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Adolfo Dinis Vuza

Relatório de estagio de psicopedagogia de polícia de República de Moçambique


(curso de formação de policia )

Centro de formação de policia de Moçambique


Matalane
2023
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Adolfo Dinis Vuza

Relatório de estagio de psicopedagogia de polícia de República de Moçambique

Centro de formação de policia de Moçambique


Matalane
2023
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Índice

Introdução..............................................................................................................................................3

1. Breve historial de processo de ensino e aprendizagem em Moçambique....................................4

2. Breve relação entre o processo de ensino e aprendizagem para adultos e a policia....................4

3. Contributo que o processo de ensino e aprendizagem pode trazer na formação de policia.........6

4. Temas apresentados nas aulas por colegas..................................................................................6

5. Uma analise critica do processo de ensino e aprendizagem para área de policia........................6

6. Conclusão...................................................................................................................................7

Referências bibliográfica........................................................................................................................8
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Introdução
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1. Breve historial de processo de ensino e aprendizagem em Moçambique

De acordo com Ki-Zerbo, (2006), a história da educação em Moçambique compreende dois


períodos: a educação antes da independência e pós-independência. Para estes autores, cada
período é caracterizado por principais marcos. No período antes da independência destacam-
se, como marcos importantes, o facto de ter havido a educação colonial e a educação no
governo de transição. Este período foi caracterizado por uma educação discriminatória,
devido ao regime colonial. Na mesma linha de ideia, Malik (2014), sustenta que os currículos
defendiam as finalidades da Metrópole. Mas, com a fundação da FRELIMO, surgiram as
zonas libertadas, constituindo a primeira fase de integração e valorização da educação
moçambicana.

Na mesma linha de ideia, o autor anteriormente citado, afirma que no período pós-
independência tem como marcos: o antes e o depois do surgimento do SNE (Lei 4/83); o
surgimento da Lei nº 6/92 e da Lei 18/2018, isto é, a independência trouxe uma nova
dinâmica na educação em Moçambique, a qual se reflectiu na garantia, pelo Estado, da
educação para todos, expansão da rede escolar; sistematização da experiência de educação nas
zonas libertadas, formação de professores e revisão curricular contínua. Com isso, a
proclamação do direito à educação para todos os moçambicanos, pela Constituição da
República e a consequente massificação do acesso à educação, em todos os níveis de ensino,
constitui o principal marco da educação pós-independência.

2. Breve relação entre o processo de ensino e aprendizagem para adultos e a policia

Para melhor entendimento da relação entre a educação de adultos e a formação policial, torna-
se necessário iniciar pela definição do conceito adulto.

De forma resumida, Oliveira (1998) define adulto como sendo um indivíduo maduro o
suficiente para assumir as responsabilidades por seus actos diante da sociedade. Adulto é
aquele indivíduo que ocupa o status definido pela sociedade, por ser maduro o suficiente para
a continuidade da espécie e auto-administração cognitiva, sendo capaz de responder pelos
seus actos diante dela.

É com base neste entendimento, e não só, que os instruendos do Curso Básico da Polícia são
considerados adultos. A actividade profissional para a qual estão sendo preparados só pode
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ser exercida por indivíduos que já atingiram a maturidade, dada a responsabilidade que as
actividades de garantia da ordem, segurança e tranquilidade pública acarretam.

Após definir o conceito adulto, importa definir educação de adultos.

De acordo com Titmus et al (1979), citado por Indabwa e Mpofu (2006), nos anos 1970, a
UNESCO apresentou as primeiras definições de educação de adultos, sendo de destacar que:

(...) educação de adultos representa o corpo inteiro do


processo educacional organizado, independentemente do
conteúdo, nível e método, se é formal ou doutro tipo, se
se prolonga ou substitui a educação inicial primária,
secundária ou universitária assim como numa
aprendizagem, pelo qual as pessoas consideradas adultas
pela sociedade a que pertencem desenvolvem as suas
habilidades, enriquecem o seu conhecimento, melhoram
suas qualificações técnicas e profissionais ou orientam-
nas numa nova direcção e trazem mudanças nas suas
atitudes ou comportamentos numa perspectiva duplicada
de total desenvolvimento pessoal e participação
equilibrada e independente no desenvolvimento social,
económico e cultural (pp.4-5)

No contexto moçambicano, o Conselho de Ministros (2011), através da Estratégia de


Alfabetização e Educação de Adultos em Moçambique 2010-2015, define a educação de
adultos como “processo de aprendizagem formal, não formal e informal, em que jovens e
adultos desenvolvem habilidades, conhecimentos e atitudes aperfeiçoando as qualificações
técnicas e profissionais, na perspectiva de satisfazer as suas necessidades, da comunidades e
da sociedade em geral” (p.7).

Neste sentido, pode-se afirmar que o Curso Básico da Polícia encontra fundamento no
conceito de educação de adultos, por tratar-se de um processo educativo formal que confere
formação técnico-policial para o desempenho das actividades de patrulhamento e vigilância.
Portanto, pode se afirmar que o processo de formação do Guarda da Polícia enquadra-se no
vasto conceito de educação de adultos.
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3. Contributo que o processo de ensino e aprendizagem pode trazer na formação de


policia

4. Temas apresentados nas aulas por colegas

5. Uma analise critica do processo de ensino e aprendizagem para área de policia

O processo de ensino e aprendizagem para a policia de Moçambique deve ser redefinido a


um perfil desejado para orientar a formação do profissional da área de segurança do cidadão
e, consequentemente, o delineamento dos cursos, bem como a composição das grades
curriculares, dos conteúdos disciplinares e de instrumentos e técnicas de ensino e avaliação;
deve também, ser elaborado de novos currículos para os cursos de formação dos
profissionais da área de segurança do cidadão, que compatibilizem as
necessidades das polícias da União e dos Estados, abrangendo: a necessidade de integração,
técnicas mais eficazes de repressão e prevenção, o policiamento voltado para a relação
polícia/comunidade, o exercício de valores morais e éticos e o fortalecimento dos Direitos
Humanos; dever ser implementado uma estrutura de ensino que valorize o aprendiz e os
processos de aprendizagem, dando ênfase à dimensão atitudinal, por meio de atividades
coletivas e técnicas de ensino que dinamizem o ato de aprender; Por fim utilização de novas
tecnologias como ferramentas para treinamento.
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6. Conclusão
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Referências bibliográfica

Conselho de Ministros (2011). Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos em


Moçambique (2010-2015): Por um Moçambique alfabetizado e em desenvolvimento
sustentável. Maputo: ICEIDA.

Constituição da República de Moçambique

Ki-Zerbo, Joseph. Para quando África: Entrevista com René Holenstein. Trad. Carlos Aboim
de Brito. Rio de Janeiro: Palllas, 2006

Lei 19/92, de 31 de Dezembro. Cria a Polícia da República de Moçambique.

Malik, Khalid. Índice de desenvolvimento humano. New York: PNUD, 2014.

Indabwa, S. & Mpofu, S. (2006). African Perspectives on Adult Learning: The Social Context
of Adult Learning in Africa. Cape Town: Pearson Education.

Oliveira (1998), A. B. de. A Educação de Adultos. Disponível à 10 de Agosto de 2010 em


http://www.geocities.com/sjuvella/Andragogia.html .

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