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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: R
Resolução de trabalho

Nome e Código Estudante:


Maria Do Céu Armando Tambo (708212249)

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Disciplina: Evolução de Pensamento Geográfico
Ano de Frequência: 1º

Tutor: Msc. José Olimpio Dombe

Quelimane, Outubro 2021


Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Aspetos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
Estrutura
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização
 Indicação clara do 1.0
problema
 Discrição do
1.0
objectivo
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
de trabalho
Análise e  Articulação e
discussão domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo expressão escrita
cuidada, coerente,
coesão textual.
 Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
Formatação  Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspetos
paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6Ed, em das citações
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bibliográficas citações e referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice Pág.
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 5
2.1 Resolução do trabalho ................................................................................................................. 5
3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 10
4. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 11
5. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho da disciplina de Evolução do Pensamento Geográfico tem como tema


resolução de questões relacionadas com a disciplina, cujo o objetivo é conhecer conceito
geografia, sua divisão, correntes a partir da Resolução do exercício.
Para uma melhor compreensão do avanço das técnicas no nosso espaço de vivência e no que diz
respeito ao desenvolvimento da ciência geográfica, necessitamos conhecer as origens do
pensamento geográfico, desde os tempos mais remotos quando os homens mesmo sem o
desenvolvimento da ciência já tinham ideias geográficas, perpassando por diversas concepções
filosóficas até chegarmos a sua sistematização.
A estrutura do trabalho é constituída por cinco partes, sendo primeira Introdução (inclui os
objetivos), segunda o desenvolvimento (marco teórico que foi baseada com palavras chaves do
tema, sendo, geografia, correntes, importância), terceira Metodologia usada, quarta Conclusão e
quinta que é a Bibliografia (todos os autores citados são referenciados).
Para presente trabalho uso quanto a metodologia usou se pesquisa bibliográfica, baseando se em
livros, artigos com as palavras chaves do tema.
Neste trabalho são adaptadas a partir das normas APA (2010) – American Psychological
Association sexta edição (http://www.apastyle.org), e são as mais vulgarmente utilizadas na área
das ciências sócias.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Resolução do trabalho

1. A palavra geografia vem do grego antigo: geo = terra e grafia = estudo

Alguns autores conceituam das seguintes formas:

Para Kant o estudo geográfico deve descrever todos os fenômenos manifestados na superfície do
planeta, representando uma síntese de todas as ciências.

Para Emmanuel de Martonne a geografia representa a ciência que estuda a distribuição dos
fenômenos físicos, biológicos e humanos pela superfície da Terra com suas causas e relações
locais.

Para Levi Marrero a geografia é uma ciência que estuda as diferentes paisagens da Terra e as
modificações desta pelo ser humano, localizando-as, explicando e comparando-as entre si.

2. A Geografia dividiu-se em duas frentes principais, aquela que se preocupa em estudar o espaço
em sua totalidade – também chamada de Geografia Geral – e aquela interessada em estudar os
eventos particulares – conhecida por Geografia Regional.

3.a) As correntes mais destacadas em geografia são:

Determinismo Geográfico Considera que as condições naturais determinam o desenvolvimento


de uma região, interferindo em sua capacidade de progredir. Assim, os países que possuíssem
melhores condições climáticas e naturais seriam mais propícios a terem melhores condições de
desenvolvimento (Teoria doEspaçoVital). Defendido pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel.

Possibilismo Geográfico surge na França, em meado do século XIX, contrapondo ao


Determinismo. Não considera a natureza como determinante do comportamento humano, e sim
a sociedade como beneficiadora do meio em que vive. Defendida por Paul Vidal de La Blache.

Método Regional define a região (área) como objeto de estudo geográfico, opondo-se ao
Determinismo e ao Possibilismo. A diferenciação de áreas não é vista a partir das relações entre
a sociedade e natureza, mas da integração de fenômenos regionais na Terra.
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[...] o método regional tem merecido a atenção de geógrafos desde pelo


menos o século XVII, com Varenius. O filósofo Kant e o geógrafo Carl
Ritter, respectivamente no final do século XVIII e na primeira metade do
XIX, ampliaram as bases dos estudos de área. No final do século passado,
Richthofen estabeleceu o conceito de corologia (integração de
fenômenos heterogêneos sobre uma dada área), desenvolvido mais tarde
por Alfred Hettner. (Corrêa, 1986, p 14).

Nova Geografia privilegiou os modelos quantitativos, considerando o todo geográfico apartir de


modelos preestabelecidos, deixando de lado as especificidades. Mais divulgada na Suécia,
Inglaterra e Estados Unidos como forma de justificar a posição de superioridade que exerciam
mundialmente.

Geografia Crítica também chamada Marxista, estabelece uma ligação com uma conjuntura
social, econômica e política do mundo. Rompe com a geografia tradicional e busca uma leitura
crítica frente aos problemas e interesses que envolve, mas relações de poder, com a defesa da
diminuição das disparidades socioeconômicas e regionais. Essa nova corrente defendia mudança
no ensino da Geografia nas escolas estabelecendo uma educação que estimulasse o espírito
crítico, e não a memorização de conceitos. Defendida pelos geógrafos William Bunge e David
Harvey

3.b). Alguns princípios a qual somos geridos são:

Princípio da extensão concebido por Friedrich Ratzel (1844- 1904), considera que o geógrafo
deve estudar um fato ou área, procurar sua localização e delimitação através do uso de recursos
da cartografia.

Princípio da causalidade- formulado por Alexander Von Humboldt (1769-1859), considera que
as causas ou fatos observados devem ser explicados.

Exemplificando: A causa do terremoto no Haiti (movimento das placas tectônicas).

4. No processo de transformação e desenvolvimento das ciências destaca se a idade média, em


geografia destaca se os seguintes marcos:

A Europa dividiu-se em muito reinos, política e socialmente diferenciado. O poder central


fragmentou-se e constitui-se a sociedade feudal. A igreja afirmou se como o único unificador da
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Europa. Neste contexto, a economia europeia fechou-se sobre se mesma, baseando-se na


agricultura e na troca directa de produto. (Gove, s/d, p. 44)
A característica fundamental da Idade Média é o teocentrismo, visão do mundo á luz de Deus. As
ciências são estudadas e sistematizadas á luz filosofia (Metafísica) e da teologia.
A teoria geográfica não era testada com a experiência devido a fraca mobilidade e, por isso, a
geografia na idade média evoluiu de forma bizarra. A bíblia continha um certo número de
afirmações cosmologias e geográficas. A substituição da cosmografia científica pela religiosa foi
evidente na cartografia. A teologia substituiu a ciência como método importante da organização
do mundo. (Gove, s/d p. 45)
5. A Geografia Regional é vista como uma solução visualizada para sanar tal problema, pois a
mesma se configurou como um caminho seguro para a sobrevivência da disciplina. A tradição
geográfica em uma direção, e as vinculações teóricas do Historicismo em outra, facilitaram e
alicerçaram o caminho integrador da disciplina.
Para Callai, (2011), a Geografia Regional procurou estudar as unidades componentes das diversas
áreas da superfície terrestre. Em cada lugar, área ou região a combinação e a interação das
diversas categorias de fenômenos refletiam-se na elaboração de uma paisagem distinta que surgia
de modo objetivo e concreto.
A fim de compreender as características regionais, o geógrafo desenvolveu a habilidade
descritiva, exercendo a caracterização já estabelecida por La Blache, em 1913.

6. Desde os tempos mais remotos, no período da Antiguidade, os povos viviam em grupos os


quais se deslocavam em busca de meios de subsistência e assim conheciam o espaço em que
viviam. Tinham conhecimento do mecanismo das estações do ano e, através dessas migrações,
novos caminhos eram percorridos. A partir daí, os primeiros esboços com representações da
superfície terrestre eram construídos, surgindo os primeiros mapas. O mapa mais antigo já
registrado foi encontrado na cidade de Ga Sur, na Babilônia, datado de 2500 a.C. Neste mapa
havia representações do vale de um rio que possivelmente representava o rio Eufrates
acompanhado de montanhas, assinalando os pontos cardeais. As civilizações do Egito e
Mesopotâmia desenvolviam a agricultura, e por isso, dependiam das irrigações, servindo de
grande importância para o estudo hidrológico da região.
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Ainda na Antiguidade com a expansão política, comercial e marítima no Mediterrâneo, aconteceu


a construção de mapas marítimos contendo a descrição de lugares e de seus habitantes. Segundo
Andrade (1992), deve-se ressaltar a importante contribuição de Aristóteles para o
desenvolvimento do conhecimento geográfico. Este filósofo admitiu a esfericidade da Terra, mas
não apenas tratou deste tema, fez também relações aos aspectos físicos e humanos, como a
variação do clima com a latitude e a relação entre as raças humanas. Os gregos na costa do
Mediterrâneo instauraram colônias em que desenvolviam o comércio e o conhecimento dos
lugares. Entre os romanos pode-se destacar a expansão do Cristianismo, religião oficial de Roma
no século IV. Neste período, estudiosos afirmavam que os princípios religiosos sobrepunham às
ideias científicas já estabelecidas pelos gregos, como por exemplo, a negação aos estudos feitos
sobre a esfericidade da Terra, dificultando assim o avanço do conhecimento científico.
Portanto, a Geografia encontra-se inserida no campo científico, permitindo ao homem obter
respostas mais eficazes sobre problemas espaciais, suas respectivas estruturas e consequências.
Segundo Andrade (1992) o desenvolvimento das ciências acelerou-se nos séculos XVIII e XIX.
Com o desenvolvimento do capitalismo comercial a partir do século XV, o interesse por matérias-
primas e a conquista de territórios para a produção de alimentos pelos países europeus que eram
os detentores dos meios de produção promoveu a expansão econômica e territorial desse
continente. Com isso, a burguesia ia enriquecendo-se através das relações comerciais, e
intensificando as relações entre os povos. Foram necessárias revoluções políticas como a
Revolução Gloriosa, na qual a burguesia tomava o poder enriquecendo-se. A burguesia “[...]
provocou verdadeira revolução de ordem cultural e técnica”. (Andrade, 1992, p. 47). A Revolução
Industrial estabelecida na Inglaterra no século XVIII chega à França provocando verdadeira
revolução de ordem técnica e industrial. A França, assim como outros países, começou a
desenvolver a cartografia com representações de larga escala que representavam o território, mais
precisamente, para atender as necessidades da política, de guerras e de revoluções, como a
Revolução Francesa.
Desde o século XVIII, os filósofos posicionavam-se em relação aos problemas e se preocupavam
com o avanço da ciência, sua classificação. Andrade (1992) descreve que a classificação das
ciências deveria ser uma tentativa de conjugar o amplo saber e a capacidade do homem em
expandi-lo, sendo isto objetos de estudos de Immanuel Kant (1724–1804), filósofo e professor
de Geografia Física na Alemanha. A sua importância para a ciência geográfica não foi pelo fato
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de relatar viagens, mas, por trazer a esta ciência suas reflexões sobre a natureza do conhecimento,
pois, para Kant, o conhecimento se dava pela experiência e raciocínio. Nesta época, o
conhecimento científico vinha sendo compartimentado e, esta classificação vinha preocupando
estudiosos. Para Moreira, (2008a) Kant argumentava que, o conhecimento deveria estabelecer
relações entre natureza e homem, pois, para este filósofo,
[...] é necessário encontrar o ponto comum de pensar a natureza e pensar
o homem, seja no plano empírico trilhado pela ciência, seja no abstrato
que é característico da Filosofia. E vai buscar os pontos de apoio na
Geografia e na História. Na Geografia vai buscar os conhecimentos
empíricos concernentes à natureza. (Moreira, 2008a, p.14)
A geografia clássica
No início do século XIX cientistas e intelectuais preocupavam-se com a expansão da ciência
vinculada às observações e experimentações. O pensamento científico do século XIX tinha suas
bases no Positivismo, uma concepção filosófica instaurada por Auguste Comte (1798-1857),
filósofo francês, defendendo a perspectiva da observação já discutida por Immanuel Kant.
Neste momento, as máximas geográficas vão sendo elaboradas e transmitidas, sendo tratadas
como elementos principais do pensamento geográfico. Eram traçados como princípios
fundamentais, como a citada por Moraes (1992, p. 23) “A Geografia é uma ciência de contato
entre o domínio da natureza e o da humanidade”. Através da leitura desta máxima geográfica,
verifica-se que o homem não está inserido nos estudos geográficos como indivíduo, apenas
através de dados numéricos como estudo populacional, sem uma visão social, mas como um
elemento da paisagem.
No início do século XIX, a sistematização da Geografia tem seus princípios na expansão do
capitalismo, pois neste período há o desenvolvimento do capitalismo em países como a Alemanha
e a Europa estabelecia relações econômicas com diversas partes do mundo, sendo uma excelente
contribuição para esta ciência. Neste momento a Terra já era toda conhecida e com o
desenvolvimento do comércio, o intercâmbio por diversos lugares do planeta aumentava.
Humboldt e Ritter, pensadores alemães, são considerados os fundadores da Geografia moderna e
vão dar à ciência geográfica um caráter sistematizado, contribuindo para a continuidade desta
ciência.
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3. METODOLOGIA
Assegurando-se do autor Gil (2014), afirmam que, “Metodologia é o conjunto de actividades
sistemáticas e racionais que com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo ou
conhecimentos validos e verdadeiros traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista”. Para elaboração do presente trabalho metodológia usada é
pesquisa bibliográfica.

Quanto aos procedimentos técnicos a serem aplicados é uma pesquisa Bibliográfica, já Marconi
& Lakatos (2013, p. 57) acredita que “a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as
diferentes formas de contribuição científica, que se realizam sobre determinado fenómeno ou
assunto”. Por isso, este trabalho de pesquisa vai basear-se em conteúdos já divulgados nos livros,
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4. CONCLUSÃO
No conteúdo deste trabalho podemos perceber a importância de conhecermos a história do
pensamento geográfico até mesmo antes de sua sistematização. Ao relatarmos que na
Antiguidade com a expansão política, comercial e marítima no Mediterrâneo, aconteceu a
construção de mapas marítimos contendo a descrição de lugares e de seus habitantes e na Idade
Média a reorganização do espaço vem com a queda do Império Romano no Ocidente é de total
relevância pois, mesmo sem a sistematização da Geografia como ciência, o pensamento
geográfico estava inserido nestas transformações, pois o espaço geográfico estava sendo alvo de
debate.
Ao pensarmos na sistematização da Geografia no seu período clássico, as máximas geográficas
sendo elaboradas e transmitidas, sendo tratadas como elementos principais do pensamento
geográfico, mesmo o homem não fazendo parte de tais discussões, porém a partir destas máximas
o pensamento geográfico foi desenvolvido.
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5. BIBLIOGRAFIA
American Psychological Association. (2010). Publication manual of the American Psychological
Association (6th ed.). Washington, DC: Author.

Andrade, Manuel Correia de. (1992) Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise
do pensamento geográfico. 2.ed.São Paulo: Atlas.

Callai, Helena Copetti (2011). Educação geográfica: Reflexão e prática. Ijuí/RS: Editora da
UNIJUI.
Corrêa, Roberto Lobato. (1986) Região e organização espacial. São Paulo: Ática.
Gove, Sérgio Arnaldo (s/d) Evolução do Pensamento Geográfico da Universidade Católica de
Moçambique. Beira: Centro de Ensino `a Distância-CED
Gil, A. C. (2014) métodos e técnicas de pesquisa social, 6ª edição, editora atlas.

Marconi, M., Lakatos E.M (2013) metodológica do trabalho cientifico, 7ª edição, editora atlas,
São Paulo.

Moraes, Antônio Carlos Robert. (1992) Geografia Pequena História Crítica. 11.ed.São Paulo:
Hucitec.
Moreira, Ruy. (2006) Para onde vai o pensamento geográfico? Por uma epistemologia crítica.
São Paulo: Contexto.
______ (2008a)O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes clássicas originárias. São Paulo:
Contexto.

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