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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

3°Ano – Laboral

Trabalho de: Sistema de Informação em Saúde

Tema: Objectivos e Tipos de Avaliação de Informação

Discentes:

Carla Francisco David

Edgar João Piroro

Francisca Chabana

Rosalina Francisco Chele

Zainul Inocêncio

Quelimane, Setembro de 2023


Objectivos e Tipos de Avaliação de Informação

O presente trabalho de investigação da


cadeira de Sistema de Informação em
Saúde é de caracter avaliativo a ser
entregue a docente:

Mestre: Judite Gimo

Queliamne, Setembro de 2023


Índice
1. Introdução........................................................................................................................2

1.1. Objectivos.....................................................................................................................3

1.1.1. Geral:........................................................................................................................3

1.1.2. Específicos:...............................................................................................................3

1.2. Metodologia.................................................................................................................3

2. Objectivos e Tipos de Avaliação de Informação.............................................................4

Tipos de avaliação do sistema de informação em saúde.........................................................4

2.1.1. A avaliação normativa..............................................................................................5

2.1.1.1. Componentes da avaliação normativa..................................................................5

2.2. Avaliação para decisão.................................................................................................8

2.3. Avaliação para gestão...................................................................................................8

4. Conclusão.........................................................................................................................9

5. Referencia bibliográfica.................................................................................................10
1. Introdução

No mundo atual é difícil gerenciar uma empresa se não tiver uma das principais ferramentas:
a informação e recurso. As organizações precisam cada vez mais estarem interagidas pelo
compartilhamento de recursos, de tecnologia, de informação, e, também, da sua capacidade de
inovação.

A avaliação da informação desempenha um papel fundamental na sociedade actual, onde a


disponibilidade e o acesso a uma quantidade massiva de informações são características
marcantes da era digital. A capacidade de avaliar adequadamente a qualidade e a
confiabilidade das informações tornou-se uma habilidade crucial para indivíduos, académicos,
profissionais e sociedades como um todo. Neste contexto, é importante compreender os
objectivos e os diferentes tipos de avaliação da informação, a fim de tomar decisões
informadas e fundamentadas.

A avaliação da informação envolve a análise crítica de fontes de informação para determinar


sua utilidade, precisão, relevância e confiabilidade. Isso é especialmente importante em um
mundo onde notícias falsas, desinformação e informações tendenciosas podem se espalhar
rapidamente, afectando a compreensão pública e as decisões individuais. Informação são
dados invertido de relevância e propósito ( Drucker, 2000 p.13).

Informação pode ser um dado isolado ou um agrupamento organizado de dados, processado


por algum tipo de tratamento coeso. Conforme Mcgee e Prusk (1994), informação são dados
coletados, organizados, ordenados, aos quais são atribuídos significados e contexto (p.24).

A informação vem assumindo grande importância, devido à condição que sua utilização
possui de alavancar novas vantagens competitivas e produtivas, as quais dependem da
capacidade de gerar, processar e aplicar a informação baseada em conhecimento e
comunicação.

A partir de tais noções, Buckland (1991), aborda a questão do tangível e do intangível da


informação. Enquanto a informação como conhecimento é totalmente intangível e
imensurável, a informação como coisa, por ser tangível, permite a descrição e expressão da
informação como conhecimento.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:
 Compreender os Objectivos e Tipos de Avaliação de Informação

1.1.2. Específicos:
 Conceituar avaliação de informação
 Identificar os tipos de avaliação;
 Falar da avaliação para gestão.
1.2. Metodologia

Para elaboração desse trabalho científico, recorreu – se o levantamento de várias obras, com
auxílio da internet. Primeiro fez se a recolha, a organização e de seguida a apresentação.

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2. Objectivos e Tipos de Avaliação de Informação
No sector saúde a informação deve ser entendida como redutor de incertezas, instrumento
para detectar focos prioritários, conhecimento da realidade socioeconómica, demográfica e
epidemiológica, propiciando o planeamento, gestão, organização e avaliação nos vários níveis
do SUS, fazendo com que acções sejam realizadas no sentido de condicionar a realidade às
transformações necessárias.
O processo de gestão do sector saúde exige a tomada de decisões de alta responsabilidade e
relevância social. As informações podem funcionar como um meio para diminuir o grau de
incerteza sobre determinada situação de saúde, apoiando o processo de tomada de decisões.
Conforme Mcgee e Prusk (1994), informação são dados colectados, organizados, ordenados,
aos quais são atribuídos significados e contexto (p.24).
2.1. Implementação de sistemas de informação em saúde
Normalmente, a implementação de sistemas de informação em saúde tem, pelo menos, um
dos seguintes objectivos (Henriques & de Carvalho, 2014):
 Administrativo - pretende-se registar os dados demográficos dos doentes, bem como
os dados de funcionamento da instituição (ex.: datas de internamentos de doentes);
 Financeiro - pretende-se registar dados relativos aos custos ou receitas de serviços
prestados (ex.: despesas a apresentar aos subsistemas de saúde);
 Stock - pretende-se fazer a gestão de stocks de uma instituição (ex.: fármacos);
 Clínico - pretende-se registar os dados de saúde e doença de utentes.
A informação é um conjunto organizado de dados, que constitui uma mensagem sobre um
determinado fenómeno ou evento. A informação permite resolver problemas e tomar decisões,
tendo em conta que o seu uso racional é a base do conhecimento. A informação é um conjunto
de dados uteis as organizações e aos seres humanos, no sentido dar subsídios para uma
tomada de decisão eficaz.

Informação são dados invertido de relevância e propósito (Drucker, 2000 p.13). Informação
pode ser um dado isolado ou um agrupamento organizado de dados, processado por algum
tipo de tratamento coeso.

2.1. Tipos de avaliação do sistema de informação em saúde

Um dos pontos mais importantes a ser tratado é a avaliação, a qual deve acompanhar todo o
ciclo de vida da tecnologia da informação. A verificação técnica e a validação são mais
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importantes durante o processo de desenvolvimento do sistema. Estudos-piloto e estudos de
viabilidade podem ser realizados após a execução e são seguidos por estudos de custo-
benefício ou custo-efectividade.

Quando estamos a falar de Sistemas de Informação, tem de se verificar se o sistema está a


cumprir os objectivos para os quais foi definido e qual o grau de sucesso/êxito alcançado. A
palavra êxito pode ser definida e vista de várias formas e pontos de vista: economicamente,
por exemplo, ao não ter atingido a sua orçamentação ou terem existido reduções nos custos;
por não ter falhas durante o dia, etc. Mas, quando se pretende obter um sistema perfeito para
todas as organizações, não existe uma receita específica nem um tipo de modelo que seja o
melhor, pois cada instituição é única e diferente quando comparada com as outras, apesar de
existirem sempre alguns aspetos/traços similares nos sistemas de sucesso (Bush, et al., 2009).

2.1.1. A avaliação normativa

A avaliação normativa é a actividade que consiste em fazer u m julgamento sobre um a


intervenção, comparando os recursos empregados e sua organização (estrutura), os serviços
ou os bens produzidos (processo), e os resultados obtidos, com critérios e normas.

O s critérios e as normas nos quais se apoiam as avaliações normativas dos SIS constituem o
que Riveline (1991) chama de "resumos do verdadeiro e resumos do bem". Eles podem ser
derivados dos resultados da pesquisa avaliativa ou d e outros tipos d e pesquisa, ou
fundamentados no julgamento de pessoas bem-informadas ou de experts na área.

2.1.1.1. Componentes da avaliação normativa


a) Apreciação da Estrutura

Trata-se de saber em que medida os recursos são empregados de modo adequado para atingir
os resultados esperados. Comparamos então os recursos da intervenção, assim como sua
organização, com critérios e normas correspondentes. Esse tipo de apreciação deveria permitir
responder às perguntas do tipo: O pessoal é competente? A organização administrativa
favorece a continuidade e a globalidade? Estes recursos são suficientes para oferecer o leque
completo dos serviços prestados? É geralmente neste tipo de apreciação que se apoiam os
organismos de acreditação (Zulmira, 2000,p.35).

b) Apreciação do Processo

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Segundo Zulmira (2000); Trata-se de saber em que medida os serviços são adequados para
atingir os resultados esperados. Esta apreciação se faz comparando os serviços oferecidos pelo
SIS ou pela intervenção com critérios e normas predeterminadas e m função dos resultados
visados.

A apreciação do processo de uma intervenção visando oferecer serviços para uma clientela
pode ser decomposta em três dimensões:

 A dimensão técnica;
 A dimensão das relações interpessoais e;
 A dimensão organizacional.
a) A dimensão técnica dos serviços

Aprecia a adequação do SIS às necessidades. O SIS correspondem às necessidades dos


beneficiários; dos clientes? A dimensão técnica inclui a apreciação da qualidade do SIS.
Trata-se geralmente da qualidade definida a partir dos critérios e das normas profissionais. O s
programas d e garantia da qualidade nas organizações fazem parte da apreciação d o processo
(Zulmira, 2000, p.35).

c) A dimensão das relações interpessoais

Aprecia a interacção psicológica e social que existe entre os clientes e os produtores de


cuidados. Nos interessamos então no apoio que o pessoal dá aos pacientes, na satisfação
destes, na cortesia dos produtores d e cuidados e no respeito à pessoa (Zulmira, 2000, p.35).

i. A dimensão organizacional

A dimensão organizacional do processo diz respeito à acessibilidade aos serviços, à extensão


da cobertura dos serviços oferecidos pela intervenção considerada, assim com o à globalidade
e à continuidade dos cuidados e dos serviços. Por globalidade e continuidade entendemos o
carácter multiprofissional e inter-organizacional dos cuidados, assim como sua continuidade
no tempo e no espaço (Zulmira, 2000, p.35).

d) Apreciação dos Resultados

A apreciação dos resultados consiste em se perguntar se os resultados observados


correspondem aos esperados, isto é, aos objectivos que a intervenção se propôs atingir. A
apreciação dos resultados é feita comparando-se os índices dos resultados obtidos co m
critérios e com normas de resultados esperados. Esta apreciação é, muitas vezes, insuficiente
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para se fazer um julgamento válido sobre os resultados de uma intervenção. Para avaliá-los
deve-se geralmente empregar uma pesquisa avaliativa (Zulmira, 2000, p.35).

e) Pesquisa avaliativa

Para Novaes (2000), a pesquisa avaliativa tem o objectivo de produzir conhecimento que
servirá como factor orientador de decisões sempre que questões externas à pesquisa, tais
como viabilidade, disponibilidade de tempo, de recursos e outras demandas, estejam
presentes.

f) Componentes da pesquisa avaliativa

A pesquisa avaliativa, pode se decompor em seis tipos de análise. Fazer pesquisa avaliativa
em um SIS consistirá, portanto, em fazer uma ou várias destas análises. Teremos, então, que
frequentemente apelar para várias estratégias d e pesquisa e considerar as perspectivas dos
diferentes actores envolvidos na intervenção (Zulmira, 2000, p.37).

Os seis tipos de análise segundo Zulmira (2000):

Análise Estratégica: Trata-se d e analisar a pertinência da intervenção, isto é, de analisar a


adequação estratégica entre a intervenção e a situação problemática que deu origem à
intervenção.

 Análise da Intervenção: A análise da intervenção consiste em estudar a relação que


existe entre os objectivos da intervenção e os meios empregados. Trata-se de
interrogar sobre a capacidade dos recursos que foram mobilizados e dos serviços que
foram produzidos para atingir os objectivos definido
 Análise da Produtividade: A análise da produtividade consiste em estudar o modo
como os recursos são usados para produzir serviços para o SIS.

Para analisar a produtividade de uma intervenção, deve-se poder definir e medir sua produção.
Na área da saúde, trata-se muitas vezes de um empreendimento difícil e para alcançá-lo é
importante decompor o conceito de produção.

 Análise dos Efeitos: A análise dos efeitos é aquela que se baseia em avaliar a
influência do SIS sobre os estados de saúde.
Ela consistirá em determinar a eficácia do SIS para modificar os estados de saúde. A
medida dos efeitos, que sejam desejados, ou não, depende do tipo de pesquisa
adoptada. O conceito de eficácia não tem um sentido absoluto, ele deve ser qualificado
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em virtude do contexto no qual a pesquisa é feita, do procedimento escolhido, da
natureza da intervenção avaliada e da finalidade do exercício de avaliação
 A Análise do Rendimento: A análise do rendimento (ou da eficiência) é aquela que
consiste em relacionar a análise dos recursos empregados com os efeitos obtidos.
 Análise da Implantação: O último tipo de análise que podemos fazer no quadro de
uma pesquisa avaliativa consiste, por um lado, em medir a influência que pode ter a
variação no grau de implantação de uma intervenção nos seus efeitos e, por outro, em
apreciar a influência do ambiente, do contexto, no qual a intervenção está implantada
nos efeitos da intervenção.
2.2. Avaliação para decisão

A avaliação para decisão tem objectivo de produzir respostas para perguntas estabelecidas por
agentes que vivenciam de perto o objeto avaliado. O avaliador interno tem papel decisivo no
desenrolar do processo, ainda que avaliadores externos façam parte da equipe que vai
coordenar a avaliação. São utilizados métodos quantitativos e qualitativos, por meio de
“estudos de caso”. Seus resultados são geralmente reconhecidos como melhor construídos,
mais sistematizados e cujo valor final é medido por sua capacidade de se transformar em
recomendações positivas, ou seja, aquelas capazes de contribuir para a solução dos problemas
identificados (SES, 2015, p. 21).

2.3. Avaliação para gestão

De acordo com SES (2015), A avaliação para gestão no SIS tem objectivo de produzir
informação para aprimorar o objecto avaliado. Entretanto, faz-se necessária a presença de um
avaliador interno e de avaliadores externos. O foco principal é caracterizar uma condição e
traduzi-la em medidas que possam ser quantificadas e replicadas.

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4. Conclusão

Concluindo, a informação desempenha um papel fundamental no sector de saúde, servindo


como uma ferramenta essencial para reduzir a incerteza, detectar prioridades, compreender a
realidade socioeconómica, demográfica e epidemiológica, bem como apoiar o planejamento,
gestão, organização e avaliação em todos os níveis do sistema de saúde. No contexto da
tomada de decisões no sector da saúde, a informação é uma aliada valiosa para aumentar a
clareza sobre as situações de saúde e orientar escolhas responsáveis e socialmente relevantes.

A implementação de sistemas de informação em saúde visa atender a diversos objectivos,


incluindo aspectos administrativos, financeiros, de gestão de estoques e registros clínicos.
Esses sistemas são projectados para colectar, organizar e processar dados relevantes que
posteriormente se transformam em informações valiosas. A informação, nesse contexto, é
compreendida como um conjunto de dados com significado e contexto atribuídos, formando a
base do conhecimento necessário para a tomada de decisões eficazes.

A avaliação de sistemas de informação em saúde é um componente crítico para garantir que


esses sistemas atendam aos objetivos definidos. Essa avaliação pode abranger várias
dimensões, incluindo avaliação normativa, que envolve a comparação dos recursos
empregados, a estrutura, o processo e os resultados com critérios e normas estabelecidos.
Além disso, a avaliação pode incluir análises estratégicas, de intervenção, de produtividade,
de efeitos, de rendimento e de implantação, cada uma com seu foco específico.

A avaliação também desempenha um papel importante na tomada de decisões, fornecendo


respostas para perguntas formuladas por partes interessadas envolvidas de perto com os
sistemas de informação em saúde. A combinação de métodos quantitativos e qualitativos,
frequentemente por meio de estudos de caso, contribui para a construção de recomendações
positivas que podem solucionar problemas identificados.

Portanto, a informação desempenha um papel central no sector de saúde, apoiando a tomada


de decisões, o planejamento e a gestão eficazes. A implementação e avaliação cuidadosas dos
sistemas de informação são essenciais para garantir que eles cumpram seus objectivos e
contribuam para a melhoria da assistência à saúde e dos processos relacionados.

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5. Referencia bibliográfica

Mcgee e Prusk (1994). A Importância da Informação na Tomada de Decisões no Setor da


Saúde

Henriques & de Carvalho (2014). Objectivos e Tipos de Implementação de Sistemas de


Informação em Saúde

Bush, et al. (2009). Avaliação de Sistemas de Informação em Saúde: Uma Visão Abrangente

Riveline (1991). Avaliação Normativa em Sistemas de Informação em Saúde

Zulmira (2000). Componentes da Avaliação Normativa em Sistemas de Informação em Saúde

Novaes (2000). Avaliação para Decisão em Sistemas de Informação em Saúde

SES (2015). Avaliação para Gestão em Sistemas de Informação em Saúde

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