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TURMA/SALA: C-7
1. Introdução...............................................................................................................................4
1.1. Objectivos............................................................................................................................5
2. Fundamentação teórica...........................................................................................................6
4. Considerações finais.............................................................................................................15
5. Referências Bibliográficas....................................................................................................16
1. Introdução
O presente trabalho de campo é da cadeira de Técnicas e Metodologias em Geografia Física,
leccionada nos curricula da Universidade Católica de Moçambique - Instituto de Educação à
Distância, trata-se de uma actividade do campo. Tem como tema: “Abordagens sobre a
cientificidade da Geografia Física” E, apresenta como objectivo principal “Estudar os
conceitos da Geografia Física dentro de um ponto de vista sistêmico na abordagem da
cientificidade da geografia física”.
A emergência da questão ambiental permitiu definir novos rumos à Geografia Física. Esta
tendência e a necessidade contemporânea fazem com que as preocupações dos geógrafos
actuais se vinculem à demanda ambiental. Por conseguinte, não abandonam a compreensão da
dinâmica da natureza, mas cada vez mais não desconhecem e incorporam a suas análises a
avaliação das derivações da natureza pela dinâmica social.
A abordagem sobre a cientificidade da Geografia Física, fundamenta-se pelo uso de técnicas e
métodos científicos nas suas pesquisas pelos geógrafos. E, existem diferentes métodos e
técnicas de estudo em geografia física.
Para a efectivação do trabalho constituíram metodologias de trabalho, a pesquisa
bibliográfica, que consistiu na busca de informações sobre as questões em vários manuais e
módulos, disponíveis. Em termos estruturais, o trabalho foi organizado em capa, folha de
feedback, folha de recomendações, índice, introdução, objectivos geral e específicos,
desenvolvimento, conclusão e Referências bibliográficas. O trabalho contém um total de 15
páginas devidamente enumeradas, a contar da introdução até as Referências bibliográficas.
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1.1. Objectivos
Constituem objectivos deste trabalho, os seguintes:
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2. Fundamentação teórica
2.1. Conceito de Geografia física
A Geografia Física é um dos ramos da Geografia que estudava a interconexão dinâmica dos
elementos da Natureza através de uma visão integrada concebida a partir do conceito de
paisagem. (Humboldt, 1982)
Em artigo escrito em 1899, diz: “o geógrafo estuda na hidrografia uma das expressões em que
se manifesta a região e actua de igual maneira com a vegetação, com as moradias e os
habitantes. Não deve ocupar-se destes distintos temas de estudo nem como botânico nem
como economista” (La Blache, 1982).
A fragmentação científica do século passado é, sem dúvida, a força que promove o primeiro
impacto na existência da Geografia Física. Ainda que na prática os geógrafos tenham seguido
o caminho da especialização, é importante lembrar que, em nível teórico, renomados
geógrafos tentaram a análise integrada do meio físico percorrendo conceitos como os de
Paisagem, inicialmente, Geossistema ou Sistemas Físicos, posteriormente, na busca desta
articulação. Este caminho é retomado nos anos 70, exactamente no período em que emerge a
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discussão ambiental e com ela o resgate da Ecologia e da ideia de relação entre os organismos
e seu ambiente.
A emergência da questão ambiental vai definir novos rumos à Geografia Física. Esta
tendência e a necessidade contemporânea fazem com que as preocupações dos geógrafos
actuais se vinculem à demanda ambiental. Por conseguinte, não abandonam a compreensão da
dinâmica da natureza, mas cada vez mais não desconhecem e incorporam a suas análises a
avaliação das derivações da natureza pela dinâmica social. (Suertegaray & Nunes 2001:16)
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importantes que são: Geomorfologia, Hidrologia, Glaciologia, Biogeografia, Climatologia,
Pedologia, Paleogeografia, Orografia, Geografia litorânea, entre outros.
a) Geomorfologia
A geomorfologia é a ciência voltada para o entendimento da superfície da Terra e os
processos pelos quais ela é formada, tanto no presente como no passado. A Geomorfologia
como um campo possui vários subcampos que lidam com formas de relevo específicas de
vários ambientes, como geomorfologia de deserto e a fluvial, entretanto, esses subcampos são
unidos pelos processos principais que os causam; em sua maioria, processos tectônicos ou
climáticos. A Geomorfologia pretende entender a história e a dinâmica dos acidentes
geográficos, e predizer as mudanças futuras através da observação de campo, experimentos
físicos, e modelagem numérica (Geomorfometria).
b) Hidrologia
A hidrologia estuda predominantemente a quantidade e qualidade da água em movimento e se
acumulando na superfície da terra e no solo e rochas próximas da superfície da água, e é
tipificada pelo ciclo hidrológico. Assim, esse campo inclui água dos rios, lagos, aquíferos e,
até certo ponto, geleiras, no qual o campo examina os processos e dinâmicas envolvendo
esses corpos d'água. A hidrologia tem historicamente uma importante conexão com a
engenharia e com isso, tem desenvolvido vários métodos quantitativos em sua pesquisa.
c) Glaciologia
A glaciologia é o estudo das geleiras e mantos de gelo, ou mais comumente, criosfera ou gelo
e os fenômenos que envolvem o gelo. A glaciologia agrupa os mantos de gelo como geleiras
continentais, e as geleiras como geleiras alpinas. Apesar das pesquisas nas duas áreas serem
similares com pesquisas sendo realizadas tanto na dinâmica dos mantos como nas geleiras, a
pesquisa com os mantos tende a se preocupar mais com a interação dos mantos com o clima, e
a pesquisa com as geleiras com o impacto da geleira no relevo. A glaciologia também possui
um vasto número de subcampos examinando factores e processos envolvendo mantos de gelo
e geleiras, como hidrologia da neve e geologia glacial.
d) Biogeografia
A biogeografia é a ciência que lida com os padrões geográficos da distribuição das espécies e
os processos que resultam nesses padrões. O principal estímulo para o campo desde a sua
fundação tem sido a evolução, placas tectônicas e a teoria da biogeografia insular. O campo
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pode ser amplamente dividido em 4 subcampos: biogeografia insular, paleobiogeografia,
filogeografia, zoogeografia (animais) e fitogeografia (vegetais).
e) Climatologia
A climatologia é o estudo do clima, cientificamente definido como a média das condições
climáticas de um longo período de tempo. Ela se difere da meteorologia, que estuda os
processos atmosféricos de curta duração, que são então examinados pelos climatologistas para
encontrar tendências e frequências em padrões/ fenómenos climáticos. A climatologia
examina tanto a natureza do clima micro (local) e macro (global) e as influências naturais e
antropogênicas sobre ele. O campo é também subdividido largamente em climas de várias
regiões e o estudo de fenômenos específicos ou de períodos de tempo, como climatologia de
chuvas de ciclones tropicais e climatologia urbana.
f) Pedologia
A pedologia é o estudo do solo em seu ambiente natural. É um dos dois principais ramos da
ciência do solo, o outro sendo a edafologia. A pedologia lida principalmente com pedogénese,
morfologia do solo, e classificação do solo. Na geografia física, a pedologia é amplamente
estudada por causa das numerosas interações entre o clima (água, ar, temperatura), vida no
solo (micro-organismos, planta, animal), materiais minerais sob o solo (ciclos
biogeoquímicos) e sua posição e efeito no relevo como a laterização.
g) Paleogeografia
A Paleogeografia investiga e reconstrói a geografia do passado e sua evolução através do
exame do material preservado em registros estratográficos, paleosolos, acidentes geográficos
relictos, fosiles, etc. De grande importância para o resto da geografia física que serve para
entender melhor a dinâmica atual da geografia do nosso planeta. O uso desses dados tem
resultado em evidências de deriva continental, placas tectônicas e super continentes, que por
sua vez têm suportado teorias paleogeográficas como o ciclo geográfico. O campo pode ser
amplamente dividido em 4 subcampos: paleoclimatologia, paleobiogeografia, paleohidrologia
e paleopedologia.
h) Orografia
A orografia é a Parte da geografia física que trata da descrição e estudo das montanhas.
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A superfície do nosso planeta está em constante modificação, principalmente, pela ação do ser
humano. A Geografia Física também estuda estas intervenções humanas na superfície
terrestre. Esta área da Geografia é de extrema importância para o entendimento da evolução
do nosso planeta e sua situação nos dias actuais. Com o aumento dos problemas provocados
pelas mudanças climáticas, provocados principalmente pelo aquecimento global, esta ciência
apresenta grande relevância. Em cada país, a Geografia Física pode possuir disciplinas
peculiares assim como suas próprias abordagens.
Não há metodologia específica para uma ciência, mas para o conjunto das ciências. Há
métodos científicos para a pesquisa geográfica, mas não métodos geográficos de pesquisa.
Em cada ciência, o que a diferencia das demais é o seu objecto. Cada ciência contribui para a
compreensão da ordem e da estrutura existentes e o sector da Geografia é o das organizações
espaciais. A abordagem da geografia científica está baseada na observação empírica, na
verificação de seus enunciados e na importância de isolar os fatos de seus valores. Ao separar
os valores atribuídos aos factos dos próprios factos, a ciência procura ser objectiva e
imparcial.
Considerando a metodologia científica como o paradigma para pesquisa geográfica, a Nova
Geografia salienta a necessidade de maior rigor no enunciado e na verificação de hipóteses,
assim como na formulação das explicações para os fenómenos geográficos. E não se deve só
explicar o existente e o acontecido, mas com base nas teorias e nas leis ser capaz também de
propor predições. Sposito (2001)
Desta maneira, cria-se a simetria entre o passado e o futuro. Por outro lado, no discurso
explicativo há preferência pelas normas relacionadas com o procedimento dedutivo-
nomológico. E, por essa razão, considerando-se certas hipóteses e determinadas condições, o
resultado do trabalho geográfico deve ser capaz de prever o estado futuro dos sistemas de
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organização espacial e contribuir de modo efectivo para alcançar o estado mais condizente e
apto para as necessidades humanas (Sposito, 2001).
O método de trabalho nunca se apresentará como uma simples soma de técnicas que se
trataria de aplicar tal e qual se apresentam, mas sim como um percurso global do espírito que
exige ser reinventado para cada trabalho” (Quivy e Campenhout, 1992, p.14).
O Método positivista é baseado nas ideias e teorias propostas pelos empiristas (Bacon,
Hobbes, Locke, Hume) e sua premissa central é a indução, processo mental que parte de
dados particulares constatados para inferir se uma verdade geral ou universal não contida na
parte analisada. Primeiro os factos a observar, depois hipóteses a confirmar. Consiste na
observação sistemática da sucessão de factos da realidade, resultando na explicação do
fenômeno. Assim, parte do particular para o geral e formula leis gerais com base em casos
particulares (Trivinos, 1987, p. 38).
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O Método hipotético-dedutivo baseia-se na dedução do processo mental contrário à
indução. Através da dedução, os princípios reconhecidos como verdadeiros (premissa maior),
permitem que o pesquisador estabeleça relações com uma segunda proposição (premissa
menor). A partir disso pode-se chegar à verdade daquilo que propõe – a conclusão (Bunge,
1985).
Não há metodologia específica para uma ciência, mas para o conjunto das ciências. Há
métodos científicos para a pesquisa geográfica, mas não métodos geográficos de pesquisa. Em
cada ciência, o que a diferencia das demais é o seu objecto. Cada ciência contribui para a
compreensão da ordem e da estrutura existentes e o sector da Geografia é o das organizações
espaciais.
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explicar o existente e o acontecido, mas com base nas teorias e nas leis ser capaz também de
propor predições. Desta maneira, cria-se a simetria entre o passado e o futuro.
Mas, não se deve, por isso, confundir a deficiência do geógrafo com a incapacidade da Nova
Geografia. Todas as técnicas, adequadas aos mais variados tipos de problemas, estão
disponíveis. Se por ignorância ou por mera facilidade prática o geógrafo escolhe
inadequadamente a técnica a usar, esse procedimento corresponde ao facto de um médico
receitar ao paciente remédio impróprio à sua doença, pois é o que ele conhece e dispõe. Deve
se, por isso, estigmatizar a Medicina? Há muita celeuma em torno da quantificação em
Geografia - é consequência da confusão que se faz entre a escolha e o uso das técnicas, com a
própria ciência.
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A preocupação em focalizar as questões geográficas sob a perspectiva sistémica representou
característica que favoreceu e dinamizou o desenvolvimento da Nova Geografia.
A aplicação da teoria dos sistemas aos estudos geográficos serviu para melhor focalizar as
pesquisas e para delinear com maior exactidão o sector de estudo desta ciência, além de
propiciar oportunidade para considerações críticas de muitos dos seus conceitos.
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4. Considerações finais
A realização do trabalho sobre a cientificidade da Geografia física, permitiu concluir:
O estudo da geografia física pressupõe a utilização de técnicas e métodos científicos. A
Geografia Moderna traçou como metas básicas: rigor maior na aplicação da metodologia
científica, desenvolvimento de teorias, uso de técnicas estatísticas e matemáticas, abordagem
sistémica e o uso de modelos.
O Método Indutivo parte de premissas particulares para obter conclusões gerais, enquanto que
o Método Dedutivo parte de dados gerais e contextualiza a situações particulares. Qualquer
boa teoria científica possui preposições lógicas e consequentemente estas devem ser
verificadas para serem aceitas.
O Método Hipotético-Dedutivo possui uma poderosa ferramenta, pois as teorias são testadas
através de hipóteses alternativas e falseáveis. Em que, o autor apresenta uma ideia nova, com
princípios claros, em linguagem simples, que pode ser testada e deste modo, corroborada ou
falseada por meio de experimentações ou observações. Apesar de, por exemplo, uma teoria
ser continuamente corroborada, não significa que é uma teoria considerada como verdadeira.
Ela é apenas uma teoria ainda não falseável.
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5. Referências Bibliográficas
Alves, F. D., Ferreira, E. R. (s/d). Panorama dos métodos e técnicas em geografia humana:
retrospectiva e tendências. Encontro de Geógrafos da América Latina.
Andrade, M.C. (1987). Sociedade e Espaço. São Paulo. Atlas. André, Z. (2006). Área 2 -
investigações geológicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Geologia de
Engenharia.
Bernardi, J.V.E. & Landim, P.M.B (2002). Aplicação do Sistema de Posicionamento Global
(GPS) na colecta de dados. DGA, IGCE, UNESP/Rio Claro, Lab. Geomatemática,
Texto Didáctico 10.
Bertrand, G. (2004). Paisagem e Geografia Física Global. Esboço Metodológico (8a Ed),
Editora UFPR, p. 141-152, Curitiba.
Guerra, A.J.T; CUNHA, S.B. (1997). Geomorfologia: uma actualização de bases e Conceitos.
Ed. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro.
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