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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED


Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais

Análise dos desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na implementação de


tecnologias de informação e comunicação em suas políticas internacionais

Nomes do aluno:
Borge Eugénio Borge: 11230309

Beira, Março de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais

Análise dos desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na implementação de


tecnologias de informação e comunicação em suas políticas internacionais

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Relações Internacionais da UNISCED.

Tutor:
Maiden Djento Mário Pereira Alfinete

Nome do aluno:
Borge Eugénio Borge: 11230309

Beira, Março de 2023


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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4

1. Contextualização ................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4

1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 4

1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 4

1.2. Metodologias de Pesquisa ............................................................................................ 5

1.3. Método de consulta bibliográfica ................................................................................ 5

1.4. Método documental ..................................................................................................... 5

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 6

2. Desafios das tecnologias de informação em Moçambique................................................. 6

2.1. Na área de Educação .................................................................................................... 6

2.2. Formação dos professores ............................................................................................ 6

2.3. Falta do domínio no uso das TICs ............................................................................... 6

2.4. A falta de condições e tempo ....................................................................................... 7

2.5. O multilinguismo ......................................................................................................... 7

2.6. Desafios em outras áreas .............................................................................................. 8

2.6.1. Governo electrónico ............................................................................................. 8

2.7. Conclusão..................................................................................................................... 9

2.8. Referência bibliográfica ............................................................................................. 10


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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1. Contextualização
A política de governo electrónico é tida como subdomínio das políticas de informação visando,
sobretudo, permitir uma maior proximidade e interactividade entre o Estado e a Sociedade. Desse
modo, perspectiva-se que, a partir do GovNet, denominação dada ao governo electrónico do
Governo de Moçambique, o Governo e a Administração Pública em geral minorem a complexidade
dos processos administrativos de modo a facultarem um serviço público mais eficiente e de maior
transparência e responsabilidade ressonante em cada acção e em cada decisão tomada na gestão
pública (DIAS, 2012).

Neste cenário de grandes evoluções tecnológicas, o desafio é enorme para os países em


desenvolvimento, na medida em que eles são direccionados a se alinharem à dinâmica dos
países desenvolvidos, onde a nível político-social o uso intensivo das redes promove uma maior
participação dos cidadãos nas acções governamentais (JARDIM, 2004; MARTINUZZO, 2007;
DINIZ, 2009). Existe um reconhecimento de que da necessidade de acompanhar esses outros
países, as nações consideradas ainda em desenvolvimento sofrem um estrangulamento com
relação aos processos educacionais e à distribuição e domínio das Tecnologias de Informação
e Comunicação (TIC). Nas regiões mais pobres do planeta ainda persistem baixos níveis de
conexão à internet, contra os expressivos níveis de conexão nos países desenvolvidos, como
mostram, por exemplo, os resultados da pesquisa The Global Information Technology Report
20142 , realizada pela INSEAD, uma universidade francesa de negócios, a pedido do Fórum
Económico Mundial e públicada anualmente desde 2001.

1.1.Objectivos
Os objectivos ditam as metas do que pretendemos alcançar no determinado fim. Neste estudo
foram traçados os seguintes objectivos:

1.1.1. Geral
 Contextualizar os desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na
implementação de tecnologias de informação e comunicação em suas políticas
internacionais

1.1.2. Específicos
 Mencionar os tipos de desafios.
 Descrever a importância da implementação das TICs nas politicas do governo.
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1.2.Metodologias de Pesquisa
Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa,
investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma
pesquisa científica.

1.3.Método de consulta bibliográfica


Segundo Marconi e Lakatos (1992:29) a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda
bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e impressa escrita.
A sua finalidade é fazer com que entre em contacto directo com todo material escrito sobre um
determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de
sua informação.

Este consistiu na recolha de dados de informações sobre a actuação do professor em várias


literaturas ligadas ao tema, criando deste modo suportes científicos para uma abordagem
consciente no âmbito do ensino nas escolas. Para a fundamentação do presente estudo, usou-se
uma pesquisa na modalidade qualitativa e exploratória por haver uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito e necessidade de se familiarizar com o tema com vista a melhorar com
o tema com vista a tornar explicitas as descrições das características da pesquisa ou refutar os
dados observados, não menos importantes.

1.4.Método documental
De acordo com Gil (1999), citado por Silva e Meneses (2001:23), esta técnica consiste na
recolha de dados sobre um dado tema de pesquisa. Para Lakatos e Marconi (1979:29), esta
técnica consiste na recolha e revisão das fontes secundarias. A mesma ajuda a fazer a recolha e
a selecção de fontes secundarias que tornaram possível o desenvolvimento do trabalho tais
como: obras, encíclicas, revistas e artigos científicos que versem sobre a problemática em
estudo.
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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA


2. Desafios das tecnologias de informação em Moçambique
2.1.Na área de Educação
A tecnologia da informação está cada vez mais presente em nossa sociedade. É muito comum
que pessoas usem seus smartphones, tablets e notebooks para manter-se informadas e
conectadas com o mundo. Estamos na sociedade da informação.

2.2.Formação dos professores


Um elemento essencial da reforma educacional é uma formação de professores que articule a
introdução das TIC no currículo e a revisão das práticas de ensino, com a finalidade de ajudar
os professores no desenvolvimento das habilidades necessárias para lidar com a gestão de novos
ambientes de aprendizagem.

“Há um equívoco em muitos dos actuais debates sobre formação dos professores, entendida só
como formação técnica. Para a sustentabilidade de um projecto, interessa-nos desenvolver
novas práticas didácticas com a média, e não só competências técnicas”. (PISCHETOLA,
2012)

É preciso ter em mente que os professores inseridos em programas de formação não podem
simplesmente vivenciar processos acríticos de utilização da tecnologia, o que acarretaria na
introdução e utilização indiscriminada de tecnológicas nas salas de aula sem intencionalidade
pedagógica.

2.3.Falta do domínio no uso das TICs


A incorporação das TIC no contexto escolar exige dos professores e alunos não só
conhecimento técnico de como manusear os aparatos tecnológicos, exige além de tudo assimilar
e incorporar uma nova cultura de aprendizagem, pois mediante a tantas informações disponíveis
é necessário capacitar os alunos a seleccionar, significar e dar sentido a essas informações, a
fim de que os mesmos possam construir seu próprio conhecimento

Deste modo, os professores e alunos não só necessitam aprender a manejar instrumentos


tecnológicos. Para os professores é essencial que reconheçam a importância do uso das TIC’s
e disponibilizem as tecnologias aos alunos a fim de que facilite o acesso ao conhecimento
científico.
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2.4.A falta de condições e tempo


É destacar que, além das deficiências na formação de professores para o uso das TIC, ainda
existem obstáculos como as precárias condições da sala de aula relativas à conectividade com
a internet e a insuficiência do suporte técnico. As autoras apontam que mais um desafio do
educador é encontrar tempo suficiente para se actualizar, acessar informações, ser activo e
conhecedor das tecnologias que surgem a todo momento. Barros (2016), na mesma direcção
dessa ideia, afirma que o professor encontra-se preso a um sistema no qual falta tempo para
inovar, aprender, estudar e experimentar coisas novas.

“Quanto ao uso limitado do computador na prática pedagógica, os docentes em suas falas


assinalaram que os factores estão relacionados à falta de tempo para planejar as actividades,
à grade curricular por disciplina e à ausência de um professor orientador em informática.
Também apontam o número limitado de computadores nos laboratórios em relação ao número
de alunos por turma como alguns dos aspectos que limitam a inserção das TIC nas actividades
diárias com os alunos”.

Diante de tais relatos, Peixoto & Carvalho (2014) sinalizam que é fácil perceber que o professor
e o aluno se deparam com grandes dificuldades para a inserção das TIC em suas práticas.

Dentre eles é possível destacar o tempo para se dedicar aos estudos e o acesso aos recursos
tecnológicos. São notórias as fragilidades vivenciadas pelos professores assim como pelos
próprios estudantes para a efectivação de uma formação continuada. O tempo e as condições
para a realização dos cursos são aspectos que se articulam às formas específicas como estes
cursos funcionam e são organizados. Nesta perspectiva, é importante considerar a articulação
entre as condições de que os professores dispõem para a formação, as características dos cursos
e também o contexto mais amplo no qual se inserem as práticas e experiências formativas.

2.5.O multilinguismo
Um outro desafio na área das TICs está ligado aos estudantes cuja língua materna é diferente
da língua oficial de instrução tendo menos probabilidade de ter computadores e conexões à
Internet em casa do que os estudantes que usam a língua padrão.

Também há menos material disponível para eles on-line em seu próprio idioma, colocando-os
em desvantagem em comparação com a maioria dos colegas que informações, preparam
palestras e documentos e se comunicam mais usando as TICs. No entanto, as ferramentas de
TIC também podem ajudar a melhorar as habilidades dos estudantes de línguas não oficiais
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especialmente na aprendizagem do idioma oficial da instrução por meio de recursos como


reconhecimento automático de fala, disponibilidade de materiais audiovisuais autênticos.

2.6.Desafios em outras áreas


2.6.1. Governo electrónico
Foi criado pelo Decreto nº 61/2017 a 06 de Novembro e ajustadas as suas atribuições previstas
pela Lei nº 3/2017 de 09 de Janeiro, o Instituto Nacional de Governo Electrónico,
abreviadamente designado por INAGE iniciou suas actividades com a missão principal de
prestar serviços de Governo Electrónico. Tem como principal missão a promoção a contínua
modernização administrativa do Estado como base de melhor servir o cidadão.

O INAGE tem como funções coordenar a implementação de actividades realizadas no domínio


das tecnologias de informação e comunicação, em sinergia com outras entidades públicas,
privadas e da sociedade civil, gerir a plataforma comum de comunicação de dados e de
interoperabilidade de sistema de Governo Electrónico, de alto débito, fiável, segura e eficiente;
implementar e gerir os Centros de Dados do Governo e os respectivos serviços, promover a
inovação e modernização do Estado no âmbito da Reforma da Administração Pública.

Neste cenário, o governo tem um grande desafio para a digitalização dos arquivos tomando em
conta que o seu publica alvo enfrenta dificuldades desde o manuseamento ate a disponibilidade
de deuses meios de comunicação. É o caso do INSS que já implementou o sistema de pagamento
via electrónico mas na realidade muitas entidades simplesmente se adestraram e não fazem o
uso, outras por falta de pessoas que possam facultarem o uso, outras por falta de meios.
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2.7.Conclusão
São vários os investimentos feitos em áreas vitais da economia moçambicana sendo que na área
do Governo não é excepção. Apesar desses investimentos no estabelecimento do Governo
electrónico, existem factos que colocam em dúvida a eficácia, eficiência e efectividade da
política do governo electrónico. Basta observar atentamente o sofrimento que grande parte da
população continua a enfrentar para obter os serviços públicos percorrendo longas distâncias,
formando filas em instituições públicas e privadas, esperando várias horas para ter acesso a um
atendimento ou informação que precisa. Temos ainda situações de transacções feitas de forma
electrónica, como os comprovativos de transferências bancárias, comunicações por via de
correio electrónico, vulgo e-mail, que embora tenham autenticidade não são reconhecidos como
prova oficial em algumas instituições.

São frequentes casos em que determinadas informações, documentos ou instrumentos legais


importantes para a vida dos cidadãos, estudantes, comerciantes, estudiosos, investigadores,
pesquisadores e vários outros interessados, não são encontrados nos corredores da Internet e as
pessoas são obrigadas a encontrar soluções mais complicadas e caras para obtê-los. Nas escolas,
ainda há receios e não se assume o recurso electrónico como fonte de conhecimento. Quantas
vezes um professor não repreendeu ou até mesmo penalizou um aluno por ter trazido referências
de um livro lido na Internet cuja edição é a mais recente e lhe remete a uma edição anterior, já
caduca, que existe nas prateleiras de uma biblioteca que nunca investe na sua modernização,
actualização e apetrechamento? É preciso aqui referir que nos dias de hoje, muitos livros
(versões completas) estão disponíveis on-line, tanto na forma gratuíta como através da venda e
as encomendas desses livros são feitas e recebidas electronicamente.
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2.8.Referência bibliográfica
BARROS, Aidil de Jesus Paes de. & LEHFELD, Semi-condutores S. Pro-jeto de Pesquisa:
Propostas Metodológicas. 8a. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

GARCIA, M. F. et al. Novas competências docentes frente às tecnologias digitais interactivas.


Teoria e Prática da Educação. V. 14, n. 1, 2011;

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3a. ed. São Paulo: Altas. 1991.

GROSSI, M. G. R.; GONÇALVES, C. F.; TUFY, S. P. Um panorama das tecnologias digitais


da informação e comunicação na educação: desafios, habilidades e incentivos estatais.
Perspectiva. V. 32, n. 2, 2014;

INDE. Plano curricular para formação de professores em Moçambique. Maputo, 2006;

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Cientifica. 2a. ed. São
Paulo: Editora Atlas. 1991.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de Monografias 2a. ed. São Paulo:

MOLIN, S. L.; RAABE, A. Novas tecnologias na educação: transformações da prática


pedagógica no discurso do professor. Acta Scientiarum. V. 34, n. 2, 2012;

PEIXOTO, J.; CARVALHO, R. M. A. Formação para o uso de tecnologias: denúncias,


demandas e esquecimentos nos depoimentos de professores da rede pública. Educativa.
V. 17, n. 2, 2014;

PISCHETOLA, M. Formação de professores para a promoção de projectos de inclusão digital


sustentáveis. Linhas. V. 13, n. 2, 2012. Decreto nº 61/2017 a 06 de Novembro.

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