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Jumapili Ligoma
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Florinda A. Jumapili Ligoma
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos..........................................................................................................................4
1.1.1. Geral...............................................................................................................................4
1.2. Específicos.........................................................................................................................4
2. Metodologia...........................................................................................................................4
4. Conclusão................................................................................................................................17
5. Bibliografia.............................................................................................................................18
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1. Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira de sistema de gestão escolar. Dizer que a inexistência de
serviços de inspecção próprios (do período em análise), fez com que a administração central
procurasse, a partir do reforço das competências e atribuições do reitor neste domínio. Assegurar
um maior controlo sobre o funcionamento de cada escola em obediência às normas existentes, o
que faz com que este papel de “administrador-delegado” assuma, por vezes, características
inspectivas. A administração da educação, considerando a estrutura do sistema educativo ou
tendo em conta a própria administração pública, divide-se em níveis diferentes que correspondem
a órgãos específicos: A estrutura do Sistema Nacional de Educação de Moçambique é de
funcionamento rígido e centralizado, com as principais responsabilidades funcionais e
administrativas organizadas.
Deste modo, a direcção ocupa-se principalmente da definição de políticas, de valores e de
orientações gerais da organização, ao passo que a gestão é predominantemente a execução
técnica daquelas políticas e orientações, isto é, a organização dos elementos humanos e materiais,
a coordenação e a avaliação, com vista a realizar os objectivos pré-colocados pela direcção da
organização do sistema educativo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender o sistema de administração e gestão de educação em Moçambique.
1.2. Específicos
Mencionar os modelos de administração e gestão educacional em Moçambique;
Descrever os modelos de administração e gestão de educação em Moçambique.
2. Metodologia
Para realização do presente trabalho foi necessário o uso de consulta bibliográficas mas também
teve auxílio do uso de internet para sua execução.
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O condicionamento do SNE pelos objectivos e metas estabelecidas no PPI teve, de acordo com
Gómez (1999), efeitos negativos para a educação, nomeadamente, na capacidade de resposta aos
desafios de formação de mão-de-obra necessária para os interesses do país, na imposição de uma
visão estranha à maioria da população por meio dos programas de ensino, na reprodução de um
modelo educacional inadequado para a realidade do país e na aplicação excessiva de uma visão
tecnoburocrática da administração.
De acordo com Kickert (2008), nos estudos comparativos sobre a política e a administração, são
apontadas duas clivagens: uma primeira entre a Europa do Norte (Escandinávia) e os Estados
mediterrânicos (Sul), e a segunda entre os Estados anglo-saxónicos (Oeste) e os Estados europeus
Continentais.
Independentemente das concepções que diversos autores possam apresentar relativamente a estes
dois conceitos e das bases ideológicas que justificam a adopção de um ou de outro, para os
objectivos deste trabalho, entende-se centralização e descentralização nas perspectivas
apresentadas por (FERNANDES et al, 2005: 54).
Para Formosinho (2005: 40), a prevalência da dimensão societária (educação como acção das
gerações adultas sobre as gerações jovens) na administração da escola de interesse público
conduz naturalmente à lógica da centralização, ao passo que a emergência do reconhecimento da
dimensão comunitária (educação como interacção) conduz à descentralização.
Apesar das diferenças evidentes que cada um dos conceitos possa apresentar no plano teórico, ao
nível da sua aplicação prática apresentam um denominador comum: ambos são mecanismos que
procuram viabilizar a administração dos serviços através de uma divisão de responsabilidades e
do poder de tomar decisões; implicam a existência, num determinado sistema organizacional, de
um “centro” e de uma “periferia” numa relação desigual quanto às fontes e recursos do poder; a
sua aplicação visa a eficiência e eficácia dos serviços prestados; ambos correspondem a um
“conjunto de tecnologia de políticas” (Ball, 2001) onde o Estado continua sendo um elemento-
chave embora com um papel diferenciado.
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Assim, e diante das homologias existentes entre si, é conveniente questionar sobre as vantagens e
desvantagens técnicas e políticas da centralização e da descentralização.
3. Assegurar estruturas e regras uniformes para todas as escolas no que respeita à gestão
administrativa, patrimonial, financeira e de gestão do pessoal;
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2. Garantir uma formação adequada nas matérias básicas através de programas mais
taxativos e de exames nacionais rigorosos para todos os alunos.
Deste modo, o estabelecimento dos conceitos de direcção e gestão nas organizações educativas e,
sobretudo, na administração educacional, levanta discussões de índole política e técnica, por estar
em causa a questão da educação pública, ou seja, ter-se em vista o interesse público, na
administração pública. Esta matéria também constituiu preocupação do grupo da CRSE em
Portugal ao tentar interpretar a actividade praticada nas escolas básicas e secundárias, pelos
directores das escolas.
Portanto, de uma maneira geral administração nas três abordagens referidas, a gestão ocupa
menos espaço, tem como preocupações conteúdos mais técnicos e menos políticos. E a análise e
aplicação dos conceitos varia conforme os níveis ou graus de centralização dos sistemas
educativos, sendo, neste caso, mais simples definir em sistemas políticos centralizados e, no caso
do desconcentracionismo, as funções de administração são próprias do Estado e das Autarquias,
integradas na Administração Pública, central, regional e local, no plano macro do sistema
educativo. No âmbito da administração do sistema educativo.
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Londres (Morgan, Hall e Mackey, 1983) que visava categorizar os diversos tipos de funções e
papéis desempenhados e o modo como são exercidos pelos directores de escolas secundárias
baseou-se numa estrutura analítica das três grandes categorias de tarefas de gestão de ‘chefes
A inexistência de serviços de inspecção próprios (do período em análise), fez com que a
administração central procurasse, a partir do reforço das competências e atribuições do reitor
neste domínio. Assegurar um maior controlo sobre o funcionamento de cada escola em
obediência às normas existentes, o que faz com que este papel de “administrador-delegado”
assuma, por vezes, características inspectivas.
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Segundo FORMOSINHO, (1989:55) o Estado não é só composto por órgãos e serviços centrais
com competência estendida sobre o território nacional. Compreende, também, órgãos e serviços
locais espalhados pelo litoral e pelo interior - nas regiões autónomas, nos distritos, nos conselhos,
onde desenvolvem, de forma desconcentrada, funções de interesse geral ajustadas às realidades
locais: são os governos civis, os serviços concelhios de finanças, as direcções regionais de
educação, as comissões de protecção de crianças e jovens.
Deste modo, uma administração diz-se descentralizada quando existem organizações e órgãos
locais não dependentes hierarquicamente da administração central do Estado (não sujeitos ao
poder de direcção do Estado), autónomas administrativa e financeiramente, com competências
próprias, representando os interesses locais. Uma administração local que dependa da direcção do
Estado não é descentralizada, mas meramente desconcentrada (FORMOSINHO, 1986:64).
O projecto educativo deve ser visto como elemento de discriminação de metas mobilizadoras,
servindo incertezas, reforçando competências de dinamização da vida interna da própria escola,
devendo incorporar o conflito. Emerge de uma concepção de escola como comunidade educativa,
devolvendo a cada actor o seu espaço de criatividade, sendo mais amplo do que as diferentes
descrições de projectos escolares, concebe a escola como organização pressupondo o princípio de
autonomia, ou seja, ser colectivo mas favorecendo a interacção, autónoma mas não independente
(ibid.).
4. Conclusão
Desta feita conclui-se que, o processo educativo deve ser visto como elemento de discriminação
de metas mobilizadoras, servindo incertezas, reforçando competências de dinamização da vida
interna da própria escola, devendo incorporar o conflito. Emerge de uma concepção de escola
como comunidade educativa, devolvendo a cada actor o seu espaço de criatividade, sendo mais
amplo do que as diferentes descrições de projectos escolares, concebe a escola como organização
pressupondo o princípio de autonomia, ou seja, ser colectivo mas favorecendo a interacção,
autónoma mas não independente. Deste modo, uma administração diz-se descentralizada quando
existem organizações e órgãos locais não dependentes hierarquicamente da administração central
do Estado (não sujeitos ao poder de direcção do Estado), autónomas administrativa e
financeiramente, com competências próprias, representando os interesses locais.
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5. Bibliografia
1. TORRES, Leonor (2004). Cultura Organizacional em contexto Educativo. Sedimentos
culturais e processos de construção do simbólico numa escola secundária. Braga: IEP -
Universidade do Minho.
2. SILVA, Guilherme (2006). Modelos de Formação em Administração Educacional. Um
Estudo Centrado na Realidade Portuguesa. Braga: Universidade do Minho.
3. PNUD (2000b). Moçambique. Educação e Desenvolvimento Humano: Percurso, Lições
e desafios para o Século XXI. Maputo: Centro de Documentação e Pesquisa para a África
Austral (SARDC). Maputo.
4. RODRIGUES, Rolando B. (2006). Fundamentos de Gestão. Lisboa: Presença.
5. FREIRE, Paulo (1975). Pedagogia do oprimido. Porto: Afrontamento.
6. FORMOSINHO, João; FERNANDES, S. António & LIMA, Licínio (1988). Organização
e administração das Escolas do Ensino Básico e Secundário. in Documentos
Preparatórios II. Edição Único. 2012.
7. BARROSO, João (2005). Políticas Educativas e Organização Escolar. Lisboa:
Universidade Aberta.
8. AFONSO, Natércio (1995). Administração escolar - reflexões em confronto. Inovação,
vol. 8, nº 1 e 2.