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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Breve contextualização da filosofia grega

Delfina Mateus da Costa -708224983

Licenciatura em ensino de Geografia

Disciplina: Introdução a Filosofia

Ano de Frequência: 2º Ano

Docente: dr.

Turma: W

Quelimane, Maio de 2023


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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
(expressão escrita
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
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dados
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gerais
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Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3

Objectivos. ...................................................................................................................................... 3

Objectivo geral: ............................................................................................................................... 3

Objectivos específicos: ................................................................................................................... 3

Metodologia .................................................................................................................................... 3

Breve contextualização histórica da filosofia ................................................................................. 4

O nascimento da filosofia não é uma data, mas um processo. ........................................................ 4

Do mito à Filosofia: continuidade e ruptura ................................................................................... 4

O Milagre grego e a sua explicação ................................................................................................ 5

Características e tendências da filosofia nas suas origens .............................................................. 5

A filosofia grega: processo de progressiva racionalização ............................................................. 6

Etapas da filosofia grega clássica ................................................................................................... 6

Período pré-socratico ...................................................................................................................... 6

Período antropológico ..................................................................................................................... 6

Período sistemático ......................................................................................................................... 7

Período helenístico ou greco-romano ............................................................................................. 7

Conclusão........................................................................................................................................ 9

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 10


Introdução
A filosofia, como expoente do conhecimento racional pensado de maneira sistemática,
surgiu na Grécia em meados do século VI a.C. e surge da necessidade que os gregos tinham
de explicar o mundo, os acontecimentos naturais e a relação entre os humanos e a natureza a
partir do uso ordenado e sistemático da racionalidade. Portanto, a filosofia é uma das ferramentas
utilizadas para sanar as necessidades de explicações do mundo a partir da racionalidade. Até o
surgimento da filosofia como forma racional de pensar, compreender e explicar o mundo, as
relações eram todas explicadas a partir da mitologia.

Objectivos.

Objectivo geral:
Realizar uma breve contextualização da filosofia grega, explorando suas principais
características, influências e contribuições para o pensamento filosófico ocidental.

Objectivos específicos:
Investigar os principais filósofos gregos e suas contribuições para o desenvolvimento da
filosofia.
Analisar o contexto histórico-cultural da Grécia Antiga e como isso influenciou o
surgimento da filosofia.
Explorar as principais correntes filosóficas da Grécia Antiga, como o platonismo, o
aristotelismo e o estoicismo.

Metodologia
Revisão Bibliográfica

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Breve contextualização histórica da filosofia

O nascimento da filosofia não é uma data, mas um processo.


É um facto incontestável que a filosofia nasceu na Grécia ou, mas propriamente, no espaço da
cultura grega. Difícil é, no entanto, datar esse acontecimento com absoluta precisão. Difícil, e
talvez mesmo impossível. Mais do que uma data precisa tal acontecimento é um processo, lento,
mas decisivo, de libertação da consciência racional relativamente às formas da consciência mítica
e religiosa. É costume dizer-se que a filosofia nasce por volta do século VI (ou VII) a.C., com os
filósofos jónios (Tales, Anaximandro e Anaxímenes). Neles se manifesta já, com efeito, a
existência de uma explicação científica e racional da realidade, da natureza.

Tomando em consideração os poemas de Homero (Ilíada e Odisseia), e sobretudo os


de Hesíodo (Os trabalhos e os dias e Teogonia), também aí poderemos descobrir uma embrionária
vontade de racionalização e de sistematização. Por outro lado, se em Tales de Mileto se verifica
existir já uma atitude científica face à realidade não menos verdade é que os elementos com que
tece a sua concepção são numa, significativa parte, extraídos dos materiais das cosmogonias
míticas. Não se pode dizer, por conseguinte, com absoluta certeza: aqui acaba o mito e a
explicação religiosa e começa a filosofia e a ciência.

Do mito à Filosofia: continuidade e ruptura


Mais do que traçar o momento da ruptura entre a consciência mítico-religiosa e a consciência
filosófica racional, trata-se, pois, de traçar o modo da ruptura.

Os materiais sobre que trabalha esta nova forma de consciência, que chamaremos de filosofia, são
ainda em grande parte, os mesmos da consciência religiosa: as cosmogonia, a sabedoria tradicional
comunitária de natureza ético-religiosa.

Podemos, pois, concluir o seguinte: o surgimento da atitude racional (da atitude filosófica ou da
atitude cientifica que, neste caso, se podem considerar sinonimas) não representa uma ruptura
simples relativamente às anteriores formas de consciência. Se, por um lado, há ruptura na medida
em que se trata efectivamente de uma nova atitude face à realidade, por outro lado há
uma continuidade: não apenas porque a consciência filosófica e científica utilizará ainda (embora
de maneira diferente!) os materiais mítico-religiosos para as suas explicações racionais, mas

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também porque ela pretende substituir o mito e a religião na função que desempenhavam,
apresentando-se como a autentica explicação da realidade que se ajusta à medida do homem.

O Milagre grego e a sua explicação


O surgimento da filosofia faz parte de um momento global e complexo da cultura grega que
costuma designar-se por “milagre grego”. Esta expressão pretende traduzir um fenómeno, sem
paralelo noutras civilizações, que teve o seu auge na Grécia no século V a. C. E que se exprime
num extraordinário florescimento das artes, da literatura, da ciência, da filosofia, das formas de
organização politica e económica.

Este estado de coisas facilitava e proporcionava a ampla circulação de homens e de ideia por todo
o mundo grego. É possível seguir a geografia das manifestações do pensamento filosófico nas suas
origens: ele vai do exterior para o interior, ou seja, das colónias (Ásia, Menor, Magna Grécia,
Sicília…) para a metrópole, sobretudo para Atenas. Onde vamos encontrar os grandes pensadores
gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles.

Características e tendências da filosofia nas suas origens


Se consultarmos uma história da filosofia no capítulo ou volume que se refere à filosofia grega,
encontramos uma vasta galeria de nomes de pensadores e filósofos, de escolas e posições não só
diferentes, mas por sua vez antagónica, cosmo no caso de Heráclito (sec. VI-V a. C.) e Parménides
(sec. V a. C.). Eis algumas das características que são semelhantes as grandes conquistas da
filosofia no seu período clássico. Reduzimo-las a três:

1ª a descoberta do mundo natural, físico, cosmológico e vai desde a explicações dos “fisiólogos”
jónicos ate a sistematização aristotélica dos fenómenos naturais e suas leis (físicas, psicológicas,
historia natural).

2ª a descoberta do mundo lógico e da estrutura lógica do ser, que vai desde as teorias pitagóricas
sobre o mundo ate a sistematização dos princípios do pensar e do ser na lógica e metafísica de
Aristóteles.

3ª a descoberta do mundo humano, isto é, do mundo sociocultural e ético-político, sobretudo com


os sofistas, Sócrates e Platão.

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A filosofia grega: processo de progressiva racionalização
Parafraseando o dito de Kant, poderíamos dizer que a intuição mítica, sem o elemento formador
do Logos, é ainda “cega”, e que a conceptualização lógica sem o núcleo vivo “intuição mítica”
originária, permanece “vazia”. A partir deste ponto de vista devemos encarar a história da filosofia
grega como o processo de progressiva racionalização da concepção religiosa do mundo implícita
nos mitos. Se o representarmos por uma serie de círculos concêntricos, a partir da exterioridade da
periferia para a interioridade doo centro, veremos que o processo pelo qual o pensamento racional
toma posse do mundo se realiza na forma de uma progressiva penetração que vai das esferas
exteriores para as profundas e interiores, até chegar, com Sócrates e Platão, ao centro, quer dizer
à alma. (WILLIAM, p.117-118).

Etapas da filosofia grega clássica

Período pré-socratico
Os pensadores considerados os primeiros que dão expressão filosófica ao problema da existência
de uma causa suprema de todas as coisas são os filósofos jónios: Tales, Anaximandro,
Anaxímenes, todos eles de Mileto, Ana Ásia menor, às margens do mar Egeu. Todos eles viveram
entre os séc. VII e V a. C. ainda existem outros que se preocuparam também com elemento
primordial que origina todas as coisas, que são: Pitágoras (principio de todas as coisas é a mônada);
Heraclito (o mundo as coisas estão em cessante transformação); Parménides (a única realidade é o
ser); Empédocles (o ser é imutável porque se na fosse, o mundo já teria deixado de existir);
Demócrito (o elemento primordial é constituído pelos átomos); Anaxágoras (o ser é constituído de
átomos que são corpúsculos quantitativamente iguais ‒homeomerias).

Período antropológico
Os Sofistas: significa sábio, e precisamente sábio em cada um dos problemas que dizem respeito
ao homem e à sua posição na sociedade. O “homem é a medida de todas as coisas”.

Estes inauguram o período chamado “humanista” da filosofia grega.

Os mestres: Protágoras, Górgias, Pródico.

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Do final do século V e todo o século IV a. C., quando a filosofia investiga as questões humanas,
isto é, a ética, a politica e as técnicas (em grego antropos quer dizer homem; por isso o período
recebeu o nome de antropológico).

Sócrates e a fundação da filosofia moral ocidental (o homem é a sua alma; a moral fundada
sobre a alma, o intelectualismo ético; a liberdade, a felicidade; a não-violência; a teologia,
etc.)
Anístenes e o prelúdio do cinismo
Aristipo e a Escola Cirenaica
Euclides e a Escola de Mégara
Fédon e a Escola de Elides.

Período sistemático
Do final do século IV ao final do século III a. C, quando a filosofia busca reunir e sistematizar
tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em
mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e
de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e
da ciência.

Platão (427 a. C.) discípulo de Sócrates (407- 399 a. C.) fundador e reitor da academia.
Aristóteles (384 a. C.), fundador da Escola peripatética. Foi o primeiro a fazer um estudo
sistemático dos conceitos (isto é, das ideias), procurando descobrir as propriedades que
eles têm enquanto produzidos pela nossa mente como podem ser unidos e separados,
divididos e definidos, e como é possível tirar conceitos novos de conceitos conhecidos
anteriormente.

Período helenístico ou greco-romano


a) Os estóicos e seus expoentes

O estoicismo é um movimento filosófico mais original do período helenístico e também que teve
a duração mais longa: fundado nos fins do século IV a. C, continuou a florescer até depois do
século III d. C.

Os grandes expoentes do estoicismo são:

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Zenão (336-274 a.C.), o fundador e mestre.
Crisipo (281-208 a. C.), principal sistematizador do pensamento do mestre.
Epicteto (50-138 d. C.)
Séneca (4 a. C. -65 d. C.) o maior representante do estoicismo no mundo latino.
Marco Aurélio (121-180 d. C.) um dos últimos epígonos da escola.

b) Os Epicuristas

O epicurismo, fundado por Epicuro de Samos (morreu por volta de 260 a. C.).

Como filosofia é essencialmente materialista[3], mecanicista e hedonista[4].

c) Os cépticos

O termo cepticismo vem do sképsis, que significa “investigação”, “procura”; ele quer indicar mais
precisamente que a sabedoria não consiste no conhecimento da verdade, mas na sua procura.

Os principais expoentes do Cepticismo são: Pírron, Carnéades e Sexto Empírico.

d) Os Ecléticos

Entende-se por ecletismo a atitude filosófica para a qual a procura da verdade não se esgota em
apenas uma forma sistemática e dedica-se por isso a coordenar e harmonizar entre si elementos de
verdade escolhidos em diversos sistemas

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Conclusão
Em conclusão, a breve contextualização da filosofia grega nos permite compreender a sua
importância fundamental na história do pensamento humano. Através da investigação dos
principais filósofos gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, entre outros, foi possível
estabelecer as bases do pensamento filosófico ocidental. A filosofia grega surgiu em um contexto
histórico-cultural peculiar, caracterizado pelo florescimento da democracia ateniense, o
crescimento do comércio e o contacto com diferentes culturas.

Os gregos buscaram compreender o mundo e a existência humana através do uso da razão,


questionando e reflectindo sobre temas como a natureza, a ética, a política e a metafísica. Essas
reflexões filosóficas não apenas influenciaram profundamente a cultura grega, mas também
moldaram o pensamento ocidental ao longo dos séculos. Através da filosofia grega,
desenvolveram-se conceitos e ideias que se tornaram fundamentais para a compreensão da
realidade, do conhecimento, da moralidade e da busca pela sabedoria.

Além disso, a filosofia grega estabeleceu uma base sólida para o diálogo entre diferentes áreas do
conhecimento, como a ciência, a religião e a arte. O legado deixado pelos filósofos gregos
transcendeu fronteiras geográficas e temporais, influenciando a forma como pensamos,
questionamos e buscamos respostas sobre o mundo e a condição humana.

Ao estudar a filosofia grega, ganhamos uma perspectiva mais ampla sobre nossas próprias
concepções e crenças, permitindo-nos reflectir criticamente sobre elas. Além disso,
compreendemos a importância de se questionar e buscar conhecimento de forma sistemática e
racional, contribuindo para o desenvolvimento intelectual e a formação de uma sociedade mais
crítica e reflexiva.

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Referências Bibliográficas
História da Filosofia: Os Pensadores Pré-Socrático - Giovanni Reale e Dario Antiseri
A Filosofia Antiga: Do Século VI a.C. ao Século VI d.C. - Pierre Hadot
O Nascimento da Filosofia: Os Filósofos Pré-Socráticos - Giorgio Colli
A Filosofia Grega: dos pré-socráticos a Aristóteles - Carlos Alberto Nunes
A Invenção da Filosofia: O Pensamento dos Pré-Socráticos" - Jean-Paul Dumont
William, Jaeger. Paideia: A formação do Homem Grego, Arter, Lisboa. S/d.

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