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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A importância da bioética actualidade

Feliciano Fernando Romão-708213817-Turma: H

Curso: Licenciatura em Ensino de


Geografia
Cadeira: Didáctica de Geografia I
Ano de frequência: 2º
Tutor:

Milange, Setembro de 2022


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Classificação

Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota de tutor Subtotal


máxima

Capa 0.5

Índice 0.5

Aspectos Introdução 0.5


organizacionais
Estrutura Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Contextualizarão (indicação clara 1.0


do problema)

Discrição dos objectivos 1.0


Introdução
Metodologia adequa ao objecto 2.0
do trabalho

Articulação e domínio do 2.0


discurso académico (expressão
escrita cuida, coerência / coesão
textual)
Conteúdos
Analise e discussão

Revisão bibliográfica nacional e 2.0


Internacional relevantes na área
de estudo

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos técnicos práticos 2.0

Formatação Paginação tipo e tamanho de 1.0


letras parágrafo, espaçamento
Aspectos Gerais entre linhas

Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0


bibliográficas
edição em citações citações/referências bibliográficas

e bibliografias
Folha para recomendações de melhoria:

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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................1
1.1. Objectivos..........................................................................................................................1
1.2. Geral..................................................................................................................................1
1.2.1. Específicos......................................................................................................................1
1.3. Metodologia.......................................................................................................................1
2. Transposição didáctica.....................................................................................................2
3. A transposição didática para o ensino de Geografia.........................................................4
3.1. Os objectivos do ensino de Geografia...............................................................................8
4. Conclusão........................................................................................................................10
5. Referências bibliográficas...............................................................................................11
1. Introdução

A aquisição do conhecimento não é de forma nenhuma linear, sem desvios ou sem


contradições. A aprendizagem não constitui um processo regular, lógico e sem erros, mas um
constante processo de contextualização do saber científico. O professor não deve estar
preocupado apenas com a transmissão das informações consideradas relevantes, mas também
com o processo de construção de conceitos pelo aluno. Esta pesquisa versa em torno da
Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os seus objectivos de
geografia.

1.1. Objectivos
1.2. Geral

 Compreender a Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os


seus objectivos de geografia.

1.2.1. Específicos
 Conceituar Transposição e simplificação didáctica;
 Descrever a Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os seus
objectivos de geografia.
1.3. Metodologia

Segundo Gil (2006), metodologia “são procedimentos a serem seguidos na realização da


pesquisa, pois são tantas as definições em volta deste conceito de metodologia, tudo leva a
crer que é importante antes de uma pesquisa definir os caminhos a usar para alcançar os
objectivos pré estabelecidos” (p.162)

Neste contexto, a metodologia usada foi a da consulta bibliográfica, que comportou a leitura e
análise das informações de obras relacionadas ao tema e em consultas na internet das quais
constam nas referências bibliográficas. Segundo Marconi e Lakatos (2010, p.43), consulta
bibliográfica refere-se a fontes específicas ou material recolhido como livros periódicos,
textos legais, documentos originais ou fotocopias usadas numa dada pesquisa científica.
Portanto, nesta pesquisa foram utilizadas diversas fontes electrónicas e bibliográficas sobre a
Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os seus objectivos de
geografia.
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2. Transposição didáctica

O termo transposição didática foi inicialmente introduzido pelo sociólogo Michel


Verret,em 1975.Em 1982 YvesChevallard e Marie-Albert Joshua deram suas contribuiçõesa
cerca desta metodologia para a compreensão dos estudos matemáticos. Em 1998 Yves
Chevallard aprofundou o estudo com relação a esse processo metodológico, chegando
a escrever o livro "La Transposition Didatique"(Neves e Barros, 2011).

A transposição didáctica surge com a intenção de transpor o conhecimento, ou seja,


transformá-lo, visando à construção de um processo de ensino/aprendizagem satisfatório,
onde ocorrem também os principais elementos necessários nesta transformação.

Quando os saberes passam de uma esfera científica assumindo uma esfera escolar,
constroem-se possibilidades de se aplicar em sala de aula uma linguagem de fácil
entendimento aos discentes, permitindo um nível de compreensão satisfatório, tal
linguagem não deve ser simplória, mas que vise adequar os conhecimentos
preestabelecidos pelos alunos com as construções teóricas realizadas pela ciência.

Levando em consideração a fala de Moreira, Marçal e Ulhôa (2006) “é responsabilidade


da didáctica da geografia escolar considerar toda essa bagagem, além de procurar transpor
para os educandos as relações entre o conhecimento escolar e o conhecimento
científico”( p.24)

A transposição didáctica é o resultado de uma prática pedagógica que tem como


objetivo primordial a aprendizagem dos discentes, onde há uma reavaliação analisando
a realidade didáctica que envolve o trabalho docente na produção de seu material
teórico e didático. Stefanello (2009), ressalta que:

Esses conteúdos de geografia escolar são selecionados e organizados pelos


docentes, num processo de transposição didática, de forma a adequá-los
aos objetivos da educação básica, buscando desenvolver no aluno a
observação, a análise e o pensamento crítico da realidade e, em particular, o
espaço onde vive. (, p.19)

Na mesma se situa na ligação do ensino-aprendizagem, ou mesmo, como se ensina e se


aprende, e este processo é feito através de uma dinâmica didática. A transposição é
influenciada pelas condições objectivas e o desenvolvimento das habilidades

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pedagógicas realizadas pelo corpo docente, e nesse contexto a transposição didáctica se
efetivará.

O estudo da transposição didática irá permitir ao docente a reelaboração e organização de


conteúdos científicos até sua chegada em sala de aula como saber ensinado de forma que,
determinado conteúdo científico possa ser transmitido em sala de aula permitindo um
nível desejável de assimilação e aprendizagem por parte do discente. Segundo a coordenadora
pedagógica da escola Coronel Humberto Bezerra:

Nas disciplinas de língua portuguesa, ensino religioso, geografia e


história, são trabalhados textos académicos com modificações na
linguagem, para que se torne mais fácil para os discentes sua captação e
compreensão. De início, os mesmos tiveram bastante dificuldade em
consequência dos textos trazerem muitos questionamentos, algo que não
era comum no dia-a-dia deles. Havia certa recusa, e até não participação das
turmas nos trabalhos propostos. Com o passar do tempo, foram ocorrendo
mudanças de linguagem, mantendo-se o mesmo objectivo, tornando a aula
mais prazerosa e cheia de questionamentos e troca de experiências entre
professores e alunos. A aceitação foi se dando de forma gradual e
contínua. Vale ressaltar que esta metodologia não é desenvolvida no
planejamento geral de toda a equipe, o professor em seu momento
individual de preparação das aulas, é quem decide o que deve utilizar
como enriquecimento do conteúdo e de linguagem para seus alunos,
melhorando o vocabulário dos mesmos, fazendo-os pensar e agir de uma
maneira mais “aprimorada”, aplicado assim àtransposição didática, ou seja,
transformando e adaptando informações científicas a realidade do ensino
básico.

Ressalta ainda a Bezerra que:

O resultado tem sido positivo, apesar de que alguns deles permanecem


com certa resistência àsmudanças. O objetivo de todo esse trabalho, é fazer
com que ocorra a aceitação e a participação efetiva da sala. Trabalhar
determinados textos de diferentes disciplinas de forma adequada fazendo dos
mesmos uma rotina em sala de aula é o primeiro passo para fazer valer esse
tipo trabalho pedagógico.

Entretanto, pode-se afirmar que a transposição didática assume um caráter para além de
uma simples função metodológica, a mesma é capaz não só de transparecer
determinado conteúdo científico, como também induzir o aluno a interpretação de acordo com
a sua análise a partirda relação e vivência de cada indivíduo, de acordo com a sua
compreensão do espaço geográfico ao qual esteinserido.

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3. A transposição didática para o ensino de Geografia

Segundo Passini (2007), a educação é imprescindível em várias etapas da nossa vida. A


maior delas é no ambiente escolar, onde se constrói a cidadania, a partir deste
momento os seres humanos se tornam atuantes na sociedade.

O que se aprende durante anos de estudo, deve ser aplicado dentro de sala de aula, para
que o aluno possa interagir com uma linguagem diferenciada da sua, mas de certa forma, que
fale o que é necessário falar, ir além daquilo que ele já conhece.

No ambiente escolar aprende-se o que está nos livros didáticos e que são repassados
pelo professor,mas a sala de aula vai muito além disso, ela é prática a partir do ponto
em que se investiga o lugar, faz interferência nele e, principalmente, analisaos pontos
positivos e negativos existentes.

Partindo desse pressuposto, a transposição didáctica feita em sala de aula se deu, a partir
do momento em que a realidade da pesquisa entrou em discussão junto aos alunos, com base
nas suas vivências do quotidiano, posteriormente trabalhando essas experiências práticas
através de aula de campo e observações locais, utilizando uma linguagem
científica, sendo ao mesmo tempo compreensiva para todos os que estão inseridos no
processo ensino-aprendizagem, pode ser realizada através da transposição didáctica.

Desde o momento que se alia estudo e pesquisa, há um melhor aprendizado, porque o aluno
vivenciou o que estudou, pesquisou o que lhe causou curiosidade, fez inferência sobre
determinado assunto que lhe chamou a atenção e que foi importante para o seu saber,
fez surgir dúvidas que o fez pensar cada vez mais sobre o assunto, e o mais importante,
atiçou a vontade de aprender mais, buscar mais, criar mais.

Portanto, a transposição didáctica para ser eficaz, depende muito das condições e do
ambiente propiciado pelo professor. Esse ambiente deve ser activo, participativo,
onde apareçam dúvidas, troca de experiências, diálogo permanente. O professor precisa
observar as habilidades de cada aluno: o mais participativo, o mais tímido, o que tem mais
dúvidas, o que aprende mais rápido, o que aprende através da vivência, etc.

Outro ponto importante que deve o professor estar atento no momento da aula, é a
linguagem, esta tanto pode servir de mediadora para o melhor conhecimento, como
pode servir de afastamento do aluno-professor e um não entendimento do que foi dito.

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O professor não pode pensar em um retorno imediato daquilo que foi repassado, da didática
utilizada no momento de cada aula. É impossível pensar em uma organização sem pensar
em uma instância maior, ou seja, a educação.

Segundo Ulhôa (2006), o saber a ser ensinado se caracteriza por um conjunto de


conhecimentos estabelecidos pela noosfera, ou seja, por aqueles que têm o poder de decisão
sobre o sistema educativo.O principal papel da educação é a formação de seres
humanos sensíveis, responsáveis, questionadores e transformadores da realidade.

A intenção didática se constitui na intenção de ensinar. Um dos atores deve ter a intenção de
ensinar o outro, e ensiná-lo alguma coisa. É decorrente da vontade por parte do processo de
ensinar para que o aluno aprenda o conteúdo a ser ensinado. O ensino e a aprendizagem não
podem estar separados, o aluno pode aprende muitas coisas que não foram evidentemente
ensinadas a ele.

Entretanto só haverá aprendizagem se realmente houver a intenção de ensino. Segundo Haydt


(2006, p.13) “ensinar e aprender são como duas faces da mesma moeda”. Não é possível tratar
do ensino por parte do professor sem considerar a aprendizagem por parte do aluno.

As situações favoráveis para o ensino continuam sendo as do contexto escolar, pois


transformam as situações reais, normalmente bastante complexas em situações mais
simplificadas.

No entanto é preciso considerar que cada indivíduo apresenta seu ritmo e seu tempo de
aprendizagem que é bastante subjectivo e que inviabiliza a pretensão de um tempo didáctico
único: o tempo de ensino que não costuma a coincidir com o tempo de aprendizagem.

Para Chevallard (1991) esse tempo de ensino seria estruturado pelo ritmo didáctico saber
antigo, saber novo, contradição, superação-aprendizagem, nova contradição, nova superação.
O aluno por sua vez traz sua história pessoal, sua bagagem, seu conhecimento prévio que
poderão facilitar ou dificultar a aprendizagem.

A aquisição do conhecimento não é de forma nenhuma linear, sem desvios ou sem


contradições. A aprendizagem não constitui um processo regular, lógico e sem erros, mas um
constante processo de contextualização do saber científico.

O professor não deve estar preocupado apenas com a transmissão das informações
consideradas relevantes, mas também com o processo de construção de conceitos pelo aluno.

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A transposição didáctica é constituída de um corpo de saberes necessários ao profissional. São
condições mínimas, mas indispensáveis para fazer a adaptação e a transposição do saber
científico para o ambiente escolar.

Conforme Almeida (2007) é importante que o professor saiba que há sequências para se dar
uma explicação ou para se introduzir um conteúdo novo no ambiente educativo.

Segundo esse autor algumas etapas devem ser seguidas: resgate do assunto, ou seja, o que o
aluno já sabe sobre; ouvir todo o saber trazido e sintetizá-lo; criar uma motivação; apresentar
o conteúdo proposto; observar e identificar possíveis dúvidas; tirar dúvidas; explorar todas as
fases do conteúdo e por último, um fechamento de tudo que foi feito, uma síntese da aula.

O desenvolvimento dessas habilidades pedagógicas requer do professor a capacidade de


estudar, formar-se, preparar-se, aprofundar-se, pesquisar e envolver-se com profissionais que
possuam outros saberes.

Fazer a transposição dos saberes implica em adquirir competências que precisamos


desenvolver, tais como: julgar o que é conveniente, relevante e pertinente; dominar o
conhecimento em questão; relacionar o conteúdo com outros saberes; saber contextualizar e
dominar estratégias de ensino.

Como afirma Chevallard (1991) o saber para se tornar ensinável  passa por uma espécie de
degradação, sofre uma fragmentação e perde o contexto original de sua produção, sendo assim
descontextualizado.

Etapas de sua produção são omissas, duvidas são esclarecidas, explicações são adicionadas,
alguns elementos são destacados enquanto outros são minimizados, tudo isso para deixar o
conhecimento mais próximo do nível cognitivo daquele que recebe a informação. Esse
processo inicial de descaracterização facilita e agiliza a troca de informações e a divulgação
dos resultados da descoberta.

Segundo Pinho Alves (2000) o espaço em que ocorre o processo de construção do saber é
denominado ‘contexto da descoberta’ e se refere a uma etapa do processo onde se buscam as
respostas para solucionar um problema.

Ao se encontrar essa resposta e ela sendo satisfatória passa-se a uma etapa seguinte onde
pretende - se analisá-la e julgá-la, segundo o autor essa fase denomina-se ‘contexto de
justificação’ onde se finaliza com a publicação no meio especializado.

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Nessa fase de finalização não se mostra os conflitos, as duvidas e incerteza, bem como as
inúmeras tentativas que estiveram  presentes em todo processo, desde a formulação do
problema até sua conclusão.

Diante do que foi exposto observa-se que o saber chega às universidades, aos livros didáticos
e, portanto ao ensino médio diferente de como foi produzido no meio cientifico, necessitando
de uma nova caracterização e de um novo processo de contextualização, o que podemos
denominar de recontextualização.

No âmbito escolar a ação de contextualizar é uma importante estratégia para a reconstrução de


significado do conhecimento, é uma forma de recolocar o saber no contexto original do qual
foi extraído ou de colocá-lo num novo contexto que o torne significativo.  

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3.1. Os objectivos do ensino de Geografia

A Geografia procura responder às questões que o Homem levanta sobre o Meio Físico e


Humano utilizando diferentes escalas de análise. Desenvolve o conhecimento dos lugares, das
regiões e do Mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de destrezas de
investigação e resolução de problemas, tanto dentro como fora da sala de aula.

É uma disciplina de charneira entre as Ciências Naturais e Sociais. Através do seu estudo, os
alunos estabelecem contacto com diferentes sociedades e culturas num contexto espacial,
ajudando-os a perceber de que forma os espaços se relacionam entre si.

O cidadão geograficamente competente é aquele que possui o domínio das destrezas espaciais
e que o demonstra ao ser capaz de visualizar espacialmente os factos, relacionando-os entre si,
de descrever correctamente o meio em que vive ou trabalha, de elaborar um mapa mental
desse meio, de utilizar mapas de escalas diversas, de compreender padrões espaciais e
compará-los uns com os outros, de se orientar à superfície terrestre.

Além destas destrezas espaciais é também aquele que é capaz de interpretar e analisar
criticamente a informação geográfica e entender a relação entre identidade territorial, cultural,
património e individualidade regional.

A Geografia é, não só, um meio poderoso para promover a educação dos indivíduos, como
também dá um contributo fundamental para a Educação para a Cidadania, nomeadamente no
âmbito da Educação Ambiental e da Educação para o Desenvolvimento.

A aprendizagem apropriação da Geografia, ao longo da escolaridade básica, deve permitir aos


jovens, no seu final, a de um conjunto de competências que os tornem cidadãos
geograficamente competentes:

Os objectivos do ensino de Geografia em Moçambique estão em função do Sistema de


Educação Nacional e do Sistema Político vigente. No contexto histórico moçambicano, deve-
se destacar os seguintes objectivos do ensino de Geografia:

Os objectivos do ensino de Geografia estavam delineados segundo três níveis: Políticos,


Económicos e Científicos:

Políticos: visavam a formação do Homem Novo com ideologia que combatesse a exploração do
homem pelo homem;

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Económicos: tinham em vista a integrar o aluno no plano global de reconstrução nacional, de
modo a desenvolver esforços e dinamismo num desenvolvimento progressivo, constante e
planificado da economia do país;

Científicos: visavam formar cientificamente o aluno de modo a constituir-se uma base para
alcançar os objectivos políticos e económicos e para uma correcta interpretação dos
fenómenos do meio em que o aluno se encontra inserido.

Estes objectivos (Políticos, Económicos e Científicos), tinham em vista o desenvolvimento de


capacidades, habilidades e hábitos, isentos de valores coloniais. Desenvolver o amor pela
Pátria e Sociedade com outros povos “irmãos”. Foi assim que naquele período, o estudo de
Geografia de África, Europa, Ásia e América, estava centrado nos países “irmãos”de
Moçambique, os que tinham auxiliado o povo moçambicano no combate ao colonialismo
português, na sua maioria de orientação socialista: Cuba, ex – RDA, ex – URSS, entre outros.

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4. Conclusão

De tudo exposto, a transposição didáctica assume um carácter para além de uma simples
função metodológica, a mesma é capaz não só de transparecer determinado conteúdo
científico, como também induzir o aluno a interpretação de acordo com a sua análise a
partirda relação e vivência de cada indivíduo, de acordo com a sua compreensão do espaço
geográfico ao qual está inserido

Portanto, a transposição didáctica feita em sala de aula se deu, a partir do momento em que
a realidade da pesquisa entrou em discussão junto aos alunos, com base nas suas vivências do
cotidiano, posteriormente trabalhando essas experiências práticas através de aula de
campo e observações locais, utilizando uma linguagem científica, sendo ao mesmo
tempo compreensiva para todos os que estão inseridos no processo ensino-aprendizagem,
pode ser realizada através da transposição didáctica.

Desde o momento que se alia estudo e pesquisa, há um melhor aprendizado, porque o aluno
vivenciou o que estudou, pesquisou o que lhe causou curiosidade, fez inferência sobre
determinado assunto que lhe chamou a atenção e que foi importante para o seu saber,
fez surgir dúvidas que o fez pensar cada vez mais sobre o assunto, e o mais importante,
atiçou a vontade de aprender mais, buscar mais, criar mais.

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5. Referências bibliográficas

Neves, K.C.R. e Barros, R. M. (2011). Diferentes Olhares Acerca da Transposição Didática.


Investigação de ensino em ciência.Disponível em: <http://www.if.ifrgs.br/ienci/?
go=artigos&idEdicao=49>. Acesso em: 30 de Agosto de 2022.

Passini, E. et al. (2007). Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado.São Paulo:


contexto

Almeida, G. P. (2007) Transposição didática: por onde começar? São Paulo: Cortez,

Chevallard, Y. (1991) The Transposition Didactique du Savoir Savant au Savoir Enseigné.


Grenoble, La Pensée Sauvage éditions.

Haydt, R. C. C. (2006). Curso de didática geral. 8 ed. São Paulo: Ática, 327 p.

Pinho alves, J. (2000). Atividades Experimentais: do método à prática construtiva. Tese de


doutorado. CED. UFSC.. Em http://nupic.incubadora.fapesp.br/portal/banco-de-
dados/publicacoes/tcc-teses-e-dissertacoes/Jose_Pinho_TESE.pdf  Acesso em 30 de
Agosto de 2022.

Rego, N. (2009). Geografia, educação, linguagem: elementos de uma reconstrução


ontológica? Revista da ANPEGE, São Paulo, n. 5, p. 3-15.
Disponível em:
<http://www.anpege.org.br/revista/ojs-2.4.6/index.php/anpege08/article/view/24/
pdf01>. Acesso em: 24 de novembro de 2015.

Stefanello, A. C. (2009). Didática e avaliação da aprendizagem no ensino de geografia. São


Paulo: Saraiva.

Gil, A. C. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa social, (6ª. ed.) São Paulo, Brasil: Atlas.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (2010). Fundamentos de Metodologia de Pesquisa, (5ª


ed.). Brasil, São Paulo: Atlas

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