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Freud defende que a psicanálise deve ser adaptada?

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Freud aponta a importância de se atualizar os conhecimentos da terapia psicanalítica. Nesse


sentido ele aponta que essa terapia tem tido o papel de identificar as moções pulsionais e
inconscientes dos doentes neuróticos e também identificar suas resistências numa tentativa de
melhora dos sintomas na transferência dos processos de recalque da infância para a relação
com o médico e sua resolução do princípio do prazer nessa nova relação atual. Quanto a isso,
ele destaca que nada necessita ser mudado.
Depois, o psicanalista indica o porquê do uso do termo “análise” no método da psicanálise e
compara o trabalho do terapeuta com o processo de químicos na separação e decomposição
de componentes, assim como a compreensão dos processos pulsionais, decompondo a
atividade anímica do doente em seus componentes elementares. A partir disso Freud traz o
principal ponto ao qual propõe uma nova direção à terapia, a de assim como a decomposição
da atividade anímica se trabalhe também com ajudar o doente com uma melhor composição
desses componentes.
O pai da psicanálise salienta que no processo até então vigente da psicanálise após a “análise”
tem-se a “síntese”, mas que essa última não é de fato o trabalho de uma nova composição, e
que ocorre quase que sem a intervenção do terapeuta, já que as pulsões trabalhadas e
dissociadas voltam a se reunir agora em outro lugar. Freud ressalta que a tarefa terapêutica
até então se dava pela conscientização do recalcado e descoberta das resistências, mas que
também seja necessário fornecer um ajuda para que o analisado lide com essas resistências
reveladas e uma intervenção adequada que leve a uma composição de uma constelação de
fatores favorável à resolução de seu problema.
Em seguida Sigmund se aprofunda em como se daria esse trabalho, entretanto o ponto de
destaque aqui se dá quando ele fala que são poucos os psicanalistas para lidar com todo o
sofrimento neurótico presente no mundo e ainda que grandes parcelas da população não têm
acesso à terapia. Nessa reflexão Freud imagina que a importância que seria dada ao
tratamento anímico até que esse se torne gratuito e acessível demorará a acontecer, e
portanto, até lá restará então a tarefa de adequar as técnicas à essa nova realidade, ainda que
suas partes mais eficazes sejam emprestadas da Psicanálise propriamente dita. Por esses
motivos Freud defende a adaptação da psicanálise.

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