Você está na página 1de 21

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

PSICOPEDAGOGIA

FLAVIA DE SOUZA FERREIRA NICOLA RA: 199335

AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM E MÍDIAS EDU


EDUCATIVAS
VOLTADAS AO DIAGNÓSTICO

SANTOS - SP
2022
2

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................3
2 – OBJETIVO ...........................................................................................................................5
2.1 - OBJETIVO GERAL ..........................................................................................................5
2.2 - OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................5
3- METODOLOGIA OU MATERIAIS E MÉTODOSE DISCUSSÃO ...................................6
4- RESULTADO E DISCUSÃO ...............................................................................................7
4.1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ..................................................................................7
4.2 MÍDIAS EDUCACIONAIS .................................................................................................8
4.3 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA UMA EDUCAÇÃO
MEDIADA POR TECNOLOGIAS DIGITAL ........................................................................10
4.4 AS MÍDIAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM .....................................11
4.5 AS MÍDIAS NO CONTEXTO ESCOLAR .......................................................................13
4.6 DIAGNOSTICO ............................................................................................................... 14
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................17
6- REFERÊNCIAS ...................................................................................................................20
3

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho propõe a analisar o uso dos ambientes virtuais de aprendizagem e mídias
educativas voltadas ao diagnóstico. Neste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica para
ponderar sobre o uso dos ambientes virtuais de aprendizagem e mídias educativas voltadas ao
diagnóstico e aprendizagem.
O emprego de mídias no processo educativo estabelece uma nova forma de
organização do trabalho pedagógico, não só como proposta metodológica, mas também como
visão individualizada acerca do aluno que aprende, e no papel do professor e dos instrumentos
de ensino “A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de novas
maneiras, por novos caminhos, com novos participantes (atores), de forma contínua”.
(MORAN, 2012, p. 11).
A inserção de recursos digitais em salas de aula tem auxiliado a aumentar a
comunicação entre alunos e educadores. Aulas interativas estimulam a maior participação dos
alunos nas atividades propostas e proporcionam benefícios na aprendizagem. Os alunos de
hoje são nativos digitais e nada mais natural e importante do que os professores passarem a
usar os mídias digitais para facilitar o aprendizado.
“A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados
equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos”. (KENSKI, 2012, p.21)
Compreender a visão de educadores e gestores escolares a respeito da tecnologia e
saber como se faz o uso de ferramentas digitais é uma demanda urgente de todos os
educadores. No mundo pós-pandemia, essa necessidade é ainda maior, porque o ano letivo de
2020 agravou as desigualdades educacionais.
No entanto, mesmo que a pandemia do novo corona vírus seja a causadora de um
grande aumento das aulas online, remoto e ensino hibrido, o uso de ambientes virtuais e
tecnologias de informação e comunicação já eram utilizados em muitos lugares e já vinham
crescendo naturalmente.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB- lei n.° 9394/96) respalda
através do artigo 80 o uso do ensino a distância, devendo ser incentivado pelo poder público o
desenvolvimento e a disseminação de programas de ensino a distância, que sejam diferentes
para ensino fundamental e médio, mas que sejam utilizados como complemento da
aprendizagem em situações emergenciais pela Lei n.° 13145, de 2017. (210605193.pdf,
Ensino híbrido: o novo normal na educação em tempos de pandemia, página 3, parágrafo 6).
4

No cenário brasileiro, acreditar que uma simples implementação do ensino remoto


sanará as questões é uma grande utopia. Mesmo apresentando grandes possibilidades, estamos
diante de grandes desafios.
O ensino mediado por tecnologias digitais ampliou a gama de possibilidades didáticas.
Citando Oto Peters: “[…] as novas tecnologias ampliam o espectro das formas do ensino e da
aprendizagem no ensino a distância numa dimensão quase inimaginável e amplia-se o espaço
para decisões didáticas” (PETERS, 2001, p. 230)
5

2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Este artigo tem como objetivo levantar uma discussão acerca ambientes virtuais de
aprendizagem e mídias educativas voltadas ao diagnóstico, como as novas tecnologias de
informação e comunicação podem ser utilizadas para promover o ensino e aprendizagem.
Trata-se de uma pesquisa de cunho e bibliográfica.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Elucidar sobre a importância das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem,


com base na literatura investigada; Identificar o que estas mídias tecnológicas promovem no
processo de ensino e aprendizagem.
6

3. METODOLOGIA OU MATERIAIS E MÉTODOS

Neste artigo será aplicada a metodologia pesquisa bibliográfica (teórica) consistida em


uma coleta de dados a partir de artigos, site, livros e revistas científicas para utilizar como
citações e levantamento com base em leitura e resenha das obras.
Desse modo, para Gil (2007) essa pesquisa constrói hipóteses a partir de um caso ou
problema, sendo que a maior parte das pesquisas nesse sentido envolve: levantamento
bibliográfico, entrevistas direcionadas aos sujeitos envolvidos e a analise dos resultados a fim
de promover a compreensão do problema apresentado.
Para Lima e Mioto (2007), “a pesquisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado
de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo, e que, por isso, não pode
ser aleatório”.
Assim sendo, esse é um método de pesquisa que serve como embasamento para
assuntos pesquisados, analisando variáveis que um impasse pode ter confrontado as opiniões e
teses de diferentes autores que falem sobre o mesmo tema.
Assim, os dados foram analisados com base em vários referenciais teóricos de
profissionais da educação e da comunicação, que discorrem sobre as questões pertinentes ao
tema ambientes virtuais.
Aborda-se uma análise quanto à prática educativa e como esta se apresenta, além das
influências sociais, econômicas e políticas que as envolve. Dentro dessa prática educativa,
destaca-se a educação formal, no qual, tem como objetivo, proporcionar o desenvolvimento
das habilidades e competências.
7

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 OBJETOS DE APRENDIZAGEM

Nesse entendimento, compete ao professor enquanto moderador da atividade de


ensino, estipular objetivos frente ao que deseja ensinar, levando em conta os conteúdos do
sujeito, seu Nível de Desenvolvimento Real – NDR, e os conteúdos escolares. Sob a lógica
vygotskiana, é possível inferir que o aluno deve alcançar formas cada vez mais complexas de
compreensão do mundo. O professor “avança” para outros conteúdos ao considerar as
possibilidades do aluno ou o que Vygotsky chama Nível de Desenvolvimento Potencial –
NDP.
Para que aconteça a evolução das estruturas mentais superiores, não são quaisquer
atividades que devem ser propostas, mas aquelas cujos conteúdos são significativos, ou seja,
possibilitam evolução do indivíduo que aprende.
De acordo com Gianotto (2008, p. 56):
[…] cabe ao professor fazer da escola um local provocador de interações e vivências
interpessoais distintas, estabelecendo um palco de negociações, onde os alunos vivenciem
conflitos e discordâncias, buscando acordos sempre mediados por outros parceiros. No
processo interativo, o mais importante não é a figura do professor ou do aluno, mas o campo
interativo criado.
Nesta concepção, professor e aluno constituem um papel de colaboração e cooperação
uns com os outros. A autora aponta que:
[…] o emprego da colaboração implica em que professores e alunos estejam em
constante processo de aprendizagem, de modo que é tarefa do professor auxiliar o aluno na
construção da sua identidade pessoal e profissional, na condução do seu projeto de vida, bem
como no desenvolvimento de habilidades que lhe possibilite conquistar espaços necessários
ao pleno exercício de sua cidadania. (GIANOTTO, 2008, p. 56)
O desenvolvimento que a tecnologia trouxe na área da Educação Básica pode ser
observada que o uso dos recursos de ambientes virtuais com inúmeras alternativas que,
complementando ao acesso a internet, revolucionaram a forma com que o professor prepara e
elabora suas aulas contribuindo com o aprendizado por meio de recursos que, na sala de aula,
não teriam a mesma ênfase em face da interação que o ambiente virtual proporciona.
8

De acordo com Pais (2002, p. 16-17):


Existem tecnologias que favorecem mais diretamente a expansão das condições de
elaboração do conhecimento. Estas se caracterizam pela melhoria das condições de
aprendizagem e isto depende da maneira como ocorre a relação entre o usuário e as
informações contidas no software utilizado. Tudo indica que quanto mais interativa for essa
relação, maior será o significado do conhecimento para o sujeito. Essa é uma das razões pelas
quais a interatividade é eleita por nós como um conceito de interesse pedagógico.

4.2 MÍDIAS EDUCACIONAIS

A expressão mídia tem etimologia do idioma latino, contendo como significado aquilo
que se acha entre dois pontos ou no meio. Com esse significado, conseguimos concluir que
uma mídia educacional é um meio por onde se elabora várias condições de conhecimentos ou
se transmite.
Ainda que nos dias atuais existirem vários tipos de mídias educacionais que
contribuem no processo de aprendizagem e de ensino, há estudos que apresenta que nas
sociedades mais desenvolvidas, os professores utilizam muito pouco este tipo de recurso.
Incorporar as tecnologias digitais em aula não deve ser feito de qualquer forma, e nem
figura como uma solução única para a educação. Pensar no uso das TDICs na sala de aula
precisa necessariamente se atrelar a uma metodologia que inove, mas que erroneamente
muitos pensam que se opõem ao ensino tradicional (SILVA, 2017
Com o crescimento desenfreado das tecnologias, passamos a ter alternativas
interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas. A sala de aula que antes se resumia a
alunos, professores, quadro, giz, mesas e cadeiras agora contar com novos elementos de
multimídia.
Não podemos deixar de pensar que as mídias educacionais são meramente um meio a
mais para ajudar no processo de aprendizagem. As mídias educacionais foram agregadas
como maneiras de desenvolver as relações de aprendizagem e de ensino com planejamento da
educação, os professores são caracterizados como sendo os intermediários principais de
transformação por meio do desenvolvimento de projetos realmente significativos para os
alunos.
9

Silva (2017) aponta que a tecnologia traz muitos benefícios ao ensino, pois integram
várias esferas, e possibilita uma interligação de espaços físicos e digitais, além de que a
tecnologia já faz parte da vida de muitas pessoas, cabendo a escola conhecer e apropriar
desses benefícios.
Mesmo nos dias atuais as mídias educacionais mais utilizadas na educação e
aprendizagem são o rádio, a televisão, os vídeos e os materiais impressos. Vale evidenciar
ainda, que a informática vem sendo empregada em larga escala já que é capaz de unir diversos
tipos de recursos.
As informações que as mídias possuem devem ser avaliadas de maneira crítica, para
que o método de aprendizagem e de ensino não seja afetado. A educação empregando de
mídias educacionais deve investigar as diversas narrativas. Dessa maneira, o professor pode
entender a maneira como o aluno obtém, constitui e executa informações que são veiculadas
através das mídias.
A mídia educacional mais utilizada é o computador e a internet.
Nas salas de aula as mídias educacionais mais utilizadas ainda são; a televisão, que
tem sido utilizado desde a década de 70, mesmo nos dias atuais ainda são úteis devido a falta
de recursos que muitas escolas possuem. Porém deve ser utilizado com moderação e de
maneira correta.
Outra mídia também usada no processo de educação é o vídeo, que é o motivador pela
exploração de inúmeras situações, este recurso promove aos alunos aulas completamente
diferenciadas e diversificadas, tendo como objetivo uma educação mais inclusiva.
As mídias educacionais nos possibilitaram um avanço tecnológico, caracterizado pelos
computadores. Cada vez mais prematuramente, as crianças passaram a ter acesso aos
dispositivos tecnológico, fazendo assim com que as escolas fossem forçadas a aprimorar seus
conhecimentos sobre as tecnologias. Abrindo caminhos para que os alunos tivessem acesso
dentro das escolas e requerendo dos professores cada vez mais conhecimentos.
Dessa maneira podemos, a exemplo de Pais (2002), considerar a necessidade de
interação que o estudante necessita para favorecer o aprendizado pelo envolvimento, que pode
ser privilegiado, com o material desenvolvido pelo professor tendo à disposição os recursos
que a tecnologia hoje nos oferece.
Esta metodologia é de grande importância, pois a internet e o computador, são
capazes de estimular a leitura e a escrita, é cada vez maior a utilização dos meios de
comunicação que possuem objetivos na educação.
10

4.3 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA UMA EDUCAÇÃO


MEDIADA POR TECNOLOGIAS DIGITAIS

A educação a distância é utilizada no mundo desde o final do século 19. A partir desse
momento, diversos suportes e plataformas foram usados para mediar aprendizagens.
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma reprodução de uma sala real de aula no
meio digital. Em outras palavras, uma sala de aula virtual formada por um conjunto de
recursos disponíveis nas plataformas EaD.
No inicio, o suporte foi o papel, e a plataforma foi o correio. Com o desenvolvimento da
ciência e das tecnologias, vieram o rádio e a televisão. Nas últimas duas décadas, com o
desenvolvimento das tecnologias digitais, a atividade passou a ser também mediada por
plataformas de software que funcionam na Web.
A educação presencial ou semipresencial foi impactada por essas tecnologias digitais
como forma de integrar os métodos tradicionais, como cadernos, lápis, borracha, caneta,
lousa, giz, entre outros.
“A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados
equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos”. (KENSKI, 2012, p.21)
O ensino mediado por tecnologias digitais ampliou a gama de possibilidades didáticas.
Citando Oto Peters: “[…] as novas tecnologias ampliam o espectro das formas do ensino e da
aprendizagem no ensino a distância numa dimensão quase inimaginável e amplia-se o espaço
para decisões didáticas” (PETERS, 2001, p. 230).
Uma das categorias de software elaboradas especificamente para o objetivo de mediar
a aprendizagem, fazendo uso das tecnologias digitais, é conhecida como Ambientes Virtuais
de Aprendizagem (AVA). O ambiente AVA tem como função de simular uma sala de aula e
trazer para o computador uma nova experiência em tratando de aprendizado.
Tais ambientes possibilitam oferecer conteúdos e integrar como canal de comunicação
entre professores e alunos, do mesmo modo como foi com o correio no passado. Ambientes
Virtuais de Aprendizagem são sistemas de informação que podem ser utilizados como
plataformas de distribuição de conteúdo e contribuição, com a função principal de mediar às
trocas de informações e de comunicação entre pessoas nas diversas modalidades de ensino:
presencial, semipresencial e a distância.
11

Há vários modelos de ambientes virtuais de aprendizagem, e a literatura já analisa a


sua apropriação por profissionais de educação em suas atividades de ensino e aprendizagem
(BINGIMLAS, 2009).
O AVA é um software desenvolvido para uso por meio da Web, a fim de possibilitar
funcionalidades abrangendo os principais componentes que caracterizam o cenário
educacional: estudante, professor, conteúdo e mediação da aprendizagem.
Um AVA eficiente assegura diversas ferramentas de comunicação, que podem ampliar
a interação entre professor-estudante e estudante-estudante. O AVA permite a estruturação de
meios de aprendizagem variados na disposição em que permite criar condições diversas para a
aprendizagem, conseguindo atender a uma ampla gama de propostas didáticas.
As vantagens do ensino à distância em um ambiente virtual de aprendizagem no
ambiente AVA, o aluno pode acessar o conteúdo das suas disciplinas de maneira ágil, na hora
em que quiser tudo isso sem sair de casa.
Há vários modelos de ambientes virtuais de aprendizagem, e a literatura já analisa a
sua apropriação por profissionais de educação em suas atividades de ensino e aprendizagem
(BINGIMLAS, 2009).
O ensino a distância permite que o aluno seja o agente do ensino pois ele é estimulado
constantemente a desenvolver sua autonomia e responsabilidade. Como sempre as tarefas têm
prazo para serem entregues, cabendo ao aluno decidir o melhor momento para realizar e
devolver a atividade.

4.4 AS MÍDIAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

É imprescindível compreender que as novas mídias contribuem para o processo de


ensino-aprendizagem e que o professor não detém o conhecimento sozinho. Por meio de uma
ação-reflexão defendida por Freire, necessitamos nos conscientizar, ponderar nossas ações
como educadores, principalmente sabendo acolher o aluno, princípio basilar no processo de
avaliação.
Tunes, Tacca, Junior (2005) apontam que entre o ensinar e o aprender, o aluno traz sua
bagagem para diálogo, e mediado pelo professor, o aprender requer metas e objetivos,
contando com diversas estratégias e contextos para que o aprendizado ocorra.
12

A escola faz parte do crescimento tecnológico do mundo atual. Para atender sua dever
social a escola deve estar empenhada e aberta para integrar novos padrões comportamentais,
costumes e necessidades, o que permitirá que a mesma participe de maneira ativa dos
processos de mudança e formação da nova sociedade. A escola precisa incorporar a cultura
tecnológica ao seu cotidiano, o que possibilitara que a mesma desenvolva competência em
seus alunos para o uso dos recursos tecnológicos.
De acordo com Pais (2002, p. 16-17):
Existem tecnologias que favorecem mais diretamente a expansão das condições de
elaboração do conhecimento. Estas se caracterizam pela melhoria das condições de
aprendizagem e isto depende da maneira como ocorre a relação entre o usuário e as
informações contidas no software utilizado. Tudo indica que quanto mais interativa for essa
relação, maior será o significado do conhecimento para o sujeito. Essa é uma das razões pelas
quais a interatividade é eleita por nós como um conceito de interesse pedagógico.
É conhecido por todos que a escola necessita se tornar mais atrativa, formando
conexão com o mundo externo e não barreiras que impossibilite o aluno de assimilar, pelo
menos no espaço escolar, as informações que as novas mídias apresentam. Considerar as
novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem constitui uma condição de inovação
pedagógica, o que proporciona a inserção de novas modalidades de atividades que devem
conduzir as transformações sociais.
A escola assume que já não detém a posse da transmissão dos saberes, possibilitando
desta forma rumos necessários para que o aluno possa alcançar a informação, desenvolver
conhecimentos, adquirir competências e habilidades que possibilitará que este aluno como
cidadão consiga desenvolver um espírito crítico.
José Manuel Moran defende que:
A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de novas maneiras,
por novos caminhos, com novos participantes (atores), de forma contínua. As cidades se
tornam cidades educadoras, integrando todas as competências e serviços presenciais e digitais.
A educação escolar precisa, cada vez mais, ajudar todos a aprender de forma mais integral,
humana, afetiva e ética, integrando o individual e o social, os diversos ritmos, métodos,
tecnologias, para construir cidadãos plenos em todas as dimensões. (MORAN, 2012, p. 11).
13

4.5 AS MÍDIAS NO CONTEXTO ESCOLAR

As escolas, de modo geral, estão empenhadas na preparação para o emprego das


mídias na educação. Equipando o espaço escolar ao modificar salas de aula tradicionais em
laboratórios de informática e outros espaços escolares, como salas com TVs e retroprojetores,
laboratórios multidisciplinares de química, física, biologia e matemática. Adaptando a escola
para propiciar acesso de qualidade ao uso das mídias em sala de aula para o aprendizado.
Vários são os motivos que estão contribuindo para colaborar na aplicabilidade desses
meios dentro da escola: o investimento em cursos de formação continuada para a atualização
dos professores, no acesso à informação, ao conhecimento e ao manuseio das novas mídias
tecnológicas.
O acesso às mídias tecnológicas permite a criatividade no emprego desses recursos, a
entendimento sobre a necessidade de conhecimento, planejamento e de organização,
beneficiando possibilidades para a recignificação desses recursos didáticos no processo de
ensino-aprendizagem.
Uso de mídias educativas beneficiará o ambiente escolar, viabilizando a construção de
projetos educativos para que desenvolvam a autonomia dos alunos enquanto sujeitos de sua
aprendizagem, assim como, ajudará a convivência entre os alunos e professores no preparo
de aulas dinâmicas e participativas, com o uso da escrita, da oralidade, do som e da imagem
estática ou não. Condições que as mídias de aprendizagem irão enriquecer o trabalho de
professores e alunos.
O compromisso dos professores nesse método educativo é fundamental, visto que é o
principal mediador poderá possibilitar o acesso de alunos no uso das mídias e tecnologias
dentro da escola.
Rocha (2020) assinala ainda que as ferramentas não são fáceis de serem trabalhadas
pois muitos professores não são nativos digitais, e devem dominar essas ferramentas para
utilizá-las e por em pratica o ensino híbrido. Para o autor, também o fator de prejuízo para os
alunos que não tem acesso a internet e a essas ferramentas.
Proporcionando a formação do conhecimento, da cultura de estudo e a socialização de
vivências pedagógicas. Popularizar o acesso à informação e ao conhecimento no ambiente
escolar surge como um novo desafio para a educação.
Silva (2017) aponta que a tecnologia traz muitos benefícios ao ensino, pois integram
várias esferas, e possibilita uma interligação de espaços físicos e digitais, além de que a
14

tecnologia já faz parte da vida de muitas pessoas, cabendo a escola conhecer e apropriar
desses benefícios.
Para quem pretende trabalhar com a educação, é um novo jeito de desenvolver o
aluno, a informação e o conhecimento.

4.6 DIAGNÓSTICO

Em tempos de distanciamento social, ferramentas como a Avaliação Diagnóstica se


apresentam ainda mais considerável.
O ano de 2020 foi um ano que entrou para a história, já que o mundo teve de se
adequar a uma nova realidade pandêmica. No cenário da educação, uma ferramenta de
extrema importância que tem se destacado é a avaliação diagnóstica.
Distante de ser uma novidade, sempre teve importância relevante, sua aplicabilidade se
torna essencial em meio à circunstância em que estamos vivendo existem vários modelos de
avaliação diagnóstica, cada qual com seu objetivo.
O professor deve buscar saber o que é avaliação diagnóstica entendo seu objetivo
identificando os conhecimentos dos estudantes para que melhore o processo de ensino-
aprendizagem.
Assim Freire (1979) enfatiza:

[...] a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de


mudanças, a transição é mais que mudanças. Implica realmente na
marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se
reproduzem numa mesma unidade de tempo, sem afetá-la
profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante
da própria busca de plenitude que fazem esses temas. (p. 65)

Através deste verdadeiro diagnóstico, ele consegue ter um panorama sobre as


condições atuais dos alunos e, então, elaborar aulas que se baseiam naquilo que eles já
aprenderam e visam oferecer uma continuação neste ensino.
No ensino remoto, ead ou híbrido, as maneiras de avaliar alteram-se necessitando de
um cuidado diferente do habitual.
15

“Verificar o que os estudantes sabem é condição fundamental para favorecer a escolha


de estratégias didáticas que permitam ao professor provocar o estudante na construção de
conhecimentos novos” (BNCC).
Há muito tempo que já se usam avaliações como ferramentas para mensurar o
entendimento de como os alunos assimilaram os conteúdos compreendidos. A avaliação
diagnóstica é mais uma aliada no acompanhamento da aprendizagem.
Porém, somente atribuir uma nota ao desempenho dos alunos tornou-se ineficiente
para o método de ensino e aprendizagem, que deve ser ponderado de maneira abrangente,
atentando para a formação integral dos alunos, e não simplesmente para a cognitiva e
intelectual.
O método avaliativo, para ser produtivo precisa amparar o aluno em seu caminho
educacional e incentivar seu desenvolvimento, como uma ferramenta de suporte para si e para
o trabalho do professor.
De acordo com Valente (1999, p. 41):

[...] A implantação de novas ideias depende, fundamentalmente, das


ações do professor e dos alunos. Porém essas ações, para serem
efetivas, devem ser acompanhadas de uma maior autonomia para
tomar decisões, alterar o currículo, desenvolver propostas de trabalho
em equipe e usar novas tecnologias de informação [...].

Portanto a avaliação diagnóstica pode ser uma importante ferramenta, uma vez que é
eficaz em mapear as habilidades, competências e as dificuldades necessárias da turma,
individualmente e conjuntamente, a intenção é empregar as informações obtidas para a
preparação de estratégias pedagógicas que busquem superar os desafios e garantir a
assimilação, dos conteúdos aplicado em sala de aula, para que todos compreendam o processo
no desenvolvimento do ensino virtual.
A avaliação diagnóstica geralmente costuma ser aplicada no início do ano letivo,
permitindo levantar o que os alunos já sabem, possibilitando que o professor elabore o
planejamento com base nas informações obtidas. Mas a avaliação diagnóstica pode ser
aplicada em outros momentos do ano letivo, de acordo com as necessidades, uma vez que é
uma forma de apurar se as atividades propostas e estão alcançando o resultado esperado.
Se porventura os resultados estiverem abaixo do esperado, é possível reestruturar as
estratégias para recuperar o desempenho dos alunos.
16

Esses resultados da avaliação oferecem um diagnóstico da sala e a identificação dos


alunos que necessitam de melhor orientação, permitindo que o professor construa um plano de
ação com intervenção pedagógica para satisfazer essas necessidades.
O conceito do diagnóstico não é diminuir os alunos que apresentarem dificuldades e
um baixo rendimento, ela serve para auxiliá-los em sua evolução e aperfeiçoamento.
Mas também não se podem negligenciar os alunos que apresentarem bons resultados,
pois todos devem ser analisados no planejamento das aulas. Os dados obtidos com o
diagnóstico devem nortear o planejamento docente e a escolha por intervenções pedagógicas
promovendo a recuperação dos pontos críticos.
A avaliação da aprendizagem no ensino a distância tem algumas particularidades
sendo necessária uma metodologia própria, utilizada com prudência para assegurar a obtenção
de dados fidedignos e objetivos.
O uso de plataformas inteligentes, com ferramentas capazes de avaliar distintas
habilidades e competências, o ensino a distância é individualizado e focado no estudante.
As atividades disponibilizadas virtualmente são corrigidas automaticamente, tornando
possível concentrar no que realmente é importante o ensinar. Em vez das provas periódicas e
das longas atividades focados em um conteúdo denso, o ensino a distancia facilita a execução
de avaliações contínuas, que oferecem parece pontuais e imediatos sobre o performance do
aluno e qual o será o próximo passo no seu curso, Enfim, utilizar avaliação da aprendizagem
no ensino a distancia resulta em mais individualização no atendimento ao aluno.
17

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um ponto assertivo do uso de meios digitais nas salas de aulas é transmitir aos alunos
as diferenças existentes em cada tipo das linguagens que empregamos, por exemplo, a
linguagem de um livro impresso é diferente daquela usada em um vídeo. Não podemos
equivocar com o que é produzido para o meio digital com o que é para a publicação em papel.
Existem linhas de pensamentos que afirmam terminantemente que a linguagem da internet,
prejudica a escrita, mas é necessário entender que é outra forma de linguagem, indicada, a
outras situações de uso que não para a sala de aula. Portanto o aluno deve ter isso muito claro
e utilizá-la apenas naquele meio.
A inclusão de mídias digitais em salas de aula ajuda a aumentar a qualidade do ensino-
aprendizagem. Quando as aulas são elaboradas com meios interativos incentivam a maior
participação dos alunos nas atividades, proporcionando um maior comprometimento dos
mesmos em participar das aulas e interajam de modo mais eficaz. Os alunos dos dias atuais
dominam muito bem as tecnologias que estão aos seus alcance, portanto é de extrema
importância os professores saibam usar algumas tecnologias.
O surgimento das mídias tecnológicas por meio do processo de globalização nos
possibilitou acesso a uma enorme gama de ferramentas, porém não nos preparou para utilizá-
las. A escola além de suas funções fundamentais apropria-se do grande desafio de educar.
Alunos e professores têm a oportunidade de comparar ideias, conceitos, observar
diferentes opiniões sobre um mesmo argumento, criando uma interação em sala de aula.
Lidar com novos materiais, linguagens, conceitos e dinâmicas requer do professor uma
nova abordagem na composição de sua metodologia de ensino ou na melhoria daquela já
presente. Obter novas percepções de presencialidade e participação no ambiente virtual de
aprendizagem ou da sala de aula tradicional, bem como maneiras criativas de elaborar e
apresentar os conteúdos didáticos é sempre desafiador.
Estabelecer estratégias nos processos de ensino e aprendizagem é uma alternativa de
articulação transversal de conteúdos que tem conseguido notoriedade e que pode ser avançada
em suas qualidades mais estimulante, especialmente quando se considera o plano de um
comprometimento ativo do estudante no ambiente escolar, dos conteúdos programáticos e dos
objetivos curriculares.
18

Utilizar as mídias digitais a favor da educação caracteriza um direção privilegiado na


formação das novas gerações. Visto que as tecnologias está encurtando distâncias, superando
desafios, conectando pessoas de diferentes lugares do mundo de maneira veloz e prática.
Segundo PORTO (2006) o trabalho com as tecnologias de informação e comunicação
supõe uma mudança na ordem do processo educativo, no qual o professor decide
arbitrariamente o que ensinar segundo esta visão, a decisão resulta da interação entre
professores e alunos e deles com a tecnologia, ocasionando assim um processo significativo e
relevante para os alunos.
Sendo assim, as demandas do aluno são o centro da metodologia, não apenas o
desenvolvimento dos conteúdos.
Existem inúmeras vantagens de se trabalhar com ambientes virtuais em sala de aula,
dentre elas podemos descrever algumas: interação, autonomia, motivação, comprometimento.
Uma aula meramente expositiva, fundamentada em livro didático com o professor
dizendo e os alunos apenas ouvindo sem poder agir, não encaixa mais no mundo de hoje, com
essa geração que temos hoje nas salas de aulas, onde os alunos desde de muito cedo já são
inseridos em um meio de uma grande diversidade tecnológica.
Um ponto importante para que a tecnologia seja bem empregada e possa cooperar
com o trabalho do professor, é que ele procure sempre conhecimentos sobre as tecnologias e
suas evoluções, eu entenda que as ferramentas podem auxiliá-lo em sua prática diária, não
tenha receio do novo.
Para muitos professores todas essas questões ainda são um desafio, existe muita
resistência e muitas vezes pelo despreparo por parte dos mesmos. Mesmo conectados, segue a
passos lentos, uma vez que ainda está arraigada em seus costumes, hábitos e valores
extremamente tradicionalistas.
As adversidades enfrentadas pelos professores, nas diferentes esferas da vida
cotidiana, escolar etc, exigem diferentes conhecimentos, por esse motivo, os processos de
avaliação diagnóstica podem e devem se conduzir pela lógica de atenção dos temas ensinados
por meio de variados tipos de atividade. As avaliações diagnósticas devem ser bem aplicadas
para que se tenha efetivamente o estado que o aluno se encontra e para onde se quer chegar
com o seu desenvolvimento em sala de aula.
É necessário que o professor saiba claramente quais são suas metas para a
aprendizagem efetiva, para favorecer o desenvolvimento de cada aluno individualmente.
Sendo assim, a formação do professor iria muito além de formação básica, seria
indispensável que houvesse condições para o docente desenvolver conhecimento sobre,
19

aprendizagem e conhecimento, para então entender como e porque integrar os ambientes


virtuais a sua prática pedagógica. O processo de aprendizagem com o auxílio de ferramentas
tecnológicas levaria o aluno a utilizar estratégias como: formulação de hipóteses, tomada de
decisões, enfim, o aluno juntamente com o professor irá construir seu conhecimento.
20

6 REFERÊNCIA

BINGIMLAS, Khalid Abdullah. Barriers to the successful integration of ICT in teaching and
learning environments: A review of the literature. Eurasia Journal of Mathematics, Science &
Technology Education, v. 5, n. 3, 2009.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 25. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. 15. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIANOTTO, D. E. P. Formação inicial de professores de biologia e o uso de computadores:
análise de uma proposta de prática colaborativa. 2008. p. 52-71. Dissertação (Doutorado em
Educação para a Ciências) – Universidade Estadual Paulista, Bauru – SP, 2008.
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bba/33004056079P0/2008/gianotto_dep_dr
_bauru.pdf.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/legisla09.pdf acesso em 02/05/2022>
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/194-metodos-de-diagnostico-inicial-e-processos-de-avaliacao-
diversificado acesso em 17/05/2022>
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. 8ª ed.
Campinas, SP: Papirus, 2012.
Lima, T.C.S de; Mioto, R.C.T. Procedimentos metodológicos na construção do científico:
Katál, Florianópolis, v.10, spe, 2007.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 5ª ed.
Campinas, SP: Papirus, 2012.
PAIS, L. C. Educação Escolar e as Tecnologias da Informática. Belo Horizonte, MG:
Autêntica, 2002.
PETERS, O. Didática do ensino a distância: experiências e estágio da discussão numa visão
internacional. Trad. Ilson Kayser. São Leopoldo, RS: Ed. Unisinos, 2001.
PORTO, Tania Maria Esperon. As tecnologias de comunicação e informação na escola:
relações possíveis... relações construídas. Revista Brasileira de Educação, v.11, n. 31, jan./abr.
2006. Disponível em URL: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n31/a05v11n31.pdf>.
Acesso em 17 de maio de 2022
21

ROCHA, I. Ensino híbrido é tendência para a vida escolar no mundo pós-pandemia. São
Paulo, 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-
07/ensino-hibrido-e-tendencia-para-vida-escolar-no-mundo-pos-pandemia. Acesso em: 10 abr
2021.
SILVA, J. B.; O contributo das tecnologias digitais para o ensino híbrido: o rompimento das
fronteiras espaço-temporais historicamente estabelecidas e suas implicações no ensino.
ARTEFACTUM – Revista De Estudos em Linguagem e TecnologiaAno Ix – N° 02/2017.
TUNES, E.; TACCA, M. C. V. R.; BARTHOLO JR, R. S. O professor e o ato de
ensinar.Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 126, p. 689-698, set./dez. 2005.
VALENTE, J. A. Aprendendo para a Vida: o uso da informática na educação especial. In:
FREIRE, Fernanda Maria Pereira; VALENTE, José Armando. (Orgs.).Aprendendo para a
vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes: 1989.

Você também pode gostar