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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tema do trabalho

Pesquisa etnográfica

Maia Madeira Maia- código-708225047

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Metodologia de Investigação Científica

Ano de frequência: 1º Ano

Docente: Argentina Maibaze Samuel

Quelimane, 2022
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
Máxima tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0,5
organizacionais  Índice 0,5
 Introdução 0,5
 Discussão 0,5
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
Introdução Contextualização 1,0
(indicação clara do
problema)
Descrição dos 1,0
Conteúdo objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e dominó
Analise e do discurso académico
Discussão (expressão escrita 2,0
cuidada coerência/
coesão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e 2,0
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributo teórico 2,0
prático
Aspecto Formatação Paginação, tipo
gerais tamanho de letras 1,0
parágrafo
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerências das
bibliográfica edição em citações/ referências 4,0
citação biográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

2. A pesquisa etnografia..........................................................................................................4

2.1. Metodologia da pesquisa etnográfica...............................................................................4

2.2. Objectivo da pesquisa etnográfica...................................................................................5

2.3. Etapas da pesquisa etnográfica........................................................................................5

2.4. Características da pesquisa Etnografia.............................................................................5

2.5. Vantagem da pesquisa etnográfica...................................................................................6

2.6. Desvantagem da pesquisa etnográfica.............................................................................6

2.7. Impacto da pesquisa etnográfica na educação.................................................................6

3. Conclusão............................................................................................................................8

Bibliografia.................................................................................................................................9

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1. Introdução

Ao estudarmos a pesquisa qualitativa deparamo-nos com a etnografia e percebemos que a sua


aplicação à enfermagem poderia representar uma nova forma de cuidar, que leva em conta as
necessidades do cliente/paciente sob o prisma do seu grupo cultural e que, a nosso ver, pode
revelar novas dimensões para a prática da profissão.

Assim, propomos realizar este estudo que, na verdade, trata-se de um exercício de reflexão
sobre a etnografia, tecendo algumas considerações teóricas que visam contribuir para a sua
divulgação, bem como para sua aplicação na enfermagem.

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2. A pesquisa etnografia

A pesquisa etnografia é um tipo de pesquisa que visa compreender, na sua quotidianidade, os


processos do dia-a-dia em suas diversas modalidades, os modos de vida do individuo ou do
grupo social. (SEVERINO, 2016).

A pesquisa etnográfica é uma pesquisa que analisa o comportamento de um grupo, sistema


social ou cultural, uma vez que é fundamentada na etnografia que implica a descrição e
interpretação profundas de um grupo, sistema social ou cultural. (SAMPIERE; COLLADA;
LUCIO, 2013).

2.1. Metodologia da pesquisa etnográfica

Na pesquisa etnográfica, o pesquisador geralmente é um observador envolvido (convive com


o grupo ou mora na comunidade) e passa longos períodos dentro do ambiente (lugar ou
situação e tempo que rodeiam a comunidade estudada) ou campo. Deve ir se transformando
gradualmente em um membro a mais do ambiente (comer o que todos comem, morar em casa
típica da comunidade, comprar onde a maioria compra, etc) também utiliza diversas
ferramentas para colectar seus dados culturais: observação, entrevista, grupos focais, histórias
de vida, obtenção de documentos, materiais e artefactos, redes semânticas, técnicas
projectivas e auto-reflexão. Vai interpretando o que percebe, sente e vive, realiza suas
observações inicial geral, para depois se concentrar em certos aspectos culturais.

A investigação da pesquisa etnográfica não interessa a generalização nem a tipicacao,


somente a caracterização do respectivo grupo em um cenário particular e natural. Como o
processo de pesquisa em estudos etnográficos é flexível, não existe um esquema rígido a ser
seguido. As técnicas utilizadas são basicamente: a observação participante, os diários de
campo, as experiencias e interpretação da informação, as técnicas, as entrevistas. Nos estudos
etnográficos, o investigador deve descobrir e interpretar, sem interferência, os dados, traços e
a dinâmica do grupo.

Este tipo de pesquisa exige uma efectiva participação do pesquisador no processo em termos
de observação e interpretação com atores sociais, cuja enfâse deve ser processo e não
simplesmente no resultado da pesquisa. (OLIVEIRA, 2016)

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2.2. Objectivo da pesquisa etnográfica

As pesquisas etnográficas objectivam descrever e analisar ideias, crenças significados,


conhecimentos e práticas de grupos, culturas e comunidades. Elas podem inclusive, ser bem
amplos e abranger a história, geografia e os subsistemas socioeconómicos, educacional,
político e cultural de um sistema social (rituais, símbolos, funções sociais, parentesco,
migrações, redes e uma infinidade de elementos). Assim como descrever os significados que
dão e esse comportamento realizado sob a circunstância comuns ou especiais (SAMOIERE;
COLLADO; LUCIO, 2013).

2.3. Etapas da pesquisa etnográfica

Assim como ocorre nos outros itens citados sobre a pesquisa etnográfica, os autores
apresentam conceito distintos. Desta forma, para Chozzotti (2014) as etapas são:

 Especificação do texto objecto da pesquisa (um documento, uma reportagem, etc.)


 Estabelecimento dos objectivos e hipóteses;
 Análise descritiva da decomposição dos elementos realizada;
 Analise dos dados.

Já para Marconi e Lakatos (2017) as etapas da pesquisa etnográfica constituem

 Formulação do problema;
 Selecção da amostra;
 Entrada em campo;
 Colecta de dados;
 Elaboração de noras de campo;
 Analise dos dados;
 Redacção do relatório de pesquisa. (MARCONI; LAKATOS, 2017)

2.4. Características da pesquisa Etnografia

Quanto aos grupos ou comunidades estudadas em desenhos etnográficos, Sampiere, Collado e


Lucio (2013) definem as seguintes características.

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 Envolvem mais de uma pessoa, podem ser grupos pequenos (uma família ou grupos
grandes);
 Os indivíduos que compõem esses grupos, e ou comunidades mantem interacções
regularmente e isso ocorreu durante algum tempo atrás;
 Representam maneira ou um estilo de vida;
 Compartilham crenças, comportamento e outros padrões;
 Tem mesma finalidade.

2.5. Vantagem da pesquisa etnográfica

A pesquisa etnografia apresenta uma série de vantagens em relação a outros delineamentos.


Como ela é realizada no próprio local em que ocorre o fenómeno, seus resultados costumam a
ser mais fidedignos. Como não querer equipamentos especiais para a colecta de dados, tende a
ser mais económicas. Como o pesquisador apresenta maior nível de participação, torna-se
maior a probabilidade de os sujeitos oferecem respostas mais confiáveis.

2.6. Desvantagem da pesquisa etnográfica

A pesquisa etnografia também apresenta desvantagens. De modo geral, sua realização


demanda mais tempo do que outras modalidades de pesquisa, como o levantamento, por
exemplo. A pesquisa etnográfica fundamenta-se num pequeno número de casos, não se
tornando apropriada para promover generalizações.

2.7. Impacto da pesquisa etnográfica na educação

Estudos etnográficos voltados para experiências vividas, representações, significados e


percepções dos alunos sobre a escola são uma realidade no mundo há algumas décadas. De
certo modo, é possível afirmarmos que o trabalho clássico de Luiz Pereira – “A Escola numa
Área Metropolitana: crise e racionalização de uma empresa pública de serviços”, de 1950 –,
inaugura no nosso país essa perspectiva de investigação sobre a escola que se expandirá nas
décadas seguintes (PEREIRA, 1976). Pautados por diferentes perspectivas teóricas, esses
estudos iniciaram uma possibilidade de aproximação e compreensão do quotidiano da
instituição numa perspectiva ampliada.

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Mais recentemente, autores como Mafra (2003) e Spósito (2007) destacam contribuições e
limites de estudos etnográficos sobre a instituição escolar. Nesses estudos, uma das
principais contribuições é o esforço dos pesquisadores em conseguirem descrever a escola
como instituição articulada à estrutura de determinada formação social, sem desconsiderar o
estudante, professor e demais profissionais, nessa formação, ou seja, promover um estudo da
instituição na articulação com os sujeitos sociais que nela circulam e atuam. Dessa forma,
compreendemos que se as instituições escolares cumprem, por um lado, funções sociais
determinadas, elas igualmente se modificam independentemente dessas determinações, pois
são moldadas e construídas pela história sociocultural e profissional de seus personagens, de
suas vivências, suas realizações, seus sonhos e de suas possibilidades (MAFRA, 2007, p.124-
125).

Pautadas por essa perspectiva de olhar para a escola foi que mergulhamos na rotina da
instituição. Pretendíamos com esta pesquisa, compreender o fenómeno da violência partindo
do programa já descrito anteriormente e da actuação do PMEC. Para tanto, nos aproximamos
de uma escola que vive e pulsa a partir das interacções e relações sociais.

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3. Conclusão

Os diferentes métodos de pesquisa são necessários e importantes para atender e possibilitar a


realização de investigações em diversas áreas do conhecimento. Os métodos não competem
entre si, mas a natureza do estudo é que determina qual é o método mais indicado
(ROSENTHAL, 1989).

A breve revisão da etnografia em enfermagem demonstrou que esta modalidade de


investigação tem sido utilizada pelos enfermeiros norte americanos desde a década de oitenta
(LEININGER, 1985; ROSENTHAL, 1989).

Outro ponto importante a destacar é que a etnografia é uma metodologia propícia para
descobrir a maneira de viver e as experiências das pessoas - a sua visão do mundo, os
sentimentos, ritos, padrões, significados, atitudes, comportamentos e acções. Esta perspectiva
permite apreender o fenómeno humano na sua totalidade. Assim sendo, a compreensão dos
fenómenos, eventos e situações de enfermagem que apresentam características de acções em
desenvolvimento (saúde, bem estar, o processo de cuidar, o processo de trabalho em
enfermagem, o processo de ensino-aprendizagem) constituem objecto de estudo apropriado
nesta abordagem.

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Bibliografia

Herskovits, M. J. (1963) Antropologia cultural: o homem e seu trabalho. São Paulo: Mestre

Minayo, Maria Cecilia de Souza et al (1994). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Rio de Janeiro, Vozes.

Pais, José Machado (1993). Nas rotas do quotidiano. Revista Crítica de Ciências Sociais,
Lisboa, n. 37, jun.

Pereira, Luiz (1976) A escola numa área metropolitana: crise e racionalização de uma
empresa pública de serviços. São Paulo: Pioneira.

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