Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582 Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9 Livro: “Princípios Básicos de Análise do Comportamento” – 2ª edição. Autores: Marcio Moreira e Carlos Medeiros. Resumo: Capítulo 12 – B. F. Skinner, Análise do Comportamento e o Behaviorismo Radical.
O conteúdo deste livro está fundamentado na abordagem psicológica
chamada Análise do Comportamento, que tem sua origem no trabalho de Burrhus Frederic Skinner. A visão do ser humano, os pressupostos epistemológicos, o objeto de estudo da psicologia, a causalidade e os conceitos subjacentes aos fenômenos psicológicos compõem o conjunto de ideias filosóficas conhecido como Behaviorismo Radical, formulado por Skinner. Este capítulo aborda a biografia de Skinner e as características distintivas da Análise do Comportamento e do Behaviorismo Radical. Burrhus Frederic Skinner nasceu em 1904 em Nova York, EUA. Inicialmente formado em Letras, ele se voltou para a Psicologia inspirado por autores como John Watson e Ivan Pavlov. Skinner concluiu seu PhD em Psicologia pela Universidade de Harvard em 1931. Suas contribuições à psicologia levaram-no a cargos acadêmicos em várias universidades, incluindo Harvard, onde lecionou até sua morte em 1990. Skinner foi agraciado com várias honrarias, como a Medalha Nacional de Ciência em 1968 e prêmios da American Psychological Association. Skinner dedicou-se a entender o comportamento humano e a acreditar que a ciência era a chave para melhorar o mundo. Contrariando visões contemporâneas e atuais, ele defendeu que o comportamento humano poderia ser estudado cientificamente, mesmo sendo complexo. Sua pesquisa se focou na interação entre indivíduos e o ambiente, buscando prever e controlar comportamentos com base nas consequências passadas. Seus trabalhos fundamentaram a atuação de analistas do comportamento em diversas áreas, como clínica, educação, esportes e psicopatologia. Skinner produziu aproximadamente 300 artigos e 20 livros, abrangendo uma ampla gama de tópicos comportamentais/psicológicos. Suas obras incluem "O comportamento verbal", "Ciência e comportamento humano" e "A ciência de aprender e a arte de ensinar". A abordagem que ele desenvolveu, a Análise do Comportamento, explora a relação entre o indivíduo e o ambiente, destacando como variáveis mecânicas, químicas e sociais afetam o comportamento. O ambiente influencia os comportamentos de maneira sutil, e a Análise do Comportamento utiliza conceitos como condicionamento operante, discriminação de estímulos e reforçamento para prever e controlar comportamentos. Em resumo, Burrhus Frederic Skinner foi um pioneiro na Análise do Comportamento, acreditando na cientificidade do estudo do comportamento humano. Sua abordagem influenciou profundamente a psicologia e outras áreas, fornecendo ferramentas para compreender, prever e influenciar comportamentos através da relação indivíduo-ambiente. O presente livro explora diversos temas ancorados na abordagem psicológica conhecida como Análise do Comportamento, cujo proeminente expoente é Burrhus Frederic Skinner. As concepções sobre a natureza humana, os fundamentos epistemológicos, a proposta de objeto de estudo da psicologia, o modelo causal e as considerações conceituais acerca de fenômenos psicológicos são tópicos centrais do Behaviorismo Radical, também criado por Skinner, que constitui a filosofia subjacente à Ciência do Comportamento. A biografia de Skinner e as características distintivas da Análise do Comportamento e do Behaviorismo Radical são examinadas neste capítulo. Burrhus Frederic Skinner, nascido em 20 de março de 1904 em Nova York, destacou-se como um pesquisador que promoveu a Análise do Comportamento com a visão de melhorar a sociedade. Ele acreditava que, mesmo diante da complexidade do comportamento humano, uma abordagem científica era possível, rejeitando concepções que consideravam a subjetividade humana inacessível à ciência. Seus esforços resultaram em um corpo de conhecimento que serve como base para analistas do comportamento em diversos campos, incluindo clínica, educação especial, pesquisa psicológica e intervenções em áreas como o autismo. A vasta obra de Skinner abrange uma variedade de tópicos comportamentais/psicológicos, sendo o cerne do Behaviorismo Radical. A Análise do Comportamento é uma abordagem que engloba a Análise Experimental do Comportamento e a Análise do Comportamento Aplicada. A primeira se dedica a descobrir princípios comportamentais, independentemente de sua aplicação prática, enquanto a segunda concentra-se em aplicar esses princípios para melhorar comportamentos socialmente relevantes em diversas áreas. A Análise do Comportamento Aplicada é a ciência que aplica táticas derivadas de princípios comportamentais para aprimorar comportamentos relevantes, com a experimentação auxiliando na identificação das variáveis influentes. É crucial compreender que tanto AEC quanto ABA são parte da ciência da Análise do Comportamento, mesmo que com focos distintos. As intervenções analítico-comportamentais, frequentemente associadas ao "Método ABA" no contexto do autismo, são embasadas em princípios científicos que transcendem esse espectro. Recomenda-se o uso do termo "intervenções analítico-comportamentais" para evitar a associação equivocada de "Método ABA" a intervenções específicas. As intervenções analítico-comportamentais são embasadas em evidências científicas e se baseiam em uma formação sólida em Análise do Comportamento. O Behaviorismo Radical de Skinner, uma filosofia que questiona a possibilidade e a metodologia da ciência do comportamento humano, fornece uma base conceitual para a Análise do Comportamento, que é tanto uma ciência quanto uma profissão voltada para a produção de conhecimento e a solução de problemas comportamentais. O Behaviorismo Radical é uma perspectiva na psicologia que enfatiza o estudo científico do comportamento humano. Diferentemente do Behaviorismo clássico, que se originou com John Watson em 1913, o Behaviorismo Radical, associado a B.F. Skinner, é uma filosofia que busca entender o comportamento humano por meio de interações com o ambiente, evitando explicações baseadas em processos mentais internos. Skinner criticou o mentalismo e destacou a importância da análise das relações entre o organismo e o ambiente para compreender o comportamento humano. Ele enfatizou a ideia de que sentimentos, pensamentos e desejos não são causas diretas de comportamento, mas sim comportamentos que precisam ser explicados em termos de suas interações com o ambiente. O Behaviorismo Radical considera o comportamento humano como parte das leis naturais e defende que o comportamento é determinado por variáveis ambientais. Essas variáveis não são causas mecânicas, mas condições que influenciam a probabilidade de ocorrência de um comportamento. Skinner rejeitou o determinismo estrito e argumentou que a previsão e o controle do comportamento envolvem a identificação de variáveis ambientais relevantes. Skinner também aplicou o modelo selecionista de Darwin ao comportamento humano. Ele viu o comportamento como resultado de variações casuais nas respostas dos organismos, que são selecionadas pelas consequências ambientais. Esse processo de variação e seleção leva à evolução do repertório comportamental de um indivíduo ao longo do tempo. Em resumo, o Behaviorismo Radical de Skinner enfatiza a análise científica do comportamento humano, rejeitando explicações baseadas em processos mentais internos e destacando a importância das interações entre o organismo e o ambiente na determinação do comportamento. Esse enfoque busca compreender o comportamento humano como sujeito a leis naturais e influenciado por variáveis ambientais, seguindo um modelo de variação e seleção. O Behaviorismo Radical, uma vertente da psicologia, analisa o comportamento humano sob diferentes níveis de seleção: filogenético (evolução biológica), ontogenético (condicionamento) e cultural (influência do grupo). B.F. Skinner aplica o conceito de seleção natural à evolução cultural, observando como práticas grupais são selecionadas com base nas consequências a longo prazo para a cultura. O Behaviorismo Radical adota um enfoque pragmático, substituindo a validação baseada em consenso por utilidade. Isso permite estudar comportamentos inacessíveis a observação consensual, chamados de eventos privados, que incluem pensamentos e emoções. Skinner argumenta que esses comportamentos podem ser analisados pela Análise do Comportamento, considerando sua utilidade na previsão e controle. Várias concepções equivocadas sobre o Behaviorismo Radical são abordadas. 1 - A ideia de que ignora sentimentos e estados mentais é rejeitada; eles são considerados descrições de comportamentos complexos. 2- O Behaviorismo Radical leva em conta a influência de fatores inatos e genéticos no comportamento. 3- O argumento de que o comportamento é meramente uma reação automática é refutado, visto que o ser humano age ativamente no ambiente. 4- O Behaviorismo Radical não ignora processos cognitivos, mas rejeita explicações circulares baseadas neles. 5- Intenções e propósitos são vistos como descrições comportamentais, não como causas. 6 - A criatividade é considerada um comportamento complexo, estudado na Análise do Comportamento através de pesquisas sobre variabilidade e seleção. 7 - A consciência e o eu sou encarados como sistemas de descrição comportamental, sendo que o autoconhecimento é útil para modificar o comportamento. Em resumo, o Behaviorismo Radical de Skinner adota uma abordagem pragmática, analisa comportamentos privados, considera fatores inatos e genéticos e refuta equívocos comuns. No entanto, se isso ocorrer ou não depende de outras variáveis no ambiente. O behaviorismo não se concentra em traços de personalidade, como extroversão, para explicar comportamentos observáveis. Em vez disso, seu foco é identificar as interações ambientais que levam às manifestações de traços específicos, como a extroversão. Ele se aplica a análises de comportamentos associados a condições mentais complexas, como a esquizofrenia. O behaviorismo está interessado em prever e controlar comportamentos, com aplicação prática para ajudar as pessoas a evitar ou superar desafios, como a depressão. O aspecto de "apreender o ser" não é o foco da psicologia, talvez mais bem abordado pela filosofia ontológica. Pesquisas em Análise do Comportamento frequentemente usam humanos como participantes e aplicam seus resultados em diversos contextos, refutando a ideia de estudar apenas traços comuns entre humanos e animais. Embora as pesquisas em laboratório sejam controladas e não totalmente representativas da vida diária, isso não invalida seus resultados, que têm contribuído para avanços significativos. A ideia de que o behaviorismo é simples e ingênuo é contestada, já que as pesquisas frequentemente revelam resultados contraintuitivos. Além disso, a Análise do Comportamento não se restringe a experimentos de laboratório e busca entender comportamentos complexos em contextos reais. A Análise do Comportamento, como uma ciência em desenvolvimento, tem suas próprias formas de fazer pesquisa, refinando seus métodos ao longo do tempo. O argumento de que o behaviorismo é determinista, negando o livre- arbítrio, é rebatido com a ideia de que as pesquisas têm contribuído positivamente para a vida das pessoas. Embora o behaviorismo busque princípios gerais, reconhece a unicidade de cada indivíduo e utiliza o delineamento de sujeito único para investigar comportamentos individualmente. A preocupação ética em relação ao uso do conhecimento científico também se aplica a outras áreas e não invalida a pesquisa em Análise do Comportamento, que se esforça para melhorar a sociedade. Ideias abstratas como moralidade são discutidas em âmbito social, e o behaviorismo se interessa em identificar variáveis que influenciam comportamentos éticos e justos. Cada uma das críticas abordadas no texto é refutada, mostrando a complexidade e profundidade da Análise do Comportamento e sua contribuição para o entendimento e melhoria do comportamento humano. UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA. Disciplina: Análise Funcional do Comportamento. Professora/Supervisora: Jaqueline Rodrigues M. Queiroz. CRP: 06/52582 Aluna: Laila Roberta Dos Reis Lopes. RA: T584HA9 Livro: “Clínica analítico – comportamental: aspectos teóricos e práticos”. Autores: Nicodemos Borges e Fernando Cassas. Resumo: Capítulo 07 – Seleção por consequência como modelo de causalidade e a clínica analítico – comportamental.
Por que Paula manifesta "um ciúme obsessivo" em relação ao seu
parceiro, mesmo sem qualquer razão aparente? O que levou Rodrigo a abandonar suas atividades sociais e esportivas, enquanto constantemente reclama de um sentimento de vazio e falta de prazer? Como lidar com a intensa preocupação de Lígia em relação à sua dieta, junto com episódios repetidos de "compulsão alimentar" seguidos de provocação de vômitos? As respostas a essas questões serão provavelmente distintas, pois envolvem aspectos únicos nas vidas de Paula, Rodrigo e Lígia. Não há uma única resposta que seja aplicável a todas essas situações. Contudo, os profissionais da terapia analítico- comportamental irão abordar essas questões investigando fatores similares. As abordagens também serão construídas de maneira similar, resultando em intervenções paralelas nos três casos. Essa consistência é atribuída ao sistema de explicação e ao modelo causal que fundamentam a abordagem analítico- comportamental.
Modelo de Causalidade: O que é e seu Propósito
Dentro da ciência, os sistemas de explicação (teorias) são conjuntos de
leis e descrições sobre um determinado fenômeno, ou seja, uma área de estudo específica. Os profissionais clínicos analítico-comportamentais baseiam suas intervenções no sistema de explicação conhecido como Análise do Comportamento. Cada sistema de explicação é fundamentado por um modelo de causalidade. Os modelos de causalidade definem as suposições do cientista ou profissional a respeito de: Como os eventos e os objetos de estudo são construídos. As "causas" desses eventos e objetos de estudo. As relações entre os eventos relevantes. Esses modelos de causalidade guiam a construção do conhecimento dentro de uma teoria. Portanto, são de extrema importância.
O Modelo de Seleção por Consequências: Origem e Principais
Características
O modelo de causalidade adotado pela Análise do Comportamento é o
modelo de seleção por consequências, conforme proposto por B. F. Skinner. Este modelo é de vital importância, uma vez que:
a) Fundamenta os conceitos-chave da Análise do Comportamento de
maneira abrangente e coerente. b) Diferencia a Análise do Comportamento de outras abordagens que explicam o comportamento humano individual. c) Unifica a maneira como os analistas do comportamento, incluindo os clínicos analítico-comportamentais, estabelecem conexões entre eventos (ambientais e comportamentais) e buscam explicações para os problemas que enfrentam.
Seleção por Consequências: Base do Modelo de Causalidade na
Análise do Comportamento
O modelo de seleção por consequências está enraizado na obra de B.
F. Skinner e é explicitamente apresentado no artigo "Seleção por Consequências" de 1981. Este modelo se inspira na teoria da seleção natural proposta por Charles R. Darwin para explicar a evolução das espécies. Tanto a teoria de seleção natural de Darwin quanto o modelo de seleção por consequências de Skinner substituem explicações baseadas em agentes autônomos que iniciam a ação e explicações teleológicas que atribuem um propósito ou intenção como causa final. No modelo de seleção por consequências, o comportamento é comparado ao processo evolutivo das espécies. Assim como a seleção natural opera através da variação e seleção de características adaptativas, o comportamento é moldado através da interação do indivíduo com o ambiente, onde certos comportamentos são selecionados com base nas consequências que produzem. Isso substitui a ideia de que o comportamento é impulsionado por agentes autônomos ou guiado por um propósito inerente. Em resumo, o modelo de seleção por consequências fornece a base teórica para a abordagem analítico-comportamental, permitindo uma compreensão mais profunda e prática das relações entre comportamento e ambiente. A explicação para a existência de padrões de comportamento – e suas respectivas consequências – é baseada na presença de variações nas respostas individuais, sem direcionamento específico, e na subsequente seleção dessas variações por meio de consequências relevantes para o comportamento, notavelmente estímulos reforçadores. Esse conjunto de explicações, anteriormente fundamentadas em agentes autônomos iniciadores, foi substituído por explicações baseadas no modelo de seleção por consequências, que difere das explicações mecânicas clássicas. O modelo de seleção por consequências, em contraste com os modelos mecânicos, não se concentra em eventos únicos causando efeitos imediatos e subsequentes. Ele pressupõe que o comportamento humano e outros fenômenos vivos não podem ser explicados por causas singulares, mas sim por múltiplas "causas" historicamente inter-relacionadas. Isso se aplica tanto à evolução biológica, com foco nas espécies, quanto à evolução comportamental, onde a principal unidade de análise é o operante. O modelo de seleção por consequências descreve a origem e as mudanças dos padrões comportamentais ao longo do tempo, enfatizando a compreensão das variações nas respostas individuais e como conjuntos de respostas são selecionados pelo processo de reforçamento. No contexto comportamental, o ambiente desempenha um papel de seleção através das consequências, tornando certas classes de respostas mais prováveis em certas circunstâncias. Além disso, o ambiente instância respostas individuais já selecionadas. Este enfoque tem implicações para a clínica analítico-comportamental, onde o terapeuta lida com operantes e respondentes. Trabalhar com eventos comportamentais requer uma análise de instâncias ao longo do tempo, considerando suas consequências e como elas foram selecionadas. Isso também significa considerar as relações históricas que formaram interações comportamentais e suas consequências. Em termos de intervenção, o ambiente exerce funções tanto de seleção quanto de instanciação. No contexto da evolução de operantes, o ambiente seleciona características de comportamentos, enquanto, em instâncias específicas, o ambiente atua como um instanciador que evoca respostas previamente selecionadas. Essa distinção é vital para a compreensão das intervenções na análise do comportamento, onde a seleção e a instanciação de comportamentos podem ser alvos distintos de intervenção. Portanto, o modelo de seleção por consequências permite uma abordagem teórica e prática para a compreensão e a intervenção nos comportamentos individuais, reconhecendo a inter-relação entre os elementos históricos, ambientais e comportamentais. Com a citação de Glenn e Field (1994): "Identificar se a pessoa está consciente das ações e sabe como executá-las, mas não as realiza; ou se ela carece do conhecimento das ações ou de sua execução" (p. 256), surgem diferentes objetivos, resultando em distintos papéis do ambiente, cuja modificação é essencial na intervenção.
A Multideterminação do Comportamento Humano e Suas
Implicações para a Clínica Analítico-Comportamental
Um aspecto crucial para compreender o Modelo de Seleção por
Consequências em relação à intervenção analítico-comportamental está na inter-relação das várias causas (multideterminação) que moldam o comportamento humano. Skinner (1981/2007) resumiu este ponto afirmando que "o comportamento humano é influenciado por a) contingências de sobrevivência que levam à seleção natural das espécies, e b) contingências de reforço que moldam os repertórios individuais, incluindo c) contingências específicas mantidas pelo ambiente social" (p. 502). Em outras palavras, o comportamento humano é influenciado por histórias nos níveis: a) filogenético, b) ontogenético e c) cultural. Os processos de evolução em cada um desses níveis envolvem a seleção de unidades populacionais e históricas devido às suas consequências passadas.
No nível filogenético, a seleção natural explica a evolução de
características fisiológicas, relações comportamentais inatas, sensibilidade ao condicionamento e repertórios comportamentais não inatos moldados pelo condicionamento operante. No nível ontogenético, o reforçamento operante explica o desenvolvimento de repertórios comportamentais específicos de cada indivíduo, desde comportamentos simples até padrões complexos de comportamento simbólico. No nível cultural, a seleção por consequências ocorre em práticas culturais que envolvem comportamentos transmitidos entre indivíduos e gerações. A compreensão e intervenção efetiva no comportamento humano, incluindo a subjetividade, requerem uma abordagem que considere as interações entre esses três níveis. Para lidar com a complexidade, é crucial entender as nuances temporais dos processos de seleção por consequências, lembrando que os efeitos da seleção são sempre atrasados. Em resumo, os operantes individuais, os repertórios comportamentais e as práticas culturais são produtos do processo de seleção por consequências, explicando sua formação, manutenção, extinção ou alteração. Para a intervenção analítico-comportamental, é necessário compreender e intervir na interação entre variação e seleção, considerando os três níveis de influência no comportamento humano.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)