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e Educação Profissional
Autora:
Profa. Ana Cláudia Barreiro Nagy Colaboradores: Profa. Silmara Maria Machado Prof.
Nonato Assis de Miranda
Profa. Renata Viana de Barros Thomé
Ana Cláudia Barreiro Nagy é natural do Rio de Janeiro, onde cursou Magistério e começou a estudar
na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduou-se em Pedagogia na Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Especializou-se em Psicopedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cursa
Letras (Português-Francês) na Universidade de São Paulo. É mestre em Educação: Currículo pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde iniciou o Doutorado em Linguística Aplicada e
Estudos da Linguagem. Atualmente é professora titular da Universidade Paulista e líder das disciplinas
Didática e Metodologia do Ensino Médio(Normal)/ Ensino Profissional e Pedagogia Integrada
N582d
Nagy, Ana Claudia Barreiro
Didática e metodologia do ensino médio: normal e educação profissional / Ana Claudia Barreiro Nagy.
– São Paulo: Editora Sol, 2014.
72 p., il.
CDU 373.5
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Projeto gráfico:
Revisão:
Virgínia Bilatto
Lucas Ricardi Aiosa
Sumário
Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação
Profissional
APRESENTAÇÃO
...........................................................................................................................
...........................7
INTRODUÇÃO
...........................................................................................................................
................................7
Unidade I
2.3 Ensino
Médio.................................................................................................................
......................... 16
Unidade II
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Para finalizar, você será convidado a refletir acerca da prática realizada nas
escolas relacionadas às metodologias e sugestões didáticas, à luz das teorias
e da legislação vigente em um processo reflexivo.
INTRODUÇÃO
Olá, aluno!
II – educação superior.
Figura 1
A situação socioeconômica
: a distribuição de renda e da riqueza no país
determina o acesso e a permanência dos alunos no sistema escolar. Há vários
estudiosos que vêm mostrando essa realidade, inclusive antes de 1988.
Saviani (apudCury, 2002, p. 167) afirma:
Lembrete
A escola, diante dessa realidade, acaba por absorver questões que são de sua
alçada e outras
que não são, pois recebe todas as pessoas, ricas ou pobres.
Deste modo, há de ser considerado
quem são os alunos que adentram as
portas escolares, quais as suas características e qual a sua
realidade social.
[...] por isso mesmo não é desprezível o impacto desta situação de fato
sobre
o conjunto do sistema educacional. Se 35 milhões de alunos
estão
matriculados no Ensino Fundamental, só 9 milhões estão no
Ensino Médio,
dos quais apenas 1,8 milhão concluem essa etapa do
ensino. É de se
perguntar se pode-se desconsiderar a desigualdade
socioeconômica como
geradora remota das dificuldades próximas
que afetam o desempenho
intraescolar dos alunos. Se a qualidade da
Educação Básica, portanto, não é
exclusiva ou privativa de nenhuma de
suas etapas e/ou modalidades, então, o
caráter indispensável articulado
à cidadania e ao trabalho é próprio de toda a
educação básica (SAVIANI
apudCURY, 2002, p. 179).
Figura 2
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas
limitações;
Figura 3
Sua duração é de nove anos, de acordo com a Lei nº 11.274/06, que alterou a
redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispondo
sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula
obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.
O Ensino Médio, última etapa da educação básica, com duração de três anos,
tem como finalidades, conforme disposto no artigo 35 da LDB 9.394/96:
Relembrando:
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio
A Educação Infantil será oferecida em creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos
de idade e em pré-escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade.
É a primeira etapa da
educação básica.
Sua finalidade é promover o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
A primeira vai do primeiro ao quinto ano, incluindo a alfabetização e a consolidação dos conteúdos
básicos (chamada de Fundamental I).
Segundo o artigo 5º da LDB, o “acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo, podendo
qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe
ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo”.
Observação
Até aqui você teve um panorama da educação básica. Agora, que tal
esmiuçar o Ensino Médio, especialmente a formação dos professores?
3 ENSINO MÉDIO NO CONTEXTO HISTÓRICO E A FORMAÇÃO
DE PROFESSORES
Quadro 2
Período
Características políticas, econômicas e sociais
Inicia-se com a Revolução de 1930 e se
encerra com o Golpe de Getúlio Vargas e a instalação 1930/1936
do Estado Novo. Ocorre a Reforma
Francisco Campos.
1937/1946
Período de duração do Estado Novo. As Leis Orgânicas do Ensino e a criação do Senai e Senac são os
marcos do período.
1947/1963
Cai o Estado Novo. É editada a Constituição de 1946. É aprovada, em 1961, a LDBEN nº 4.024. Finda
com o Golpe Militar de 1964.
Período dos governos militares pós-64. É aprovada, em 1971, a LDBEN nº 5.692/71. Também há
1964/1982
1996
É aprovada, em 20 de dezembro, a LDBEN nº 9.394.
É aprovada, em 6 de agosto, a Lei nº 12.014, que altera o artigo 61 da LDBEN nº 9.394 com a 2009
O aumento das vagas no nível superior não foi suficiente para atender à
demanda saída do Ensino Médio. Assim, a solução encontrada foi fazer com
que os alunos saíssem desse nível de ensino já como profissionais
preparados para adentrar o mercado de trabalho, desviando-os, assim, da
fatia que não era numericamente suficiente para atender a todos, ou seja, a
universidade.
O Brasil também seguiu essa tendência e, por meio da Lei 5.692/71, propôs
o curso profissionalizante a todos os estudantes do chamado 2ª grau, com os
objetivos de reduzir a demanda exigida pelo mercado e minimizar a procura
demandada ao Ensino Superior.
Já nos anos da última década do século XX, o desafio que se apresenta inclui
a formação dos
jovens para o exercício da cidadania, mas não apenas com os
conhecimentos acumulados com a
escolaridade.
Saiba mais
Era comum na época se falar em preparar o futuro professor para lidar com
um aluno “ideal”,
construído a partir do modelo de classe média alta, que
possuía os pré-requisitos e uma estrutura
familiar que facilitavam o
desenvolvimento do processo de aprendizagem. Isso demonstra a
completa
desarticulação entre a realidade do Ensino Fundamental e a formação
daqueles que
nele atuariam.
Lei prevê que docente com nível médio dê aula; MEC quer mudá-la
(Lisandra Paraguassú)
Apesar de a maior parte dos concursos já exigir nível superior dos docentes,
esses estudantes ainda têm espaço na educação nacional.
O artigo foi incluído na LDB, aprovada em 1996, por dois temores à época:
o de que não houvesse professor suficiente para cumprir a legislação e de
que um enorme contingente de docentes com Magistério perdesse seu
emprego. A avaliação do MEC é que, passados 13 anos, a Lei pode ser
mudada.
Boa parte desses alunos, no entanto, nem mesmo sabe que terá seu campo de
trabalho limitado com a aprovação do projeto de lei. Por isso, o Ministério
vai distribuir aos estudantes dessas escolas um material didático específico,
voltado para o trabalho de pré-escola e trabalha com as Secretarias da
Educação para redefinir os currículos.
Neste sentido, de acordo com o artigo 61 da LDB 9.394, com redação dada
pela Lei 12.014/09, em seu parágrafo único, são fundamentos da formação
dos profissionais da educação:
Após a Lei nº 9.394/96, essa tem sido uma das grandes discussões no
cenário educacional nacional. Continue a leitura para formar sua própria
opinião!
Saiba mais
Leia a LDB nº 9.394/96 com as alterações dadas pela Lei 12.014/09,
disponível no sitesite
2010/2009/Lei/L12014.htm>. Leia também a
Resolução CNE/CEB nº2/99, disponível em
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb02_99.pdf>.
Observação
Lembrete
•
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
•
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental;
•
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
•
Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores.
Observação
Isso significa dizer que, por trás de cada política pública, encontram-se
concepções teóricas, ideológicas, culturais e sociais, assim como fatores de
ordem econômica e, certamente, política. E é necessário conhecê-los.
A partir deste panorama, cabe perguntar: mas afinal, o que está previsto e o
que efetivamente se apresenta nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
curso de Pedagogia em nosso país?
Somente tendo em mente tais princípios é que será possível a aplicação das
Diretrizes. Além
disso, é importante ter como referência o respeito a
diferentes concepções teóricas e metodológicas
próprias do curso de
Pedagogia e as que são próprias das demais áreas de conhecimento, também
muito importantes à formação de educadores, docentes da Educação Infantil
e das séries iniciais do
Ensino Fundamental.
É certo que o pedagogo deve, ainda, ter uma sólida experiência como
pesquisador, sendo aquele que está sempre aberto a conhecer novas práticas,
estudá-las, compreendê-las e aplicá-las em sua atuação profissional.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. [...] faz parte da natureza
da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. Enquanto ensino
continuo buscando, reprocurando.
Minha presença de professor, que não pode passar despercebida dos alunos
na classe e na escola, é uma presença em si política. Enquanto presença não
posso ser uma omissão, mas um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos a
minha capacidade de analisar, de comparar, de avaliar, de decidir, de optar,
de romper, minha capacidade de fazer justiça, de não falhar à verdade. Ético,
por isso mesmo, tem que ser o meu testemunho.
Resumo
Exercícios
Questão 1
(Enade 2005, Questão 9). A primeira iniciativa, no Brasil, de
formar o professor primário em nível universitário se deu com a Escola de
Educação da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Liderada pelo
intelectual Anísio Teixeira, esta iniciativa contribuiu na configuração do
perfil e da carreira do educador, com a definição de um espaço de atuação
profissional precisamente identificado. Contudo, para que esta formação
docente obtivesse resultados positivos, era preciso:
A) Alternativa incorreta.
B) Alternativa incorreta.
C) Alternativa correta.
D) Alternativa incorreta.
E) Alternativa incorreta.
Questão 2
(Enade 2005, Questão 17). Na aula de Biologia, em uma escola
de Ensino Médio, ao trabalhar um determinado assunto a partir do livro
didático adotado, o professor é interpelado por um aluno sobre a atualidade
daquela matéria. O aluno explicou que, tendo acessado o sitede uma
universidade pela internet, leu que havia novos conhecimentos sobre o
conteúdo em pauta, que contrariavam o que estava no livro.