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Externalidades
Externalidade é o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar de outras que
não tomam parte da ação - podem ser positivas ou negativas. Assim, como os compradores e
vendedores desconsideram os efeitos externos de suas ações quando decidem quanto
demandar ou ofertar, o equilíbrio de mercado não é eficiente quando há externalidades.
Assim, em uma externalidade negativa, o custo social do bem excede seu custo
privado. Logo, a quantidade social ótima é a intersecção da curva de custo social com a curva
da demanda, de modo que a quantidade social ótima é menor do que a quantidade de
equilíbrio, visto que o custo social inclui os custos privados para os produtores mais os custos
sociais da produção.
Recursos comuns
Os recursos comuns não são excludentes, mas são rivais. Os recursos comuns dão
origem à Tragédia dos Comuns, uma parábola que ilustra porque os recursos comuns são mais
utilizados do que o desejável do ponto de vista de toda a sociedade.
RUBINFELD
A caixa de Edgeworth
Trata-se do diagrama que mostra todas as possíveis alocações de quaisquer duas
mercadorias entre duas pessoas ou de quaisquer dois insumos entre dois processos de
produção. Este processo envolve a negociação, dada as curvas de indiferença de cada
indivíduo, as quais são observadas em uma curva de contrato, que mostra todas as alocações
eficientes de bens entre dois consumidores ou de dois insumos entre duas funções de
produção. Assim, em um equilíbrio competitivo, o ponto de eficiência será a tangência entre
as curvas de indiferença - o que garantirá a eficiência de Pareto.
Para visualizar graficamente a eficiência de Pareto, pode-se utilizar da fronteira de
possibilidades da utilidade, uma curva que mostra todas as alocações eficientes de recursos
medidas pelo nível de utilidade de dois indivíduos. Assim, ela demonstra os níveis de
satisfação alcançados quando dois indivíduos atingem a curva de contrato. A partir deste
gráfico, pode-se interpretar normativamente a economia, pois vê-se que uma alocação
ineficiente de Pareto dos recursos pode ser mais equitativa do que uma alocação eficiente.
Para pensar equidade, é preciso definir o conceito de função de bem-estar social, que
descreve o bem-estar da sociedade como um todo em termos das utilidades dos membros
individuais. Assim, existem quatro visões da equidade: igualitária (todos os membros da
sociedade recebem iguais quantidades de mercadorias); rawlsiana (maximiza a utilidade da
pessoa de menor posse); utilitária (maximiza a utilidade total de todos os membros da
sociedade) e orientada para o mercado (o resultado alcançado pelo mercado é considerado o
mais equitativo). Logo, vê-se um trade-off entre eficiência e equidade.