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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Os princípios geográficos e a geografia na idade média

Nome: Neid Carlos Agostinho João Pinto


Código do Estudante: 708216384

Curso: Lic. Em ensino de Geografia


Disciplina: Evolução ao Pensamento Geográfico
Ano de Frequência: 1º Ano
Turma: S
Tutor: Nunes Berto Malabo

Quelimane , Novembro, 2021


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 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
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adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
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tamanho de letra,
Aspetos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
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Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

1. Introdução .................................................................................................................................... 1

2. Os princípios geográficos e a geografia na idade média ............................................................. 2

2.1. Os princípios geográficos ......................................................................................................... 2

2.2. A geografia na idade média ...................................................................................................... 3

2.2.1. A Geografia no Ocidente Cristão .......................................................................................... 4

Conclusão ...................................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 12

iv
1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre os princípios geográficos e a geografia na idade média. A


Geografia é uma ciência que se preocupa em localizar, distribuir, interpretar, analisar e
correlacionar factos e fenómenos físico-naturais e humanos que ocorrem à superfície da Terra.
Contudo como ciência esta tem também seu objeto de estudo que é o espaço ou a superfície
terrestre. O presente trabalho debruçará e mencionará os princípios fundamentais da geografia
citados de acordo com alguns autores. Para melhor compreensão do surgimento e desenvolvimento
da geografia, houve a necessidade de se perceber como era tratada nos tempos remotos,
concretamente na idade média até aos dias de hoje. Apos varias discussões em volta do tema do
presente trabalho, apresentar-se-á uma conclusão em forma de resumo, sobre os princípios
geográficos e a geografia na idade media. Por fim teremos as referencias bibliográficas, contendo
la os nomes dos autores das obras consultadas para a edificação do trabalho.

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2. Os princípios geográficos e a geografia na idade média
2.1. Os princípios geográficos
A Geografia pode ser definida como sendo a ciência que localiza, distribui, interpreta, analisa e
correlaciona factos e fenómenos físico-naturais e humanos que ocorrem à superfície da Terra,
atendendo as relações causa-efeito ligadas a interacção natureza-sociedade (INED, 2020, p.5).

Contudo como ciência esta tem também seu objeto de estudo que é o espaço ou a superfície terrestre
onde ocorrem os diversos fenómenos tanto físico-naturais como humanos. No presente trabalho
iremos elucidar e mencionar os princípios fundamentais da geografia.
Para Gove (2003): os princípios formulados são os seguintes:
 O princípio da extensão, concebido por Friedrich Ratzel (1844-1904). O princípio reza que é
preciso delimitar o facto a ser estudado, localizando-o na superfície terrestre.
 O princípio da analogia, também chamado Geografia Geral, exposto por Karl Ritter (1779-
1859) e Paul Vidal de La Blache (1845-1918). Estes autores mostraram que é preciso comparar
o facto ou área estudada com outros factos ou áreas da superfície terrestre, em busca de
semelhanças e diferenças.
 O princípio da causalidade, formulado por Alexander von Humboldt (1769-1859), que diz
respeito à necessidade de explicar o porquê dos factos.
 O princípio da conexidade ou interacção, apresentado por Jean Brunhes (1869-1930).
Segundo ele, os factos não são isolados, e sim inseridos num sistema de relações, tanto locais
quanto inter locais.
 O princípio da actividade, formulado também por Brunhes, que afirma ter os factos um
carácter dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado para a compreensão do
presente e previsão do futuro (p.21).

Ainda para Gove (2003): o objeto material da Geografia é a Terra, a superfície terrestre, e seu
objeto formal são as relações aí processadas. Com outras palavras, o objeto formal da Geografia é
o estudo das relações locais (verticais) de fatores que diferenciam um lugar de outro, e das relações
horizontais entre os lugares ou áreas. (p.21).

Das diferentes interpretações da relação homem x espaço surgiram duas conceções geográficas:

A Escola Determinista, fundada por Ratzel, em 1822, que, como o nome indica, sugere que o
espaço natural determina as formas de sua ocupação por parte do homem. Destarte, os povos do

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litoral seriam necessariamente pescadores, os de planalto criadores e os de planície mais
naturalmente agricultores. O fascismo italiano do período entre guerras atacou veementemente essa
teoria, negando que a Itália estaria fadada a ser uma potência de terceira ordem em função da não
disponibilidade de carvão em seu território.

A Escola Possibilista, defendida primeiramente por La Blache e depois pela escola francesa que
ele criara, não negava a influência que a natureza exercia sobre o homem, mas este pode escolher
e modificar o espaço físico, conforme suas capacidades.

Percebe-se claramente que as duas conceções não exprimem uma verdade geográfica absoluta, uma
vez que se baseiam em momentos históricos diferentes, em que a ocupação do espaço pelo homem
foi determinada por tal capacidade ou inabilidade. Ambas devem então ser tomadas como corretas,
mas deve-se ter o cuidado de aplicá-las correctamente ao período ou localização estudada.

2.2. A geografia na idade média

Desde a criação do termo pelos gregos, durante o período da antiguidade clássica, ate meados do
seculo XIX, apenas se podia falar de um pensamento com incidência geográfica. Só em meados do
seculo XIX é que a Geografia adquire o estatuto de ciência autónoma. (Manso, 2013, p.17).

A Idade Média, também conhecida na Europa por Idade das trevas, e marcada pelo recuo do
conhecimento cientifico nesse continente. Isto deveu-se à influencia e predominância das
explicações religiosas sobre as explicações cientificas, de tal modo que as respostas às questões
colocadas pelos estudiosos deixaram de ser dadas pela ciência e passaram a ser dada pela Bíblia.
(Manso, 2013, p.21)

À derrocada do império romano seguiu-se um longo período de turbulência que, nos domínios da
cultura, se traduziu por uma grande estagnação. Embora seja arbitrário marcar rigorosamente os
limites das idades históricas, aceita-se como início da idade media o ano 476, disposição de Rómulo
Augusto, e o termo no ano de 1453, queda Constantinopla. (Gove, 2003, p.43).

A área das nações mediterrânicas foi comprimida por grandes migrações humanas:

 Estabelecimento continental e insular dos povos germânicos, que precedeu e seguiu a queda
do império romano do ocidente.

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 Invasão árabe, que, dos séculos VII ao X, se estendeu, o próximo oriente a África
Magrebiana.
 Aparecimento dos nómadas cujo avanço se quedou nas estepes e euro-asiáticas (Hunos,
Mongóis) ou na Ásia menor (turcos).

A aventurosa exploração do mundo foi assim orientada do modo diferentes, mas não se apoio no
poder inventivo da ciência, nem sérvio os progressos da geografia.

Deste modo a idade media foi, para a geografia, um período de estagnação e mesmo de retrocesso.
Caracterizou-se especialmente por uma completa decadência da geografia geral. Com os árabes a
actividade geográfica ainda se manifestou, mas este voltarem-se quase exclusivamente para a
geografia descritiva. Ptolomeu foi, ate ao renascimento, a autoridade incontestada em matéria do
conhecimento da terra e do sistema do mundo.

É importante mencionar que até o século XIX as ciências encontravam-se indistintas


entre si e é somente com a emergência do positivismo que se passa a dividir os diversos
campos de conhecimento, específicos e bem definidos quanto aos objetos e aos métodos. A
separação entre ciência e religião também não existia durante a Idade Média, o que não
significa dizer que durante todo esse longo período houve estagnação do conhecimento,
mas existem evidencias do contrário tendo sido produzida uma vasta literatura sobre o
imaginário do mundo que combinava aspetos do religioso com aqueles da realidade
sensível, estabelecendo-se assim um campo fértil de pesquisa. (Lopes, 2012, p.2).

2.2.1. A Geografia no Ocidente Cristão

Freitas, Abranches, Moura e Lopes (2014): referem que:


No período da Idade Média o pensamento de filósofos cristãos como o de Santo Agostinho
orientou a visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza.
A igreja esteve a cargo da estrutura educacional, ou, pelo menos, supervisionando a mesma,
inclusive a maioria das universidades nos séculos XII e XIII surgiram de escolas ligadas às
catedrais. Assim, nesse período, o desenvolvimento da ciência esteve ligado ao que
chamamos de escolástica, ou seja, a mistura do dogma religioso com a Filosofia, pois o
objetivo da escolástica era conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional,
advindo da Filosofia grega, por isso, o pensamento religioso e racional era fortemente

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influenciado pelas ideias de Platão e Aristóteles (sobretudo, as de Platão) e, por isso, muitos
religiosos e filósofos serão os principais contribuintes para o pensamento científico. (p.58).

Com a queda do império romano do ocidente, o espaço europeu sofreu sucessivas invasões
barbaras. A Europa dividiu-se em muito reinos, política e socialmente diferenciado. O poder central
fragmentou-se e constitui-se a sociedade feudal. A igreja afirmou-se como o único unificador da
Europa. Neste contexto, a economia europeia fechou-se sobre se mesma, baseando-se na
agricultura e na troca direta de produto. Os excedentes eram escassos e, em anos de más colheitas,
as populações eram vítimas de fomes, acompanhadas frequentemente por pestes. Os sistemas de
comunicação desorganizaram-se, não haviam mobilidade de bens, pessoas ou ideias.A curiosidade
acerca dos lugares só existe quando é possível viajar. Na Europa medieval, dividida em muitos
reinos verdadeiro mosaico de unidade politica e sociais, a diminuição de mobilidade foi eliminando
a necessidade da geografia científica. O fervor religioso e as explicações teológicas originavam
respostas alternativas as perguntas «onde?», respostas que eram, incompatíveis com as que a
ciência pode dar. Do ponto de vista geográfico classificam-se como erradas.

A característica fundamental da Idade Média é o teocentrismo, visão do mundo á luz de Deus. As


ciências são estudadas e sistematizadas á luz filosofia (Metafísica) e da teologia.

A teoria geográfica não era testada com a experiência devido a fraca mobilidade e, por isso, a
geografia na idade media evoluiu de forma bizarra. A bíblia continha um certo número de
afirmações cosmologias e geográficas. A substituição da cosmografia científica pela religiosa foi
evidente na cartografia. Completamente dominado pelo sentido cristão do sobrenatural, o
cartógrafo medieval não se dedico a representar o mondo como ele é na realidade. Em vez disso,
figurou o seu próprio pensamento concentrado numa expressão simbólica e artística. A teologia
substituiu a ciência como método importante da organização do mundo.

Fonte: Gove (2003)


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Depois de Ptolomeu houve um declínio evidente na exatidão dos mapas do mundo, declínio que
perdurou ate ao século XIV. O mapa-múndi típico da idade media era um disco conhecido com o
nome de T no O (Orbis Terrarum) ou como mapa de roda. Utilizou-se de novo o Orbis Terrarum
dos romanos, mas com tais modificações que perdeu a sua exatidão geográfica.

Fonte: Gove (2003).

Neste mapa a Ásia ocupava sempre a metade superior do O, com a Europa e a África ocupando,
cada uma, a metade da parte inferior. O mediterrânico uma posição meridiana entre os dois
continentes. Jerusalém estava no centro do círculo, segundo o texto bíblico «esta Jerusalém; no
meio das nações eu a coloquei e suas terras ao redor dela». O paraíso aparecia localizado a leste na
parte superior do mapa. Nestes mapas foram incluídos elementos teológicos, perdeu-se a noção de
localização rigorosa dos lugares e não existia sistemas de projeção. Considerava-se a terra de
forma plana representada circularmente.

Existiu também na Idade Média outro tipo de mapa baseado na conceção esférica da terra.
Conservaram-se apenas em forma cartogramas simplificados, os mapas macróbios. Foram
importantes porque mantiveram vivo o conhecimento da superfície terrestre e a divisão em zonas
idealizados pelos gregos. (Gove, 2003, p.46).

O retrocesso geográfico foi, no entanto, evidente na cartografia e os científicos sofreram uma


estagnação. São de salientar, porém, três factos importantes:

a) As expedições ao atlântico norte (séculos VIII, IX e X).


b) As viagens a Ásia dos monges franciscanos Carpine e Rubruck (séc. XIII) e nos fins do mesmo
século marca pólo.
c) Os conhecimentos geográficos dos árabes. (Gove, 2003, p.47).

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Nos séculos IX e X os normandos realizaram viagens de exploração no atlético norte a Gronelândia
foi descoberta e La se estalou uma colónia. Talvez no ano 1000, leif tivesse atingido a América via
Gronelândia. Estas explorações foram prematuras e sofreram a sorte de todas as que o caso conduz
antes que comércio ou a ciências delas possam aproveitar.

Com fins religiosos e comerciais partiram para a Ásia os monges capine Rubruck nessa época os
mongóis não eram nem muçulmanos nem budistas e por isso, a Europa cristã alimentou esperança
de entabular relações comercias com eles e de obter o seu auxílio contra os turcos. Estabeleceu-se
então na Ásia uma rota comercial que permitia a chegada de mercadorias aos entrepostos
comerciais do mar negro. Peles, tecidos, pedras e especiarias chegavam a Europa, vindas da Ásia
e não do Egipto, por ai serem objecto de impostos excessivos.

Rubuck foi encarregado junto do «Khan» mongol de uma proposta de aliança contra os
maometanos, enviada por são luís de França. Partiu em 1252 e quando atingiu as estepes da Rússia
meridional pareceu-lhe «que entrava no novo século».

Estas estepes revelaram ao monge um mundo insuspeito do: o das tribos nómadas que se
deslocavam ao ritmo das estações com os seus rebanhos, nos seus carros imensos que
«transportavam tendas inteiramente montadas».

Ao fim de dois meses atingiu a Volga, penetrando no coração da Ásia central. Chegou a karakarun,
cidade capital «que não valeu o burgo de saint-denis». Foi a primeira cidade que encontrou desde
que começou a percorrer as estepes.

Regressou sem conseguir nenhuma vantagem da corte Mongólia, nem para o seu rei, nem para sua
religião. No relato que dirigiu ao soberano, resumiu uma preciosa documentação a cerca do género
de vida dos nómadas mongólicos. O relato da viagem foi um dos melhores inscritos geográficos da
idade media.

Em 1271, a Itália Marco Pólo partiu também com os fins comercias, para Mongólia onde ganhou
a simpatia do chefe supremo, que o encarregou de missões importantes no Tibete, china meridional
e índias. Passados 20 anos regressou a Europa e descreveu a sua aventura no livro chamado «livro
das maravilhas», no qual registou tudo o que podia servir para o conhecimento do oriente. Desde
a Ásia menor a china, da Mongólia a índia, através do Iraque e do irão, Turquestão, Gobi, planalto

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do Tibete, por todo a parte, Marco Pólo observou os produtos do solo e da industria, as condições
do tráfego, os centros comercias e as rotas a seguir.

Descreveu sobre tudo a civilização chinesa, os seus formigueiros humanos, as suas cidades
populosas e mercantis: é o caso de Kinsay (Hang Tcheu), de que foi governador. Era composta por
doze bairros de 12000 casas, cada um, povoada por 3 milhões de habitantes; esta cidade, construída
sobre as águas como Veneza, tinha nada menos que 12000 pontes e a província de Manzi, de era a
capital, contava mais de 1200 poderosas cidades.

Descreveu também o tráfego do rio azul, “que é menos um rio de que um mar”, sulcado por juncos
e barcos de toda a espécie. A indústria da seda, a riqueza pública, o sistema dos correios, em suma,
tudo o que constituía uma sociedade civilizada e mais evoluída da a Europa foi descrita por Marco
Pólo.

O livro do Marco Pólo encontrou muitos incrédulos, mais acabou por se impor despertando a
curiosidade a imaginação e a cobiça dos europeus do renascimento, que queriam atingir, por uma
rota direta, esse oriente asiático de prodigiosas riquezas.

Com o declínio do Império Romano do Ocidente, as sucessivas invasões inimigas, a desagregação


do território, instalou-se um clima de grande instabilidade política, económica e social. A igreja
aproveitando-se da situação toma o poder. (INED, 2020, p.27).

Na idade media a religião sobrepõe-se á ciência, as respostas às perguntas passaram a ser dadas
através da Igreja, da religião e da Bíblia. A cartografia na idade Média revela a influência dos
conhecimentos geográficos bíblicos e o desconhecimento do mundo real. Portanto, a Idade Média
foi para a Geografia um período de estagnação ou mesmo recuo:
 Mapas circulares com caracteres teológicos: Jerusalém a cidade santa, considerava-se o centro
do mundo e ocupava o centro do mapa e o paraíso a parte superior; mapas de T em O;
 Conceito de terra plana, ela é representada por um disco circundado de água.
 Mar Mediterrânico ocupa uma posição meridional;
 Existência de três continentes – Ásia, Europa e África separados por água. (INED, 2020, p.27).

Mas os factos importantes que merecem referência nesta época são:

 Expedições escandinavas ao Atlântico Norte no ano 1000, 1ª etapa para chegar a América;

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 Viagens de Marco Polo (autor do Livro das Maravilhas) e de outros mercadores e missionários
que visitaram a China e a Índia deram a conhecer a Europa novas regiões, seus habitantes e suas
riquezas;
 Conhecimentos geográficos dos Árabes e as suas peregrinações, assistiu-se assim a um período
de desenvolvimento do conhecimento de muitos lugares. Com os árabes a actividade geográfica
manifestouse voltada para uma Geografia descritiva. Dois nomes se destacam; Ibn Batuta e Al-
Idris, dois viajantes, dois geógrafos que desempenharam papel importante na compilação e
divulgação da produção geográfica. (INED, 2020, p.27).

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Conclusão

A geografia é um dos saberes mais antigos que existe. Ela é o estudo do espaço que os seres
humanos habitam. Apos a colheita de varias informações relacionadas com o tema do presente
trabalho, ou seja, sobre os princípios geográficos e a geografia na idade media, pode se concluir
que a Geografia pode ser definida como sendo a ciência que localiza, distribui, interpreta, analisa
e correlaciona factos e fenómenos físico-naturais e humanos que ocorrem à superfície da Terra.
Contudo como ciência esta tem também seu objeto de estudo que é o espaço ou a superfície terrestre
onde ocorrem os diversos fenómenos tanto físico-naturais como humanos. A palavra Geografia
(geo, “Terra”; grafia, “descrição”, “escrita”) foi criada pelo filósofo grego Eratóstenes no século
III a.C. O conjunto de princípios foi de fundamental importância para a construção de competências
e habilidades do conhecimento geográfico, eles deram a forma e o sentido à ciência geográfica.
Existem cinco (5) princípios geográficos: o princípio da extensão, que refere que é necessário
delimitar o facto a ser estudado, localizando-o na superfície terrestre; O princípio da analogia,
também chamado Geografia Geral, que diz que é preciso comparar o facto ou área estudada com
outros factos ou áreas da superfície terrestre, em busca de semelhanças e diferenças; O princípio
da causalidade, que diz respeito à necessidade de explicar o porquê dos factos; O princípio da
conexidade ou interacção, que diz que os factos não são isolados, e sim inseridos num sistema de
relações, tanto locais quanto inter locais e o princípio da actividade, que afirma ter os factos um
carácter dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado para a compreensão do
presente e previsão do futuro. Quanto ao estudo da geografia na idade media, conclui-se que a
característica fundamental é o teocentrismo, visão do mundo á luz de Deus. Pois as ciências eram
estudadas e sistematizadas á luz filosofia (Metafísica) e da teologia. A Idade Média era também
conhecida na Europa por Idade das trevas, era marcada pelo recuo do conhecimento cientifico nesse
continente. Isto deveu-se à influencia e predominância das explicações religiosas sobre as
explicações cientificas, de tal modo que as respostas às questões colocadas pelos estudiosos
deixavam de ser dadas pela ciência e passavam a ser dada pela Bíblia. A bíblia continha um certo
número de afirmações cosmologias e geográficas. A cartografia na idade Média revelou a
influência dos conhecimentos geográficos bíblicos e o desconhecimento do mundo real. Portanto,
a Idade Média foi para a Geografia um período de estagnação ou mesmo recuo. Pois os mapas eram
de formas circulares com caracteres teológicos: Jerusalém a cidade santa, considerava-se o centro

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do mundo e ocupava o centro do mapa e o paraíso a parte superior; mapas de T em O; a terra tinha
o Conceito de terra plana, ela era representada por um disco circundado de água. O Mar
Mediterrânico ocupava uma posição meridional e só havia existência de três continentes – Ásia,
Europa e África separados por água. Mas os factos importantes que merecem referência nesta época
foram as expedições escandinavas ao Atlântico Norte no ano 1000, 1ª etapa para chegar a América;
as viagens de Marco Polo (autor do Livro das Maravilhas) e de outros mercadores e missionários
que visitaram a China e a Índia deram a conhecer a Europa novas regiões, seus habitantes e suas
riquezas; e os conhecimentos geográficos dos Árabes e as suas peregrinações, assistia-se assim a
um período de desenvolvimento do conhecimento de muitos lugares. Para os árabes a actividade
geográfica manifestou-se voltada para uma Geografia descritiva. Dois nomes se destacaram; Ibn
Batuta e Al-Idris, dois viajantes, dois geógrafos que desempenharam papel importante na
compilação e divulgação da produção geográfica.

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Referências bibliográficas

Freitas, I. A. de., Abranches, N., Moura, R. de A. & Lopes, J. F. R. (Coords). (2014). História do
pensamento geográfico. V. único. Rio de Janeiro: CECIERJ.

Gove, S. A. (2003). Evolução do Pensamento Geográfico. História da Geografia. G0133. Manual


de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 1o Ano. Universidade Católica de
Moçambique (UCM). Centro de Ensino a Distância - CED.

INED - Instituto Nacional de Educação. (2020). Introdução ao pensamento geográfico e


cosmografia. Módulo 1 de geografia. Ministério da Educação. Instituto de Educação Aberta
e à Distância – IEDA.

Lopes, J. F. R. (2012). Geografias do imaginário: o pensamento geográfico durante a Idade Média.


Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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