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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO (ISCED)

Faculdade de Economia e Gestão


Curso de Licenciatura em Gestão de Empresas

Sistemas de recompensas

Estudante: Curso:

Cleiton Alfinete Disciplina:

Ano de Frequência: 2º Ano

Docente:

Beira
2023
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3

1. Contextualização ................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 4

1.1.1. Geral: .................................................................................................................... 4

1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 4

1.2.1. Método de consulta bibliográfica ............................................................................. 4

1.2.2. Pesquisa documental ............................................................................................ 4

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 6

2.1. Conceitos Basicos ........................................................................................................ 6

2.2. A evolução da noção de recompensas ......................................................................... 6

2.3. A estrutura e as formas de definição dos sistemas de recompensas ............................ 8

2.4. Conclusão................................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 12


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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1. Contextualização
Nos ambientes organizacionais dinâmicos e altamente competitivos dos dias atuais, as
organizações buscam incessantemente estratégias para otimizar o desempenho de seus
colaboradores e promover um ambiente de trabalho produtivo e motivador. Nesse contexto, os
sistemas de recompensas emergem como peças-chave na gestão de pessoas, desempenhando
um papel fundamental na atração, retenção e motivação dos talentos.

A capacidade de recompensar e reconhecer o esforço e o desempenho dos colaboradores não


apenas influencia diretamente a satisfação no trabalho, mas também tem implicações profundas
na produtividade, na qualidade do trabalho e, por conseguinte, nos resultados organizacionais.
Compreender a complexidade e a eficácia dos sistemas de recompensas torna-se, assim, uma
necessidade premente para gestores e líderes que almejam criar ambientes de trabalho que
estimulem a excelência e impulsionem o alcance de metas estratégicas.

Este trabalho propõe uma análise aprofundada dos sistemas de recompensas, explorando sua
evolução ao longo do tempo, os diferentes tipos de recompensas utilizadas pelas organizações,
os impactos psicológicos e motivacionais sobre os colaboradores, bem como as melhores
práticas na implementação e gestão desses sistemas. Ao compreender as nuances e os desafios
associados aos sistemas de recompensas, os gestores estarão mais bem equipados para
desenvolver estratégias personalizadas que atendam às necessidades específicas de suas
equipes, promovendo, assim, um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Ao longo deste trabalho, exploraremos as teorias fundamentais que sustentam os sistemas de


recompensas, examinaremos casos práticos de organizações que alcançaram sucesso notável
por meio de abordagens inovadoras, e refletiremos sobre o papel essencial que esses sistemas
desempenham na construção de culturas organizacionais robustas e sustentáveis. Por meio desta
jornada analítica, almejamos contribuir para uma compreensão mais profunda e abrangente dos
sistemas de recompensas, fornecendo insights valiosos para os gestores contemporâneos que
buscam otimizar o desempenho e o bem-estar de suas equipes.
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1.1.Objectivos
Os objectivos ditam as metas do que pretendemos alcançar no determinado fim. Neste estudo
foram traçados os seguintes objectivos:

1.1.1. Geral:
 Analisar a eficácia e o impacto dos sistemas de recompensas na gestão de pessoas,
visando compreender como esses sistemas contribuem para a motivação, satisfação e
desempenho dos colaboradores em ambientes organizacionais.

1.1.2. Específicos
 Investigar a evolução histórica dos sistemas de recompensas, identificando as
principais mudanças e tendências ao longo do tempo, a fim de contextualizar o cenário
atual de gestão de pessoas.
 Avaliar os diferentes tipos de recompensas utilizadas pelas organizações, analisando
como fatores financeiros e não financeiros influenciam a percepção dos colaboradores
sobre seu valor, impactando diretamente na motivação e no comprometimento
organizacional.

1.2.Metodologias de Pesquisa
1.2.1. Método de consulta bibliográfica
A pesquisa bibliográfica será utilizada como um alicerce sólido para a análise e discussão dos
tópicos relacionados a aspectos legais e contratuais neste estudo. Ela servirá para embasar os
argumentos, fornecer evidências e suporte para as conclusões, bem como para identificar
normas legais, regulamentos e jurisprudência pertinentes aos temas abordados. Além disso, a
pesquisa bibliográfica permitirá uma revisão da literatura relevante, destacando as principais
descobertas e debates na área. Será fundamental citar adequadamente todas as fontes utilizadas,
seguindo o estilo de citação apropriado, para garantir a integridade e a credibilidade da pesquisa.

1.2.2. Pesquisa documental


Na condução desta pesquisa, a pesquisa documental será uma ferramenta valiosa para coletar
dados e informações a partir de documentos escritos e registros oficiais relacionados aos tópicos
legais e contratuais que estão sendo investigados. Esta abordagem envolverá a análise de
documentos como leis, regulamentos, códigos civis, jurisprudência, contratos, escrituras,
estatutos de empresas e outros documentos relevantes. A pesquisa documental desempenhará
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um papel essencial, pois ajudará a fundamentar nossos argumentos, fornecer referências


específicas e embasar nossas análises.
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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA


2.1. Conceitos Basicos
Sistemas de recompensas referem-se a estruturas organizadas que oferecem incentivos ou
benefícios para motivar determinados comportamentos, desempenho ou realizações. Esses
sistemas são amplamente utilizados em contextos diversos, incluindo ambientes de trabalho,
educação, treinamento de animais e até mesmo em estratégias de gestão parental (ACEMOGLU
& ROBINSON, 2012).

O conceito fundamental por trás dos sistemas de recompensas é o princípio da condicionamento


operante, proposto pelo psicólogo B.F. Skinner. De acordo com esse princípio, comportamentos
que são seguidos por consequências positivas são mais propensos a serem repetidos no futuro.

Os sistemas de recompensas geralmente envolvem três componentes principais:

 Comportamento-alvo: o comportamento específico que se deseja encorajar.


 Recompensa: um estímulo positivo ou benefício oferecido quando o comportamento-
alvo é exibido. Isso pode incluir elogios, reconhecimento, prêmios tangíveis, promoções
no trabalho, entre outros.
 Critérios de Desempenho: as condições ou padrões que precisam ser atendidos para
receber a recompensa. Isso ajuda a estabelecer expectativas claras e mensuráveis.

Os sistemas de recompensas podem ser financeiros ou não financeiros, tangíveis ou intangíveis.


Eles desempenham um papel crucial na motivação e no reforço positivo, ajudando a moldar
comportamentos desejados e a criar ambientes mais produtivos e positivos.

No entanto, é importante equilibrar o uso de recompensas, pois, em alguns casos, a dependência


excessiva delas pode levar a uma diminuição da motivação intrínseca, onde as pessoas
começam a realizar atividades apenas pelo benefício da recompensa, em vez do interesse
genuíno na tarefa em si. Portanto, a aplicação eficaz dos sistemas de recompensas requer uma
compreensão cuidadosa da psicologia humana e das dinâmicas comportamentais.

2.2.A evolução da noção de recompensas


A noção de recompensas e sua compreensão evoluíram ao longo do tempo, influenciadas por
diversos campos, incluindo a psicologia, economia, administração e neurociência. Aqui estão
alguns marcos significativos na evolução da noção de recompensas:
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Behaviorismo e Condicionamento Operante (início do século XX): o behaviorismo, liderado


por psicólogos como B.F. Skinner, teve um impacto significativo na compreensão das
recompensas. Skinner desenvolveu a teoria do condicionamento operante, que destaca a
importância das consequências dos comportamentos na formação desses comportamentos. Ele
introduziu o conceito de reforço positivo (oferecimento de recompensas) e reforço negativo
(remoção de consequências aversivas).

Teoria da Hierarquia de Necessidades de Maslow (década de 1940): Abraham Maslow propôs


a teoria da hierarquia de necessidades, que sugere que as pessoas são motivadas por diferentes
níveis de necessidades, desde as mais básicas (como alimentação e abrigo) até as mais elevadas
(como autorrealização). As recompensas são vistas como meios de atender a essas diversas
necessidades.

Teoria da Expectativa de Vroom (anos 1960): Victor Vroom desenvolveu a teoria da


expectativa, que destaca a importância da expectativa de que o esforço levará ao desempenho,
e o desempenho levará a recompensas desejadas. Esta teoria enfatiza a relação entre esforço,
desempenho e recompensas percebidas.

Economia Comportamental (a partir dos anos 1970): a economia comportamental explorou


como os fatores psicológicos afetam as decisões econômicas. Estudiosos como Daniel
Kahneman e Amos Tversky demonstraram que as pessoas muitas vezes não agem de acordo
com a teoria econômica tradicional, e suas escolhas são influenciadas por vieses cognitivos e
emocionais.

Neurociência das Recompensas (a partir dos anos 1990): avanços na neurociência, como o
estudo do sistema de recompensa no cérebro, destacaram os circuitos neurais envolvidos na
busca e recebimento de recompensas. A dopamina, um neurotransmissor, desempenha um
papel fundamental nesses processos.

Motivação Intrínseca e Teoria da Autodeterminação (a partir dos anos 1980): a pesquisa na área
de psicologia motivacional, especialmente a teoria da autodeterminação de Edward Deci e
Richard Ryan, enfatiza a importância da motivação intrínseca, na qual as recompensas internas,
como o prazer e a satisfação pessoal, são cruciais.
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Ao longo dessas evoluções, a compreensão das recompensas tornou-se mais holística e


integrativa, considerando não apenas fatores comportamentais, mas também psicológicos,
econômicos e neurocientíficos. Isso é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de
motivação e gestão em diversos contextos, incluindo o ambiente de trabalho, a educação e a
promoção de comportamentos saudáveis.

2.3.A estrutura e as formas de definição dos sistemas de recompensas


Os sistemas de recompensas podem variar em termos de estrutura e formas de definição,
dependendo do contexto, do ambiente e dos objetivos específicos da organização ou situação.
(ROMER, 2018). Aqui estão algumas considerações importantes sobre a estrutura e definição de
sistemas de recompensas:

1. Identificação de Objetivos:

Definição Clara de Objetivos: Antes de estabelecer um sistema de recompensas, é crucial


identificar claramente os objetivos que se deseja alcançar. Os objetivos podem incluir metas de
desempenho, comportamentos específicos ou conquistas a serem reconhecidas.

2. Seleção de Recompensas:

Variedade de Recompensas: As recompensas podem ser financeiras (bônus, aumentos


salariais), não financeiras (reconhecimento, elogios), tangíveis (prêmios físicos) ou intangíveis
(oportunidades de desenvolvimento profissional).

Personalização das Recompensas: Considerar as preferências individuais dos colaboradores ao


escolher as recompensas pode aumentar a eficácia do sistema.

3. Critérios de Desempenho:

Definição de Critérios Claros: Estabelecer critérios de desempenho mensuráveis e alcançáveis


é fundamental. Isso ajuda a evitar ambiguidades e fornece uma base objetiva para a entrega das
recompensas.

4. Equidade e Transparência:

Equidade: Os sistemas de recompensas devem ser percebidos como justos e equitativos pelos
membros da organização. Isso contribui para a aceitação e motivação dos colaboradores.
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Transparência: Tornar os critérios de recompensa transparentes ajuda a construir confiança e


compreensão entre os participantes.

5. Avaliação de Desempenho:

Avaliação Justa: Se as recompensas estão vinculadas ao desempenho, os processos de avaliação


devem ser justos e precisos. Isso inclui feedback regular e oportunidades para melhorias
contínuas.

6. Flexibilidade:

Adaptação a Mudanças: Os sistemas de recompensas devem ser flexíveis o suficiente para se


adaptar a mudanças nas metas organizacionais, na dinâmica da equipe ou em outras
circunstâncias.

7. Comunicação Efetiva:

Comunicação Transparente: A comunicação clara sobre como o sistema de recompensas


funciona, quais são os critérios e como os colaboradores podem alcançar as recompensas é
crucial para o sucesso do sistema.

8. Avaliação Contínua:

Feedback e Melhoria Contínua: Avaliar regularmente a eficácia do sistema de recompensas e


coletar feedback dos colaboradores pode ajudar a fazer ajustes e melhorias contínuas.

9. Considerações Culturais:

Adaptação à Cultura Organizacional: Levar em conta a cultura organizacional ao projetar


sistemas de recompensas para garantir que estejam alinhados com os valores e a missão da
organização.

10. Inovação e Reconhecimento Não Monetário:

Reconhecimento Não Monetário: Além de recompensas financeiras, a inovação pode envolver


reconhecimento não monetário, como prêmios simbólicos, destaque em reuniões, ou
oportunidades especiais.
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A estrutura e definição dos sistemas de recompensas devem ser adaptadas às características


específicas de cada contexto, levando em consideração as necessidades e motivações dos
envolvidos.
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2.4.Conclusão
Em conclusão, os sistemas de recompensas desempenham um papel fundamental na motivação
e no desempenho em diversos contextos, desde o ambiente de trabalho até a educação e o
treinamento. Ao longo do tempo, a evolução da noção de recompensas reflete uma compreensão
mais holística e integrativa, considerando aspectos comportamentais, psicológicos, econômicos
e neurocientíficos.

A eficácia de um sistema de recompensas está intrinsecamente ligada à clareza dos objetivos


estabelecidos, à seleção adequada de recompensas, à definição de critérios de desempenho
mensuráveis e alcançáveis, à equidade e transparência no processo, à flexibilidade para se
adaptar a mudanças e à comunicação efetiva. Além disso, a consideração da cultura
organizacional e a avaliação contínua são elementos-chave para o sucesso desses sistemas.

É importante reconhecer que, embora as recompensas sejam poderosas motivadoras, seu uso
deve ser equilibrado para evitar possíveis efeitos negativos, como a dependência excessiva
delas em detrimento da motivação intrínseca. Um sistema de recompensas bem projetado não
apenas impulsiona o desempenho, mas também fortalece a cultura organizacional, promove o
engajamento dos colaboradores e contribui para um ambiente positivo e produtivo.

Em última análise, a criação e implementação de sistemas de recompensas eficazes exigem uma


abordagem cuidadosa, adaptada às necessidades específicas de cada contexto, proporcionando
um equilíbrio entre o reconhecimento tangível e intangível para promover o alcance de metas
e o crescimento contínuo.
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Referências Bibliográficas
ACEMOGLU, D., & ROBINSON, J. A. (2012). "Why Nations Fail: The Origins of Power,
Prosperity, and Poverty." Crown Business.

BARRO, R. J., & SALA-I-MARTIN, X. (2004). "Economic Growth." The MIT Press.

KRUGMAN, P., & WELLS, R. (2018). "Macroeconomics." Worth Publishers.

ROMER, D. (2018). "Advanced Macroeconomics." McGraw-Hill Education.

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