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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

CEAD – MANICA

CURSO DE LICENCIATURA EM AMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CADEIRA: GESTÃO FINANCEIRA I

TRABALHO DO CAMPO 1

TEMA:
FUNÇÃO FINANCEIRA

Estudante: Celestino Haide Saize

Manica, Novembro de 2022


Índice
CAPITULO I...................................................................................................................................1
Introdução....................................................................................................................................1
OBJECTIVOS..................................................................................................................................2
Objecto geral................................................................................................................................2
Objectivos específicos..................................................................................................................2
Problematização...........................................................................................................................2
Hipóteses.....................................................................................................................................2
Justificativa...................................................................................................................................2
Metodologia.................................................................................................................................3
Tipo de estudo.............................................................................................................................3
Método de abordagem................................................................................................................3
Técnica de recolha de dados........................................................................................................4
Técnica de análise de dados.........................................................................................................4
CAPITULO II..................................................................................................................................5
A Função Financeira.....................................................................................................................5
Fluxo de fundos............................................................................................................................6
Levantamento de recursos...........................................................................................................7
Alocação de recursos...................................................................................................................8
Limites da função financeira........................................................................................................9
Sistema financeiro......................................................................................................................10
Intermediação financeira...........................................................................................................12
Tipos de intermediação financeira.............................................................................................12
Benefícios da intermediação financeira.....................................................................................13
CAPITULO III...............................................................................................................................14
Conclusão...................................................................................................................................14
Referência bibliográfica..............................................................................................................15
CAPITULO I
Introdução
A função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão
dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa. Essa função é responsável
pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para
a otimização do uso desses fundos. Encontrada em qualquer tipo de empresa, a função
financeira tem um papel muito importante no desenvolvimento de todas as atividades
operacionais, contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento.
Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para
obtenção de lucros. Os recursos supridos pelos proprietários e pelos credores das
empresas encontram-se aplicados em ativos utilizados na produção e comercialização de
bens ou na prestação de serviços.

Este trabalho tem como objetivo fortalecer a função financeira como uma ferramenta
essencial para o desenvolvimento da organização evidenciando que a mesma
compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão de fundos
movimentados por todas as áreas da empresa, sendo responsável pela obtenção dos
recursos necessários e pela formulação de estratégias voltadas para a otimização do uso
desses fundos.

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OBJECTIVOS

Objecto geral

 Falar sobre a função financeira como uma ferramenta essencial para o


desenvolvimento da organização

Objectivos específicos

 Falar dos limites da função financeira;


 Descrever a intermediação financeira;
 Fazer exemplificação sobre sistema financeiro.

Problematização
Diversas organizações que não cuidam da função financeira está sujeita ao insucesso.
São constantes as mudanças de qualquer sector da economia nos dias de hoje, com a
contabilidade não é diferente. Poucos são os profissionais que estão actualizados e em
constante sintonia com as modificações e criações de lançamentos contabilístico, e no
feitio de relatórios e demonstrações. “O mundo actual se caracteriza por um ambiente
dinâmico em constante mudança e que exige das organizações uma elevada capacidade
de adaptação, como condição básica de sobrevivência da função financeira. Adaptação,
renovação e revitalização significam mudança função financeira”.

Hipóteses

 As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir todos os
custos e despesas e ainda gerar lucros econômico de resultados ocorre uma
movimentação de numerário que deve permitir a liquidação dos compromissos
assumidos, o pagamento de dividendos e a reinversão da remanescente dos lucros.

 Desse modo, cada empresa pode ser visualizada como um sistema que multiplica os
recursos financeiros nela investidos

Justificativa
A função financeira é tida como instrumento de gestão financeira que, a contabilidade e a
gestão estão interligados ou relacionados na gerência de uma determinada entidade. A
função financeira joga um papel importante na gestão de uma empresa formando a gestão
financeira mais eficiente e eficaz para a estabilidade, funcionamento e desenvolvimento
de uma organização.

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Metodologia
Método utilizado foi a leitura bibliográfica, essa pesquisa foi do tipo aplicada e
exploratória, pois, foi feita uma leitura de algumas referências e logo após uma
colectada de dados. A análise foi qualitativa pois, foram avaliados na visão contábil e
mercado lógica e comparados a dados estatísticos. Para alcançar os objectivos da
pesquisa no primeiro passo foi fazer um levantamento teórico acerca do tema abordado,
e por fim foi feita uma análise específica sobre os dados encontrados.

Metodologia é o estudo dos métodos ou dos instrumentos necessários para a elaboração


de um trabalho científico. De acordo com Lakatos e Marconi (Richardson, 1999)
método pode ser definido de várias formas.

A metodologia de estudo baseou-se em bibliografias de grandes autores especialistas no


assunto, permitindo realizar um trabalho que alcançou a resposta ao objectivo proposto.
Segundo esclarecimento de Cervo e Bervian (1983, p.55), pesquisa bibliográfica é a
pesquisa que: “explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em
documentos.

Tipo de estudo
A pesquisa é do tipo qualitativo. Segundo Myers (2000, citado em Vilelas, 2009),
pesquisa qualitativa remete-nos a estudar um caso que não se conhece a realidade
objectiva, isto é, há uma realidade a se descobrir e a informação não pode ser traduzidas
em números.
Também será associada a pesquisa bibliográfica, análise da literatura já publicada em
forma de livros, revistas, e informações disponibilizada na Internet. Não menos
importante, também a obtenção de ideias e sugestões junto de pessoas com
conhecimentos na área, através de conversas com especialistas na área, com o objectivo
de esclarecer alguns conceitos, de forma a ter uma visão mais ampla do tema que baseia
a presente pesquisa ira apoiar a concretização deste estudo.

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Método de abordagem

A metodologia de investigação engloba todos os passos realizados para a concretização


da pesquisa científica, que vai desde a escolha do procedimento para obtenção de dados,
passando pela identificação dos métodos, técnicas, materiais, instrumento de pesquisa,
definição da amostra até análise dos dados colectados. A seguir serão relatados os
procedimentos metodológicos para a concretização dos objectivos proposto.

Técnica de recolha de dados

Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objectivo


obter um determinado resultado. Nesta pesquisa serão usados as técnicas de leitura
bibliográfica dos documentos obtidos na internet.

Técnica de análise de dados

A análise dos dados vai se basear das informações obtidas usando a técnica de
comparação das informações obtidas com a realidade observada. Para analisar
estatisticamente os dados colectados na leitura bibliográfica.

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CAPITULO II
A Função Financeira

Para Borges (2013) é um conjunto de ações e procedimentos administrativos,


envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa,
visando maximizar os resultados econômico-financeiros decorrentes de suas atividades
operacionais. A Função Financeira reúne todas as decisões que a empresa toma e que
influencia os cash-flows presentes e futuros, com o objetivo de maximização da criação
de valor.

As principais decisões incidem sobre:

 A afectação de recursos, ou seja, onde aplicar e gastar o dinheiro;


 A obtenção de recursos; e
 A distribuição ou não de lucros.

Nas empresas privadas os proprietários desejam que seu investimento produza retorno
compatível com o risco assumido. Nas empresas públicas, o lucro reflete a eficiência
gerencial e garante a melhoria e expansão dos serviços oferecidos à sociedade..

A decisão de investimento passa pela aplicação de capital em activos económicos


(corpóreos ou incorpóreos) que se espera produzirem cash-flows futuros que permitam
reembolsar e remunerar o capital investido.
A chave da decisão é investir em projectos e actividades que proporcionem uma taxa de
rentabilidade superior ao custo do capital utilizado ou em que o valor actual dos
influxos de caixa seja superior ao custo do investimento em capital fixo e circulante.
Numa perspectiva estrita de gestão do ciclo de exploração, nascem as decisões de
aplicação de recursos em activos correntes, como existências (matérias-primas,
mercadorias e produtos acabados), na concessão de crédito aos clientes ou em reservas
de tesouraria.
Espera-se que estes activos sejam realizados, vendidos ou consumidos no curso do ciclo
operacional normal da empresa ou detidos com uma finalidade de negociação. A

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política de financiamento está associada a decisões de captação de capital necessário
para financiar e pagar os recursos que adquire ou possui para exercer a sua actividade ao
mais baixo custo e passível de reembolso aos investidores num prazo superior ou igual
ao período de tempo em que os activos vão ser utilizados pela empresa.
Adicionalmente deve ser definido o “mix” adequado de fontes de financiamento (capital
próprio e alheio), tendo em atenção o seu grau de exigibilidade (curto, médio, longo ou
sem prazo) e os padrões de reembolso.

Finalmente, a política de dividendos, ou de distribuição de cash-flow, está associada a


decisões de afectação do excedente (saldo positivo) de cash-flow resultante das
decisões anteriores. Esta decisão está directamente associada à remuneração do
investimento financeiro dos accionistas na empresa.

Fluxo de fundos
A compreensão dos elementos envolvidos na administração financeira
será bastante facilitada através da descrição dos principais fluxos de fundos de
uma empresa industrial. Uma indústria requer investimento em bens que constituem os
meios de produção, através dos quais são gerados os produtos a serem colocados no
mercado. Esses investimentos referem-se a imóveis, instalações, equipamentos etc.,
denominados genericamente por imobilização ou ativos fixos.

Outros recursos são necessários para financiar o giro das operações. A


transformação de matérias-primas em produtos acabados provoca dispêndios
com mão-de-obra e outros custos de fabricação. As demais atividades
envolvem pagamentos de salários e despesas.

A estocagem de materiais e de produtos representa aplicações de


recursos, assim como as contas a receber provenientes das vendas a prazo e
de outras transações.

Certa soma de moeda deve ser mantida em caixa e nas contas


bancárias para atender aos pagamentos diários. As sobras temporárias de
numerário costumam ser aplicadas no mercado financeiro.
O financiamento de todas essas operações é realizado com recursos
investidos pelos proprietários ou acionistas da empresa (capital próprio ou
patrimônio líquido) e com recursos correspondentes às dívidas e compromissos
a pagar (capital de terceiros).

O suprimento inicial de fundos ocorre com a integralização do capital


social. Junto às instituições financeiras são obtidos empréstimos em curto

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prazo destinados ao atendimento das necessidades momentâneas de caixa e
financiamentos a médio e longo prazos para a compra de ativos fixos e para a
expansão do capital de giro, constituído por estoques, conta a receber etc.
Outros recursos de terceiros podem ser obtidos no mercado de capitais
através do lançamento de títulos de dívida em longo prazo. Os contratos de
arrendamento mercantil (leasing) propiciam a posse e o uso de ativos fixos,
constituindo uma alternativa à compra desses bens de produção.

A empresa conta também com fontes espontâneas de financiamento


decorrentes dos créditos concedidos pelos fornecedores e dos prazos para
pagamento de salários, impostos etc.

As receitas de vendas são a principal fonte operacional de recursos


financeiros e de lucros, permitindo que a empresa liquide seus compromissos e
remunere o investimento realizado pelos proprietários. A parcela de lucros não
distribuída aos proprietários constitui uma fonte adicional de recursos próprios.
Os fluxos de pagamentos e recebimentos são irregulares, ocorrendo
faltas e sobras de numerário alternadamente. A empresa poderá estar
registrando lucros elevados, mas sentir dificuldade em saldar seus
compromissos (e vice-versa). Uma brusca elevação das vendas a prazo implica
a necessidade de novos recursos para financiar o capital de giro. Por outro lado,
em uma conjuntura recessiva a empresa poderá acumular numerário devido à
cobrança de seus haveres e sofrer prejuízos em face de influência dos custos
fixos no resultado do exercício.

Levantamento de recursos
A primeira tarefa constitui uma responsabilidade exclusiva da função
financeira e envolve o suprimento dos fundos demandados pelas operações
normais da empresa e a captação de vultosas somas para investimentos em
projetos com longos períodos de maturação. As fontes de recursos à
disposição de uma empresa podem ser classificadas de várias formas:
 Recursos próprios (capital integralizado, reservas e lucros retidos) e recursos de
terceiros (compromissos assumidos e dívidas contraídas);
 Recursos permanentes (recursos próprios e dívidas em longo prazo) e recursos
temporários (compromissos e dívidas em curto prazo);
 Recursos onerosos (provocam despesas financeiras) e recursos não onerosos.

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Deve haver adequação entre as fontes e usos de recursos em termos de
prazos e custos. A compra de um equipamento, cujo valor investido somente será
recuperado em alguns anos através das receitas de vendas, deverá ser
financiada com recursos permanentes. Se forem utilizados recursos
provenientes de um empréstimo com prazo inferior ao da manutenção
financeira desse investimento, a empresa poderá enfrentar dificuldades para
liquidar a dívida no vencimento contratado.
Os juros e demais encargos incidentes sobre os empréstimos e
financiamento oneram o resultado econômico, reduzindo a parcela de lucro que
restará aos acionistas. Além disso, os emprestadores de recursos podem exigir
garantias reais e impor condições contratuais que reduzam a flexibilidade de
gestão da empresa. Mesmo os créditos obtidos junto aos fornecedores
envolvem um custo financeiro, representado pelo desconto para pagamento da
dívida a vista que deixou de ser desfrutado. Verifica-se, assim, a existência de
custos explícitos, perfeitamente mensuráveis em termo de valor e de taxa.
Apenas poucas fontes de recursos de curto prazo não provocariam custos
financeiros, a saber: salários e impostos a pagar, contribuições a recolher etc.
Os recursos próprios envolvem um custo implícito que corresponde à
expectativa de lucros dos acionistas que não deve ser frustada, sob pena de
haver desinteresse em continuar participando do negócio. Deste modo, os
recursos adicionais obteriam com tais recursos em outras aplicações com o
mesmo grau de risco suportado por seus investimentos na empresa.

Alocação de recursos

A segunda tarefa básica da função financeira diz respeito à locação


eficiente de recursos. Isto envolve a constante busca da otimização no uso dos
fundos para que seja alavancada a rentabilidade desejada e preservada a
capacidade da empresa pagar seus compromissos nos vencimentos. Esta
rentabilidade amplia bastante os limites da gestão financeira, impelindo os
executivos da área a conhecer todas as fases de funcionamento da empresa e
analisar profundamente os novos projetos de investimento. Essa interação com
todas as áreas da empresa faz com que a administração financeira passe a ter
também um conteúdo operacional.

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Alguns ativos são essenciais para o desenvolvimento das operações, enquanto outros
poderão estar ou não relacionados com as atividades básicas do empreendimento.
Assim, temos: Ativos operacionais, constituídos por ativos fixos e ativos circulantes
(estoque, duplicatas a receber e disponibilidades); e Outros ativos de natureza
operacional ou não, como créditos diversos a curto e longo prazos, participações
societárias em outras empresas, imóveis alugados a terceiros, determinadas aplicações
financeiras etc.

Os recursos aplicados nos ativos não são encontrados em abundância e envolvem custos
financeiros e custos de oportunidades. Assim, é de esperar que cada ativo contribua
direta ou indiretamente para a geração de receitas e, consequentemente de lucros. Parece
óbvio, mas isto nem sempre é levado em conta pelas diversas áreas que administram
este ativo. A paralisação de uma linha de produção certamente constitui objeto de
preocupações por parte das maiorias dos funcionários da empresa, porque eles sabem
que haverá quedas nas vendas. Os recursos investidos nas máquinas aradas estarão
ociosos. Além de não estarem sendo geradas receitas, continuarão existindo custos e
despesas fixas.
Igualmente escassos e onerosos são os recursos aplicados nos estoques e nas duplicatas
a receber. Todavia, os excessos de fundos investidos esses ativos poderá não ser
claramente percebido. Pode-se dizer que chega até a existir um conflito de interesses
entre a área financeira e outras áreas de empresa que tendem a provocar a manutenção
de excesso de estoques e de contas a receber de clientes.

Limites da função financeira

Na perspectiva de Santos (1981) a teoria financeira é uma aplicação da teoria micro


económica da empresa cujo objectivo é o da maximização do lucro. No entanto é do
nosso conhecimento que o conceito de lucro não é nem muito operacional, nem tão
pouco proeminente quando o objectivo é essencialmente os fluxos de caixas. Assim,
segundo o mesmo autor o supracitado principio foi substituído pelo da maximização das
riquezas dos accionistas, que deve ser entendido como o valor actual dos fluxos de
caixa.

De acordo com a famosa teoria de agência, o princípio de maximização de valor da


empresa, como objectivo da função financeira é claramente posto em causa. Isso resulta
da necessidade de compatibilização dos vários interesses na empresa dos seus
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stakeholders e pelo princípio da racionalidade limitada, onde as pessoas tomam decisões
racionais apenas em relação aos aspectos da situação que conseguem perceber e
interpretar. O autor acima referido, alega que o objectivo da gestão e da função
financeira passou a ser “a criação de valor para o accionista”.

Nesta óptica, Santos (1981) chama atenção para a necessidade de exame dos efeitos
financeiros das decisões tomadas na empresa em duas vertentes complementares, a da
rentabilidade e a do risco.

No que concerne às limitações da análise e função financeira, importa chamar a tenção


que estas reflectem apenas a óptica financeira. Porém, a natureza dos problemas de uma
empresa não se resume unicamente aos aspectos financeiros. Sendo assim, devemos
concordar com a Alexandra et all (1987) ao defender que a fonte de criação de valor da
empresa não é a sua situação financeira, mas sim a sua “vantagem competitiva” no
trinómio tecnologia/mercado/produto. Na mesma linha de pensamento temos o Neves
(1996) que advoga que a rentabilidade é um imperativo necessário mas não suficiente à
sobrevivência e desenvolvimento da empresa.

Uma outra limitação deriva do facto de que os resultados da aplicação dos métodos e
técnicas propostos pela teoria financeira dependem da qualidade e da fiabilidade da
informação utilizadas, das previsões e dos pressupostos em que se baseiam.

Sistema financeiro

No gerais, o sistema financeiro tem como finalidade primordial transferir os recursos


em poder dos poupadores (investidores) para o setor produtivo ou para o setor de
consumo. É constituído basicamente pelos mercados (onde vários agentes realizam essa
transferência mediante operações de compra, venda ou troca de ativos financeiros), por
instituições financeiras e pelos órgãos reguladores do sistema.

Segundo Franklin Allen e Douglas Gale em Comparing Financial Systems, "sistemas


financeiros são cruciais para a alocação de recursos em uma economia moderna. Eles
canalizam as poupanças das famílias para o setor produtivo e alocam fundos de
investimento entre as firmas." O sistema financeiro engloba o mercado financeiro que
pode ser dividido em quatro grandes mercados:

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 Mercado de capitais
 Mercado de crédito
 Mercado de câmbio
 Mercado monetário

O Sistema Financeiro envolve aqueles órgãos públicos ou privados, onde o maior


expoente são os bancos, pois proporcionam ferramentas de investimento às pessoas de
uma sociedade através de empréstimos e, desta maneira, obtêm benefícios com isso.
Sendo assim, quem recorre a estas modalidades deveria estudar e analisar com cuidado
as opções oferecidas para poder assumir o compromisso. O sistema financeiro é um dos
grandes jogadores do funcionamento de uma sociedade com um impacto direto sobre o
mercado interno, e por isso, às vezes é questionada sua forma de proceder ou operar,
como foi o colapso nos mercados dos Estados Unidos e do mundo entre 2008 e 2014.

Em uma economia de mercado, o sistema financeiro é de extrema importância na


medida em que capta o investimento e o canaliza para investimentos concretos que
causam um impacto positivo na economia real. Também é importante o fato de oferecer
ao investidor uma variedade de instrumentos financeiros para que ele escolha a melhor
opção e atenda suas necessidades.

O sistema financeiro oferece vários ativos financeiros que servem de investimento para
quem deseja adquirir (embora constitua um passivo para os emissores). Isto contribui
positivamente na geração de riqueza de um país, embora não sejam contabilizados.
Existem três características que são extremamente importantes na hora da avaliação: a
liquidez, o risco e a rentabilidade.

E finalmente, rentabilidade é a porcentagem de lucro esperada em relação ao capital


investido. Conforme dito, se o risco assumido é maior, se espera que o lucro aumente
também. É por isso que os países com grande possibilidade de não cumprir com suas
responsabilidades tenham que pagar mais juros e, basicamente, se espera maior lucro
com seu empréstimo.

O sistema financeiro oferece muitas oportunidades ao investidor, mas deve ter cuidado
ao operar nesta área, à medida que muitas de suas opções são arriscadas para uma
pessoa que carece de conhecimento para avaliar conscientemente os diferentes cenários

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que podem acontecer. É por isso que se costuma contratar operadores profissionais que
conheçam as complexidades do sistema com maior detalhe

Intermediação financeira

A Intermediação Financeira é uma operação que diz respeito à captação de recursos


pelas instituições financeiras, transferindo dinheiro de agentes econômicos
superavitários para os agentes deficitários, com o objetivo de tornar a intermediação
financeira mais simples, facilitando as trocas entre os dois tipos de agentes, surgiram as
instituições financeiras. Em suma, elas são organizações que têm como finalidade
melhorar a forma de utilização de capitais financeiros,?tanto próprios como de terceiros,
obedecendo prazos, riscos e custos e atendendo sempre aos objetivos de seus
patrocinadores, que podem ser pessoas físicas ou até mesmo jurídicas.

Como já dito anteriormente, as instituições financeiras têm como principal objetivo a


prestação de serviços como intermediárias no mercado financeiro. Ou seja, elas
garantem que o capital dos superavitários chegue aos deficitários e retorne no período
acordado. Além disso, existem vários tipos de instituições financeiras, mas três se
destacam. Nesse tipo de instituição estão os bancos, as sociedades de construção, as
cooperativas de crédito, as trust companies e as?empresas de empréstimo hipotecário. Já
as instituições seguradoras são constituídas pelas companhias de seguros e fundos de
pensões. As instituições de investimento, por fim, são os bancos de investimento, os
subscritores e as corretoras. São elas que lidam com os produtos financeiros destinado
ao investidor, que compra e vende títulos, por exemplo.

Tipos de intermediação financeira

Dentro do sistema financeiro, existem dois tipos de intermediação financeira. São elas a
intermediação financeira direta e a intermediação financeira indireta.

 A intermediação financeira direta ocorre por meio dos depósitos de aplicadores


nas instituições financeiras, que captam os recursos para emprestar aos tomadores de
crédito.
 A intermediação financeira indireta, por sua vez, acontece quando os poupadores
decidem comprar títulos (como as ações) através da Bolsa de Valores. Nesse caso,
as empresas que precisam do recurso (ou outros investidores dispostos a negociar no

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mercado secundário), por meio desses títulos, oferecem a possibilidade de que novas
pessoas ingressem ao capital social da companhia, se tornando acionistas.

Benefícios da intermediação financeira

Com a intermediação financeira, o poupador tem a chance de aplicar suas reservas,


dando a ele a possibilidade de que ele receba rendimentos providos de suas aplicações.
O que, aliás, irá beneficiar a instituição em que ele estiver investindo. Além disso, os
intermediadores financeiros podem se proteger de possíveis riscos dividindo seus
fundos em vários empréstimos e investimentos.

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CAPITULO III
Conclusão
Ao concluir dizer que a função financeira é um conjunto de acções e procedimentos
administrativos, envolvendo o planeamento, análise e controle das actividades
financeiras da empresa, visando maximizar os resultados económicos - financeiros
decorrentes de suas actividades operacionais. O objectivo do gestor financeiro é
aumentar o valor do património líquido da empresa, por meio da geração de lucro
líquido, decorrente das actividades operacionais da empresa. Para realizar essa tarefa, o
gestor financeiro precisa ter um sistema de informações gerenciais que lhe permita
conhecer a situação financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas,
maximizando seus resultados.

As principais funções das funções financeiras são: - Análise e Planeamento Financeiro:


analisar os resultados financeiros e planejar acções necessárias para obter melhorias. -
Captação e Aplicação de Recursos Financeiros: analisar e negociar a captação dos
recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros
disponíveis.

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Referência bibliográfica

BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São


Paulo: Atlas, 1989.
DA SILVA, J. P. Análise Financeira das Empresas. São Paulo: Editora Atlas.
1993.
HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
ROSS; WESTERFIELD; JAFFE. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 2002.
Lakatos e Marconi (Richardson, método pode ser definido de várias formas. 1999
Santos funcao financeira das empresas 1981

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