ndagar sobre si mesmo", um particular componente dinâmico dessa dis-
posição, que 6 a tolerância à mobilização de ansiedades de Uma deter-
minada estrutura de personalidade em urna específica situação vital.
Mudanças na situação vital podem acarretar variações DO grau de tols-
râtiria à ansiedade e, em conseqüência, modificar a motivação para. o
tratamento.
Nota do revisor
1,11
Tradução de Weltanschauung (cosmovisión, no original).
Bibliografia
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(13) — — , "The motivational process, A selection and prognostic
criterion for psychotherapy of short duration", Psychiat. Quart., 1968,
pp. 1-9.
(14) Sluzki, C , "Las psicoterapias y el medio hospitalario", Insti-
tuto de Desarrollo Económico y Social, Coloquio Psicologia y Socio-
logia, Buenos Aires, 1964.
(15) Spiegel, J., "Some cultural aspects of transference and counter-
transference", Menial health of lhe poor, pp. 303-320.
(16) Ulenhut, E. H. e Covi, L.,"Subjective change with the initial
interview", Amer. J. Psycholher., 23, 3, 1969, pp. 415-429.
(17) Vera, L. e Thieberg, J„ " U n estúdio sobre deserción de
pacientes. Experiência de residentes en consultórios externos de un hos-
pital psiquiátrico", Ac/n Psiqmot. Psicol. Amêr. Lat., 1970, 16, pp. 57-61.
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