Tema do Trabalho:
A Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os objectivos do
ensino de geografia
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 8
2. Conclusão .......................................................................................................................... 13
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1. Introdução
Após 30 anos, o sistema educativo sofreu importantes mutações resultantes em dúvida do
alargamento considerável dos efectivos escolares e das novas exigências da sociedade perante
uma escoia inserida num mundo em constante mudança. A educação é um acto com vista ao
futuro. Num mundo onde os saberes se multiplicam sem cessar, onde se diversificam
continuamente, nenhum indivíduo pode nem poderá dominar todos os conhecimentos. O
essencial já não é pois saber cada vez mais, mas antes ter a capacidade de aprender apenas o
que é absolutamente necessário.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Falar da Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os objectivos
do ensino de geografia.
1.1.2. Específicos
Identificar as estratégias de implementação da transposição e Simplificação didáctica
no ensino de Geografia.
Identificar os objectivos específicos da Geografia.
Destacar os objectivos transdisciplinares.
1.2.Metodologia
Metodologia é o percurso percorrido para se alcançar um determinado fim. Para se alcançar os
objectivos traçados, o presente trabalho realizou-se, ou seja, desenvolveu-se com base nas
regras de produção e publicação de trabalhos científicos da Universidade Católica de
Moçambique. Os conteúdos foram desenvolvidos recorrendo-se a leitura de varias obras
literárias, artigos, referências bibliográficas e manuais que abordam assuntos relacionado com
o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se também ao uso da internet.
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1. Transposição e Simplificação Didáctica no Ensino da Geografia
1.1.Conceito de Transposição
O termo transposição didáctica foi introduzido pelo sociólogo Michel Verret em sua tese Le
Temps des Etudes, defendida em 1975 na França. Em 1982, Chevallard e Joshua utilizaram
este conceito no campo de ensino de Matemática para examinar as transformações sofridas
pela noção matemática de distância entre o momento de sua elaboração por Fréchet, em 1906,
e o momento de sua introdução nos programas de geometria franceses, em 1971.
Em 1998, o termo é aprofundado e apresentado com mais consistência por Ives Chevallard em
seu livro, La transposition Didactique: du savoir savant au savoir enseigné (Editions La
Pensée Sauvage, 1998). O significado da palavra transposição de acordo com o
Minidicionário da Língua Portuguesa (FTD, 2007) é transpor; deslocar; pôr em lugar
diferente. No pensamento didáctico, transposição é deslocar o conhecimento para dentro da
escola, para dentro da cultura escolar.
Logo, a Transposição Didáctica passa a ser um instrumento para que possamos analisar o
movimento do saber sábio, aquele que os cientistas descobrem, para o saber a ensinar, aquele
que está nos livros didácticos, e, por este, ao saber ensinado, aquele que realmente acontece
em sala de aula.
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Ao analisar a passagem do saber sábio para o saber ensinado pela transposição didáctica,
Polidoro e Stigar (2010) enfatizam que, tal passagem, entretanto, não deve ser compreendida
como a transposição do saber no sentido restrito do termo: apenas uma mudança de lugar.
Supõe-se essa passagem como um processo de transformação do saber, que se torna outro em
relação ao saber destinado a ensinar.
3. Objectivos Transdisciplinares
De acordo com Almeida (2011), o funcionamento didáctico é formado por uma relação entre
professor – saber – aluno. O saber é a ponte entre o professor e o aluno nessa relação, logo o
saber precisa ser levado ao aluno de uma maneira tranquila e significativa. Para isso, o
professor utilizará a transposição didáctica como prática pedagógica, pois ela é um
instrumento de grande importância no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Mas não é qualquer conhecimento, é um conhecimento que pode ser ensinado pelo professor e
aprendido pelo aluno. O objectivo final da transposição didáctica é transformar o objecto do
saber do sábio, o saber produzido pelos cientistas, em saber ensinado, que é o saber absorvido
pelo aluno. A transposição didáctica age como mediadora na transformação do saber
científico em saber escolar, facilitando, assim, a aprendizagem do aluno (Almeida, 2011).
O professor não está sozinho nesse processo, apesar de ser uma peça fundamental no desfio
de transformar um conhecimento do saber em um conteúdo didáctico (objecto de ensino),
conta com a participação e ajuda de agentes externos à escola, que dentre outros, estão os
autores de livros didácticos. Esses autores são responsáveis pela transformação do saber
académico ou científico, que fundamenta culturalmente e cientificamente o saber escolar, em
objecto de ensino de uma disciplina específica (Almeida, 2011).
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2. Conclusão
Conclui-se que, o conhecimento é frequentemente produzido fora da escola e esta sujeita a
uma série de adaptações antes de ser aceito para o ensino, como exemplo: objectos
matemáticos criados por matemáticos não são os ensinados na escola. O objecto da teoria da
transposição didáctica é precisamente para descrever e explicar os fenómenos de
transformação do conhecimento de sua produção até o seu ensino.
Este nível de organização institucional é o que Chevallard chama de “noosfera, ele define os
limites, redefine e reorganiza o conhecimento social, contextos históricos ou culturalmente
determinados, que tornam possíveis ou não certas escolhas.
Contudo, a transposição didáctica exigirá do professor várias competências, que deverão fazer
parte de sua prática pedagógica, para que ele possa criar ações bem pensadas para conduzir os
alunos a uma aprendizagem eficaz.
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3. Referências Bibliográficas
Almeida, Geraldo Peçanha de. (2011). Transposição didáctica: por onde começar? (2ª ed).
São Paulo: Cortez. 71 p.
Bueno, Silveira. (2007). Minidicionário da Língua Portuguesa (2ª ed). São Paulo: FTD.
Monteiro, Ana Maria F. C. (2007). Os saberes que ensinam: o saber escolar IN: Professores
de história: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X. p.81-91.
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