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FICHA CATALOGRAFICA
CIP-Brasil. Catalogacāo-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros,RJ.
Augras, Monique.
O Ser da compreensão: fenomenologia da si-tuação de
psicodiagnóstico / Monique Augras. -Petrópolis, Vozes, 1986.
96p.
Bibliografia.
78-0364
1. Personalidade - Psicologia fenomenológica
2. Personalidade - Testes I. Título.
CDD-157.92
155.28
CDU-159.9.072
159.9.018
MONIQUE AUGRAS
O SER
DA
COMPREENSÃO
Fenomenologia da situação
de psicodiagnóstico
3° Edição
Petrópolis
1993
c 1978, Editora Vozes Ltda.
Rua Frei Luís, 100
25689-900 Petrópolis, RJ
Brasil
Diagramação
Valdecir Mello
ISBN 85.326.0885-X
Este livro foi composto e impresso nas oficinas gráficas da Editora Vozes Ltda. Rua Frei Luís, 100.
Caixa Postal 90023. End. Telegráfico VOZES. 25689-900 Petrópoiis, RJ. Tel.: (0242)43-5112. CGC
31.127.301/0001-04. Inscr. Est. 80.647.050.
Sumário
2.A SITUAÇÃO,19
3.O TEMPO,26
4.O ESPAÇO, 38
5.O OUTRO, 55
6.A FALA,75
7. A OBRA, 88
1. Por que não
a Fenomenologia?
NOTAS DO CAPÍTULO I
2. A Situação
“A substância do homem não é o espírito-síntese da alma e do
corpo - é a existência”.
Heidegger 1
NOTAS DO CAPÍTULO 2
1.Heidegger, M., L'être et le temps, Paris,
Gallimard, 1964, p.148 (os grifos são do J. P.,Heidegger, Paris,Le Seuil, 1974,p.56.
autor). 12.Heidegger, L'être et le temps, p.204.
2. Jaspers, K., Initiation à la méthode 13. Id. ibid., p. 55. Já esclarecera:
philosophique, Paris, Payot, 1968,p.30. fenomenologia “significa escla-recer aquilo
3.Id. ibid.,p. 21. que se manifesta, tal como, por si mesmo, se
4.Heidegger, M., “Qu'est-ce que la ma-nifesta”(p. 52).
métaphysique?”, Questions I, Paris, 14.Eliade,M.,Méphistophélés et l'androgyne,
Gallimard, 1968,p.34(0 grifo é nosso). Paris, Gallimard, 1962,p.259.
5. Heráclito, Fragmento 53. 15. Eliade, M., Images et symboles, Paris,
6.Kierkegaard, S., Le Concept Je l'angoisse, Gallimard, 1952,p.18(0 grifo é do autor).
Paris, Gallimard, 1935,234 p. 16.Heidegger, L'être et le temps, p. 264.
7.Heidegger, M., L'être et le temps, p. 232. 17. Id. ibid., p. 273 (grifos do au-tor).
8. Kierkegaard, op. cit., p. 224. 18. Cf. Cassirer: “o mito ainda ho-je está a
9.Heidegger, “Ce qui fait l'être-essentiel d'un exigir o reconhecimen-to, no campo da
fondement ou rai-son”, Questions I, p. 158. metodologia pura”,La philosophie des for-mes
10. Heidegger, “Qu'est-ce que la mé- symboliques, Paris, Minuit, 1972,t.2,p.9.
taphysique?”, op. cit., p. 62 (gri-fos do autor).
11.Heidegger, citado por Cotten,
3.O Tempo
“Somos devorados pelo tempo, não por nele vivermos,mas por
acreditarmos na realidade do tempo”.
Mircea Eliade
NOTAS DO CAPÍTULO 3
1.Eliade, M., Images et Symboles, p. 118 4.Borges, J. L., Essai sur les anciennes
(grifo do autor). littératures germani-ques, Paris, Union
2.Citado por Berger, G., Phéno-ménologie Générale d'Editions, 1966, p. 110.
du temps et pros-pective, Paris, 5. Eliade, op. cit., p. 74 sq.
PUF,1964,p. 97. 6.Eliade, M. El Mito del eterno retorno,
3. Heidegger, L'être et le temps, p.34. Buenos Aires, Emecê, 1968,p.107.
7.Berger,op. cit.,p. 138.
8.Id. ibid.,p. 136.
4.O Espaço
“O lugar é uma parte do ser”.
Cassirer'
48
As peculiaridades do traço e a organização do espaço
fundamentam um teste específico de movimento e orientação: o PMK de Mira y López
que, malgrado a tenuidade dos estudos teóricos, parece digno de crédito.3°
Uma técnica de análise do movimento dentro do espaço, hoje
caída em total desuso, deve contudo ser lem-brada. A grafologia, pasto para
divagações e receitas de jornal, nem por isso merece o desprezo universal que a
esmagou. Considerando a escrita como registro do movimento do escritor dentro do
tempo e do espaço, Pulver propõe um “esquema sim-bólico do espaço interior”, que
permite orientar a compreensão e a interpretação da escrita individual. 31
Valeria a pena retomar os pressupostos de Pulver e Klages para
submetê-los à validação. Espera-se que os resultados de uma análise grafológica
honesta não se mos-trem inferiores, como descritores de comportamento, aos acha-
dos de técnicas atualmente mais em voga, e cuja validade nem por isso se revela tão
segura.
Outra prova, ainda pouco conhecida, funda-menta-se em estudo
aprofundado do espaço figurativo, conside-rado como “testemunha fidedigna do modo
de ser no mundo”.32 ÉoD.10, de Jean Le Men, que consiste no desenho de uma
paisagem, comportando dez elementos invariantes. Partindo do estudo da evolução do
espaço na pintura ocidental, o autor encontra na concepção do espaço construído -
fonte de segu-rança e de ambigüidade - justificativa para relacionar as estruturas do
desenho com traços de personalidade, através de um sistema de medidas
razoavelmente objetivas. Nesse as-pecto, em particular, parece bem superior ao
conjunto das provas ditas de “grafismo”.
Nessa rápida revisão de técnicas de exame que se baseiam
explicitamente na organização do espaço o que dizer do psicodiagnóstico de
Rorschach? Suscitando “uma adaptação a determinados estímulos externos, uma
intervenção da função do real”4, a técnica consiste em interpretar formas fortuitas que
obedeçam a “certas condições de ritmo espacial”. 35 As manchas têm extensão,
tamanhos relativos, distribuições diversas. Embora obtidas ao acaso, oferecem
singularidades de estrutura cuja sugestão pode provocar certas constâncias nos
perceptos. O fato de algumas manchas serem mais “maciças”, outras mais
“espalhadas”, provoca necessariamente o jogo de mecanismos diversos na adaptação
ao estímulo. A sucessão das pranchas obriga então o examinando a reformular
constante-mente os seus esquemas de interpretação. A flexibilidade em mover-se
dentro de estímulos espaciais vários pode, portanto, vir a ser um meio de avaliar a
riqueza dos recursos adapta-tivos, quer no plano intelectual, quer afetivo.
Inversamente,a perseveração e a pouca variedade de respostas a estímulos
diferentes revela embotamento e inibição. Desta maneira, vê-se que toda a
estruturação dos perceptos pode ser formulada em termos de adaptação 49 mais ou
menos flexível a estímulos espa-ciais. Mucchielli, dentro dessa perspectiva, contribui
para a in-terpretação tradicional do modo de apreensão com um acrés-cimo
singularmente heurístico, e bastante satisfatório para quem tende a situar o Rorschach
na área da fenomenologia da percepção.36
Com efeito, tudo o que diz respeito às cate-gorias de localização,
refere-se implicitamente à organização do espaço individual. O modo de apreensão é
um elemento de diagnóstico, passível de enquadramento numa tipologia: Tipo G, tipo
D, tipo Dd descrevem, no jargão próprio do teste, modos bem diversos de lidar com a
realidade.
A simetria, comum em todas as manchas, é percebida pelo
examinando, ora como algo seguro em que se apojar no meio de tanta ambigüidade,
ora como coação que torna estereotipada a percepção. Apresenta também uma notá-
vel sugestão, pois é apontada por vários autores como lembran-do a simetria do corpo
humano. O corpo, origem do espaço primitivo, aparece novamente como o seu
sustento e modo de expressão.
Desta maneira, as respostas de conteúdo ana-tômico não
revelam especificamente, como postula a tradição, preocupações ansiosas de
expressão hipocondríaca ou voyeu-risme disfarçado. Mostram como o indivíduo se
situa em rela-ção ao seu espaço primitivo, através da expressão em termos corporais.
Luís Dias de Andrade, um dos raros autores que entre nós tentaram situar o universo
dos perceptos rorscha-chianos dentro da formulação fenomenológica e existencial,
con-sidera que as respostas anatômicas são antes de mais nada a manifestação da
situação do indivíduo em relação ao seu mundo próprio (Eigenwelt). A estrutura íntima
do corpo não pre-tende a revelação de uma anatomia fantasmagórica, distorcida pela
ação de uma suposta “projeção” de conteúdos internos. Revela a forma do espaço
próprio, pela objetivação da vivência do corpo por dentro, prometido à decadência.
De modo diferente dos testes de traço que expressam a
movimentação do examinando dentro do seu es-paço-tempo, o Rorschach apresenta-
se como mais um meio de investigação da situação existencial. Desse ponto de vista,
en-tende-se por que as respostas de movimento humano desem-penham um papel
privilegiado entre os determinantes. A apro-priação do espaço é então apanhada em
sua dinâmica.
É sabido que a sensação de movimento na ausência de
deslocação objetiva constitui a origem do teste.3 Hermann Rorschach adverte que as
respostas cinestésicas nada têm de ver com a mobilidade real do sujeito. Repara que
esse fato de observação, “constantemente verificável”, ainda carece de fundamentação
teórica. Dentro da perspectiva aqui proposta, o fato vem a esclarecer-se. Não se trata
de movi-mentação real no espaço físico, mas de mobilidade, e poder-se-ia dizer de
liberdade, dentro do espaço existencial.
Compreende-se agora por que as cinestesias de extensão,
associadas a formas precisas, são unanimemente consideradas como reveladoras de
imaginação criadora, e por que os movimentos de flexão corresponderiam à
passividade, à inibição, até mesmo à “neurastenia”. Assim poderia ser explicado o
papel moderador desempenhado pelas respostas de movimento para “equilibrar” as
respostas de cor. A sensibili-dade aos estímulos externos seria temperada pela
capacidade de movimentá-los livremente. A situação da prova de Rorschach assim
proporcionaria a observação do processo de criação do espaço individual. O
examinando normal, e bem dotado, aten-deria às coações do estímulo externo,
transfigurando-as pela atribuição de uma forma original, com dinamismo próprio. O
indivíduo perturbado sucumbiria ante a ambigüidade do estí-mulo. Ora se entregaria à
porosidade do espaço e do ser - e isto seria a explicação da resposta “Posição”, típica
da vivência psicótica, reveladora da perda dos limites, com a soltura anár-quica das
vísceras. Ora se prenderia à estereotipia dos conteú-dos, perseverando na
autolimitação em porções determinadas do espaço, como se observa em tantos
quadros orgânicos. Diluição dos limites, ou prisão de fronteiras arbitrariamente
mantidas trazem de volta o enfoque mítico da organização do espaço.
O psicodiagnóstico de Rorschach aparece como uma
espécie de “maqueta” em que poderiam ser expe-rimentadas, e representadas
pelo examinando ante o aplicador, as diversas facetas da adaptação à realidade.
As modalidades do tipo de apreensão manifestariam então o grau de liberdade
do indivíduo em relação à movimentação dentro do espaço existencial, com a
sua capacidade de estabelecer limites e saber transpô-los para criar nova
configuração e novo espaço.
Qual o herói que transgride o delimitado, 0 indivíduo se
constrói na liberdade do seu espaço existencial:
“Homo Duplex”
Edgar Morin
67
lização da loucura, a defesa do direito sagrado de cada indi-víduo “ser diferentemente”
tem levado a equívocos perigosos. Segregar o louco porque incomoda, ou tratar como
louco aquele que incomoda, sem dúvida é crime. Mas confundir doente com
contestador é sandice.
NOTAS DO CAPÍTULO 5
1.Morin, E., Le vif du sujet, Paris, Le Seuil,
1969,p. 145.
2. Freud, S., Psicoanálisis de las Masas y 11.Zazzo,R., Les jumeaux,le cou-ple et la
Análisis del yo, Buenos Aires,Ed. personne, Paris,PUF, 1960,p.470.
Americana, p. 9. 12.Borges, J. L., Ficciones, Buenos Aires,
3.Heidegger, L'être et le temps, p.150. Emece, 1956, p. 13.
4. Id. ibid., p. 157. 13. Borges, J.L.,L'Auteur et autres textes, El
5. Hegel, La phénoménologie de l'Esprit, Hacedor, ed. bilin-güe, Paris, Gallimard,
Paris, Aubier Montaig-ne, t. II, p. 39. 1965, p.30.
6.Van Der Leeuw, G., La religion dans son 14. Rimbaud, A., “Je est un autre”, Oeuvres
essence et ses mani-festations, Paris, Complètes,Paris, Gal-limard, 1951, p. 254.
Payot, 1970, p.493. 15. Juin, H., ed., Histoires étranges et récits
7.Eliade, M., Idées et Symboles, p.98. insolites, Paris, Club du Libraire, 1965, 237
8.Morin, op. cit., p. 160. p.
9. Jung, C. G., "Introducción a la Psicología 16.Green, A.,“La Psychanalyse, son objet,
religiosa", in Psico-logía y Alquimia, Buenos son avenir”, Revue Fran-çaise de
Aires, Santiago Rueda, 1957, 11-52. Psychanalyse", I-II, jan.-avr. 1975,t.
10. Rank, O., A Dupla Personalida-de, Rio, XXXIV,p. 130.
1934. 17.Jankelevitch,V., La mort, Pa-ris,
Flammarion, 1966,p.57.
18. Ver Hartmann, E., Biologie du rêve,
Bruxelas, Ch. Dessart, 1970,358 p.
19.Id.ibid. 37.Jankelevitch, La mort, p. 14.
20.Morin, E., Le paradigme perdu, la nature 38. O sonho de estar sonhando tor-nou-se o
humaine, Paris, Le Seuil, 1973,p.139. protótipo da suspeita
21.Morin, E., Le cinéma ou l'hom-me
imaginaire,Paris, Gonthier, 1965,186 p.
22. Jung, citado por Da Silveira, Nise, Jung, vida
e obra, Rio, José Alvaro, 1968, p. 104.
23.Id. ibid., p. 103.
24. Freud, S., A interpretação de Sonhos, Ed.
Standard, vol.v, Rio, Imago, 1972, p.587-620.
25.Jung, C. G., Arquétipos e In-consciente
Colectivo, Buenos Ai-res, Paidós, 1970, p. 133
(grifo do autor).
26.Sartre, J. P., L'imaginaire, Pa-ris, Gallimard,
1940, p. 225.
27. Kierkegaard, S., Le concept de l'angoisse, p.
62.
28.Jung, Arquétipos, p. 33.
29.Jung,C.G., e Wilhelm, R., El Secreto de la flor
de oro,Bue-nos Aires, Paidós, 1972, 136 p.
30. Jung, C.G., Recuerdos,sueños,
pensamientos, Barcelona, Seix Barral, 1966,
p. 419.
31. Bachelard, G., L'eau et les rê-ves, Paris, José
Corti, 1947, p. 248.
32.Bachelard, G., “Préface”, in du masque à
travers le test de Rorschach. Desclée de
Brouwers, s/d., p. 9.
33. Buraud, G., Les masques,Paris, Le Seuil,
1948, p. 196.
34.Creux, R.,“Appenzell",L'Oeil, 244,nov.
1975, 46-49. Fotografias de Marcel Imsand.
35.Ver Bradbury, R. The Hallo-ween tree,
New York, Bantam Books, 1974, 181 p.
36.Bachelard,Préface, p. 14.
45. Citado por Hall e Lindzey,Teo-rias da
da irrealidade do real. O sonho de Pao Yu, personalidade, São Pau-lo,Herder, 1966, p. 187.
por exemplo,resu-mido por R. Caillois; 46.Rorschach, H., Psychodiagnos-tic,p.133.
L'incerti-tude des rēves, Paris, Galli-mard, 47. Schactel, E. G. Experiential Foundations
1956, p. 115 s, faz do so-nho e da realidade of Rorschach's Test, Londres,Tavistock, Pub.,
uma suces-são de espelhos. 1967, p.21.
39.Morin, E., Le paradigme perdu, p. 112. 48. Kuhn, R., La phénoménologie du Masque.
40. Pascal, Oeuvres Complētes, Pa-ris, Seuil, 49. Augras, M., "Temas de desper-sonalização
1963, Pensées 139-143, p.518. nos conteúdos do teste de Rorschach", Arquivos
41.Hegel, Préface de la Phénomé-nologie de Brasileiros de Psicologia Apli-cada, Rio, 22(4): 61-
l'Esprit, ed.bilíngüe, Paris, Aubier Montaigne, 82,out.-dez., 1970.
1966, p.79.
50. Van Lennep, D. J., Houwink, R. H.“La
42.Minkowski,., Traité de Psy-chopathologie, validation du test des 4 images”, Revue de
Paris, PUF, 1966, p.30. Psycholo-gie Appliquée, n. 4, oct. 1955, 265-282.
43. Id. ibid., p.37. 51. Morin, Le vif du sujet, p. 157.
44. Sá Carneiro, M., Todos os poe-mas, p.75. 52.Jaspers, K., Psicopatologia ge-ral, vol. I, p.349.
6. A Fala
homens”.
Dentro do pensamento mítico, a palavra do homem é um
aspecto da fala divina. Nas preces, nas invocações, na repetição de palavras rituais,
na leitura dos textos sagrados, o homem participa da obra divina de criação e recriação
inces-sante do mundo. Criar ou revelar o mundo tornam-se equiva-lentes. Dessa dupla
operação a linguagem é testemunha. O pen-sador alemão Wilhelm Von Humboldt, no
princípio do século XIX, inicia uma reflexão sobre a linguagem, da qual a moderna
psicolingüística é devedora, e aponta como fundamental a função demiúrgica do verbo:
“Torna-se claro que as línguas não são em verdade o meio de expor a verdade já
conhecida,mas,pelo contrário, de descobrir a verdade antes oculta. O que distingue as
línguas não são os signos e os sons, mas sim as próprias visões do mundo”.s
NOTAS DO CAPÍTULO 6
1.Heidegger, M. Introduction à la
Métaphysique,Paris, PUF, 1958, p.72.
2.Heidegger, M., L'être et le temps, p. 199. gularidade, logo natural e ver-dadeira, de
3. Hegel, La Phénoménologie de L'esprit, Paris, tudo o que acontece no cosmos, no
Aubier Montaig-ne,vol.2,p.69. mundo, no meio humano e no
4. Van der Leeuw, La Religion, p.567. ritual”;Gonda,J., Les religions de l'Inde -
5.Id. ibid., p. 413. Védis-me et Hindouisme Ancien,Pa-ris,
6. Rta “é a estrutura normal, des-cansando na Payot, 1962, p. 99.
legalidade e a re-
7. Van der Leeuw, op. cit., p. 415.
8.Cassirer, E., La philosophie des formes
symboliques - 1. Le langage, Paris, Minuit,
1972, p. 107.
9. Rispal, Y., “Le Monde de Lau-tréamont à
travers l'étude du langage", Cahier du Groupe 15.Cassirer, E., “Le langage et la construction
d'Études Française Minkowska, Paris, 7-50, oct. du monde des objets”, in Essais sur le langage,
1962. p. 45.
10.Augras, M., A vivência disrítmi-ca na 16.Laurent, Ph., Philonenko, A.,“Le débile
obra literária - Dostoie-wski e Strindberg", in mental dans le monde du travail”,Revue de
A Di-mensão Simbólica, Rio, FGV, Psychologie Appliquée, Paris, 19.
1957,172-180. 17.Lacan,J.“Fonction et Champ de la parole
11.Gori, R. & Poinso, Y.“Projet d'une approche et du langage en psychanalyse”, in Ecrits I,
psycholinguisti-que du T.A.T.",Bull. Psychol., Pa-ris, Le Seuil, 1966,p.128.
Paris, n. 292, XXIV, 1970-1971, 12-15,713-717. 18.
86 Jaspers, K., Psicopatologia Ge-ral, p. 424s.
12.Guillaume, G., “Immanence et 19. Ricoeur,P., Le conflit des in-terprétations,
transcendance dans les catégo-ries du verbe” in Paris, Le Seuil, 1969,p.13.
Essais sur le Langage, Paris, Minuit, 1969, 205- 20. Augras, M., “A linguagem em psicologia
225. clínica”, Arquivos Bra-sileiros de Psicologia
13. Augras, M., “Um modelo para objetivação Aplicada, Rio, 28(3): 3-17, jul./set. 1976.
dos testes de rela-tos", Arquivos Brasileiros de 21.Citado por Van Der Leeuw, op. cit., p. 660.
Psicologia Aplicada, Rio, 28(2): 3-27, abr./jun. 22.Id. ibid., p.656.
1976. 23.“οϋτελyε ouτε xoúπτει aλλa σημαívει”, citado
14.Guiraud, P. Problèmes et Mé-thodes de la por Ricoeur, P., De l'interprétation,Paris,Le
statistique linguis-tique,Paris, PUF, 1960, 145 p. Seuil, 1965, p. 27.
7. A Obra
“Queira a transformação (...) através da cria. ção serena,que
amiúde com o inicio termina e com o fim começa”.
Rilke 1
NOTAS DO CAPITULO 7
1.“Wolle die Wandlung (...) durch das heiter conhecedor do bem e do mal; assim, para
Geschaffne, das mit Anfang oft schliesst und que não estenda a mão, e tome tam-bém
mit Ende beginnt”, Rilke, R. M.,Les Elégies de da árvore da vida, e coma, e viva
Duino - Les Sonnets à Orphée, p. 161. eternamente: O Senhor Deus, por isso, o
2. Baudot, G., Les Lettres préco-lombiennes, lançou fora do jardim do Éden”, Gn 3,22-23.
Toulouse, Privat, 1976,p.191. 4. Eliade, M., Fragments d'un journal, Paris,
3. "Então disse o Senhor Deus: Eis que o Gallimard, 1973, p.529-530.
homem se tornou co-mo um de nós,
5. Van Der Leeuw, La Religion, p.562.
Da
Compreensão
FENOMENOLOGIA
DA SITUAÇAO
DE PSICODIAGNÓSTICO
TRECHO DO LIVRO:
9 788532 608857