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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Turma Y

Tema do trabalho

A Influencia da Sociologia Nas formações das Comunidades e os Agrupamentos


humanos, Para intervenção Social

Maia Madeira Maia – código 708225047

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Sociologia Geral

Ano de frequência: 1º Ano

Docentes: Álvaro Dembuenda

Joana Domingos Bawen Baixo


Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
Máxima tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0,5
organizacionais  Índice 0,5
 Introdução 0,5
 Discussão 0,5
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
Introdução  Contextualização 1,0
(indicação clara do
problema)
 Descrição dos 1,0
Conteúdo objectivos
 Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
 Articulação e dominó
Analise e do discurso académico
Discussão (expressão escrita 2,0
cuidada coerência/
coesão textual)
 Revisão bibliográfica
nacional e 2,0
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2,0
Conclusão  Contributo teórico 2,0
pratico
Aspecto Formatação  Paginação, tipo
gerais tamanho de letras 1,0
paragrafo
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA 6ª  Rigor e coerências das
bibliográfica edição em citações/ referências 4,0
citação biográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objectivos............................................................................................................................3

1.1.1.Geral...................................................................................................................................3

1.1.2.Específicos.........................................................................................................................3

2. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4

2.1 Sociologia.............................................................................................................................4

2.2. O indivíduo: ser social.........................................................................................................5

2.3. A intervenção social com grupos.........................................................................................6

2.4. Cultura..................................................................................................................................6

2.5. Sociologia aplicada à educação...........................................................................................6

2.6. Sociologia e a ética..............................................................................................................8

2.7. A Sociologia e a formação do cidadão crítico.....................................................................8

Conclusão..................................................................................................................................10

Bibliografia...............................................................................................................................11

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1. Introdução

O conceito de Sociologia e suas conexões com outros conceitos como a Ética, a Moral, as
relações interpessoais, a humanização dos processos, a saúde, a dignidade, o respeito a
diversidade são muito importantes para entender a influência do tema para auxiliar a formação
da comunidade crítica e a valorização da vida, meio ambiente. Respeitando o direito
individual, mas considerando em sua importância o direito colectivo, ou seja, o direito
colectivo prevalece sobre o direito individual.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar a importância da sociologia na formação da comunidade
1.1.2. Específicos
 Identificar o papel da cultura na socialização

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Sociologia

Para Durkheim, a Sociologia é, assim, a ciência que se ocupa dos fatos sociais. Já para Max
Weber a unidade essencial da análise social é a acção social, o comportamento humano.
Enquanto o primeiro se preocupava com o poder de coerção dos fatos sociais e com sua
natureza do colectivo, o segundo tinha seu foco sobre a conexão de sentido da acção social, e
sobre sua natureza relacional entre indivíduos, grupos e sociedades. Durkheim se preocupava
com os elementos sociais que existem para além do indivíduo e das concepções individuais,
Weber era voltado para o sentido que os agentes dão às acções que realizam.

Segundo OLIVEIRA (2012); É a partir das relações sociais concatenadas que emerge a
representação da existência de uma ordem que é considerada legítima pelos sujeitos. A
legitimidade dessa ordem pode estar garantida, ideal-tipicamente, pela atitude interna –

1) de modo afectivo;

2) de modo religioso; ou

3) de modo racional referente a valores – ou pelas consequências externas esperadas.

A vigência (também típico-ideal) dessa legitimidade que é atribuída a uma ordem pode se dar
em virtude de:

 Uma tradição arraigada;


 Uma crença de natureza afectiva;
 Uma crença racional referente a valores; ou
 Um estatuto em cuja legalidade os indivíduos crêem, que pode ser considerada
legítima por causa de um acordo entre os interessados ou por causa de uma relação de
imposição e submissão. (OLIVEIRA,2012, p.300)

A existência das contradições entre riqueza e pobreza, avanços tecnológicos, exclusão digital
e ignorância social gera um escândalo moral jamais visto. A ética do sucesso continua
reinando em muitas mentalidades e acções sociais. O mais importante é levar vantagem em

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tudo. Não importam os graves problemas sociais, a crise ambiental, as desigualdades
regionais, o acúmulo de capital, a violência, o preconceito social e tantos outros males que
afectam os seres vivos. Essa crise social também se manifesta na política, através de
corrupção, clientelismo, autoritarismo, oportunismo e tantas outras práticas de abuso de poder
e ganância irresponsável. O sujeito inteligente é o ‘esperto’, o bom ‘empreendedor’, aquele
que sabe ‘levar vantagem’ em suas acções, custe o que custar. A mídia normalmente reforça
esse tipo de mentalidade.

Essa máxima tornou-se uma fonte de inspiração e exploração do movimento político moderno
conhecido como liberalismo. A ideia de individualismo atómico também apregoa a
responsabilidade e autonomia dos indivíduos e que qualquer governante ou corpo dirigente
deve se preocupar prioritariamente em satisfazer as necessidades humanas.

2.2. O indivíduo: ser social

Cada indivíduo, ao nascer, segundo Strey (2002, p. 59), “encontra-se num sistema social
criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-relações sociais”.
O homem, desde seus primórdios, é considerado um ser de relações sociais, que incorpora
normas, valores vigentes na família, em seus pares, na sociedade. Assim, a formação da
personalidade do ser humano é decorrente, segundo Savoia (1989, p. 54), “de um processo de
socialização, no qual intervêm factores inatos e adquiridos”. Entende-se, por factores inatos,
aquilo que herdamos geneticamente dos nossos familiares, e os factores adquiridos provém da
natureza social e cultural.

O homem é um animal que depende de interacção para receber afecto, cuidados e até mesmo
para se manter vivo. Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, sentir, ver o outro
fazem parte da nossa natureza social. O ser humano precisa se relacionar com os outros por
diversos motivos: por necessidade de se comunicar, de aprender, de ensinar, de dizer que ama
o seu próximo, de exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu ambiente
externo, de expressar seus desejos e vontades.

Essas relações que vão se efectivando entre indivíduos e indivíduos, indivíduos e grupos,
grupos e grupos, indivíduo e organização, organização-organização, surgem por meio de
necessidades específicas, identificadas por cada um, de acordo com seu interesse.

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2.3. A intervenção social com grupos

As ciências sociais e a intervenção social emergem, na sua forma moderna, da tentativa de


entender e eventualmente intervir nos grandes processos de mudança ocorridos nos três
últimos séculos de que se destacam as revoluções americana e francesa, a revolução
industrial, o processo colonial e o posterior processo de descolonização

2.4. Cultura

O indivíduo, enquanto ser particular e social, desenvolve-se em um contexto multicultural, em


que temos regras, padrões, crenças, valores, identidades muito diferenciadas. Assim, a cultura
torna-se um processo de “intercâmbio” entre indivíduos, grupos e sociedades.

A partir do momento em que faz uso da linguagem, o indivíduo se encontra em um processo


cultural, que, por meio de símbolos, reproduz o contexto cultural que vivencia. Strey (2002)
aponta que o indivíduo tanto cria como mantém a sua cultura presente na sociedade. Cada
sociedade humana tem a sua própria cultura, característica expressa e identificada pelo
comportamento do indivíduo.

Segundo Strey (2002, p. 58), “o homem é também um animal, mas um animal que difere dos
outros por ser cultural”. Para ele, a cultura refere-se ao conjunto de hábitos, regras sociais,
intuições, tipos de relacionamento interpessoal de um determinado grupo, aprendidos no
contexto das actividades grupais.

Assim, não podemos considerar a cultura como algo isolado, mas como um conjunto,
integrado de características comportamentais aprendidas. Essas características são
manifestadas pelos sujeitos de uma sociedade e compartilhadas por todos. Com isso, a cultura
refere-se ao modo de vida total de um grupo humano, compreendendo seus elementos
naturais, não naturais e ideológicos. Segundo Ramos (2003, p. 265), “as culturas penetram o
indivíduo da mesma forma que as instituições sociais determinam estruturas psicológicas, o
homem pensa e age dentro do seu ciclo de cultura”.

2.5. Sociologia aplicada à educação

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A relação do estudo profissionalizante com o trabalho foi por muito tempo meramente
formativa e repetitiva para execução de tarefas sem se levar em conta a saúde do trabalhador
física ou mental, reproduzindo uma sociedade liberal capitalista que não enxerga mais que a
mão-de-obra e o lucro, ao contrário do que deve ser a preocupação com a sociedade e com a
qualidade do produto com preço razoável para que a maioria da população possa ter acesso a
produtos e serviços melhores para o consumo responsável.

Segundo Alves (2017); Percebe-se que os processos de ensino eram repetitivos, maçantes, nos
quais o aluno baseava-se em material escrito para replicar o que já era feito e, caso cometesse
alguma falha, o seu instrutor estava ali para corrigi-lo e para exercer também o papel de
monitor das actividades executadas. O ato de corrigir estava relacionado à forma como os
aprendizes executavam suas actividades, sendo que o instrutor indicava, quando necessário, o
aprendiz a seguir a folha de trabalho, verificando tão somente o desempenho do mesmo.
Assim, “Educador e educando haviam se transformado em capital humano. Capital que,
recebendo investimentos apropriado e eficaz, estaria apto a produzir lucros individual e
social” (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2000, p. 36). Neste processo, não eram
apreciadas as questões morais, civis, argumentativas e ideológicas. O processo simplesmente
existia para que alguém aprendesse um ofício e nada mais. (ALVES, 2017, p. 25)

Não tinham noção de ética social, da importância da solidariedade e colaboração no trabalho


nem sabiam que virtudes são todas as acções que trazem progresso e desenvolvimento a toda
sociedade, valorizando o ser humano tendo como a ética seu principal norteador, visando o
bem colectivo, o bem comum.

Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como
propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a
maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres,
riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os
extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência. As virtudes devem ser
parâmetros para a sociedade democrática, baseadas na transparência, na dignidade da pessoa
humana, na valorização do trabalho, na livre iniciativa, na solidariedade, na responsabilidade
social e fiscal, na qualidade do serviço público e privado e no bem comum.

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2.6. Sociologia e a ética

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a
injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

A teoria sociológica pode ser entendida como uma filosofia que se preocupa, acima de tudo,
com o bem-estar geral da sociedade. Considera a sociedade formada pelos indivíduos, bem
como suas famílias, grupos, vizinhos e todas as relações interpessoais. O momento actual, de
globalização e do crescente aprimoramento tecnológico mundial, nos remete a importância de
tratar a ética à níveis universais, na convivência e no tratamento entre os indivíduos e todos os
ambientes,

O julgamento serve para orientar quando os papéis dos indivíduos se conflituarem ou não
houver quaisquer princípios especiais para auxiliar em uma decisão. Aristóteles entendia que
o bom julgamento, denominado por phronesis, era produto de uma boa criação, uma educação
adequada.

Para LISBOA (2009); Para ser ético pois, é necessário ter algum tipo de fé. Isso não significa
que se deve, necessariamente possuir fé religiosa, mas que se deve acreditar em algum valor
intangível, de alto significado moral, como bondade, caridade, sinceridade, honestidade

O bom julgamento será aprendido através da experiência, podendo ser estimulado, enfatizado
e praticado. Esse servirá na tomada de decisão que, muitas vezes, é uma tarefa árdua pela falta
de prática ou experiência que os indivíduos têm. Algumas regras são desenvolvidas para
facilitar a tomada de decisão, mas essas, sozinhas, não são suficientes para todos os casos.

2.7. A Sociologia e a formação do cidadão crítico

Acredita-se que o indivíduo não deveria ser tão pontual ao definir a ética como sendo única e
exclusivamente um manual de como tratar o próximo com pequenas instruções do tipo: ser
honesto, respeitar o próximo, ter seriedade, dizer a verdade. Para ser ético é preciso realmente

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fazer parte da sociedade, olhar a sua volta buscando entender o contexto actual, a fome não é
algo inevitável se cada um colaborar com um pouco. A ética engloba todo um contexto social,
o qual o indivíduo não deve estar preocupado somente com a sua visão de comportamento
perante o próximo, mas sim perante todo o cenário no qual está inserido. Ou seja, mesmo que
fosse possível relacionar a ética aos princípios de vida individuais, a partir do momento que o
ser humano vive em sociedade, se faz necessário uma preocupação com o bem comum e esta
preocupação, por diversas vezes fará o indivíduo deixar de ser fiel a si mesmo para ser fiel ao
bem-estar social.

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Conclusão

Para ser um cidadão crítico, a sociedade deve educar-se tanto de forma enciclopédica como
emancipadora, que vá além de entender a história, que vá além de saber seus direitos, seus
deveres, mas participar de reuniões que possam melhorar a vida de todos. Sem oprimir um ou
outro sector da sociedade. Para ser um cidadão crítico não basta falar o que tem que ocorrer
para as coisas melhorarem, tem que ter acção, vontade de mudar, de forma organizada,
emancipadora, assim quanto mais pessoas forem cidadãos críticos e conscientes melhor
tenderá ser a sociedade. Somente o cidadão crítico, reflexivo e activo pode mudar a realidade
económica e social do lugar em que vive.

A ética será definida pelo relativismo, onde as concepções são relativas, o indivíduo interpreta
a situação de acordo com o tempo, localização na qual o indivíduo estiver. O objectivo maior
do comportamento ético é a preocupação com bem-estar social, tendo que o ser humano não
vive isolado. A sociologia busca entender como as sociedades se constituíram, sua base para o
bem-estar social e, portanto, dentro da ética, das virtudes, da moral e de uma profunda
reflexão dos cidadãos quanto a ser solidário e colaborador para que a sociedade progrida
como um todo, relacionamento horizontal com povos e pessoas diferentes fazem o cidadão
consciente e crítico de forma inclusiva e acolhedora.

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Bibliografia

Adorno, Theodor W. (1995) Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra

Almeida, Filipe Jorge Ribeiro de (2007). Ética e desempenho social das organizações: um
modelo teórico de análise dos fatores culturais e contextuais.

Chaves, Silvana Maria. (2007) A politicidade da educação a partir da experiência de uma


docente de sociologia. Dissertação. Universidade Federal de São Carlos. Sorocaba. SP.

FREIRE, Paulo. Professora, (2013) sim; tia, não. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

MOON, C., & Woolliams, P. (2000). Managing cross-cultural business ethics. Journal of
Business Ethics.

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