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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA.

Disciplina: Análise Funcional do Comportamento.


Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582
Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9
Livro: “Clínica analítico – comportamental: aspectos teóricos e práticos”.
Autores: Nicodemos Borges e Fernando Cassas.
Resumo: Capítulo 11 – Apresentação do clinico, o controle e a estrutura dos
encontros iniciais na clinica analítico-comportamental.

Neste capítulo, exploramos as práticas e estratégias adotadas pelo


terapeuta analítico-comportamental durante os primeiros encontros terapêuticos.
Nos estágios iniciais do tratamento, são abordados os aspectos do vínculo
terapêutico, o acordo contratual, as considerações éticas e a motivação para a
participação no processo terapêutico. Também é discutida a apresentação do
terapeuta, a divulgação de informações e o acolhimento proporcionado ao
cliente.
O contrato terapêutico, considerado um conjunto de acordos entre
terapeuta e cliente, desempenha um papel central no estabelecimento das bases
do tratamento. Ao analisar o comportamento do cliente em relação ao contrato,
é possível entender sua postura diante de compromissos e responsabilidades,
muitas vezes moldada por contingências passadas. O sigilo, um elemento chave
do contrato, está intrinsecamente ligado à construção do vínculo terapêutico,
onde a confiança é desenvolvida ao longo do tempo, especialmente em
situações de exposição vulnerável.
Ao tratar de clientes jovens ou com limitações legais, é fundamental
obter a autorização de um responsável para iniciar o tratamento. A periodicidade,
duração e condições das sessões são ajustadas de acordo com as necessidades
do cliente, podendo variar em casos de crises ou necessidades especiais. O
pagamento dos honorários, embora possa ser orientado por tabelas referenciais,
não é uma obrigação de aderir a valores específicos.
Em resumo, o contrato terapêutico e seus componentes, como o sigilo,
são interpretados como fatores que moldam o comportamento do cliente desde
o início do tratamento. Adotando abordagens flexíveis e considerando as
particularidades de cada caso, o terapeuta busca estabelecer uma base sólida
para o progresso terapêutico.

A Introdução Clínica

Embora comumente os relatos de situações sejam de sentido único,


concentrando-se no comportamento e na apresentação pessoal do paciente, o
primeiro encontro entre terapeuta e paciente tem um impacto significativo para
ambos os lados. É importante também considerar como o terapeuta é afetado
por esse contato inicial. As emoções e percepções do terapeuta em relação ao
paciente podem fornecer insights cruciais para a avaliação do caso clínico e
também gerar questões relevantes para o próprio desenvolvimento pessoal
(Banaco, 1993; Braga e Vandenberg, 2006).
Em geral, durante a apresentação inicial, o profissional está disponível
para responder às perguntas do paciente sobre sua formação, abordagem
teórica e até mesmo detalhes pessoais, como estado civil e filhos.
A primeira sessão é única no sentido de que o terapeuta precisa reagir
de forma adequada a informações inesperadas do paciente. Isso pode se tornar
evidente em situações como uma paciente compartilhando seu tratamento de
quimioterapia e suas experiências pessoais. Muitas vezes, os pacientes
preferem revelar eventos recentes de suas vidas que estão relacionados à
queixa que estão trazendo à terapia. Essas informações iniciais podem guiar a
formulação de hipóteses para a avaliação do caso. Caso necessário, o terapeuta
pode buscar supervisão ou até mesmo encaminhar o paciente para outro
profissional mais adequado.
Curiosidades sobre a vida pessoal do terapeuta também podem
surpreendê-lo. Os pacientes podem supor que a experiência pessoal do
terapeuta pode ajudá-los a compreender o próprio sofrimento. Perguntas sobre
a vida do terapeuta, como sua orientação religiosa, estado civil e interesses,
podem ser feitas. Essas interações iniciais são cruciais para estabelecer um
vínculo terapêutico positivo.
Como o cliente percebe o terapeuta pode afetar sua adesão ao
tratamento. Portanto, é importante que o terapeuta demonstre competência,
empatia e disponibilidade desde o início. Durante essas interações,
interpretações sobre o comportamento do cliente e possíveis contingências
podem ser feitas, fornecendo informações valiosas para o entendimento do
problema clínico.
A estrutura das primeiras sessões é chamada de "encontros iniciais" e
se concentra na apresentação mútua entre terapeuta e cliente, na formulação do
contrato terapêutico e na coleta de dados que levará à formulação do caso
clínico. As sessões iniciais são uma oportunidade para estabelecer confiança e
esperança no cliente, além de obter informações cruciais sobre seu sofrimento
e expectativas em relação ao tratamento.
Em resumo, as primeiras interações entre terapeuta e paciente são
fundamentais para estabelecer uma base sólida para o processo terapêutico. O
terapeuta deve estar atento às emoções e impressões durante esse período,
buscando compreender o cliente de maneira abrangente e formular estratégias
terapêuticas eficazes.
Durante o estabelecimento do contrato terapêutico, o terapeuta observa
atentamente e interpreta os comportamentos do cliente, procurando, sempre que
possível, iniciar ajustes terapêuticos desde esse momento. No que diz respeito
à estrutura das primeiras sessões, elas evoluem desde a apresentação mútua
entre terapeuta e cliente até a compreensão abrangente do problema clínico,
permitindo a preparação de intervenções futuras.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA.
Disciplina: Análise Funcional do Comportamento.
Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582
Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9
Livro: “Clínica analítico – comportamental: aspectos teóricos e práticos”.
Autores: Nicodemos Borges e Fernando Cassas.
Resumo: Capítulo 12 – A que eventos clínicos analítico-comportamental deve
estar atento nos encontros iniciais?

Este capítulo destaca a importância de examinar de perto, no início do


processo terapêutico, os elementos emergentes da interação entre o terapeuta
e o cliente. Reflete sobre a prática terapêutica como essencial para o
crescimento profissional e enfatiza a necessidade de estar constantemente em
formação e desenvolvimento, especialmente na abordagem analítico-
comportamental. O autor enfatiza que se tornar um bom psicólogo clínico requer
um repertório específico que vai além de qualificações acadêmicas,
demandando empenho e experiência pessoal. O texto aborda como a relação
terapêutica se diferencia das interações cotidianas e a importância da delicadeza
ao lidar com a complexidade das análises. O autor divide a reflexão em duas
partes: antes do início da análise e o encontro entre terapeuta e cliente,
ressaltando a necessidade de sair da zona de conforto para colher resultados
diferentes.
A busca por tratamento psicoterapêutico não surge simplesmente por
falta de alternativas, mas sim quando algum problema persiste na vida de
alguém. A psicoterapia é cada vez mais aceita como uma ferramenta útil para
enfrentar os desafios da vida. Iniciar um processo analítico é um passo que
implica responder diferentemente, muitas vezes de maneira encoberta e
temporária. O texto explora as etapas iniciais do processo terapêutico,
considerando a indicação e o contato inicial entre clínico e cliente. Diferentes
situações de indicação são detalhadas, incluindo aquelas feitas por conhecidos
e colegas, o que pode influenciar as expectativas. O primeiro encontro entre
clínico e cliente é enfatizado como um momento especial, marcado por uma
história única que os clínicos devem estar atentos a ouvir e observar. Os clínicos
são encorajados a empregar sua escuta sensível e habilidades de observação,
tanto do que é dito quanto do que não é visível, para compreender
profundamente a narrativa do cliente. A relação entre clínico e cliente é descrita
como interativa e especial, com o clínico estabelecendo uma posição única de
controle, influência e intervenção na vida do cliente.
O relato de Yalon (2009) destaca a sensação de liberdade e
autenticidade proporcionada pela terapia. O clínico deve manter distância de
controle aversivo para criar uma relação acolhedora. Evitar julgamentos e
interpretações é crucial para permitir que o cliente revele sua verdadeira
experiência. O início do processo analítico exige prudência, com foco na coleta
de informações e na preparação do ambiente terapêutico. A sagacidade do
clínico é essencial ao enfrentar momentos de pausa na narrativa do cliente.
Modelar o repertório verbal pode auxiliar o cliente a se expressar melhor. O
contrato terapêutico é fundamental, estabelecendo limites, disponibilidade de
horários e aspectos financeiros. O clínico deve observar as reações do cliente
diante desses termos. No processo terapêutico, o foco é ajudar o cliente a
explorar seu próprio mundo, com o clínico atuando como facilitador desse
crescimento interno.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA.
Disciplina: Análise Funcional do Comportamento.
Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582
Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9
Livro: “Clínica analítico – comportamental: aspectos teóricos e práticos”.
Autores: Nicodemos Borges e Fernando Cassas.
Resumo: Capítulo 13 – Eventos a que o clínico analítico – comportamental deve
atentar nos primeiros encontros: das vestimentas aos relatos e comportamentos
clinicamente relevante.

As publicações sobre as fases iniciais dos processos terapêuticos


analítico-comportamentais frequentemente exploram a interação entre o clínico
e o cliente, além dos procedimentos típicos de avaliação clínica. Este capítulo
relata conhecimento baseado na experiência clínica das autoras, focando no
comportamento informal de profissionais, equipes e clientes, desde a chegada
do cliente à clínica até o início do processo terapêutico propriamente dito.
Na fase de pré-terapia, ao entrar na clínica, a sala de espera é o primeiro
cenário onde interações ocorrem. Os comportamentos observados nesse
ambiente podem ser reveladores do comportamento do clínico e dos clientes. O
cliente, frequentemente ansioso, cria expectativas sobre o ambiente terapêutico
e as interações na sala de espera. Com o tempo, relaxa e sua observação do
ambiente influencia seu comportamento posterior. Observações na sala de
espera podem levar a mudanças comportamentais significativas.
A aparência física do clínico e do cliente também é relevante. A
apresentação física do clínico influencia a percepção do cliente, enquanto a
vestimenta do cliente oferece pistas sobre seu estilo de vida e necessidades de
aceitação social. Apesar de tentativas de disfarce, comportamentos autênticos
emergem com o tempo.
As expectativas dos clientes e clínicos nas primeiras sessões também
são cruciais. Clientes ansiosos podem não estar plenamente atentos às
interações, reagindo a expectativas, não à real interação. Reconhecer essas
expectativas é importante para a terapia. O capítulo explora ainda exemplos de
situações da sala de espera que podem impactar o comportamento dos clientes
e fornece insights para os clínicos lidarem com essas dinâmicas.
Encerrada a sessão, a cliente expressou sua decisão de interromper a
terapia, fundamentando sua escolha em desejar um terapeuta mais vocal, em
vez de um ouvinte passivo. Ela partiu sem aguardar resposta da profissional.
Este episódio evidencia a singularidade de cada cliente e de cada primeira
sessão, enfatizando que não existe um padrão fixo de comportamento por parte
do terapeuta. A flexibilidade é essencial diante da variedade de comportamentos
apresentados pelos clientes.
A evolução do conhecimento analítico-comportamental tem gerado uma
abordagem terapêutica mais complexa, que vai além das técnicas tradicionais.
Os clínicos são desafiados a se comportar de maneira congruente com o cliente,
transformando o contato direto em uma oportunidade para mudanças
comportamentais relevantes. A relação entre terapeuta e cliente começa antes
do encontro pessoal, e uma série de ações pessoais facilita o estabelecimento
de uma conexão direta. Isso inclui proporcionar um espaço para expressão de
emoções, confiança e esperança, bem como compartilhar uma teoria coerente
sobre os problemas e possíveis intervenções.
O texto destaca a importância do clínico ser uma fonte de reforço social,
sendo capaz de oferecer apoio emocional e mostrar eficácia no auxílio ao cliente
na redução de seu sofrimento. O terapeuta deve ser percebido como alguém que
pode ajudar na diminuição de reações emocionais desagradáveis e na
modificação de contingências aversivas. Essa confiança do cliente na habilidade
do terapeuta aumenta a aceitação das interpretações e intervenções,
promovendo um ambiente propício à mudança.
A relação terapêutica evolui à medida que se fortalece a segurança
mútua e ocorre a adaptação comportamental do clínico às características do
cliente. O terapeuta deve estar ciente de seus próprios padrões
comportamentais e ser capaz de observar suas reações privadas, que podem
fornecer insights valiosos sobre os comportamentos clinicamente relevantes do
cliente. Essa autocrítica e autoconhecimento são essenciais para promover a
melhoria do cliente.
A abordagem terapêutica analítico-comportamental enfatiza a
necessidade de compreender os comportamentos do cliente dentro do contexto
funcional e social em que ocorrem. O clínico deve identificar os comportamentos
clinicamente relevantes do cliente na sessão e atuar para reforçar positivamente
aqueles que estão alinhados com as metas terapêuticas. Isso é feito através de
um reforço diferencial, modelando comportamentos desejáveis e confrontando
comportamentos problemáticos de maneira funcional, buscando sempre
maximizar os resultados positivos para o cliente.
Em resumo, o texto enfoca a importância da relação terapêutica na
abordagem analítico-comportamental, destacando a flexibilidade, a empatia e a
adaptação do terapeuta aos comportamentos do cliente. A terapia é vista como
um processo de mútua influência, onde a interação entre terapeuta e cliente
promove mudanças comportamentais relevantes, com base nas contingências
que afetam o comportamento do cliente.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA.
Disciplina: Análise Funcional do Comportamento.
Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582
Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9
Livro: “Clínica analítico – comportamental: aspectos teóricos e práticos”.
Autores: Nicodemos Borges e Fernando Cassas.
Resumo: Capítulo 14 – A escuta cautelosa nos encontros iniciais: a importância
do clínico analítico – comportamental ficar sob controle das nuances do
comportamento verbal.

Nos primeiros encontros entre profissional de saúde e pessoa atendida,


desempenham um papel fundamental para todo o processo terapêutico. É
nesses estágios iniciais que a relação entre terapeuta e cliente começa a se
formar, ao mesmo tempo em que informações cruciais sobre a queixa do cliente
e eventos relacionados são coletadas. A partir dessas informações, o terapeuta
formula hipóteses sobre os fatores que influenciam a queixa do cliente e
desenvolve um plano de intervenções que será implementado posteriormente.
Os objetivos dos encontros iniciais – comunicação e obtenção de dados
– dependem principalmente das trocas verbais entre terapeuta e cliente. Durante
as sessões, os papéis de fala e escuta são alternados. Esses papéis são cruciais
para manter a interação verbal fluindo e alcançar os objetivos da terapia. Tanto
ao falar (por meio de perguntas, relatos, esclarecimentos e exploração de
respostas abertas e ocultas) quanto ao ouvir, ambas as partes criam um
ambiente para o outro, desenvolvendo gradualmente um relacionamento.
Nas primeiras sessões, é comum o terapeuta fazer perguntas e mostrar
compreensão, intervindo com feedbacks ou conselhos de forma limitada. Nessas
fases iniciais, o terapeuta dedica a maior parte do tempo à escuta atenta, o que
pode ser chamado de "audiência não punitiva". Essa abordagem envolve ouvir
cuidadosamente o que o cliente diz e demonstrar respeito e empatia pelo que
está sendo compartilhado. A atenção cuidadosa do terapeuta durante esses
encontros iniciais pode beneficiar o cliente ao ajudá-lo a ganhar clareza sobre
suas situações e emoções.
A audiência não punitiva pode ter efeitos positivos, incluindo o
fortalecimento do vínculo entre terapeuta e cliente, alívio do sofrimento ao se
sentir acolhido, promoção do autoconhecimento ao refletir sobre respostas
dadas e engajamento no processo terapêutico.
É importante reconhecer que nem sempre os clientes compartilham uma
visão completa e precisa de sua história, situação atual e reflexões sobre sua
queixa nos primeiros encontros. O cliente, ao buscar ajuda, pode sentir-se
desconfortável ao expor aspectos de sua vida que possam ser considerados
negativos por outros. A incerteza sobre como o terapeuta irá reagir a essas
confidências pode levar o cliente a testar os limites do que pode ou não
compartilhar.
Esses testes podem ser observados em comportamentos como: relatar
partes específicas de suas experiências que não foram punidas no passado,
mencionar problemas pessoais usando exemplos de outras pessoas, fazer
perguntas diretas ao terapeuta sobre suas opiniões e reações a comportamentos
rotulados como inadequados pela sociedade, ou até mesmo relatar intenções
que parecem inapropriadas, mas logo se retractar delas.
O terapeuta, ao adotar uma postura de audiência não punitiva, oferece
um ambiente seguro no qual o cliente pode expressar abertamente esses
comportamentos e pensamentos. Ao longo do processo, isso ajuda a
desassociar esses comportamentos de possíveis punições, permitindo que o
cliente compreenda e lide com suas ações de maneira mais saudável.
A abordagem de audiência não punitiva é um recurso fundamental na
terapia, especialmente em suas fases iniciais. Ela permite ao cliente se sentir
aceito e compreendido, criando um espaço onde ele pode explorar suas
questões sem medo de julgamento ou retaliação. Isso, por sua vez, contribui
para a formação de um vínculo terapêutico mais sólido e para o progresso do
processo terapêutico.
O objetivo principal seria explorar nas situações clínicas e na história de
reforçamento compartilhada com o paciente os fatores que influenciam suas
expressões verbais. Isso é feito para não perder conteúdos importantes que
podem não estar explicitamente comunicados.
No contexto da análise cuidadosa, onde o clínico distingue os aspectos
do comportamento do paciente, é essencial lembrar que o cliente se comunica
tanto verbal quanto não verbalmente. Portanto, o terapeuta deve estar atento a
ambos os conjuntos de comportamentos.
A análise concentra-se principalmente em comportamentos verbais,
definindo comportamento verbal como aquele que utiliza palavras, gestos, texto
escrito, linguagem de sinais etc. para estabelecer uma relação mediada com o
ambiente. O comportamento verbal é operante, ou seja, influenciado pelo
ambiente e afeta outros, especialmente aqueles treinados para responder.
A análise funcional do comportamento verbal foi proposta por Skinner,
classificando operantes verbais em tipos como tato (descrever eventos), mando
(solicitar algo) e intraverbal (responder a estímulos verbais). Esses tipos de
comportamento podem sofrer distorções, como tatos distorcidos (modificando
informações para influenciar o ouvinte) e mandos disfarçados (pedido indireto).
O processo terapêutico envolve a identificação de tatos e a promoção de
respostas precisas do paciente sobre seus comportamentos. No entanto, é
essencial evitar reforçar respostas distorcidas ou superficiais. Além disso, é
importante atentar não apenas às verbalizações, mas também às expressões
não verbais do paciente.
O papel do terapeuta é estar alerta às nuances das interações, às
reações do cliente e a possíveis distorções nas verbalizações. Isso requer foco
na interação única com cada paciente e na compreensão das variáveis que
influenciam a comunicação.
O foco está na análise comportamental clínica, buscando compreender
a função da comunicação do paciente e os contextos relacionados. É essencial
que o terapeuta evite assumir interpretações generalizadas das verbalizações,
pois isso pode levar à perda de informações valiosas sobre a vida e interações
do paciente. O significado das ações é determinado pela sua função na interação
com o ambiente, não apenas pela sua forma.
O termo "escuta cautelosa" descreve a atitude do terapeuta de ouvir sem
julgamento e identificar os fatores que influenciam as expressões verbais e não
verbais do paciente, bem como os seus próprios comportamentos. Nesse
relacionamento de comunicação mútua, tanto o terapeuta quanto o paciente
devem observar cuidadosamente suas interações verbais e não verbais. O
terapeuta deve agir de forma congruente com seu discurso, evitando
comportamentos punitivos e desenvolvendo autoconsciência em relação às suas
próprias ações.
A prática de uma "escuta cautelosa" baseia-se na autoavaliação do
terapeuta, na sensibilidade ao comportamento do paciente, na supervisão clínica
com profissionais experientes e no estudo constante dos princípios da
abordagem analítico-comportamental.

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