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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADO DE TRABALHO VI (IPSC18)
DOCENTE: ALINE TONHEIRO PALMEIRA
DISCENTE: LAVÍNIA CARMO

ESTUDO DIRIGIDO
TEXTO: O PROCESSO DIAGNÓSTICO E AS TÉCNICA PROJETIVAS

1. Que aspectos são centrais na perspectiva do psicodiagnóstico como um processo?


Entender qual a demanda que está sendo solicitada pelo paciente, realizar um bom
encaminhamento e enquadre, realizar entrevista inicial, realizar aplicação de testes
psicológicos convenientes e realizar uma entrevista devolutiva. Além disso, o profissional de
psicologia deve se dedicar ao estudo e compreensão dos dados coletados. Além disso, de
maneira geral o enquadramento é uma etapa muito importante, pois envolve o esclarecimento
dos papéis e funções de cada um, espaço onde a entrevista será realizada, horários, tempo
médio de duração da avaliação, sendo necessário conversar e definir esses elementos desde os
primeiros encontros.
2. Discuta os elementos que caracterizam o processo psicodiagnóstico, segundo as
autoras.
Acredito que um dos postos mais importantes colocados em destaque pelas autoras foi
a necessidade de uma atitude mais permeável e flexível por parte do psicólogo, ou psicóloga,
de modo que o processo possa ser construído pelas duas partes, atendendo às necessidades do
paciente, sem a necessidade de uma rigidez que não se sustente durante todo o processo.
Dessa maneira, compreendo o quanto a formatação do setting tem seu espaço e necessidade,
mas ao mesmo tempo, o quanto o vínculo formado e as possibilidades de reajustes, e
alinhamento entre os dois sujeitos em contato, podem ser extremamente proveitosas para o
resultado final.
3. Que dúvidas permaneceram em relação ao processo psicodiagnóstico quando você
terminou de ler esse capítulo? Caso não tenha tido dúvidas, o que você considera como
pontos-chave desse aprendizado?
Não tive dúvida. Gostaria de acrescentar as impressões abaixo sobre o texto.
Consoante ao texto lido, é possível considerar a visão dos testes psicológicos e a
avaliação psicológica como ferramentas que viam “a partir de fora”, nesse momento, o
psicólogo estava mais concentrado em cumprir as funções que lhe eram passadas por outros
profissionais da área de saúde, principalmente da medicina. Dessa maneira, inicialmente, a
aproximação com o paciente e o processo de avaliar psicologicamente alguém funcionam
conforme os parâmetros médicos já utilizados. Nessa medida, é interessante perceber o quanto
a prática psicológica, desde sua teoria, para se afirmar cientificamente, utilizou-se de
elementos já vigentes e bem aceitos socialmente.
O objetivo central nesse processo de repetição ao que já era uma prática comum na
área médica, se concentrava na tentativa de garantir eficiência e objetividade, se legitimando
cada vez mais com uma atuação importante e fundamental. A aproximação entre paciente e
profissional ocorria sem estabelecer muita aproximação ou vínculo afetivo, de modo que, até
mesmo uma devolutiva de avaliação psicológica poderia ser feita com um parente ou outras
pessoas responsáveis, sem qualquer preocupação em oferecer um retorno ao paciente.
Os testes psicológicos eram utilizados, como “escudos”, entre o sujeito atendido e o
profissional, como uma tela evitativa da mobilização de afetos e sentimentos por parte do
profissional de psicologia. A partir da leitura do texto pude identificar um padrão bem
enrijecido na conduta psicológica, de modo que, havia uma certa necessidade de um
enquadramento específico e de um rígido passo a passo a ser seguido com o paciente. O texto
notifica que até mesmo na clínica com crianças era notório uma postura silenciosa e sem
ludicidade por parte do profissional.

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