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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3
3 Conclusão .......................................................................................................................... 11
1. Bibliografia........................................................................................................................ 12
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1. Introdução
Como forma de proporcionar uma compreensão panorâmica aos estudantes, sobre as questões
da vida social como o HIV-SIDA, igualdade do género entre outros temas transversais, A UCM
na cadeira de Habilidades da vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV & SIDA propõe
a abordagem do tópico “Personalidade” com o tema “O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE” é neste âmbito que surge o presente trabalho para
resumir e abordar os seguintes itens: (i) A personalidade e as fases do seu desenvolvimento; (ii)
Temperamento; (iii) As principais capacidades humanas (iv) Os pilares de auto- estima e
autoconfiança (v) A influência da cultura a personalidade (vi) Género e personalidade (vii) Os
papeis de género e por fim (vii) discutir o papel da educação na formação da personalidade.
Para a efectivação do trabalho, a pesquisa bibliográfica foi utilizada como metodologia para
compreender os temas propostos. O embasamento teórico vincula-se ao método analítico-
crítico (GIL, 2008), baseado na leitura de livros, artigos científicos, teses e dissertações, sem
delimitação temporal e espacial das publicações. Neste contexto, foi possível discutir a
importância das teorias do desenvolvimento no processo de planificação do PEA.
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2. O papel da educação na construção da personalidade
2.1 A personalidade e as fases do seu desenvolvimento
De acordo com Erickson (1976), a personalidade forma-se à medida que as pessoas passam
pelas diversas fases psicossociais. Para ele em cada fase há um conflito a enfrentar e ultrapassar.
Se este conflito for ultrapassado de forma positiva resulta em saúde mental, se for ultrapassado
negativamente leva a um desajustamento. Assim, a teoria de Erickson abrange oito estágios:
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Fluidos Características
corporais
Sanguíneo Pessoa marcante, que não passa despercebida. O seu espírito é jovial,
(Sangue) apaixonado, alegre e sociável; É ágil e rápido; Tem um espírito positivo, prático;
Expansivo, optimista, mas irritável e impulsivo.
Fleumático É uma pessoa calma, tranquila, e raramente fica zangada; As pessoas deste
(Linfa/fleuma) temperamento são bem equilibradas; O fleumático é frio e é preciso, na tomada
de decisão; Ele prefere viver numa vida feliz, sem perturbações; Pode se dizer
que é o melhor temperamento; sonhador, pacífico e dócil, preso aos hábitos e
distante das paixões.
É uma pessoa calorosa, rápida, impulsiva. Zanga-se facilmente; Esta pessoa é
Colérico prática, tem muita força de vontade e é auto-suficiente, e muito independente;
(bílis) Tende a ser determinada e com opiniões fortes, tanto para si como para os outros,
e tende a tentar impô-las; Ambicioso e dominador, tem propensão a reacções
abruptas e explosivas.
É uma pessoa com alto nível de sensibilidade; É o mais rico e o mais complexo
de todos os temperamentos; O temperamento melancólico geralmente faz com
Melancólico que a pessoa seja dedicada, talentosa e perfeccionista; Esta pessoa é de natureza
(astrabilis ou bilis muito sensível, emocional, e é propensa à depressão; É a pessoa que mais aprecia
negra) as artes; É propensa à introspecção; Nervoso e excitável, tendendo ao
pessimismo, ao rancor e à solidão.
Tabela 1: Características do temperamento
Fonte: Adaptado de Berg et al., (2020)
O ser humano não nasce perfeito, no entanto, ele deve desenvolver a sua personalidade, durante
toda a sua vida. Berg et al., (2020) sublinha cinco capacidades humanas, que o homem pode
desenvolver.
Berg et al., (2020), afirmam que a auto-eficácia é o julgamento ou a confiança das pessoas nas
suas próprias capacidades para levar a cabo determinadas habilidades ou comportamentos. Ao
passo que a auto-estima é uma apreciação mais geral do valor de si-próprio; enquanto a auto-
eficácia fala da confiança relativa a tarefas específicas.
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2.5 A influência da cultura a personalidade
Esta cultura é composta por um sistema de crenças, normas espirituais e morais ou mitos, cuja
interpretação guia as pessoas, para se comportarem de maneira aceitável, numa determinada
sociedade. Assim, segundo Hall (1994), a cultura é a habilidade exclusivamente humana de se
adaptar às circunstâncias e de passar esta habilidade e estes conhecimentos para as gerações
subsequentes. Implica que a cultura é dinâmica. A cultura muda constantemente ou melhor
pode ser constantemente mudada por nós.
Portanto, por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um povo se
caracteriza como um modelo comportamental, integrando segmentos sociais e gerações à
medida que o indivíduo se realiza como pessoa e expande suas potencialidades (Costa, 2019).
O conceito de género começou a ser usado na década de 80 por estudiosas feministas, para
contribuir com um melhor entendimento do que representa ser homem e ser mulher em uma
determinada sociedade e em um determinado momento histórico.
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Ao longo da história se destacou o papel da mulher como o de mãe e o de esposa. Desse modo,
ficou pouco espaço para os demais, como o de mulher, profissional, cidadã e outros mais que
podem ser interpretados (Berg et al., 2020). Nesse sentido, vale a pena lembrar que a
desigualdade é um problema que assola muitos outros grupos, seja por causa da sua etnia,
crença, condição financeira ou orientação sexual. É fundamental para construirmos uma
sociedade mais equilibrada, diminuir estes vazios deixados pelo preconceito e falta de
informação.
Como vimos, a cultura de um povo é influenciada enormemente pelas suas crenças religiosas,
são elas também responsáveis pelos papéis que as mulheres desempenham. Porém, não são as
únicas. Questões económicas e políticas sempre interferiram na maneira como uma sociedade
se comporta, na maneira como constroem a personalidade dos sujeitos (Lourenço, 2012).
Embora o papel da mulher na sociedade venha se tornando cada vez maior e melhor, ainda
existem muitos desafios a serem enfrentados (Chambe, 2000). É preciso, pois, combater a
cultura machista na sociedade (e isso não significa “combater os homens”!), melhorar o acesso
das mulheres a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efectivar o
direito da mulher sobre o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de efectivar
a protecção de mulheres ameaçadas em seus cotidianos.
Ainda, incentivar o género a construção de valores que lhes possibilite ressignificar a imagem
da mulher na sociedade actual, assim como a assimilação de conceitos que propiciem a auto-
reflexão, a auto-estima e mudanças comportamentais, expressar por atitudes positivas na forma
como lidam com a própria sexualidade em seus relacionamentos.
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2.8 O papel da educação na construção da personalidade
No entanto, a criança não é interferida e movida apenas pelo meio familiar. A educação também
a ajuda a se desenvolver. Neste sentido, o aprendizado deve ser adequadamente organizado.
Deve resultar em um desenvolvimento mental e não em um movimento onde ocorre vários
processos. Para se entender a dificuldade de uma determinada criança, deve-se adentrar em seu
núcleo familiar para orientar, discutir problemas futuros, fortalecer o indivíduo e, sobretudo
resolver conflitos (Machado, 2015).
Nesta linha de pensamento, observamos que, a educação escolar sistemática e científica, tem
de fazer uma previsão das fases de desenvolvimento da personalidade para poder planificar
organizar as formas de exercer influencia. Assim sendo, não é recomendável que o processo de
desenvolvimento ocorra sem pensar, isto é, com casualidade.
Portanto, os objectivos que devem ser traçados pela entidade responsável pela educação da
criança devem permitir o desenvolvimento do educando/aluno, devem corresponder à ideia da
sociedade e do tipo de personalidade que desejamos formar e, as acções que devem ser
realizadas ou potenciadas como forma de ajudar neste processo são: educação intelectual,
educação mortal, educação estética, educação cívica, educação sexual, educação física,
educação laboral e orientação profissional.
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3. Conclusão
Intende-se que a nossa personalidade define o nosso humor e temperamento e depende dela a
nossa autoconfiança, auto-suficiência e auto-estima. Portanto, a educação e a cultura por meio
da escola e da família devem fornecer aos indivíduos conhecimento e experiencias culturais
que os possa habilitar a saber agir no meio social onde se encontram inseridos e também, saber
transformar esse meio em função das necessidades socioculturais, económicas, politicas, da
sociedade como um todo
Portanto, a criança aprende a socializar-se por meio da cultura, deste modo, a educação acaba
por ocupar um papel fundamental nesse processo, pois é por meio desse contacto que a criança
aprende a construir a sua própria identidade, pois é a partir do contacto com a cultura e com a
educação que as suas especificidades acabam por ser reveladas.
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4. Bibliografia
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