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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tema: O ambiente físico escolar no contexto da educação inclusiva.

Nome: Michela Antonio Martinho- Código: 708235693

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Praticas Pedagógicas I

Docente: Bertil Graciano Olímpio

Ano de frequência: 1º Ano

BEIRA, MAIO, 2023


Classificação
Indicadores Padrões
Categorias Pontuaçã Notas Subtotal
o máxima do
tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0.5
organizaciona  Índice 0.5
is  Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução  Contextualização 1.0
 (indicações clara do
problema)
 Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do trabalho
Analise  Articulação e 2.0
discussão domínio do
discurso académico
(expressão escrita
cuidado,
coerência/coesão
textual)
 Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados
Conclusão  Contributos 2.0
teóricos práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letras,
paragrafa,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA  Rigor e coerência 4.0
bibliográfic 6ª edição em das
as citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Índice

Introdução..........................................................................................................................4

1.1.Objectivos da pesquisa................................................................................................4

1.1.1.Geral:........................................................................................................................4

1.1.2.Específicos:...............................................................................................................4

Metodologia de trabalho....................................................................................................4

Inclusão e escola inclusiva................................................................................................5

Principais necessidades especiais e formas de lidar na escola..........................................8

Ações que favorecem a Educação Inclusiva...................................................................12

Conclusão........................................................................................................................14

Referências......................................................................................................................15
Introdução

O presente trabalho da cadeira de práticas pedagógicas I, aborda sobre o ambiente físico


escolar no contexto da educação inclusiva. Apresentam-se nesse trabalho reflexões reais
da Inclusão Educacional. No entanto, entende-se que coexiste a marginalização por
parte do sistema educacional para atender as deficiências dos alunos e atingir a
eficiência na aprendizagem e na inclusão dos mesmos.

Ressalta-se que essa temática surgiu a partir da necessidade de compreender e buscar


minimizar as dúvidas, bem como ampliar saberes sobre a educação inclusiva de modo a
solucionar o problema que pairava durante os estudos sobre essa temática, que era
“quais são os principais desafios enfrentados por alunos e professores na educação
inclusiva”?

1.1.Objectivos da pesquisa

1.1.1.Geral:

 Investigar o ambiente físico escolar no contexto da educação inclusiva.

1.1.2.Específicos:
 Descrever os elementos do ambiente físico escolar versus educação inclusiva;
 Identificar os elementos físicos da escola que permita a educação inclusiva;
 Propor as estratégias de edificação da escola tendo em conta a educação inclusiva.

Metodologia de trabalho

Para a realização do presente trabalho foi necessário o uso do método bibliográfico que
consistiu na leitura de diversas obras que versam sobre o assunto em alusão
Inclusão e escola inclusiva

A inclusão de pessoas com necessidades especiais tem sido alvo de grandes reflexões,
debates e discussões, e mesmo em meio a tantas políticas públicas inclusivas ainda se
pretende responder à exclusão, tão marcante em nossa sociedade (Borges; Paini, 2016,
p. 6).

Para isso, a educação tem por base quatro pilares: aprender a conhecer; aprender a fazer;
aprender a conviver; e aprender a ser. Firmar a educação inclusiva em todos esses
pilares é garantir que a aprendizagem de crianças e jovens com deficiência aconteça por
meio das várias possibilidades de desenvolvimento que podemos encontrar na escola
(Ferreira, 2018, p. 4).

A inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e simbólicos
e é uma prática social que se aplica no trabalho, na arquitetura, no lazer, na educação, na
cultura, mas, principalmente, na atitude e no perceber das coisas, de si e do outrem
(Camargo, 2017, p. 1).

A escola inclusiva é uma escola comum – ou regular – que acolhe todos os tipos de
alunos, independente das diferenças. Nela, são criadas situações que favoreçam e
respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos (Ferreira, 2018, p.
4).

Na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social,
onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de
aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal
(Rodrigues, 2017, p. 3). A escola inclusiva deve ser entendida como um processo social,
onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de
aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal
(Rodrigues, 2017, p. 3).

É no dia a dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais, têm acesso aos
diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar a
aprendizagem (Brasil, 2004, p. 8).
Para que a Educação Inclusiva seja bem-sucedida na escola é imprescindível que
apresente acessibilidade desde a entrada até os equipamentos que favoreçam o ensino e
a aprendizagem de todos os alunos. A acessibilidade pode ser definida como a forma de
organizar os espaços para que todas as pessoas possam utilizá-lo de forma autônoma.

Para uma Educação Inclusiva, as barreiras existentes no recinto escolar precisam ser
superadas pelos seus atores, profissionais, alunos, pais, agentes da comunidade e
parceiros.

A acessibilidade está vinculada à superação das barreiras que estão relacionadas ao


espaço físico classificadas como arquitetônicas, instrumentais e ao relacionamento
interpessoal ou as comunicacionais, metodológicas, programáticas e atitudinais.

As barreiras arquitetônicas são todo tipo de obstáculo que impede as pessoas de


desfrutarem e ocuparem o espaço físico. Elas são as mais fáceis de identificar e estão
presentes tanto nas residências e estabelecimentos comerciais quanto no espaço público
(Bogas, p. 2).

Para superar tais barreiras, a escola deve eliminar todas as barreiras arquitetônicas que
de alguma forma impeçam a livre e autônoma circulação dos alunos (Revista Educação,
2014, p. 2).

A barreira comunicacional: dificuldade gerada pela falta de informações a respeito do


local, em função dos sistemas de comunicação disponíveis (ou não) em seu entorno,
visuais (inclusive em braile), lumínicos e/ou auditivos (Furrer, 2012, p. 2).

A acessibilidade comunicacional está relacionada à “inexistência de barreiras na


comunicação interpessoal, escrita e virtual (acessibilidade digital)” (CRPG, 2012, p. 1).

Para solucionar essa barreira, a escola deve: ofertar recursos apropriados, capazes de
facilitar a comunicação, a alunos cegos, surdos ou com dificuldade para escrever ou
digitar. São exemplos desses recursos o braile, destinado a cegos, e a língua brasileira
de sinais (Libras) (Revista Educação, 2014, p. 2).
A barreira atitudinal é gerada pelas atitudes e comportamento dos indivíduos,
impedindo o acesso de outras pessoas a algum local, quer isso aconteça de modo
intencional ou não. O que se resolve com conscientização e diálogo (Furrer, 2012, p. 2).

A acessibilidade atitudinal está atrelada à inexistência de preconceitos, estigmas,


estereótipos e discriminações. (enquanto resultado de programas e práticas de
sensibilização e de consciencialização das pessoas em geral e da convivência na
diversidade humana.) (CRPG, 2012, p. 1).

A barreira instrumental diz respeito aos instrumentos utilizados na escola, que


interferem na inclusão de alunos com algum tipo de necessidade especial.

Diante das realidades das escolas públicas, detecta-se que ainda há muitas lacunas no
que diz respeito ao atendimento adequado com instrumentos que venham realmente
incluir o indivíduo no processo de ensino e também de aprendizagem, não basta estar
dentro da sala de aula para ser incluído. A escola precisa pensar como incluir o aluno
para que o mesmo tenha aprendizagem, que é um direito dele. A inclusão contrapõe-se a
todo e qualquer tipo de discriminação, e nessa perspectiva é preciso que a escola
reavalie todos os seus conceitos, em busca de uma educação que respeite a
heterogeneidade. Todavia, esta é uma tarefa árdua para uma instituição que se
acomodou com a padronização, excluindo de seu espaço qualquer forma de diversidade.

Já a acessibilidade instrumental corresponde à “inexistência de barreiras nos


instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo de trabalho e de lazer ou recreação”
(CRPG, 2012, p. 1).

Para que todos os alunos acompanhem os conteúdos ministrados nas aulas e consigam
desenvolver as competências e habilidades esperadas e de acordo com os objetivos
propostos, o educador mediador deve optar por metodologias adequadas a cada
conteúdo abordado e adequar metodologias, quando necessário, para favorecer a
aprendizagem com sucesso dos alunos.

A barreira metodológica diz respeito ao fato de o educador “alterar métodos e técnicas


de ensino que excluam ou impossibilitem que qualquer dos alunos acompanhe as aulas”
(Revista Educação, 2014, p. 2).
Para superar as barreiras e favorecer a acessibilidade metodológica, é necessário que
haja “Inexistência de barreiras nos métodos e técnicas de estudo, de trabalho, de ação
comunitária e familiar” (CRPG, 2012, p. 1).

Por fim, e para que todos os desafios mencionados anteriormente façam ocorrer a
inclusão escolar, é preciso que a equipe gestora e de profissionais da educação
visualizem a necessidade de “revisar e atualizar todos os textos normativos (regimentos,
estatutos, manuais, cartilhas, comunicados formais) para que nenhum deles impeça o
acesso ou a permanência de alunos com deficiência”. (Revista Educação, 2014, p. 2).

Assim, ao enfrentar esses desafios, a escola se tona acessível em todos os sentidos e


pronta para lidar com a diversidade apresentada pelo seu público.

Principais necessidades especiais e formas de lidar na escola

As necessidades especiais são aquelas que carecem de atenção por motivo individual,
onde a pessoa possui capacidades e limitações características e consequentes de tal
limitação.

Entende-se por deficiência “uma restrição física, mental ou sensorial de natureza


permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades
essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”
(Brasil, 2001).

O Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nº 10.048, de 8


de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida e dá outras providências, considera pessoa com deficiência aquela
que apresente incapacidade ou limitações.

Dentre as deficiências que se apresentam como desafios na escola, destacam-se a física,


auditiva, visual, mental e múltipla. Essas deficiências possuem características que são
observadas na inclusão escolar para que o aluno prospere com sucesso na escola.
Para que o aluno com deficiência física seja incluído no processo de ensino e
aprendizagem e nas atividades escolares, esse meio precisa se adequar às suas
limitações, através da acessibilidade já tratada anteriormente nesse projeto.

A deficiência auditiva “é a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação


(causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo”
(Ampudia, 2011, p. 1)

A inclusão do aluno surdo, em muitas escolas, se dá através de um intérprete, que tem


por função traduzir, para a língua de sinais, o que professor está falando. Neste sentido,
o professor continua explicando o conteúdo para os alunos ouvintes e espera que o
intérprete faça o seu trabalho para que os alunos surdos sejam incluídos (Schwartzman,
apud, Cutrim; Lima, 2017, p. 6).

A deficiência visual envolve a cegueira, a baixa visão e o daltonismo, sendo que esses
níveis de deficiência são classificados como cegos, parcialmente cegos e com
daltonismo. Para incluir pessoas com deficiência visual na sala de aula de ensino
regular, deve haver um intérprete de braile para realizar atendimento individualizado a
esses alunos.

Já a deficiência mental se refere a problemas causados na mente que interferem na vida


do aluno, podendo ser classificada como leve, moderada, severa e profunda. Deficiência
mental se refere ao “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas” (Neto, s/d, p. 2).

As deficiências mentais podem tornar o indivíduo treinável ou dependente, sendo que os


primeiros são aqueles “[...] considerados incapazes de aprender qualquer conteúdo da
escola formal”, já as deficientes mentais dependentes são aquelas que apresentam “[...]
doenças com origens neurológicas, se tomam incapazes de qualquer convívio social, já
que dependem de ajuda para atividades básicas” (Cardoso, 2002, p. 8).

Para lidar com pessoas com deficiência mental, faz-se necessário que o professor possua
um amplo conhecimento do teórico, prático e das capacidades e limitações do aluno,
possua sensibilidade ao planejar, selecione metodologias e materiais que favoreçam o
atingimento dos objetivos e contribua para que o aluno seja incluído em todas as
atividades propostas.

A múltipla é a associação de duas ou mais deficiências, sendo que pode ser classificada
como: “é aquela em que o indivíduo apresenta distúrbios graves e profundos. A
deficiência múltipla caracteriza-se por retardo mental associado com outra incapacidade
física. Pode-se observar nesse grupo problemas emocionais junto com outras
excepcionalidades” (Cardoso, 2002, p. 8).

A pessoa com superdotação intelectual possui as seguintes características:


desenvolvimento de uma habilidade muito superior à da média da população em alguma
das áreas do conhecimento, podendo se destacar em atividades como: acadêmicas,
criativas, de liderança, artísticas, psicomotoras ou de motivação (Ferrari, s/d, p. 1).

Para trabalhar com o superdotado, o professor precisa planejar, preparar, propor


atividades desafiadoras que despertem o interesse do aluno e que estimulem suas
habilidades, mantendo-o envolvido nas atividades propostas.

O atendimento de superdotados deve recorrer às “estratégias de atendimento ao aluno


com altas habilidades/superdotado, [que] envolvem, muitas vezes, diferençar ou
modificar o currículo regular de modo a adequar o processo de aprendizagem às
necessidades e características desse aprendiz”.

As pessoas com distúrbios de aprendizagem são aquelas que apresentam distúrbios


psicológicos, sendo que os mais conhecidos são o distúrbio de Déficit de Atenção,
Comportamento I Conduta, geralmente acompanhado de hiperatividade e distúrbios de
déficit de atenção (DDA) são também conhecidos como DHDA - distúrbios de
hiperatividade com déficit de atenção, ou ainda como transtornos de hiperatividade e
déficit de atenção (THDA) (Cardoso, 2002, p. 12).

Esses distúrbios precisam de acompanhamento individualizado e de professores


qualificados para atuarem em sala de aula e contribuírem para que educação inclusiva
bem-sucedida do aluno.

Para lidar com o aluno e promover a inclusão escolar, o professor precisa ser criativo e
buscar estratégias que favoreçam a inclusão e o desenvolvimento dos alunos, sejam eles
considerados com deficiências, limitações ou capacidades restritas ou não. É preciso,
antes de tudo, que o professor tenha em mente que a educação poderá ser realmente
considerada inclusiva e possibilitará o sucesso de todos os alunos, incluindo-se aí o com
alguma deficiência. Assim, a educação inclusiva cumprirá seu papel de acompanhar e
motivar o educando em todas as atividades educativas.

A Educação Inclusiva é um direito adquirido por todas as crianças, inclusive daquelas


com deficiência. A Educação Inclusiva desses alunos possibilita diversos benefícios não
só para o próprio indivíduo em questão, mas também para todos os agentes envolvidos
neste processo. (Silva; Contreras, 2017, p. 2).

A política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva argumenta que


na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta
pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação (MEC, 2008,
p. 15).

Sobre a Educação Inclusiva, Oliveira (2016, p. 20) afirma que para que haja de fato
educação inclusiva, é preciso o comprometimento da sociedade em participar, exigir e
fazer valer esses direitos que constam nas leis, mas que ainda não são oferecidos a
todos.

Uma educação verdadeiramente inclusiva reconhece a diversidade do seu alunado e, por


isso mesmo, adapta-se às suas características de aprendizagem. Oferece respostas
específicas adequadas e diversificadas, que proporcionam para o aluno condições de
superar ou compensar as suas dificuldades de aprendizagem, independentemente das
causas que provocaram tal problema em seu processo de escolarização (Poker, 2007, p.
178-179).

A Educação Inclusiva vai desde a organização escolar (administrativa e disciplinar),


currículo, metodologias de ensino e recursos humanos também são determinantes para a
inclusão dos alunos com deficiências na escola (Antunes, 2016, p. 18).

De acordo com os princípios da Educação Inclusiva, o aluno com dificuldades de


aprendizagem deve ser considerado um desafio, visto que a escola precisa se adaptar às
suas necessidades, organizando-se para atendê-lo da melhor forma possível,
proporcionando-lhe seu pleno desenvolvimento, e assim sirvam de pressupostos de
aprendizagem de todos (Poker, 2007, p. 7).

Para uma abordagem mais ampla sobre a educação inclusiva, é importante que ocorra a
pesquisa que responda quais os desafios da inclusão de pessoas com necessidades
especiais no contexto escolar nos dias atuais, sendo que o presente trabalho aborda o
tema da diversidade na educação inclusiva (Borges et al, 2013, p. 418).

Ações que favorecem a Educação Inclusiva

As ações de inclusão na escola influenciam nos resultados da educação que ela oferece,
sendo que para favorecer uma inclusão escolar com equidade, seguem seis dicas para
garantir a inclusão na escola. São elas: conhecimento do aluno em sua totalidade,
formação dos profissionais, integração efetiva entre o professor da sala de recurso
multifuncional e os do ensino regular, atendimento na sala de recurso multifuncional,
uso da tecnologia dentro da escola e parceria escola e família (Souza, 2017, p. 2-3).

Para que a inclusão ocorra e favoreça todos os envolvidos nesse processo, faz-se
necessário que o professor repense e reestruture “estratégias de ensino para não ficar
preso ao espaço delimitado na sala de aula, faz se necessário repensar nas práticas
pedagógicas até mesmo numa nova gestão da classe” (Silva; Arruda, 2014, p. 6).

A inclusão é um desafio para a escola como um todo, sendo necessário o conhecimento


do meio em que a criança está inserida para que as atividades propostas na escola
fiquem próximas da realidade vivenciada pelo incluso, e assim ele se adapte com maior
facilidade ao contexto educativo e participe ativamente do processo de aprendizagem.

Sobre isso, é importante que os professores, demais alunos e famílias se adaptem ao


meio em que a criança inclusa está inserida, dando a devida importância para tamanha
contribuição na vida escolar dessa criança (Silva; Arruda, 2014, p. 1).

Além do envolvimento da família no processo educativo e das atividades escolares, faz-


se necessário que a parceria pedagógica seja uma constante aliada no trabalho docente,
para que esse seja bem-sucedido.
Nessa direção, convém esclarecer que a “necessária parceria de trabalho pedagógico
para a educação inclusiva", que os professores das classes regulares e especializados se
situem como sujeitos constitutivos do processo. (Gomes et al., 2017, p. 5).

Outro ponto importante se refere ao planejamento, que deve ser flexível; o professor é
“mediador e facilitador na organização dos alunos, de forma que possibilite uma melhor
interação, mesmo em níveis tão diferentes, incluindo a todos, seja na educação física,
capoeira, teatro ou qualquer outra proposta pedagógica” (Silva; Arruda, 2014, p. 6).

Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são aquelas que consideram
todos os alunos como seres únicos e diferentes, mas com características peculiares, e
capazes de aprender, de transformar a realidade em que vivem. Para isso, aqueles que
possuem limitações de aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos,
devem contar com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de
o educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar com o apoio
desse profissionais.

Por fim, a inclusão só será uma realidade que beneficie alunos, professores, familiares e
sociedade, quando todos realmente abraçarem essa causa e se conscientizarem de que
incluir é fazer com que todos sejam considerados capazes de produzir e compartilhar
saberes.
Conclusão

Considera-se que as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de
todos, possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de
conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a
educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo
da vida. Todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas
educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o
desenvolvimento de suas potencialidades. Isso exige do professor uma mudança de
postura além da redefinição de papéis que possa assim favorecer a aprendizagem do
aluno. Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de
barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. É
necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de
ensino-aprendizagem, levando em conta como se dá este processo para cada aluno.
Devem-se utilizar novas tecnologias e investir em capacitação, atualização,
sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar. Conclui-se que, para o processo
de inclusão escolar, é preciso que haja uma transformação no sistema de ensino que
venha beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em conta a especificidade do sujeito, e
não mais as suas deficiências e limitações.
Referências

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moeda. v. 2, nº 3, jan. /jun.

BELLIENI, Carlo. 2013. Portadores de necessidades especiais: a definição em 3


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BOGAS, João Vitor. 2019. As principais barreiras para a acessibilidade e como


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GOMES, Claudia; CARDOSO, Cristiane dos Reis; LOZANO, Daniele; BAZON,


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