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Nome do estudante: Cleton Oscar Alfinete

Curso: Gestão de Empresas


Número de estudante: 11220881

Impacto das Políticas Governamentais sobre o Comportamento de Preços de Produtos


Subsídios e barreiras tarifarias e sua influência nos preços dos produtos
“As barreiras comerciais ou barreiras alfandegárias podem ser definidas como, qualquer
medida, lei, regulamento, política ou prática governamental que imponha restrições ao
comércio exterior” (Holanda, 1971, p.56). Elas podem ser tarifárias ou não tarifárias.

O objetivo dessas barreiras é a proteção da economia do país, resguardando a indústria nacional


e o emprego. No entanto nos tempos atuais, alguns países têm cada vez mais utilizado das
barreiras comercias para fins protecionistas, prática proibida pela OMC.

Barreiras tarifarias
Para Hall (2003), “as barreiras comerciais tarifárias são o tipo mais comum, e são todas aquelas
que envolvem o pagamento de algum imposto, taxa ou tarifa”. Todo país aplica algum tipo de
tarifa alfandegária, em exemplo, no Brasil, produtos importados devem pagar o Imposto de
Importação (II), Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), entre outros.

Esse tipo de barreira tem o objetivo de proteger os produtos ou bem produzido nacionalmente,
frente aos importados, tornando o preço dos bens estrangeiros menos competitivos. Outro ponto
também é seu caráter fiscal, o Governo consegue através desse arrecadar receita.

O cálculo do valor a ser pago dependerá da valoração aduaneira, ou seja, dependerá de fatores
como quantidade do produto, valor do frete pago, taxa cambial, taxas administrativas , etc.

Em algumas situações como nos regimes aduaneiros especiais, como


no Drawback, Reporto, Entreposto e outros, o pagamento dessas tarifas pode ser suspenso ou
desonerado.

Na hora de planejar a exportação, é essencial que o profissional saiba as barreiras comerciais


que seu produto vai enfrentar de acordo com o seu país de destino, o Governo Federal
disponibiliza no site barreiras comerciais, uma forma de consulta prévia para facilitar a
planificação.
Barreiras Não Tarifarias
“As barreiras comerciais não tarifarias são todos os mecanismo e instrumentos de política
econômica externa que influenciam no comercio exterior, e que não são tributos” (Houaiss,
2001). Essas barreiras acarretam restrições quantitativas, necessidade de licenciamento de
importação, procedimentos alfandegários, valoração aduaneira arbitrária ou com valores
fictícios, Medidas Antidumping, Medidas Compensatórias, subsídios, Medidas de Salvaguarda
e medidas sanitárias e fitossanitárias.

Lei da Oferta e Demanda


A Lei da Oferta e Demanda – também chamada de Lei da Oferta e Procura – é uma lei da
economia clássica, criada por Adam Smith. Essa lei busca explicar como funciona um mercado:
o que determina o preço e a quantidade de um produto no mercado.

Adam Smith afirma que:

O preço de mercado de uma mercadoria específica é regulado pela proporção entre


a quantidade que é efetivamente colocada no mercado [oferta] e a demanda daqueles
que estão dispostos a pagar o preço natural da mercadoria, ou seja, o valor total da renda
fundiária, do trabalho e do lucro que devem ser pagos para levá-la ao mercado.

Oferta e Demanda
Antes de tudo, precisamos entender o que significa falar em mercado.
Basicamente, mercado é como se denomina um grupo de compradores e vendedores de
determinado bem ou serviço.

oferta se refere à quantidade que os vendedores querem e estão dispostos a vender um produto,
portanto, a oferta é determinado pelos vendedores. Ela é influenciada pelos insumos,
tecnologias, custos de produção, etc.

Demanda se refere à quantidade que os consumidores querem e estão dispostos a comprar


determinado bem, ou seja, a demanda é determinado pelos consumidores. Ela é influenciada
pela renda dos cidadãos, preços, produtos similares, substitutos, entre diversos outros exemplos.
Regulamentação

A necessidade da regulação torna-se premente quando os mercados não estão funcionando


como deveriam. Mesmo em situações de livre mercado, há ocasiões em que este não é capaz de
fazer de maneira eficiente o processo de alocação e distribuição dos recursos.

Enquanto a regulação assegura a correção das falhas, a desregulamentação deixa o mercado


solto das amarras da regulação. Mas falhas não são apenas do mercado; em alguns casos os
governos também cometem algumas falhas que não são fáceis de serem abordadas.

Na concepção de Ha-Joon Chang (2002), se o mercado falha é porque não está funcionando na
condição de “mercado ideal”. Na visão tradicional, o mercado ideal equivale ao mercado
perfeitamente competitivo, que se baseia nas seguintes suposições:

 aceitação de preços; e
 homogeneidade de produto, com livre entrada e saída de empresas.

Segundo a economista Lúcia Helena Salgado (2003), em seu artigo Agências regulatórias na
experiência brasileira: um panorama do atual desenho institucional:

[...] o grande desafio para regulamentação econômica é encontrar o ponto ótimo que
viabilize a lucratividade, de um lado, e o bem-estar dos consumidores, de outro, na
forma de disponibilidade de bens e serviços de qualidade e a preços razoáveis.
(SALGADO, 2003, p. 2)

De maneira geral, as funções da regulação são:

 proporcionar o desenvolvimento econômico, através da promoção do bem-estar de


consumidores e produtores;
 reproduzir as condições de competição; e
 garantir a existência do mercado como instituição capaz de assegurar regularidade de
comportamento aos membros da sociedade.

Políticas económicas implementadas


De acordo com Gremaud (2005, p.46) “Para alcançar os objetivos de política econômica, tais
como crescimento da produção e aumento do emprego, controle da inflação, equilíbrio das
contas externas e distribuição de renda, o governo dispõe de alguns instrumentos, entre eles:”

 política monetária;
 política cambial e de comércio exterior;
 política fiscal; e
 política de rendas.

Referencias
CHANG, Ha-Joon. Rompendo o modelo: uma economia política institucionalista alternativa à
teoria neoliberal do mercado e do Estado. In: ARBIX, Glauco; COMIN, A.; ZILBOVICIUS,
M.; ABRAMOVAY, R. (Org.). Brasil, México, África do Sul, Índia e China. São Paulo: Editora
da Unesp, 2002.

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; TONETO


JÚNIOR, Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2005.

HALL, Robert Ernest; LIEBERMAN, Marc. Microeconomia: princípios e aplicações. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,


2001.

SALGADO, Lúcia Helena. Agências regulatórias na experiência brasileira: um panorama do


atual desenho institucional. Textos para discussão n. 941. Rio de Janeiro: IPEA, mar. 2003.
Disponível em: <http://www. ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_0941.pdf>.
Acesso em: 11 fev. 2023.

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