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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
Conclusão....................................................................................................................................9
Referências bibliográficas.........................................................................................................10
1. Introdução
O processo de ensino e aprendizagem é definido como um sistema de trocas de informações
entre docentes e alunos, que deve ser pautado na objetividade daquilo que há necessidade que
o aluno aprenda. Não podemos realizar um ensino meramente superficial, mas um ensino que
vise à aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Desta forma, o ensino realizado aos
alunos pelo professor deve visar uma aprendizagem que modifique o pensamento dos alunos.
A prática do professor deve ser pautada em constante reflexão sobre a forma como o ensino é
proporcionado em sala de aula e se condiz com a teoria aprendida.
Para viabilizar a pesquisa foi feito levantamento em fontes bibliográficas e documentais, tais
como livros, manuais, artigos científicos publicados e disponíveis na Internet, sobre o assunto
em questão, onde faz-se referência dos conceitos e aspectos pertinentes que corporizarão o
trabalho.
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2. Breve histórico do processo educacional
Segundo Carlos Rodrigues Brandão (1988), a educação está presente em todos os grupos que
aprenderam a lidar com a educação do mesmo modo como qualquer outro grupo humano em
qualquer outro tempo. A educação actual tem muitas características da educação grega e
ateniense.
Brandão (1998) diz que a educação grega é considerada dupla, tendo questões que a nossa
educação atual ainda não conseguiu resolver. Ela é mais caracterizada por ter normas de
trabalho que ao ser reproduzido como o saber que se ensina para que se faça.
Há também as normas de vida, que ao serem reproduzidas é um saber que ensina para que se
viva. Para a educação grega, a obra de arte mais perfeita é o homem educado. Os gregos
tinham a ideia de que todo o saber se transfere pela educação, por meio de trocas
interpessoais. A partir da educação grega surge a Paideia, que significa formação completa do
homem, no sentido de educá-lo para a vida em sociedade. Desenvolve o corpo e a
consciência, após os sete anos, quando aprende fora do seu cotidiano. Os ensinos eram
distintos e realizados em locais chamados “lojas de ensinar”. Sólon, legislador grego, cita o
modelo dessa educação:
“As crianças devem, antes de tudo, aprender a nadar a ler; em seguida, os pobres devem
exercitar-se na agricultura ou em uma indústria qualquer, ao passo que os ricos devem se
preocupar com a música e a equitação, e entregar-se à filosofia, à caça e à frequência aos
ginásios (Brandão, 1988, p. 40)”.
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O papel da escola é proporcionar, não somente que o aluno aprenda a ler e a escrever, mas
formar o aluno para o convívio, por meio de a educação mudar o rumo da sociedade, pois a
finalidade da escola é proporcionar e desenvolver o aluno de forma integral.
Sabemos que o professor é a peça chave nesse processo - claro que os alunos adquirem
conhecimentos de diversas formas e em diversos lugares. É necessário que a prática leve o
aluno a refletir, a alcançar uma nova visão de mundo, que ele possa, por meio da educação,
mudar a sua condição. É papel do professor fazer com que o aluno adquira esses
conhecimentos, mediar esse processo para que o aluno aprenda com objetividade.
É fato que o processo de aprendizagem vai envolver, não somente a escola, mas também a
família, a troca mútua entre docentes e alunos, as interações entre outros fatores que tem
como funcionalidade a epistemologia dos educandos.
Para Piaget (1975), a criança expõe seus aprendizados por meio da linguagem. Dessa forma é
que podemos ter a certeza sobre o desenvolvimento cognitivo do aluno. Piaget se inspirava na
teoria kantiana, que dizia que:
“O processo de conhecimento implica, de um lado, a existência de um objeto a ser conhecido,
que suscita a ação do pensamento humano e, de outro, a participação de um sujeito ativo capaz
de pensar, de estabelecer relações entre os conteúdos captados pelas impressões sensíveis, a
partir das suas próprias condições para conhecer, ou seja, a partir da razão (Isilda, 1998. p.
34)”.
Isso significa que o professor deve estabelecer uma ligação entre o que será ensinado ao aluno
e relacionar com o conhecimento que o aluno já possui, para que o aluno possa ter interesse
no que será estudado e, assim, criar uma conexão com a sala de aula e o seu dia a dia.
Segundo Relvas (2009) diz que quando assiste à aula, o educando recebe informações de todo
o tipo, tanto visuais como auditivas. Elas se transformam em estímulos para o cérebro e
circulam no córtex cerebral antes de serem arquivados ou descartados. Sempre que encontram
um arquivo já formado (conhecimento prévio), arrumam um gancho para o seu
armazenamento, fazendo com que, no futuro, elas sejam resgatadas mais facilmente. Quando
uma informação é resgatada da memória, trilha os mais diferentes caminhos. Se eles já
tiverem sido percorridos anteriormente, a recuperação de conhecimento será simples e rápida,
o que não tem nada a ver com decoreba (p.66).
Compreendemos que o professor não pode transmitir para seus alunos sua posição de
fracassado que foi dominado e que tudo foi muito bom, pois, até hoje o povo se encontra da
mesma forma e o máximo que pode fazer é ficar quieto e aceitar a dominação das classes
majoritárias da sociedade.
Actualmente usa apenas o livro didático e o que ainda é pior não estimulava os alunos a
reflexão sobre os fatos ocorridos. O método baseado apenas no livro didático Bittencourt
(2009) chama atenção para o fato de que as leituras de textos apenas reproduzem as
informações históricas, as quais por sua vez serão repetidas por professores e alunos. Cabe ao
professor como agente de sua prática pedagógica incentivar os alunos a desenvolver o seu
senso crítico e político através da leitura dos textos, onde eles podem escrever ou mesmo
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dialogar sobre o tema em uma roda de conversa entre todos os membros envolvidos no
processo de ensino e com a mediação do educador.
O livro didático não deve ser o único instrumento de ensino para passar o conteúdo aos alunos
e que o professor deve deixar suas crenças fora do ambiente escolar. Fazendo fluir o espírito
crítico dos alunos e não os tornando cada vez mais alienados as formas dominantes da
sociedade.
Segundo Bensi e Salvucci, (s/d) refere que as contribuições exclusivas do ensino da História,
na formação da cidadania, ultrapassam a questão cívica e de valorização de heróis fabricados.
A História ensina a conhecer entender e pensar o presente com olhos no passado, afinal
entender as transformações ocorridas tanto no campo estrutural como no campo das
ideologias é fundamental para a consolidação de uma sociedade mais justa (p.4)
Paulo Freire,1986, diz que o melhor método é o método dialógico, onde este valoriza os
conhecimentos prévios dos alunos. Não só Freire como muitos outros estudiosos acreditam
nessa proposta e verificamos que nos cursos de Pedagogia os estudantes são logo no início do
curso nos primeiros estágios quando vão aprender a elaborar planos de aula incentivados a
iniciarem as aulas dialogando com os educandos para perceberem o que eles já sabem sobre o
assunto então depois é que se dá continuidade a aula sempre pegando os ganchos dos
conhecimentos prévios dos alunos. Portanto, o diálogo é a afirmação conjunta do professor e
dos alunos no ato comum de conhecer e reconhecer o objeto de estudo. Então, em vez de
transferir o conhecimento estaticamente, como se fosse uma posse fixa do professor, o diálogo
requer uma aproximação dinâmica na direção do objeto (Freire, 1986, p. 124).
É desta forma que analisamos o papel da História como uma disciplina capaz de despertar o
pensamento crítico, político e autônomo diante das mazelas impostas pela sociedade. Mas
temos aqui que ressaltar que para que esses cidadãos sejam formados é fundamental que os
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educadores estejam preparados para enfrentar o desafio de formadores através de sua prática
docente.
Para Fonseca (2009) ensinar e aprender a história local e do cotidiano é a parte do processo de
(re) construção das identidades individuais e coletivas, a meu ver, fundamental para que os
sujeitos possam se situar, compreender e intervir no espaço local em que vivem como
cidadãos críticos (p.123).
É fundamental que os estudos nessa disciplina se iniciem partindo da realidade particular dos
alunos e depois vá se expandindo para o mais geral sempre considerando suas opiniões acerca
dos conteúdos estudados é assim que o professor de História do Ensino Médio vai começar a
construir a identidade crítica de seus alunos sobre a sociedade vigente, cheia de desigualdade
social, preconceito e marcada pelo consumismo exagerado que traz maldade para as pessoas e
para o Planeta.
As aulas podem assim tornarem-se mais atrativas uma vez que é uma reclamação geral dos
professores da disciplina a falta de atenção dos alunos durante as aulas. A História como
disciplina escolar está assumindo seu papel político de existir, pois está formando cidadãos
críticos, reflexivos, democráticos e com identidade própria e sólida construída dentro da sala
de aula e não baseada em falsas ideologias.
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Conclusão
Concluímos que o ensino de história no contexto escolar auxilia na conscientização dos
alunos, para que os mesmos compreendam que fazem parte dessa sociedade que está em
intensa evolução.
Contudo, é necessário buscar uma história com práticas pedagógicas que permitam formar
cidadãos críticos diante da realidade, uma ciência comprometida com o homem e com a
sociedade, uma sociedade tal qual ela representa, dividida em classes, com conflitos e
contradições, onde o ensino da mesma contribua para sua transformação. Dessa forma, cada
profissional do ensino de história, tem uma grande parcela de responsabilidade, uma ampla
função, não apenas de ensinar, mas o de ajudar a aprender e a apreender, orientando no
crescimento intelectual-cognitivo-político, formando pessoas criativas, críticas e capazes de
fazer coisas novas, diferentes.
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Referências bibliográficas
Bensi, R. F. Salvucci, M. O ensino de História neoliberalismo e cidadania. Recuperado a 10
de abril de 2022 em: http://www.webartigos.com/artigos/o-ensino-de-historia/11470/.
Bittencour, Circe Maria Fernandes. (2009). Ensino e História: fundamentos e métodos. 3.ed.
São Paulo: Cortez.
Brandao, Carlos Rodrigues. (1984). O que é educação. 12. Ed. São Paulo: Brasiliense
Fonseca, Selva Guimarães. (2009). Fazer e ensinar História. Belo Horizonte: Dimensão.
Freire, Paulo; SHOR, Ira. (1986). Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro;
Paz e Terra.
Libâneo, José Carlos. (2005). Didática. São Paulo; Cortez Editora, 2005.
Palangana, Isilda Campaner. (1998). Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky:
a relevância do social. 2. Ed. São Paulo: Plexus, 1998.
Relvas, Marta Pires. (2009). Fundamentos Biológicos da Educação: despertando
inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. 4. ed. Rio de Janeiro; Wak Editora.
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