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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos.........................................................................................................................2
2. Teorias de desenvolvimento...................................................................................................3
3. Conclusão................................................................................................................................8
4. Referências bibliográficas.......................................................................................................9
1. Introdução
A psicologia do desenvolvimento estuda como se originam e como se desenvolvem as
funções psicológicas que distinguem o ser humano dos outros animais. Preocupa-se em
estudar a evolução da capacidade perceptual e motora, das funções intelectuais, da
sociabilidade e da afectividade.
O ser humano, na teoria interaccionista, interage com o meio ambiente respondendo aos
estímulos externos, analisando, organizando e construindo seu conhecimento a partir do
“erro”, através de um processo contínuo de fazer e refazer (COLL, 1992, p. 164). Essas
construções dependem das relações que estabelecem com o ambiente numa dada situação.
Podemos empregar o termo construtivismo como sinónimo de interaccionismo, uma vez que
existe a “construção” do conhecimento considerada a verdadeira aprendizagem.
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1.1. Objectivos
Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema
em destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.
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2. Teorias de desenvolvimento
Cada uma das teorias do desenvolvimento, apoiam-se em diferentes concepções de homem e
do modo como ele aprende. Essas teorias dependem, também, da visão de mundo existente
em determinada situação.
Segundo Senna e Dessen (2012, p.102), tais teorias do desenvolvimento organizaram e deram
significado e coerência aos fatos relativos à adolescência, a princípio isolados, e permitiram a
dedução e testagem efectiva em trabalhos empíricos subsequentes.
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Essa concepção é secundada por Jean Piaget que sustenta que o desenvolvimento envolve um
processo contínuo de trocas entre o organismo vivo e o meio ambiente. (Braço, s/a, 28).
Piaget considerou então que se estudasse profundamente a maneira pela qual as crianças
constroem as noções fundamentais de conhecimento lógico, assim como as de tempo, espaço,
objecto, causalidade, etc., poderia compreender a origem e evolução do conhecimento
humano.
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A partir da concepção interaccionista de desenvolvimento surgem teóricos que explicam os
processos educativos a partir de uma relação intrínseca entre o ensino e a aprendizagem, como
unidades indissociáveis.
A aprendizagem é vista, assim, não apenas como uma qualidade inata do aluno e muito menos
como uma operação somente do professor, mas ela é fruto da interacção entre o professor e o
aluno, entre o organismo e o meio, ou mesmo, entre o sujeito e o objecto a ser aprendido.
Para Brandão apud Piaget a aprendizagem ocorre por constantes equilibrações, ancoragens e
desequilibrações.
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Pioneiro na teoria interaccionista, Piaget apresenta uma tendência “hiper construtivista” em
sua teoria, com ênfase no papel estruturante do sujeito, Vygotsky, teórico igualmente
importante nessa abordagem, apresenta ênfase no aspecto interaccionista, pois considera que é
no plano intersubjectivo, isto é, na troca entre as pessoas, que as funções mentais superiores
têm origem (Fosnot, 1999; Bock; furtado; Teixeira, 2002, p. 107).
Segundo Júnior apud Santos (2002), a teoria de Piaget também apresenta uma dimensão
interaccionista, mas sua ênfase é colocada na interacção do sujeito com o objecto físico. E a
teoria de Vygotsky apresenta um aspecto construtivista na medida em que busca explicar o
aparecimento de inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de
internalização. Existe, porém, um desacordo fundamental entre elas: a influência do papel da
fala inicial da criança sobre o pensamento.
Lev S. Vygotsky (1896-1934) fez seus estudos na Universidade de Moscou para tornar-se
professor de literatura. O objectivo de suas pesquisas iniciais foi a criação artística. Foi só a
partir de 1924 que sua carreira mudou drasticamente, passando Vygotsky a dedicar-se à
psicologia evolutiva e educação (Júnior apud Ferrari, 2010). A partir daí ele concentrou-se
nessa área e produziu obras em ritmo intenso até sua morte prematura em 1934, devido à
tuberculose. Apesar de ter vivido pouco tempo, Vygotsky alcançou vastos conhecimentos não
apenas na área da psicologia, mas também das ciências sociais, filosofia, linguística e
literatura.
O conceito de interacção social é um dos focos da obra de Vygotsky, que enfatiza a dialéctica
entre o indivíduo e a sociedade, o intenso efeito da interacção social, da linguagem e da
cultura sobre o processo de aprendizagem.
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história pessoal desta criança são factores cruciais que vão determinar sua forma de pensar
(Júnior apud Ferrari, 2010).
Vygotsky faz uso de uma concepção histórica, da qual ele é adepto, transportando-a para o
estudo da ciência, da psicologia e da história da psicologia. Ele utiliza o marxismo dialéctico
para desenvolver suas pesquisas (Júnior apud Ferrari, 2010).
Este uso que o Vygotsky faz da história não se restringe apenas à história da filogenética, nem
à história do desenvolvimento da cultura dos povos, e, ainda, vai além da história da
ontogenética.
Ferrari citado pelo Júnior (2010), o mundo não é uma realidade estática, ela é dinâmica, pois
no contexto dialéctico, também o espírito não é consequência passiva da acção da matéria,
podendo reagir sobre aquilo que o determina. Isso significa que a consciência, mesmo sendo
determinada pela matéria e estando historicamente situada, não é pura passividade: o
conhecimento do determinismo liberta o homem por meio da acção deste sobre o mundo,
possibilitando inclusive a acção revolucionária.
A partir de suas pesquisas, Vygotsky constata que no quotidiano das crianças, elas observam
o que ou outros dizem, porque dizem o que falam, porque falam, internalizando tudo o que é
observado e se apropriando do que viu e ouviu. Recriam e conservam o que se passa ao seu
redor. Em função desta constatação, Vygotsky afirma que a aprendizagem da criança se dá
pelas interacções com outras crianças de seu ambiente, que determina o que por ela é
internalizado (Júnior apud Ferrari, 2010; Santos, 2005).
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Após a década de 70, a obra vygotskiana ultrapassa a barreira política-ideológica, penetrando
nos países além das fronteiras da União Soviética, com isso Vygotsky ressurge no ocidente, e
continua sua influência até os dias de hoje.
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3. Conclusão
Após, o término do trabalho, conclui-se que o desenvolvimento humano, portanto, é um
processo de equilibração progressiva, uma passagem de um estado de menor equilíbrio para
um estado de maior equilíbrio. Isto ocorre no âmbito da inteligência, da vida afectiva, das
relações sociais, bem como no organismo de um modo geral. Constantemente, temos
necessidades ou motivos que nos levam a agir no ambiente em que estamos, a fim de
alcançarmos um equilíbrio.
Considerando essas ideias, podemos dizer que, para Vygotsky (1986), nossas funções mentais
nascem de nossas relações com o meio, ou seja, nos tornamos humanos indo do plano
interpsíquico para o intrapsíquico. Toda função mental, como a criatividade, o raciocínio
lógico, a atenção selectiva, por exemplo, nasceu da nossa troca com o ambiente, da nossa
actividade e experimentação no mundo.
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4. Referências bibliográficas
Bock, A. M. B; Furtado, O; Teixeira, M. L. T. Psicologias – uma introdução ao estudo de
psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
Júnior, L. V. in: Ferrari & Santos. (s/a). Síntese das concepções das Teorias Interaccionistas
de Piaget e de Vygotsky. Disponível em:
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/sintese-das-concepcoes-
das-teorias-interacionistas-de-piaget-e-de-vigotsky/19420. Acesso no dia 05 de Junho de
2021.
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