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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

Cadeira:

3º Ano – Laboral

4º Grupo

Tema: Auditoria às Folhas de pagamento

Estudantes:

Cândido Fernando Arnial

Edgar João Piroro

Francisca Eduardo Chabana

Laurinda Rodrigues Alexandre Chipire;

Sisinio Herdeiro Corrente Namurro

Zainul Inocêncio Jussub

Quelimane, Agosto de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

Auditoria às Folhas de pagamento

Trabalho de caracter avaliativo a ser entregue na


Universidade Católica de Moçambique, Faculdade
de Ciências Sociais e Políticas na cadeira de
Auditoria hospitalar, leccionada por: Mestre
Melanieé Hassan

Quelimane, Agosto de 2023


Índice
1. Introdução..........................................................................................................................2

1.1. Objectivos......................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral:..........................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos:...............................................................................................3

1.2. Metodologia.......................................................................................................................3

2. Auditoria às Folhas de Pagamento.....................................................................................4

2.1. Auditoria........................................................................................................................4

2.1.1. Objectivo da Auditoria...............................................................................................5

2.2. Folha de Pagamento.......................................................................................................6

2.2.1. Proventos....................................................................................................................7

2.2.2. Salário.........................................................................................................................7

2.2.3. Hora extra...................................................................................................................8

2.2.4. Remuneração variável................................................................................................8

2.2.5. Adicional de insalubridade.........................................................................................8

2.2.6. Adicional de periculosidade.......................................................................................9

2.2.7. Adicional noturno.......................................................................................................9

2.2.8. Salário-família............................................................................................................9

2.2.9. Vale transporte..........................................................................................................10

2.2.10. Abono pecuniário.....................................................................................................10

2.2.11. 13º Salário................................................................................................................10

2.2.12. Rescisão....................................................................................................................11

2.2.13. Tributos Incidentes...................................................................................................11

2.2.13.1. Instituto nacional do seguro social (INSS)...........................................................11

2.3. Tipos de auditoria.........................................................................................................12


2.3.1. Auditoria interna.......................................................................................................12

2.3.2. Auditoria externa......................................................................................................13

3.4. Auditoria interna, a auditoria externa e suas principais diferenças..............................15

3.5. Controle interno...........................................................................................................16

3.5.1. Princípios fundamentais do controle interno............................................................18

3.5.1.1. Responsabilidade..................................................................................................18

3.5.1.2. Rotinas internas.....................................................................................................19

3.5.1.3. Acesso aos activos................................................................................................20

3.5.1.4. Segregação de funções..........................................................................................20

3.5.1.5. Confronto dos activos com os registros................................................................21

3.5.1.6. Amarração do sistema...........................................................................................21

3.6. Promoção da eficiência e eficácia operacional............................................................21

3.4. Inconsistências nas informações contidas nas folhas de pagamento...........................22

3.5. A conformidade das folhas de pagamento com as leis trabalhistas.............................23

3.6. Registro inadequado das horas trabalhadas..................................................................24

3.6.1. Cálculos incorrectos.................................................................................................25

3.7. Casos práticos relacionados auditoria às Folhas de Pagamento...................................25

3.8. Outras obrigações.........................................................................................................27

3.8.1. Cadastro geral dos empregados e desempregados (CAGED)..................................27

3.9. Caso pratico..................................................................................................................27

4. Conclusão.........................................................................................................................30

5. Referencias Bibliográficas...............................................................................................31
1. Introdução

A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle


patrimonial, com o objectivo de atestar sua validade sobre determinado dado, podemos afirmar
que é uma forma muito eficaz de controlo administrativo das empresas, auxiliando na avaliação
da veracidade das informações geradas.

O presente trabalho tem como tema: Auditoria às Folhas de Pagamento. A auditoria às folhas de
pagamento é um processo crítico e essencial para garantir a transparência, precisão e
conformidade nas práticas de remuneração de uma organização. Com o aumento da
complexidade das operações financeiras e a crescente necessidade de prestação de contas, a
auditoria se tornou uma ferramenta indispensável para assegurar a integridade dos registros
contábeis e a conformidade com as regulamentações e políticas internas e externas.

No contexto empresarial e governamental, a folha de pagamento representa um dos principais


componentes dos custos operacionais, pois envolve o pagamento de salários, benefícios, impostos
e outras obrigações trabalhistas. Portanto, a correcta e precisa administração da folha de
pagamento é essencial para garantir a saúde financeira da organização e a satisfação dos
colaboradores.

De acordo com Anderson (1977, p. 45), a auditoria às folhas de pagamento busca identificar
possíveis irregularidades, erros ou fraudes, além de verificar a exactidão dos cálculos e o
cumprimento das obrigações legais e contratuais. Os auditores analisam minuciosamente os
registros e documentos relacionados à folha de pagamento, realizando testes e procedimentos
para avaliar a confiabilidade das informações apresentadas (Attie, 1983, p. 33).

Neste contexto, a auditoria pode ser conduzida por auditores internos ou por empresas
especializadas em auditoria externa. Independentemente da abordagem adotada, a auditoria às
folhas de pagamento visa fornecer aos gestores, accionistas, órgãos reguladores e demais partes
interessadas a garantia de que os recursos financeiros estão sendo adequadamente empregados e
de acordo com as normas estabelecidas.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
 Compreender a Auditoria às Folhas de Pagamento

1.1.2. Objectivos específicos:


 Conceituar a Auditoria às Folhas de Pagamento;
 Identificar possíveis erros ou inconsistências nas informações contidas nas folhas de
pagamento;
 Verificar a conformidade das folhas de pagamento com as leis trabalhistas e
regulamentações vigentes;
 Apresentar alguns casos práticos relacionados a uma auditoria às Folhas de Pagamento.

1.2. Metodologia
No estudo de metodologias, Gil (2008; p.20) aponta que a metodologia representa um
procedimento racional e ordenando pelo (formador pensar) constituído por instrumento que
implica utilizadas experimentação para procederem ao longo do caminho alcançar os objectivos
pré-estabelecidos na pesquisa, envolvendo recursos, técnicas, procedimentos, etc. Portanto, a
realização desse trabalho foi através de consultas bibliográficas. As obras consultadas que
tornaram o trabalho possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da conclusão,
estando organizadas em ordem alfabética.

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2. Auditoria às Folhas de Pagamento
2.1. Auditoria

A origem latina do termo auditoria, que vem de audire (ouvir), foi ampliada pelos ingleses como
auditing para denominar a tecnologia contábil da revisão.

Para atender o mundo globalizado, de uma sociedade moderna composta pelas grandes
organizações, com o desenvolvimento económico dos países, gerando crescente complexidade na
administração dos negócios, onde as transacções são contabilizadas em real-time, sujeitas às
determinações fiscais e legais, e devido à criação de normas regulamentadora da profissão, o
conceito de auditoria tem-se ampliado ao longo do tempo.

Auditoria é um exame cuidadoso e sistemático das actividades desenvolvidas em determinada


empresa. Ou seja, é uma actividade independente e objectiva de avaliação e de consultoria,
desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização, ela auxilia uma
organização a realizar seus objectivos a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e
disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle
e governação.

Segundo Stamp & Moonitz (1978), citado por Costa (2010:50), Auditoria financeira é um exame
independente, objectivo e competente de um conjunto de demonstrações financeiras de uma
entidade, sendo conduzida com a intenção de expressar uma opinião informada, através de um
relatório escrito, de acordo com as normas de contabilidade geralmente aceites.

A auditoria tanto na área pública quanto na área privada é uma especialização contábil voltada a
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial, com o objectivo de atestar sua validade
sobre determinado dado (ATTIE, 2000, p. 25).

A auditoria é a forma mais eficaz de controlo administrativo das empresas, auxiliando na


avaliação da veracidade das informações geradas. Através da auditoria, é possível expressar uma
opinião sobre a real situação patrimonial e financeira da empresa, por meio de testes possibilita
uma verificação nas demonstrações contábeis e procedimentos adotados pela empresa com a
intenção de obter a exactidão dos registros contábeis.

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De acordo com Almeida (2014:3), auditoria às Folhas de Pagamento é um processo sistemático e
independente de verificação e análise das informações contidas nas folhas de pagamento de uma
organização. Visa assegurar a precisão, conformidade e integridade dos registros financeiros
relacionados aos salários, benefícios e descontos de funcionários, bem como garantir o
cumprimento das leis trabalhistas e regulamentações aplicáveis.

Por outro lado, a auditoria às folhas de pagamento é uma prática crucial para as organizações,
pois ajuda a garantir a transparência e a integridade dos registros contábeis, proporcionando
maior segurança aos colaboradores e aos órgãos reguladores. Através da verificação da
conformidade, precisão e eficácia dos processos, a auditoria permite que a administração tome
decisões mais fundamentadas e implemente melhorias para otimizar a gestão de recursos
humanos e financeiros. Não só, contribui para evitar possíveis penalidades legais, riscos
trabalhistas e danos à reputação da empresa, fortalecendo a governança corporativa e
promovendo a confiança de todas as partes interessadas.

Auditoria consiste no exame de documentos, livros, registros, inspecções, obtenção de


informações e confirmações internas e externas, obedecendo às normas apropriadas verificando
se as demonstrações representam a situação nelas demonstradas de acordo com as normas e
princípios contábeis.

2.1.1. Objectivo da Auditoria

O objectivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis das


organizações bem como auxiliar as organizações no sentido de assegurar que as demonstrações
contábeis estejam em conformidade com as normas e princípios da contabilidade.

Conforme Attie (2006, p. 31) o objectivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas
gerais, como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações
financeiras preparadas pela companhia auditada.

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2.2. Folha de Pagamento

A folha de pagamento é composta pelas remunerações pagas aos trabalhadores de uma empresa
em troca de serviços prestados durante um determinado tempo, ou seja, é a soma de todos os
registros financeiros, vencimentos, salários e descontos.

A folha de pagamento tem função operacional, contábil e fiscal, devendo ser elaborada com base
em todas as informações dos empregados. Os profissionais do departamento de pessoal fazem o
levantamento e transformam as informações para se chegar ao produto final que é folha
pagamento, esta é de suma importância para a empresa, pois as remunerações e encargos sociais
afectam de uma forma considerável a empresa, sendo assim esses profissionais precisam estar em
constante actualização para garantir um trabalho com qualidade para a empresa e aos
empregados.

Segundo o autor Paulo Henrique de Teixeira (2000), “a prevenção do risco trabalhista para o
sector de pessoal da empresa é importante, pois visa evitar contingências trabalhistas e
previdenciárias”.

Segundo o manual de prático da folha de pagamento Webfopag (2009) toda empresa está sujeita
a algum tipo de ameaça, tanto externa como interna, por isso vamos efectuar a auditoria na folha
de pagamento como a intenção de prevenir erros nos cálculos trabalhistas.

Conforme Franco e Marra (2001, p. 26) para mensurar a adequação e confiabilidade dos registros
e das demonstrações contábeis, a Contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é
própria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros, inspecções,
obtenção de informações e confirmações interna e externas, obedecendo a normas apropriadas de
procedimentos, objectivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente
a situação nelas demonstrada, de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade,
aplicados de maneira uniforme.

O pagamento deve ser realizado até o 5º dia útil do mês subsequente, porém algumas empresas
realizam no último dia mês.

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Conforme Oliveira (2009, p. 44) outras empresas realizam o pagamento no limite máximo
exigido por lei: o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, se o pagamento for mensal, ou o
quinto dia subsequente, quando o pagamento for semanal ou quinzenal, conforme IN nº 01/89.

Algumas empresas fazem o pagamento de seus empregados no último dia do mês; neste caso é
necessário fechar a folha de pagamento alguns dias antes, ganhando-se assim tempo necessário
para cálculo dos devidos proventos e descontos. (OLIVEIRA, 2009, p. 44).

Basicamente, uma folha de pagamento é o documento que deve ser elaborado, ao final de cada
mês, por todas as entidades que possuem empregados, indicando seus nomes, remunerações,
descontos, valores líquidos a serem pagos. (FERREIRA, 2012, p. 449).

Para Oliveira (2009, p. 43 - 44) a folha de pagamento divide-se em duas partes distintas:
proventos e descontos. A parte de proventos engloba de uma forma geral:

 Salário.
 Horas Extras.
 Adicional de insalubridade.
 Adicional de periculosidade.
 Adicional noturno.
 Salário-família.
 Diárias para viagem.
 Ajuda de custo.

A parte dos descontos compreende basicamente:

 Quota de previdência.
 Imposto de Renda.
 Contribuição Sindical.
 Seguros.
 Adiantamentos.
 Faltas e atrasos. Vale-transporte.
2.2.1. Proventos
2.2.2. Salário

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De acordo Oliveira (2010, p. 8) integram o salário não só a importância fixa estipulada, como
também as comissões, gorjetas, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem que
excedam 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pagos pelo empregador.

Conforme Oliveira (2009, p. 44) é a contraprestação devida e paga directamente pelo empregador
a todo empregado. Ele pode ser pago mensal, quinzenal, semanal ou diariamente, por peça ou
tarefa; sempre se obedecerá ao salário mínimo. Ao menor aprendiz, salvo na condição mais
favorável, será garantido o salário mínimo hora. (art. 428, 2º da CLT, com redação dada pela Lei
nº 10.097/2000).

Quando se estabelece que o pagamento será mensal, deve-se efectuá-lo o mais tardar até o quinto
dia útil do mês subsequente ao vencimento, art . 459, 1º paragráfo, da CLT, alterado pela Lei n.
7.855/89”. (OLIVEIRA, 2009, p. 44).

a) Para Oliveira (2009, p. 44), o pagamento pode ser feito em dinheiro ou cheque. Em caso
de fazê-lo em cheque, o empregador deve proporcionar ao empregado:
b) Horário que permita o desconto do cheque, imediatamente após sua emissão;
c) Possibilidade para evitar qualquer prejuízo, inclusive gastos com transporte;
d) Condição que impeça qualquer atraso no recebimento do salário (Portaria nº 3.281/84).
2.2.3. Hora extra

De acordo com Oliveira (2009, p. 45) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de duas
horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante acordo colectivo ou
convenção coletiva de trabalho, devendo obrigatoriamente o empregador pagar, pelo menos, mais
50% sobre a hora normal.

2.2.4. Remuneração variável

Conforme Oliveira (2009, p. 48) o empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base
de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho
em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões realizadas no mês, considerando-se
como divisor o número de horas efectivamente trabalhadas.

2.2.5. Adicional de insalubridade

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Para Oliveira (2009, p. 49) serão consideradas actividades ou operações insalubres aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Conforme Oliveira (2009, p. 49): há três graus de insalubridade: máximo, médio e mínimo; os
empregados que trabalham em condições insalubres têm assegurada a percepção de adicional
respectivamente de 40%, 20% e 10% do salário mínimo ou salário profissional, não importando o
salário que recebem. (art. 192 da CLT e Súmula nº 17 do TST).

INSALUBRIDADE (GRAU) ACRÉSCIMO S/ SALÁRIO

Mínimo 10%

Médio 20%

Máximo 40%

Fonte: Ferrari, (2012, p. 457).

2.2.6. Adicional de periculosidade

De acordo com Oliveira (2009, p. 51) são consideradas actividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contacto com inflamáveis ou explosivos, em condições de
risco acentuado. O empregado que trabalha em condições de periculosidade recebe um adicional
de 30% sobre o salário efectivo, não incidindo esse percentual sobre gratificações, prémios ou
participações nos lucros da empresa.” (OLIVEIRA, 2009, p. 51).

2.2.7. Adicional noturno

Conforme Oliveira (2009, p. 51), “Tem direito ao adicional noturno o empregado que trabalha no
período entre as 22 horas de um dia e as 5 do dia seguinte”.

Conforme Ferrari (2012, p. 458) com base no artigo 73 da CLT, considera-se noturno, o trabalho
(na zona urbana) executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia
seguinte, totalizando ao todo 7 horas “reais”, ou seja, 420 minutos “reais”, as quais, para efeito de
pagamento, equivalem a 8 h diárias no horário diurno.
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2.2.8. Salário-família

Para Oliveira (2009), os funcionários que possuam filhos com até 14 anos ou inválidos tem
direito a uma cota de salário-família que é fixada pela previdência social.

De acordo com Ferrari (2012, p. 478) é pago pela previdência social aos trabalhadores de baixa
renda que possuem filhos até 14 anos incompletos ou inválidos. Assim, o trabalhador enquadrado
nestas condições terá direito a receber tantas quotas de salário-família quantos forem os filhos
nesta faixa etária.

2.2.9. Vale transporte

O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo


equivalente à parcela que exceder 6% (seis por cento) de seu salário básico.

“Art. 2º O vale transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência trabalho e vice-versa”. (OLIVEIRA,
2012, p. 82).

2.2.10. Abono pecuniário

A CLT prevê em seu artigo 143, que “é facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria
devida nos dias correspondentes”.

De acordo com Oliveira (2009, p. 141) todo empregado que quiser poderá converter 1/3 (um
terço) do período de férias a que tiver direito de abono pecuniário, no valor da remuneração das
férias, já acrescida de um terço (1/3), referido no citado artigo 7º, inciso XVII, da Constituição
Federal. Para isso é necessário que o empregado requeira tal abono até 15 dias antes do término
do período aquisitivo.

2.2.11. 13º Salário

Conforme Oliveira (2007, p. 119) “O artigo 7, inciso VIII, da Constituição Federal estabeleceu
“décimo terceiro salário” para a gratificação natalina. É importante ressaltar que a Constituição
determina que seja pago com base na remuneração integral”.

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“O 13º salário deve ser pago em duas parcelas. A primeira será paga entre os meses de Fevereiro
e Novembro de cada ano e a segunda até o dia 20 de Dezembro”. (OLIVEIRA, 2009, p. 100).

Para Oliveira (2009, p. 100), “Seu valor corresponderá a 1/12 da remuneração devida em
Dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, sendo que a fracção igual ou superior a 15
dias de trabalho será havida como mês integral”.

2.2.12. Rescisão

Conforme a Lei n. 12.506/2011, o aviso-prévio é concedido na proporção de 30 dias aos


empregados que contém até 1 ano de serviço na mesma empresa, sendo que, serão acrescidos 3
dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias, perfazendo um
total de até 90 dias.

De acordo com o memorando circular n. 10 de 2011, da Secretaria de Relações do Trabalho do


Ministério do Trabalho e Emprego, a contagem do acréscimo ao tempo do aviso prévio é a partir
do segundo ano, não sendo aplicada esta regra quando o empregado pede demissão.

2.2.13. Tributos Incidentes


2.2.13.1. Instituto nacional do seguro social (INSS)

A contribuição de cada segurado empregado, filiado ao Instituto Nacional do Seguro Social,


inclusive doméstico e o avulso, é de 8%, 9% e 11%, de acordo com o salário de contribuição
determinado previdência social”. (OLIVEIRA, 2009, p. 53).

Salário-de-Contribuição (R$) Alíquota para Fins de Recolhimento ao INSS

Até 1.247,11 8%

De 1.247,12 até 2.078,52 9%

De 2.078,53 até 4.157,05 11%

Quadro 3 - Contribuição previdência social.

Fonte: Portaria interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013.

2.2.13.2. Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS)

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Sobre o fundo de garantia por tempo de serviço, afirma Palma (2000, p. 466) “Os empregadores
devem depositar na conta bancária vinculada do trabalhador a importância correspondente a 8%
(oito por cento) da remuneração paga ou devida ao mês anterior a cada trabalhador”.

2.3. Tipos de auditoria


2.3.1. Auditoria interna

A auditoria interna é um instrumento de controlo administrativo, de técnicas que têm por


objectivo verificar os exames, as avaliações, a eficiência e a eficácia das actividades
operacionais, dessa forma, analisando as deficiências e os riscos.

A Auditoria interna é uma actividade de avaliação independente e de assessoramento da


administração, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas
de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições e aos
planos, às metas, aos objectivos e às políticas definidos para as mesmas. (JUND, 2007, p. 28).

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2014), em seu pronunciamento Normas


Brasileiras de Contabilidade (NBC) T 12:

A auditoria interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações,


metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controlos internos integrados ao
ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objectivos.

A auditoria interna possui alguns procedimentos que representam as técnicas que o auditor usa
para colher suas evidências sobre as informações das demonstrações financeiras. Estas técnicas
podem ser: contagem física, confirmação com terceiros, conferência de cálculos e inspecção de
documentos.

Contagem física é um procedimento utilizado em contas do activo e consiste em identificar


fisicamente o bem nas demonstrações contábeis. Para Almeida (2003, p. 56), os activos que
normalmente são submetidos à contagem física pelo auditor são:

 Dinheiro em caixa;
 Estoques;
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 Títulos (acções, títulos em aplicações financeiras, etc.); Bem do activo imobilizado.

De acordo com Crepaldi (2002, p. 159), o exame físico realizado pelo auditor deve conter as
seguintes características básicas:

 Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente;


 Existência física: comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item
examinado existe realmente;
 Identificação: comprovação, por meio do exame visual, do item específico a ser
examinado;
 Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objecto examinado é fidedigno;
 Qualidade: exame visual de que o objecto examinado permanece em uso, não está
deteriorado e merece fé.

Quanto à confirmação com terceiros, trata-se de um procedimento empregado pelo auditor para
confirmar, através de cartas, os bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a
receber e obrigações. São exemplos de confirmação com terceiros, segundo Almeida (2003, p.
56):

Inspeção de documentos é o exame de documentos internos e externos. Os internos são


produzidos pela própria empresa e os externos são fornecidos por terceiros à empresa. Esses
documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos contábeis.
Conforme Almeida (2003, p. 57), são exemplos de documentos internos:

 Relatório de despesas;
 Boletim de caixa;
 Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciações,
amortizações);
 Requisição de compras;
 Mapa de licitação de compras;
 Registro de empregados;
 Folha de pagamento;
 Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e
conselho fiscal).

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2.3.2. Auditoria externa

De acordo com Franco e Marra (2001, p. 218), “A auditoria externa é aquela realizada por
profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a entidade auditada e que
poderá ser contratado para auditoria permanente ou eventual”.

A auditoria externa tem como objectivo a emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis
que representam a posição patrimonial e financeira de empresas e se foram realizadas conforme
os princípios fundamentais de contabilidade.

Segundo Crepaldi (2002, p. 46) Auditoria externa é executa por profissional independente, sem
ligação com o quadro da empresa. Sua intervenção é ajustada em contrato de serviços. Os testes e
indagações se espalham por onde haja necessidade de levantar questões elucidativas para a
conclusão do trabalho ajustado.

Para Almeida (2003, p. 33), os principais motivos que levam uma empresa a contratar um auditor
externo ou independente são os seguintes:

Obrigação legal (companhias abertas, fundos de pensão, seguradoras e quase todas as entidades
integrantes do SFN);

Como medida de controle interno tomada pelos acionistas, proprietários ou administradores da


empresa;

Imposição de um banco para ceder empréstimos;

Imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima; - a fim de atender às


exigências do próprio estatuto ou contracto social da companhia ou empresa;

Para efeito de compra da empresa (o futuro comprador necessita de uma auditoria a fim de
determinar o valor contábil correcto do património líquido da empresa a ser comprada);

Para efeito de incorporação da empresa (é a operação pela qual a empresa é absorvida por outra,
que lhe sucede em todos os direitos e obrigações);

Para efeito de fusão de empresas (é a operação pela qual se unem duas ou mais empresas para
formar uma nova sociedade, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações);

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Para fins de cisão da empresa (é a operação pela qual a empresa transfere parcelas de seu
património para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-
se a empresa cindida, se houver versão de todo seu património, ou dividindo-se seu capital, se
parcial a distribuição);

para fins de consolidação das demonstrações contábeis (a consolidação é obrigatória para a


companhia aberta que tiver mais de 30% do valor de seu patrimônio líquido representado por
investimentos em sociedades controladas).

Em face do exposto, torna-se evidente que salvaguardar as condições econômicas e estruturais da


empresa constituem o cerne da auditoria, quer seja em casos legais, quer seja em transações que
envolvam fusões, cisões ou ainda no caso das demonstrações contábeis conforme legislação
pertinente.

3.4. Auditoria interna, a auditoria externa e suas principais diferenças

No Quadro 1 (um) traçam-se as principais diferenças entre auditoria interna e auditoria externa,
de modo a caracterizá-las. Observa-se, neste particular, que são duas ações com peculiaridades
próprias, que serão posteriormente esclarecidas, mas, de qualquer forma, a preocupação final é o
bom andamento das actividades empresariais.

Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna

Sujeito Profissional independente Auditor interno (funcionário da


empresa)

Ação e objetivo Exame das demonstrações Exame dos controles


financeiras operacionais

Finalidade Opinar sobre as Promover melhorias nos


demonstrações financeiras controles operacionais

Relatório principal Parecer Recomendações de controle


interno e eficiência
administrativa

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Grau de independência Mais amplo Menos amplo

Interessados no trabalho A empresa e o público em A empresa


geral

Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista

Número de áreas cobertas Maior Menor


pelo exame durante um
período

Intensidade dos trabalhos Menor Maior


em cada área

Continuidade do trabalho Periódico Contínuo

3.5. Controle interno

O controle interno de uma organização representa a protecção de seus activos, a transmissão de


dados contábeis que possuem veracidade das informações e ajuda a administração na tomada de
decisões dos negócios.

Neste sentido, afirma Attie (1992, p. 197) controle interno compreende o plano de organização e
o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu
património, verificar a exactidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência
operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.

Os objectivos do controle interno envolvem todos os procedimentos e as práticas que, em


conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar.

Para Attie (2007, p. 189): o controlo interno tem quatro objectivos básicos:

 A salvaguarda dos interesses da empresa;


 A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e
operacionais;
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 O estímulo à eficiência operacional; e - a aderência às políticas existentes.

No que se refere à salvaguarda de interesses, as organizações dispõem de bens, direitos e


obrigações que podem ser divididos em departamentos e setores, por isso, existem meios para dar
suporte e para minimizar possíveis perdas e riscos. A segregação de funções, sistema de
autorização e aprovação, rotação de funcionários, manutenção de contas de controles como
alguns dos principais meios que podem dar suporte para a salvaguarda dos interesses. De acordo
com Attie

(2009, p. 155), “o objetivo do controle interno relativo à salvaguarda dos interesses refere-se à
proteção do patrimônio contra quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou irregularidades”.

Precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais, por


sua vez, permitem obter informações adequadas e oportunas para o gerenciamento, existem
alguns meios que o possibilitam como a documentação ser confiável, um plano de contas bem
definido de acordo com as necessidades, equipamento mecânico, conciliação e análise.

Para Attie (2009, p.156) o objectivo de controlo interno relativo à precisão e confiabilidade dos
informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais compreende a geração de informações
adequadas e oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender os eventos
realizados na empresa.

No quesito estímulo à eficiência operacional, a organização deve estabelecer procedimentos,


regras para que ocorra correctamente e com eficiência o desenvolvimento da empresa. Os
principais meios são: selecção que possibilita a obtenção de pessoal qualificado, treinamento que
propicia a capacitação para determinada actividade, plano de carreira, relatório de desempenho,
relatórios de horas trabalhadas, tempos e métodos, custo-padrão, manuais internos, onde estão
claros os procedimentos internos, e instruções formais.

De acordo com Attie (2009, p.158), "o estímulo à eficiência operacional determina prover os
meios necessários à condução das tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação
tempestiva e uniforme”.

Ainda no que se refere à aderência às políticas existentes, a organização deve seguir às políticas
para assegurar que os objectivos da administração, definidos através das políticas, sejam seguidos

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pelos funcionários. Desse modo, continuando a operar indefinidamente e gerando resultados
favoráveis proporciona a sua permanência.

Assim, “o objetivo do controle interno, relativo à aderência às políticas existentes, é assegurar


que os desejos da administração, definidos através de suas políticas e indicados por meio de seus
procedimentos, sejam adequadamente seguidos pelo pessoal.” (ATTIE, 2007, p. 185).

3.5.1. Princípios fundamentais do controle interno


3.5.1.1. Responsabilidade

O princípio da responsabilidade define as atribuições que cada funcionário ou os distintos setores


de uma empresa possuem e devem ser definidas e limitadas, de preferência, por escrito e
mediante manuais internos da empresa. Conforme Crepaldi (2002, p. 215), “as atribuições dos
funcionários ou setores internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de
preferência por escrito, mediante estabelecimento de manuais internos da organização”.

As razões para se definirem as atribuições, conforme Crepaldi (2002, p. 215), são:

 Assegurar que todos os procedimentos de controle sejam executados;


 Detectar erros ou irregularidades;
 Apurar responsabilidades por eventuais omissões na realização das transações da
empresa.

Para Almeida (2003, p. 64), alguns exemplos de tarefas internas de controle, para as quais
precisam ser definidas aos empregados responsáveis:

 Aprovação de aquisição de bens e serviços;


 Execução do processo de aquisição (cotação de preços, seleção do fornecedor e
formalização da compra);
 Certificação do recebimento de bens ou prestação dos serviços;
 Habilitação do documento fiscal do fornecedor para pagamento (confronto da nota fiscal
do fornecedor com contracto, ordem de compra etc.);
 Programação financeira do pagamento;
 Guarda de talonários de cheques em branco;
 Preenchimento dos cheques para pagamento;

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 Assinatura de cheques;
 Pagamento ao fornecedor;
 Aprovação de venda.

Constituem, ainda, pela óptica de Almeida (2003, p. 64), tarefas internas de controlo que devem
ser claramente disciplinadas:

 Preparo da nota fiscal de venda, fatura e duplicata;


 Controle de cobrança de vendas a prazo;
 Programação financeira do recebimento;
 Recebimento de numerário;
 Preparo do recibo de depósito;
 Depósito do numerário em banco;
 Controle dos registros de empregados;
 Determinação dos valores a pagar aos empregados;
 Pagamentos aos empregados;
 Controle físico sobre os ativos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, estoques etc);
 Registro contábil das operações.
3.5.1.2. Rotinas internas

As rotinas internas compreendem os métodos utilizados para controle interno, como formulários,
carimbos, relatórios, planilhas, senhas e outras formas de mecanismos para garantir que esses
métodos sejam executados. De acordo com Crepaldi (2002, p. 216), essas rotinas são:

 Formulários internos e externos;


 Instruções para o preenchimento e destinações dos formulários internos e externos;
 Evidências das execuções dos procedimentos internos de controle (assinaturas, carimbos
etc);
 Procedimentos internos dos diversos setores da empresa.

Sá (2003, p. 66) ainda elenca exemplos de procedimentos internos dos diversos setores da
empresa:

 Compras no país e no exterior;


 Contas a pagar;
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 Programação financeira;
 Caixa;
 Controle de faturamento;
 Créditos e cobrança;
 Vendas;
 Fiscal;
 Lmoxarifado;
 Controladoria.
3.5.1.3. Acesso aos activos

O acesso aos activos (dinheiro, cheque, estoque) da empresa deve ser limitado aos funcionários e
deve-se manter controle sobre eles. De acordo com Crepaldi (2002, p. 217), “a empresa deve
limitar o acesso dos funcionários a seus activos e estabelecer controles físicos sobre eles”.
Almeida (1996, p. 53), por sua vez, considera que o acesso aos activos da empresa representa:

 Manuseio de numerário recebido antes de ser depositado em conta corrente bancária;


 Emissão de cheque sozinho (única assinatura);
 Manuseio de cheques assinados;
 Manuseio de envelopes de dinheiro de salários;
 Custódia de activos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, estoques, imobilizado etc.).

Crepaldi (2002, p. 217), aponta como exemplos de acessos aos ativos:

 Local fichado para o caixa;


 Guarda de títulos em cofre;
 A fábrica estar totalmente cercada e revista na saída dos funcionários ou terceiros com
embrulhos e carros (poderiam estar levando indevidamente bens da empresa).

Ainda, “cabe destacar que o acesso aos activos pode ser de forma directa (fisicamente) ou de
forma indireta, por meio da preparação de documentos que autorizam a sua movimentação.”
(ALMEIDA, 1996, p. 53).

3.5.1.4. Segregação de funções

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A segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma pessoa não tenha domínio
completo sobre determinada operação como possuir acesso aos activos e aos registros contábeis,
pois essas funções são incompatíveis dentro do sistema de controle interno.

Para Attie (2007, p. 190) a segregação de funções estabelece a independência para as funções de
execução operacional, custódia física e contabilização. Ninguém deve ter sob sua inteira
responsabilidade todas as fases inerentes a uma operação.

De acordo com Oliveira (2006, p. 38) segregação de funções significa que as funções devem ser
separadas entre si e realizadas por pessoas ou grupos de pessoas diferentes, ou, dito de outra
forma, uma pessoa (ou grupo de pessoas) não deve ter sob sua responsabilidade todas as funções
de uma actividade da empresa.

3.5.1.5. Confronto dos activos com os registros

No princípio do confronto dos activos com os registros deve ficar estabelecido que,
periodicamente, sob responsabilidade de alguém, ocorra o confronto dos activos (dinheiro,
cheques) com os registros contábeis e o controle interno, tendo como objectivo a detecção de
desfalques de bens ou de registros contábeis inadequados de activos.

Sendo assim, conforme Crepaldi (2002, p. 218), “a empresa deve estabelecer procedimentos de
forma que os activos, sob a responsabilidade de alguns funcionários, sejam periodicamente
confrontados com os registros da contabilidade”.

3.5.1.6. Amarração do sistema

A amarração do sistema consiste em que todas as transacções autorizadas sejam registradas


correctamente na contabilidade da empresa. Para Crepaldi (2002, p. 219), “o sistema de controle
interno deve ser conhecido, de maneira que sejam registradas apenas as transacções autorizadas,
por seus valores correctos e dentro do período de competência”.

3.6. Promoção da eficiência e eficácia operacional.

A administração da empresa é responsável pela verificação do cumprimento do planejamento do


controle interno adequado, e revisando-o periodicamente para que não ocorram possibilidades de
deterioração do sistema de controle interno.

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Assim sendo, para Attie (1992, p. 211), “a administração é responsável pelo planeamento,
instalação e supervisão de um sistema de controle adequado”.

Ainda, em conformidade com Attie (2007, p. 196) o sistema de controle interno deve estar sujeito
a contínua supervisão para determinar se:

3.4. Inconsistências nas informações contidas nas folhas de pagamento

Segundo Morais e Martins (2007:27), as inconsistências nas informações contidas nas folhas de
pagamento referem-se a divergências, erros ou irregularidades encontradas nos registros
financeiros que documentam os salários, benefícios, descontos e outras remunerações concedidas
aos funcionários de uma organização. Essas inconsistências podem surgir de diversas fontes e
podem ter impactos significativos na gestão financeira de uma empresa como:

 Erros de Cálculo: Um dos tipos mais comuns de inconsistências são os erros


matemáticos nos cálculos de salários, horas extras, comissões, bónus e descontos. Esses
erros podem ser causados por falhas humanas durante o processamento das informações
ou pelo mau funcionamento de sistemas automatizados de folha de pagamento.
 Registro de Horas Trabalhadas: Inconsistências no registro das horas trabalhadas pelos
funcionários podem levar a pagamentos incorrectos de horas extras ou falta de pagamento
por horas efectivamente trabalhadas. Isso pode ocorrer quando os colaboradores não
registram correctamente suas horas ou quando não há mecanismos eficazes de controlo e
monitoramento.
 Benefícios e Deduções Incorrectas: Outra fonte comum de inconsistências são os
benefícios e descontos aplicados aos salários. Se esses valores não forem calculados
adequadamente, podem resultar em pagamentos incorrectos aos funcionários ou em falhas
no cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias.
 Informações Pessoais Desactualizadas: Quando os dados pessoais dos funcionários,
como estado civil, dependentes, cargos ou salários, não são actualizados correctamente no
sistema, podem ocorrer inconsistências nos pagamentos e benefícios concedidos.
 Omissão ou Registro Duplo de Pagamentos: Em alguns casos, podem ocorrer omissões
de pagamento ou registros duplicados de pagamentos, resultando em pagamentos
indevidos ou perdas financeiras para a organização.

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 Mudanças de Leis e Regulamentos: Alterações nas leis trabalhistas e previdenciárias
podem levar a inconsistências nas folhas de pagamento, especialmente se os sistemas e
procedimentos não forem actualizados de acordo com as novas normas.
 Fraudes e Irregularidades: Infelizmente, em alguns casos, as inconsistências nas folhas
de pagamento podem ser resultado de fraudes ou práticas ilegais. Isso pode envolver a
criação de funcionários fictícios, manipulação de registros ou concessão indevida de
benefícios (Caiado, 2006:411).

Portanto, a identificação e correcção de inconsistências nas folhas de pagamento são essenciais


para garantir a transparência, a conformidade e a eficiência da gestão financeira e trabalhista da
organização. A auditoria às folhas de pagamento é uma ferramenta importante para identificar
essas inconsistências, permitindo que sejam corrigidas e prevenidas no futuro, garantindo assim a
confiabilidade dos registros financeiros e a satisfação dos colaboradores.

3.5. A conformidade das folhas de pagamento com as leis trabalhistas

De acordo com Conselho Federal da Contabilidade (2014, p.98), a conformidade das folhas de
pagamento com as leis trabalhistas e regulamentações vigentes é um aspecto fundamental para a
administração de recursos humanos de uma organização. Refere-se à aderência das práticas de
remuneração aos requisitos estabelecidos pelas leis, decretos, convenções colectivas e outras
normas trabalhistas aplicáveis (Morais e Martins 2007:27). A seguir estão os principais pontos
relacionados à conformidade das folhas de pagamento:

 Cálculos de Salários: As folhas de pagamento devem reflectir correctamente os cálculos


de salários dos funcionários, levando em conta os valores acordados nos contractos de
trabalho, horas trabalhadas, horas extras, adicionais nocturnos e outros factores que
afectam a remuneração.
 Horas Extras e Descanso Remunerado: É importante garantir que as horas extras
trabalhadas sejam devidamente registradas e remuneradas conforme o previsto na
legislação trabalhista. Além disso, o pagamento do descanso remunerado (Décimo
Terceiro Salário) deve ser realizado nas datas estipuladas por lei.
 Benefícios e Descontos: Os benefícios concedidos aos funcionários, como vale-
transporte, vale-refeição, plano de saúde, entre outros, devem estar em conformidade com

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a legislação e as normas internas da empresa. Da mesma forma, os descontos legais, como
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e contribuições previdenciárias, devem ser
calculados e recolhidos correctamente.
 Registro de Ponto: A conformidade também envolve o registro preciso das horas
trabalhadas pelos colaboradores. Empresas com mais de 20 funcionários são obrigadas a
manter sistemas de registro de ponto e a garantir a veracidade dessas informações.
 Licenças e Afastamentos: A folha de pagamento deve reflectir adequadamente os
afastamentos legais dos funcionários, como licença-maternidade, licença-paternidade,
licença-saúde e férias.
 Jornada de Trabalho: É essencial assegurar que a jornada de trabalho dos colaboradores
esteja em conformidade com a legislação vigente, evitando a ocorrência de horas extras
não autorizadas ou excessivas.
 Adicional de Insalubridade e Periculosidade: Funcionários expostos a condições
insalubres ou perigosas têm direito ao adicional correspondente. A folha de pagamento
deve reflectir esses adicionais quando aplicáveis.
 Acordos e Convenções Colectivas: Caso a organização esteja sujeita a acordos e
convenções colectivas de trabalho, é importante garantir que as disposições desses
instrumentos sejam cumpridas e reflectidas nas folhas de pagamento.

Neste contexto, a não conformidade com as leis trabalhistas e regulamentações vigentes pode
resultar em sanções legais, multas e danos à reputação da empresa. Portanto, a auditoria às folhas
de pagamento é uma ferramenta valiosa para verificar a conformidade e identificar possíveis
desvios, permitindo que a organização tome medidas correctivas para evitar problemas e garantir
uma gestão de recursos humanos transparente e eficiente.

3.6. Registro inadequado das horas trabalhadas

Este é um problema comum, que pode ocorrer logo no início da entrada de dados no processo de
folha, e que pode causar diversas complicações. Por exemplo, se as horas trabalhadas não forem
registradas correctamente, os pagamentos podem ser superestimados ou subestimados, resultando
em pagamentos incorrectos.

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Também pode levar a um impacto nos custos da mão-de-obra, uma vez que pode afectar os
custos da equipe. Se horas extras não forem registradas correctamente, a empresa pode acabar
pagando mais do que o necessário em horas extras não autorizadas ou não pagar horas extras
legítimas. Os dois casos podem levar a problemas fáceis de imaginar, mas problemáticos para
solucionar.

Muitas vezes estes problemas têm origem em sistemas de registro deficientes: sem um sistema de
registro de horas adequado, seja manual ou electrónico, os funcionários podem enfrentar
dificuldades para registrar suas horas correctamente (falhas no sistema, interfaces confusas ou
falta de acesso fácil ao sistema de registro). Também a falta de supervisão adequada dos
funcionários pode levar a problemas no registro. Principalmente quando os gestores não
acompanham de perto o registro das horas, podem ocorrer erros ou até mesmo fraudes, como o
registro de horas não trabalhadas ou manipulação.

3.6.1. Cálculos incorrectos

Erros matemáticos podem ocorrer durante o processamento da folha de pagamento, resultando


em valores incorrectos de salários, descontos, benefícios e impostos. Esses erros podem ser
causados por falhas humanas ou por problemas no sistema de processamento.

Talvez hoje menos comum, em função de intervenções humanas cada vez mais raras, mas erros
de digitação, historicamente sempre foram um dos problemas mais típicos no processamento da
folha de pagamento. Esses erros podem ocorrer ao inserir informações de salário, horas
trabalhadas, benefícios ou deduções no sistema. Pequenos erros de digitação podem resultar em
grandes discrepâncias nos salários pagos aos funcionários. Principalmente se forem decorrentes
de bases cadastrais.

3.7. Casos práticos relacionados auditoria às Folhas de Pagamento.

Abaixo estão alguns exemplos práticos de casos que podem ser encontrados durante uma
auditoria às folhas de pagamento (Manual de Auditoria Interna, 2018, p. 34):

 Pagamento de Horas Extras não Autorizadas: A auditoria identifica que alguns


funcionários receberam horas extras em folhas de pagamento sem a devida autorização ou

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justificativa. Isso pode indicar uma falta de controlo na gestão do registro de horas
trabalhadas.
 Erro no Cálculo do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): Durante a auditoria, é
descoberto que o sistema de folha de pagamento não está calculando correctamente o
IRRF sobre os salários dos funcionários, resultando em pagamentos incorrectos ao Fisco
ou aos colaboradores.
 Descontos de Benefícios não Aplicados: A auditoria revela que alguns funcionários não
estão recebendo os descontos de benefícios previstos em seus contractos, o que pode levar
a um aumento nos custos para a empresa.
 Registro de Ponto Irregular: A auditoria constata que alguns registros de ponto de
funcionários mostram padrões irregulares de entrada e saída, sugerindo possíveis casos de
falsificação ou falhas no controle de ponto.
Quando uma empresa percebe que está tendo erros na marcação de jornada ou que ela está
sendo britânica (horários invariáveis e diários) é preciso tomar atitudes drásticas. É claro
que a primeira ação é relacionada ao diálogo e à orientação do colaborador. Persistindo o
comportamento cabe à empresa advertir o colaborador e, caso necessário, suspensão em
outras oportunidades em que o comportamento se repetir.
 Não Concessão de Férias: Durante a auditoria, é identificado que alguns funcionários
não receberam férias remuneradas ou que a empresa não está cumprindo correctamente o
período de descanso a que eles têm direito. No caso de não concessão, o empregado pode
ajuizar reclamação trabalhista para que Justiça do Trabalho fixe o período de férias, sob
pena de mu
 Pagamento de Adicionais de Insalubridade e Periculosidade de Forma Inadequada:
A auditoria revela que os adicionais de insalubridade e periculosidade não estão sendo
calculados ou pagos correctamente para os funcionários expostos a condições de risco ou
insalubres. Insalubridade e periculosidade são dois temas bastante presentes nas
discussões trabalhistas em todo o país. Embora comumente tratados em dupla, tratam-se
de conceitos diferentes. Isto, pois suas causas surgem por situações diferentes e geram
direitos distintos entre si.

Esses são apenas alguns exemplos de casos práticos que podem ser encontrados durante uma
auditoria às folhas de pagamento. Cada empresa pode enfrentar situações específicas, mas a
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auditoria desempenha um papel essencial na identificação e correcção de problemas, garantindo a
conformidade legal e a transparência nas práticas de gestão de recursos humanos.

3.8. Outras obrigações


3.8.1. Cadastro geral dos empregados e desempregados (CAGED)

Conforme Oliveira (2009, p. 389): todas as empresas que dispensarem ou admitirem empregados,
ficam obrigadas a fazer respectivamente comunicação às Delegacias Regionais do Trabalho, até o
dia sete do mês subsequente ou como estabelecido em regulamento, em relação nominal por
estabelecido, da qual constará também a indicação da Carteira de Trabalho e Previdência Social
ou, para que os ainda não a possuírem, nos termos da lei, os dados indispensáveis à sua
identificação pessoal.

O CAGED foi criado pelo Governo Federal, que instituiu o regime permanente de admissões e
dispensas de empregados, devendo ser comunicado às delegacias regionais do trabalho até o dia
sete do mês subsequente.

3.9. Caso pratico

O trabalho apresentado foi realizado em uma empresa, localizada no município de Restinga Seca
– RS, e que possui um parque industrial de 6.848 m2, contando com 80 (oitenta) colaboradores
no sector de produção e 7 (sete) colaboradores no sector administrativo.

Em 1999, a empresa iniciou suas actividades, produzindo dormitórios (roupeiros, cômodas,


camas e criados-mudo) para o mercado interno, utilizando madeiras de área de reflorestamento e
insumos menos tóxicos, buscando sempre a preservação do meio ambiente. Em 2003, a empresa
observou um nicho existente no mercado e passou a dedicar-se à fabricação de camas. Já em
2004, houve a ampliação da produção de camas para atender o mercado externo e iniciou-se a
fabricação de beliches, com a finalidade de atender a uma demanda latente no mercado interno e
externo. Em 2005, a indústria voltou a sua produção de camas e beliche somente para o mercado
externo, onde participa actualmente.

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A estrutura da empresa é composta pelo sector administrativo e pelo setor de planejamento e
controle de produção (PCP), almoxarifado, além da estrutura física que compõe a indústria, onde
estão localizadas as máquinas.

A estrutura da empresa pode ser visualizada pelo organograma a seguir:

Gerente Geral

Gerente Recursos
Gerente Comercial Gerente Financeiro PCP Almoxarifado
Humanos

Contabilidade Gerente Compras Gerente Produ ç ão

Figura 1: Organograma da empresa. Fonte: Conforme dados da pesquisa.

No setor administrativo da indústria, encontra-se o Gerente Geral que é o responsável pela


administração, pela tomada de decisões em relação a todos os setores. Ele também atua na área
comercial, em que são realizadas as negociações, as quais ocorrem através do recebimento de
pedidos dos importadores repassados por escritórios de agentes de exportações, que são os seus
representantes, onde são informadas cotações dos produtos de seu interesse e na elaboração da
documentação de exportação.

O Gerente Financeiro é o responsável pelas contas a pagar, contas a receber, fechamento de


câmbio, sintegra, guia de informação e apuração do ICMS - GIA, apropriação de tributos e pela
parte burocrática de documentação de operações realizadas com bancos.

Já o Gerente de Recursos Humanos é responsável pela parte trabalhista, admissão de


funcionários, demissão, folha de pagamento, cadastro geral de empregados e desempregados -
CAGED, atualização das pastas dos funcionários, seleção de currículos, atualização de banco de
horas, acompanhamento do ponto eletrônico, acompanhamento dos funcionários referentes ao
uso de EPIs entre outras funções.

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No departamento de Planejamento e Controle de Produção (PCP), encontrase o Gerente de
Compras, setor em que há mais de um funcionário responsável pelas compras. Antes de realizar
as compras, é analisada a programação da produção, desse modo, podendo identificar o que será
necessário comprar e o que há em estoque, pois cada cliente possui suas particularidades.

O Gerente de Produção é o responsável geral de todos os setores de produção da indústria, em


que cada setor possui seu encarregado e este deve repassar para o Gerente de Produção todas as
situações que ocorrem como problemas na produção.

No almoxarifado, há dois funcionários responsáveis pelos lançamentos no sistema das notas


fiscais de entrada, pela conferência das mercadorias recebidas com a nota fiscal para verificar se
a quantidade está correta, pelos lançamentos de contas a pagar após a conferência da mercadoria.

Os objetos de exame foram realizados através de papéis de trabalho que abordam os


procedimentos de cada atividade desenvolvida pelo departamento de recursos humanos referente
aos meses de janeiro a dezembro de 2013 dos funcionários da amostra.

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4. Conclusão

Por fim, a auditoria às Folhas de Pagamento refere-se a uma revisão sistemática e independente
dos registros financeiros e informações salariais de uma empresa, visando assegurar que os
pagamentos aos funcionários estão correctos e em conformidade com as políticas internas e
legislação trabalhista. É um processo essencial para garantir a precisão, confiabilidade e
conformidade das informações salariais de uma organização.

Olhando para o segundo objectivo que procurou identificar possíveis erros ou inconsistências nas
informações contidas nas folhas de pagamento, concluiu-se que são realizadas análises
minuciosas dos dados contidos nas folhas de pagamento, buscando identificar erros, omissões ou
irregularidades nos cálculos dos salários, benefícios e deduções. Essa etapa permite corrigir os
problemas antes que possam resultar em consequências negativas para a empresa e seus
colaboradores.

Para o terceiro objectivo que consistia em verificar a conformidade das folhas de pagamento com
as leis trabalhistas e regulamentações vigentes, conclui-se que auditoria às Folhas de Pagamento
tem como objectivo verificar se os pagamentos estão em conformidade com a legislação
trabalhista, incluindo questões relacionadas a horas trabalhadas, adicionais, férias, licenças e
obrigações previdenciárias. Ao garantir a conformidade, a empresa evita riscos legais e possíveis
penalidades.

Já para o último objectivo que procurou apresentar alguns casos práticos relacionados a uma
auditoria às Folhas de Pagamento, concluiu-se que alguns exemplos práticos de situações que
podem ser verificadas durante uma Auditoria às Folhas de Pagamento incluem: identificação de
horas extras não pagas ou pagas incorrectamente, ausência de registros de férias ou licenças,
inconsistências nos cálculos dos benefícios, descontos indevidos em salários, entre outros.
Através desses casos, a auditoria pode ajudar a empresa a aprimorar seus processos internos e
garantir a justiça e transparência nas relações trabalhistas.

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Entretanto, a Auditoria às Folhas de Pagamento é uma ferramenta indispensável para empresas
que desejam garantir a integridade de seus registros financeiros, assegurar o cumprimento das
obrigações legais e proporcionar um ambiente de trabalho justo e ético para seus funcionários.

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