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BEHAVIORISMO

SEUS ASPECTOS
FILOSÓFICOS E
CIENTÍFICOS

Fonte da foto: http://artigosefemeros.blogspot.com/2011/05/skinner-e-ciencia-do-comportamento.html


SUMÁRIO
1. Noções Básicas sobre o
Behaviorismo

2. Filosofia: o Behaviorismo Radical

3. Ciência do Comportamento

4. Visão da Prática Clínica


FILOSOFIA

Noções Básicas
sobre o
Behaviorismo
PRÁTICA
CIÊNCIA
CLÍNICA
ALGUMAS DEFINIÇÕES

O Behaviorismo (um neologismo) ou


Comportamentalismo, é uma abordagem
psicológica, que surge no início do século XX e se
consolida a partir dos estudos de Burrhus Skinner
na década de 40.

• Prega que o objeto de estudo da Psicologia deve

ser o Comportamento, ou seja, uma AÇÃO do

organismo sobre o ambiente.

Fonte da foto: http://artigosefemeros.blogspot.com/2011/05/skinner-e-ciencia-do-comportamento.html


ALGUMAS DEFINIÇÕES

• Para Matos e Tomanari (2002), o


comportamento não é o produto
de algo misterioso, fora de nosso
controle, a que não temos acesso
direto.
AMBIENTE COMPORTAMENTO

• O comportamento é interacional:
• História Passada;
• Identificáveis;
• Passíveis de controle.
AFINAL, QUAL A DIFERENÇA ENTRE FILOSOFIA E CIÊNCIA
DO COMPORTAMENTO?
Voltamos ao Skinner (1994) ...

• Para ele, o Behaviorismo Radical é uma postura filosófica, ou seja, são questões
que orientam a forma com o entendem os mundo ou uma parte específica dele;

• Por filosofia, estamos falando de UMA VISÃO DE MUNDO.


AFINAL, QUAL A DIFERENÇA ENTRE FILOSOFIA E CIÊNCIA
DO COMPORTAMENTO?

Já a ciência do comportamento, ou análise experimental do


comportamento, é uma prática de produção de
conhecimento, a partir de um conjunto de regras e leis gerais.

Para Skinner, a Ciência do Comportamento deveria tentar


responder as seguintes perguntas:

✓É possível construir uma ciência para entender o comportamento


humano?
✓Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano?
✓Que métodos pode empregar?
✓São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia?”
AFINAL, QUAL A
DIFERENÇA ENTRE
FILOSOFIA
E Logo, o Behaviorismo Radical e Análise do
CIÊNCIA DO Comportamento tratam do ser humano e de seus
COMPORTAMENTO? comportamentos, no entanto, ABORDAM ESSES
ASSUNTOS DE MANEIRAS DIFERENTES, e o
conhecimento derivado de cada um desses
campos do saber É PRODUZIDO também de
modos diferentes.
BEHAVIORISMO RADICAL: UM MODELO FILOSÓFICO

• O Behaviorismo Radical é uma postura filosófica diante do mundo, diante


da ciência e diante do conhecimento.
• O Behaviorismo Radical propõe que o objeto de estudo da Psicologia deva
ser o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem.
• Propõem que a subjetividade humana não deveria ser explicada a partir de
um mecanismo psíquico ou mental (que não seja observável ou
compreendido).
• O Behaviorismo entende que outras abordagens da Psicologia usam de
conceitos para a definição da subjetividade humana, sem, entretanto,
apresentar evidências da existência de tais estruturas ou manifestações
.
BEHAVIORISMO RADICAL: UM MODELO FILOSÓFICO

Então, o Behaviorismo só estuda o comportamento observável? Ele


desconsidera os sentimentos/ emoções e os pensamentos?

Não! O Behaviorismo, como campo de estudo e prática clínica, considera os pensamentos


e sentimentos. Para o Analista do Comportamento, essas duas manifestações são também
comportamentos, mas considerados eventos (ou comportamentos) encobertos. O pensar e
o sentir, são em sua essência, ações do organismo. Um ser humano pensa e sente, e age de
acordo com essas condições.

Um behaviorista estudo os eventos encobertos através da linguagem.


CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

• Os procedimentos laboratoriais da Análise do Comportamento envolvem técnicas


elaboradas, como modelagem, esvanecimento, esquemas de reforço; sua
linguagem inclui uma série de conceitos descritivos, tais como os de reforço, de
punição, de operante, e de equivalência de estímulos, apenas para mencionar
alguns exemplos.

• Essa metodologia, essas técnicas e esses conceitos garantem a explicitação do


comportamento em suas relações com o ambiente, de uma forma tão evidente,
regular e sistemática que fazem prescindir da estatística como medida do
resultado de uma intervenção experimental, e fazem prescindir do acordo entre
diferentes observadores externos como critério de verdade.
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

Logo, a Análise do Comportamento se encaixa nos pressupostos da


ciências como:

• Ser falseável: as hipóteses devem ser possíveis de serem testados e


“comprovados”

• Ser replicável: os estudos e fenômenos devem ocorrer de forma


semelhante em qualquer população.

• Ser generalizada: os estudos devem acontecer de forma similar dentro e


fora do ambiente laboratorial.
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

• O primeiro refere-se ao fato de que, para a Análise do Comportamento,


devemos estudar interações comportamento-ambiente, e não apenas o
que o indivíduo faz, fala, pensa ou sente. O que o indivíduo faz, fala, pensa
ou sente deve sempre ser contextualizado.

• No entanto, em função de esses fenômenos/processos serem estudados


pela Análise do Comportamento como comportamentos, e não como causa
de outros comportamentos, muitos autores e psicólogos tendem a dizer,
equivocadamente, que eles não pertencem ao escopo da Análise do
Comportamento.
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

No paradigma da Análise Experimental do Comportamento, os organismos que se


comportam são vistos como produtos naturais de processos biológicos evolutivos.

Os comportamentos são processos naturais, próprios dos organismos vivos, como


respirar, digerir etc., e são dirigidos pelo ambiente - não por fatores adimensionais.

A Análise do Comportamento estuda o comportamento humano como uma relação


funcional entre variáveis. Ou seja, Em Análise Experimental do Comportamento, o
comportamento é a variável dependente e os fatores do ambiente são as variáveis
independentes. -> dando o nome desse estudo de análise funcional.
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

ANTECEDENTES COMPORTAMENTO ALVO CONSEQUENCIAS PROPOSTA DE


(alteração/Contexto) Problema/ O que mudou? INTERVENÇÃO/
(DEMANDA) HIPÓTESES.
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO

ANTECEDENTES COMPORTAMENTO ALVO CONSEQUENCIAS PROPOSTA DE


(alteração/Contexto) Problema/ O que mudou? INTERVENÇÃO/
(DEMANDA) HIPÓTESES.

• Tranquila, bem • Dificuldade de • Tirando notas baixas • Hipóteses? Mudança


relacionada; aprendizagem de escola; Pressão do
• Não faz lição Pai; Bullyng?
• Mudou de escola, sai • Dificuldade de
de uma escola pequena interação com os • Chamado atenção da • Verificar nossas
para escola grande. colegas. professora hipóteses.

• Ensino da nova escola é • Agressivo com os • Levou suspensão • Proposta de mudanças


mais difícil. colegas e professores. (chamado atenção da para comportamentos
diretoria) mais saudáveis.
• Fica mais tempo na
escola
ANALISTA DO COMPORTAMENTO: NOSSA PRÁTICA CLÍNICA
COMO AS PESSOAS PENSAM QUE SOMOS: COMO REALMENTE SOMOS:

Fonte da imagem: https://sciencenotes.org/mad-scientist-costume/ Fonte da Imagem: https://www.autismoemdia.com.br/blog/metodo-aba-conheca-uma-das-terapias-mais-eficazes-no-


tratamento-do-autismo/
ANALISTA DO COMPORTAMENTO

• Da perspectiva da Análise do Comportamento,


comportamentos de qualquer tipo (motor, verbal e
emocional) são vistos como modificáveis, podendo ser
ensinados e, até certo ponto, “des-ensinados”.

• O modelo clínico analítico-comportamental seguem algumas


etapas básicas a partir das queixas iniciais do cliente.
ANALISTA DO COMPORTAMENTO

• Na terapia analítico-comportamental, é pertinente falar aos clientes que não


existem comportamentos feios ou bonitos, bons ou maus, certos ou errados.

• Existem os comportamentos, o porquê de eles ocorrerem, o que os mantêm


e quais são seus efeitos.

• É importante para a pessoa entender por que se comporta assim e por que é
difícil mudar, favorecendo o engajamento em situações de mudança

• -> Logo, o clínico behaviorista não se foca somente na ocorrência do


comportamento em si, nem no modo como ocorre, mas no PORQUÊ de sua
ocorrência.
REFERÊNCIAS
• DE SOUSA MARÇAL, João Vicente. Behaviorismo Radical e Prática
Clínica.IN: BORGES, Nicodemos B.; CASSAS, Fernando A. Clínica
analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Artmed
Editora, 2009.

• MATOS, Maria Amelia; TOMANARI, Gerson Yukio. Por uma ciência


natural: a Análise Experimental do Comportamento. In: A análise do
comportamento no laboratório didático. São Paulo: Manole, 2002,
pp.5-11.

• MOREIRA, Marcio Borges; HANNA, Elenice Seixas. Bases filosóficas e


noção de ciência em análise do comportamento. Temas clássicos da
psicologia sob a ótica da análise do comportamento. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, p. 1-19, 2012.

• SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano, Martins Fontes, São


Paulo, 1994.

Fonte da foto: http://artigosefemeros.blogspot.com/2011/05/skinner-e-ciencia-do-comportamento.html

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