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Emília João Tauzene

Trabalho Independete de DC

Tema: Desenvolvimento Comunitàrio em Moçambique

Licenciatura em Ensino Geografia com Habilitações ao Turismo

Docente:
Prof. Dr. Raimundo A. Mulhaisse

Universidade Licungo
Beira
2020

EMÍLIA JOÃO TAUZENE 1


Índice

1.Introdução....................................................................................................................2
1.1. Justificativa.......................................................................................................3
1.1.1. Problema................................................................................................. 4
1.2. Objectivos de Estudo........................................................................................ 5
1.2.1. Objectivo Geral.......................................................................................5
1.3.2. Objectivos Específicos............................................................................5
1.3. Metodologia......................................................................................................5
1.4. Revisão da Literatura........................................................................................6
1.4.1. Conceitos básicos....................................................................................6
1.4.2. Desenvolvimento Comunitário............................................................... 6
2. Contextualização........................................................................................................ 7
3. Análise e Discussão dos Resultados...........................................................................8
4. Conclusão................................................................................................................. 14

5.Referências bibliografica ..........................................................................................15

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1.Introdução

O trabalho surge no âmbito da cadeira de Desenvolvimento Comunitário e têm como


tema que versa sobre Desenvolvimento Comunitário em Moçambique.Nesta senda
apresentaremos objectivos do trabalho que é a compreensão da origem timológica do
Desenvolvimento Comunitário no nosso contexto nacional. A metodologia, usada
para a materialização deste trabalho, basou-se em consultas de obras literárias de DC
fornecida pelo docente da cadeira e recoreu-se a algumas pesquisas em plataformas
tecnológicas como a google, neste cenário vamos trazer conceito do DC sob ponto de
vista de vários autores que vai nos deixar ciente daquilo que estamos abordar, e com
este estudo pretende-se-a dar conhecer aquilo que é DC em Moçambique. No capítulo
de análise e Discussão dos dados vamos abordar conteúdos como a importância da
participação para o DC, iremos identificar os desafios do DC em Moçambique e
iremos abordar assunto inerente a descentralização e a participação da sociedade cívil
a nível local e por fim traremos aquilo que são considerações finais do trabalho.

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1.1. Justificativa

Com este estudo pretende-se promover, ou seja, dar a conhecer a sociedade sobre o
Desenvolvimento Comunitário em Moçambique, a sua importância, os desafios do
DC em Moçambique e dar a conhecer sobrea descentralização e participação da
sociedade cívil a nível local.

Nesta vertente, esta pesquisa vai permitir com que a sociedade esteja a par do assunto
e possa saber lhe dar com esta realidade.

No âmbito acadêmico esta abordagem poderá alavancar na consistência de


conhecimento sistemático por parte dos estudantes que forem a pesquisar o tema de
gênero e fornecer teorias que sustentam esta pesquisa. Espera-se ainda que sirva de
consulta bibliográfica dos demais que investigam na área do saber.

Para instituições destinadas ao Desenvolvimento Comunitário, poderá fortalecer em


conjugações de estratégias que possam ajudar em ideias teóricas que possam estar em
consonância com a realidade do terreno.

Umas das relevâncias desta pesquisa é pelo facto de existir escassos estudos que
abordam esta matéria de DC em Moçambique, de ponto de vista da área pedagógica.

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1.1.1. Problema

Para Moçambique, embora os esforços verificados no período de emergência tenham


sido maiores, os seus resultados não foram os melhores para o país por motivos que
passamos a destacar:

 O país foi encontrado com condições precárias para receber a ajuda internacional,
principalmente a ajuda de natureza técnica, incluindo o apoio técnico externo em
matéria de DC, pois apresentava uma estrutura governamental fragilizada,
despreparada para com um olhar crítico as acções oriundas de fora, devido a
aspectos que têm a ver com a conjutura socioeconomica, ausência de políticas
consistentes, e pela carência quase que crônica de técnicos qualificados, capazes
de imprimir uma intervenção eficaz em todo o país.

 Essa situação era ainda agravada pelo facto de os beneficiários directos das
acções não poderem ter, muitas vezes, a participação que se recomenda para
todas as fases de desenvolvimento de um projecto\programas. Muitas das vezes
projectos e progrmas eram desenhados em gabinentes, enfatizando, porem, a
chamada participação dos benificiarios, como forma de se conseguir os
financiamentos que assim exigiam.

 O país foi se adequando a esta nova dinâmica, desenhando políticas, estratégias,


leis para a regularização do trabalho de natureza social, foi capacitando as suas
instituições para o acompanhamento das acções desenvolvidas em conjunto de
diversificados, além de que os próprios cidadãos, representados pelos diversos
órgãos de sociedade cívil, foram ocupando seu espaço na arena da luta para
obtenção de formas mais dignas de satisfação de suas necessidades, o que passou
a exigir maior responsabilidade por parte dos intervinientes, como ONGs ou
órgãos do governo.

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1.2. Objectivos de Estudo

1.2.1. Objectivo Geral

 Compreender a origem etimológica do Desenvolvimento Comunitário em


Moçambique.

1.3.2. Objectivos Especificos


 Descrever importância da Participação para o DC em Moçambique;

 Idenntificar os desafios do DC em Moçambique;

 Caracterizar a descentralização e participação da sociedade civil a nível local.

1.3. Metodologia
Para materialização deste trabalho científico iremos recorer a métodos bibliográficos,
que consistirá na leitura de várias obras com abordagem do tema em destaque,
recoremos a algumas fichas fornecida pelo docente e pesquisa na Internet.

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1.4. Revisão da Literatura

Neste capítulo iremos abordar os conceitos básicos em torno do nosso tema, que vai
nos permitir a compreensão do trabalho em alusão. Iremos trazer o conceito de DC na
percepção de vários autores.

Importa dizer que a literatura nacional irenete ao DC ee diminuta, embora haja


escassez de estudos nacionais sobre oque se pretende desenvolver, através dos
manuais fornecido pelo docente da cadeira, reuniu-se o máximo possivel de conteúdos
relacionado com o DC em Moçambique.

1.4.1. Conceitos básicos

1.4.2. Desenvolvimento Comunitário

De acordo de com Macarenas (1988:19), supõem Desenvol Comunitário como


realização de actividade educativas relacionadas com o bem-estar da comunidade que
as acolhe.

Para Gracio (1988), diz que o enfoque do DC traduz-se por ser a vontade de
transformação de progresso que a nas populações oque de perte nelas por adequada
intervenção.

De acordo com Ander-egg (1980:69) identifica o DC como uma técnica social de


promoção do homem e de mobilização de recursos humanos e institucionais, mediante
a participação activa e democratica da população, o estudo, planeamento, e excursão
de programas ao nível de comunidade de base destinada a melhorar o seu nível de
vida.

Olhando para visão destes autores ficamos com ideia de que DC são actividades
levados acabo pelo Governo com vista a descentralizar as competências para a
sociedade estar a par dos assuntos do seu interesse, com principal objectivo o
bem-estar de todos. Essa descentralização é inerente a participação nos assuntos da
comunidade, o direito a escolha dos seus dirigentes, a liberdade de expressão entre
outros.

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2. Contextualização

Falar do Desenvolvimento Comunitário em Moçambique, consoante Francisco (2010:


135) remete-nos a voltar nos princípios da decada de 90 do século XX, onde surgiu
em Moçambique uma enorme diversidade de práticas e processos comunitários
orientadas para diversas populações, práticas que continuam a existir e que vem tendo
intensa repercussão na vida social do país.

Para podermos ter uma compreensão clara sobre o DC em Moçambique, precisa-se


fazer um recuo no tempo, para os anos imediatos a independência.

Conforme (Esan,1998 cit. in Francisco,2010) diz que:

“O Governo da República de Moçambique têm como objectivo do


desnvolvimento econômico e social a medio prazo a promoção do
crescimento acelerado, assente no aumento dos rendimentos individuais
amplamente partilhado, na redução das desigualdades sociais e dos
desquilibrios regionais e de genero”

Consoante Francisco, 2010:135) diz que a primeira medida que a FRELIMO tomou
quando libertou o país confirmavam a sua linha ideo-política, a socialista. Estas
medidas compreenderam as nacionalizações à habitações, aa terra, aa saude e
educação. Mas, foi no 3o Congresso (1977), que a FRELIMO formulou a estratégia de
desenvolvimento para Moçambique. Foi neste periodo que o partido se converteu para
Marxista-Leninista e desenhou as primeiras estrategias de desenvolvimento de cariz
socialista, que tinha como objectivo de “acabar com o subdesenvolvimento”

Abransson e Nilson (1998), dizem que a visão de desenvolvimento que surgira


durante a guerra colonial, estava baseada na necessidade de transformar a estrutura
econômica por uma industrialização rápida que tinha como base os excedentes
agrícolas. O autor diz que era necessário que agricultura fosse urgentemente
modernizada e que a produção aumentasse substancialmente. A reorganização do
campo era parte deste plano, pelo facto de a grande maioria da população ser
camponesa.

Em torno a prática do DC em Moçambique, salientamos que encontramos uma


combinação de modelos de intervenção, desde os que foram adoptados pos Guerra

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mundial em vários cantos do mundo como: Asia, África e America Latina, pelas
antigas potências coloniais, até os adoptados pela ONU nos seus esforços de combate
a pobreza e aceleração do processo de desenvolvimento.

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3. Análise e Discussão dos Resultados

O tema faz abordagem ao Desenvolvimento Comunitario em Moçambique, com vista


a alcançar objectivos pretendidos, houve necesssidade de se procurar dados
bibliográficos, investigação na internete com a ideia de nos abalizar do contexto
referenciado.

3.1. Participação: sua importância para o Desenvolvimento Comunitário

3.1.1. Participação como componente conceptual do DC

Consoante Kliksberg (cit in Francisco, 2010:101), dizem que o assunto ligado a


participação constitui-se hoje, num dos eixos centrais da discussão sobre o
desenvolvimento social ao nível do mundo inteiro. E em torno disso, acredita-se que,
através da participação das comunidades na solução dos seus problemas, pode se
enfrentar numerosas dificuldades ligadas ao desenvolvimento social-comunitário de
uma forma não-tradicional.

Na teoria da modernização, alguns autores sustentam que os sectores “atrasados” ou


marginais da sociedade devem ser integrados ao polo da modernidade; outros
afirmam romper com o subdenvolvimento para que os paises possam ingressar no
processo crescente do desenvolvimento.

Algumas das propostas defendem a participação popular nas decisoes, entretanto, a


maioria dessas propostas, ou não ultrapassa o micronivel social, ou esbarra nos limites
de seu contorno teorico, que reduz a participação a mera submissão de valores e
normas, e ao cumprimento de papeis e funções por parte dos grupos beneficiarios das
acções de desenvolvimento.

De acordo com Francisco (2010:101), afirma que inúmeros programas de DC


encarregam-se de propagar uma falsa ieia do processo de participação social, através
da utilização vazia de atributos que não tem a ver com os resultados que as acções
permitem alcançar, pois muitos desses programação concebidos em gabinetes por
equipes técnicas que podem ser ate multidisciplinares ou não, com elaboração
altamente sofisticada da teoria sistematica, encontrando-se definidos, para a equipe de
campo todos os objectivos, metas, requisitos, indicadores e actividades, inclusive com
etapas e passos devidamente programdos.

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Desta forma, a possibilidade de a população poder decidir sobre o oque é do seu
interesse, ve-se confinada a escolha entre o que se constitui em preocupação da
comunidade e aquilo que os planificadores das instituições já idealizaram
antecipadamente.

Conforme Racelis, cit in. Kliksberg (1997), diz que embora a participação popular
esteja a ser aceite hoje pela literatura que discute o desenvolvimento, e até mesmo nos
documentos de planeamento nacional, a sua prática continua sendo tolhida (impedido)

3.1.2. Participação como uma conquista democrática

Na segunda decada de 90 do seculo XX, o governo de então, encorajado pelos


resultados alcançados por aquele programa que acabava de terminar, lançou o
Programa de Desenvolvimento Social, na prespectiva do PRES, como alternartiva
encotrada e que permitiria a permanência de algumas organizações a trabalhar no
processo de reconstrução do país e de apoio as populações que ainda continuavam
bastante necessitadas. Este programa teve uma ponta adesão da comunidade
internacional e, em função dos erros que tinham sido registados na anterior
intervenção, a reformulação das metodologias de trabalho que tinham sido utilizadas
durante o programa de emergencia passou a ser o ponto de encontro entre os
financiadores, o governo e os executivos de projectos. Uma das mudanças a destacar
foi a necessidade obrigatória ao do componente de participação comunitária como
algo prioritário em todos os projectos Francisco (2010:138).

Para o autor uma das grandes razões que contribuiram para introdução do componente
Participação, nos discursos das organizações depois do programa de emergência, com
uma prática que de participação tinha pouco, se entendermos a participação como
uma prática processual e metodológico que tem seus requisitos e passos:

 O termino do programa de emergência, numa altura em que havia muito por se


fazer no processo de reconstrução das infra-estruturas básicas do campo, num
país onde tudo praticamente estava destruido com a guerra;

 A necessidade de ser por cobro a situação de dependência das pessoas, pois muita
gente que viveu com deslocada ou refugiada no exterior, estava acostumada a

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receber tudo (roupa, comida, panelas, pratos, mantas, esteiras). Esta prática
continua nos locais de reassentamento, o que desmotiva as pessoas para trabalho;

 Uso de parte dos recursos de um projecto para outras finalidades, convidando a


população para repor o defici, através do seu trabalho.

Para Moçambique, embora os esforços verificados no período de emergência tenha


sido maiores, os seus resultados não foram os melhores para o país por motivos de:

 O pais foi encontrado com condições precárias para receber a ajuda internacional,
principalmente a ajuda de natureza técnica, incluindo o apoio técnico externo em
matéria de DC, pois apresentava uma estrutura governamental fragilizada,
despreparada para receber com um olhar crítico as acções oriudas de fora, devido
ao aspecto que tem a ver com a conjutura socioeconômica, ausência de políticas
concistentes, e pela carência quase que crônica de técnicos qualificados, capazes
de imprimir uma intervenção eficaz em todo país.

3.2. Os Desafios do Desenvolvimento Comunitário em Moçambique

Em Moçambique, os desafios são enormes, entretanto iremos apresentar por cada área
de forma a ilucidar na explicação.

3.2.1. Desafios que o país apresenta no campo de educação

Consoante Francisco (2010:188), apresenta alguns pontos que considera pertinente no


que tange desafios no ambito da educação:

 O pais precisa de investir no campo de educação formal, criando condições de


construção de infra-estrutura escolares (escolas, casas para professores,
bibliotecas, etc)

 Paralelamente a construção de escolas, o país deve apostar também na formação


de professores qualificados, capazes de garantir uma forma de qualidade, por
forma a que os alunos que terminem cada nível, sejam sujeitospenssantes,
dotados de visão crítica da vida de cada comunidad, e tenha as possiblidades

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suficientes para apresentar sugestões válidas para as mudanças necessárias para o
desenvolvimento individual e da comunidade em que cada vive.

 Torna-se fundamental a adequação dos curriculo a realidade nacional, nos


diversos niveis e areas de conhecimento, por forma a que estes tenham conteúdos
inovadores e que levem em conta materias transversais, tais como o genero, o
HIV e SIDA, o meio ambiente, dentre outros.

3.2.2. Desafios no Campo Político

A palavra democracia ee um dos termos-chaves da linguagem políticasa


contemporanea como forma de governo. Ela é definida como governo dos muitos ou
da maioria.

A democracia ee caracterizada pelo sufragio universal, pelas libepolíticasticas, pelo


imperio da lei e pela competição política (Bottomore, 1993). os problemas
relacionado com a democracia estão, constantemente, no centro da luta de classes e
dos partidos, ela serve de campo de batalha no conflito das ideologias.

A noção de democracia para os liberais, se vincula aa igualdade de oportunidades


sugundo a capacidade de cada indivíduo, e não á igualdade real na sociedade.

No campo político, a democracia ee um sistema em que os partidos perdem eleições,


pois a existência de um partido que vence continuamente as eleições não define um
sistema como democrático.

Numa democracia todas as forças lutam continuamente pela satisfação de seus


interesses. Nenhumadelas encontra refúgio em suas posições políticas.

Moçambique considerado como sendo politicamente democrático, quer dizer, realiza


competitivas regularmente programadas, os cidadaos tem a liberdade de criar ou
participar de organizações dos quais contam-se os partidos políticos; existe liberdade
de expressão, com uma imprensa razoavelmente livre, etc. Entretanto, o pais
apresenta niveis de pobreza bastante elevados e possui indices de desigualdade social
muito altos, estes factores acabam por prejudicar os esforços empreendidos no campo
político, em prol de uma democracia real.

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3.2.3. Os desfios da governabilidade democrática

Existem vários desafios que colocam á prova os processos de democratização


governativa em paises considderados em vias de densenvolvimento, incluindo o
nosso .

 O imobilismo governamental dos governos centrais: este tipo de fenomeno


acaba por aprofundar as desigualdades territoriais existentes e agudiza o conflito
fiscal entre o nível central e provincial;

 O principio da Lei numa democracia ou Estado de direito: esta designação


procura ilustrar aqueles Estados onde qualquer que seja a legislação existente, é
aplicada de forma justa pelas instituições do Estado, incluindo o Judiciário, e os
direitos e obrigações especificados são universalistas, no sentido de que São
atribuidos a cada sujeito tenha alcancado a maioridade e não se tenha provado
que ele sofra de algum tipo de incapacidade desqualicante, definida e prescrita
pela Lei;

 As falhas ligadas a Legislação: embora o nosso país esteja a envidar esforços


para se libertar das Lei coloniais que ainda estão em vigor, encontramos que
muitas das Leis e regulamentos administrativos vigentes ainda são universalistas
numerosos grupos sociais e tais como: Mulheres, pessoas portadoras de
deficiência, pessoas idosas, dentre outros;

 A questão da violência e do crime, seu impacto no DC: um dos fenômeno que


têm vindo a crescer ultimamente em países que transitam para a democracia é a
crinalidade, neste âmbito, destacam-se os crimes individuais contra a integridade
físic, contra a propriedade, ofensas contra a liberdade sexual e a criminalidade
organizada.

3.3. Descentralização e participação da sociedade a nível local

Em matéria de desenvolvimento local, põe em evidência a existência de certas chaves


para o êxito. Estas chaves de êxito poder-se-iam resumir num decálogo de ações e

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temas a ter em conta, tal como foi indicado pelo Professor Cachón e outros autores em
repetidas ocasiões:

 Criar no território um clima social cooperativo, favorecedor do envolvimento de


todos os possíveis atores do desenvolvimento no processo. As redes que se
estabelecem nesta cooperação são chaves para consolidar um tecido social (e
econômico) sólido, ou seja, para fortalecer a coletividade em redor de um projeto
de desenvolvimento comum.

Convém consultar o maior número possível de interlocutores/atores porque podem


proporcionar informações e/ou apoio pessoal de caráter distinto, dado que não se deve
esquecer que podem existir vários níveis de participação ou compromisso nessa
cooperação. Entre os actores que devem participar no processo de elaboração e
implementação de uma estratégia de desenvolvimento local encontram-se:

 As personalidades políticas com implantação no território (sob o principio básico


do pluralismo).

 Os agentes econômicos: empresas (sem excluir as grandes empresas que podem


intervir neste âmbito), as federações de empresários, as câmaras de comércio, as
caixas de poupança e bancos, e os sindicatos com implantação na zona.

 As redes de formação e ensino: começando pelas escolas técnicas e centros de


formação profissional e terminando nas universidades e centros de investigação.
Pelo seu saber e meios, pela sua capacidade no domínio da investigação e do
desenvolvimento (I+D), as instituições e as redes de formação e ensino podem
oferecer apoio técnico e/ou apresentar-se como agente inovador, como agente
formador ou ainda como agente directo de desenvolvimento.

 O setor associativo (e não apenas o ligado a atividades de promoção econômica):


as ONG's, as associações, as cooperativas e as empresas de economia social.

 Os serviços locais das administrações central e regional e, sobretudo, os


diferentes serviços públicos de emprego e promoção econômico-empresarial.

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 Por último, mas não menos importante: a população em geral. Esta, não apenas
deve conhecer a estratégia de desenvolvimento para o seu município, distrito,
província ou região, mas também deve considerá-la como sua.

 O desenvolvimento local deve situar-se adequadamente no contexto econômico,


quer este seja dinâmico, moroso ou em recessão. O ambiente econômico -
estrutural e conjuntural - marca o limite do que é possível. O voluntarismo
econômico e social é suicida e reduz as possibilidades futuras de
desenvolvimento.

 Elaborar uma estratégia global. Tal obriga a:

a) Diagnosticar os problemas a enfrentar;

b) Fazer uma auditoria das intervenções existentes;

c) Avaliar os recursos disponíveis;

d) Formular com precisão os objetivos perseguidos;

e) Estabelecer um plano de ação; e

f) Fixar um sistema de acompanhamento e avaliação.

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4. Conclusão

Importa relembrar que a motivação inicial para abraçar esse estudo, teve como base a
compreensão etimológica do desenvolvimento comunitário em Moçambique. Dos
dados obtidos na nossa pesquisa, podemos constatar que para falarmos do DC nosso
País, precisamos voltar ao tempo nos princípios da década de 90, onde emergiu nosso
território. De acordo com autor Francisco, diz que uma das primeiras acções levado
acabo pela FRELIMO, após independência no que diz respeito a DC em
Moçambique foi a nacionalizações, á habitações, á terra, á saúde e educação.

No que toca a participação, a sua relevância para o DC , em traços gerais ela permite
que a comunidade no seu todo possa contribuir naquilo que são os seus anseios de
vida, importa referir que a participação é uma conquista democrática, onde a
sociedade tem o direito de eleger os seus dirigentes, tem a liberdade de expressão etc.
Inerente aos desafios do Desenvolvimento Comunitário em Moçambique, apraz dizer
que são enormes e se encontram em diversos âmbitos social.

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5. Referências Bibliográficas

ANDER-EGG, E. (1980). Metodologia y prática del desarollo de la comunidad. 10


ed. Terragona: Universitária Europeia

FRANCISCO,A.A. (2010) Desenvolvimento Comunitário em


Moçambique:Contribuição para sua compreensão crítica. 2a Edição.2010.

MASCARENÃ, C. (1988). La prática la teoria del Communitario. Madrid: Narcea.


Sã. 23-29

CENTRO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO. 2009-2010. Programa Delnet de


Apoio ao Desenvolvimento Local.

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