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ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALÍTICO DE ATIVIDADES LETIVAS


CURSO: PEDAGOGIA

1
Roberto Antonio de Lima Souza

ALTAMIRA-PA
2020
Roberto Antonio de Lima Souza

RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALÍTICO DE ATIVIDADES LETIVAS

Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina de Estágio


Curricular Supervisionado do Curso de Pedagogia.

ALTAMIRA-PA
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................05

2. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALÍTICO SOBRE A CONCEPÇÃO CIDADANIA


E DEMOCRACIA DENTRO DA ESCOLA........................................................................07

3. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALÍTICO SOBRE O USO DA LINGUAGEM DO


PROFESSOR COMO INSTRUMENTO IMPORTANTE DA FORMAÇÃO HUMANA
..................................................................................................................................................10

4. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE O FRACASSO E SUCESSO


ESCOLAR NA CONCEPÇÃO DO ESTADO, DA ESCOLA E DA FAMÍLIA..............14

5. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE O PAPEL DA MEDIAÇÃO DO


PROFESSOR NA RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E CURRÍCULO (OBSERVAR O
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO)............................................................................19
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6. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE


OBJETIVOS DO ENSINO E A SELEÇÃO DE CONTEUDOS SIGNIFICATIVOS NAS
CATEGORIAS: CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL. (As 10
competências da BNCC)........................................................................................................21

7. ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE O COMPORTAMENTO ÉTICO


PROFISSIONAL....................................................................................................................26
7.1. Tema 1 - O comportamento ético dos profissionais na educação...............................26
7.2. Tema 2 - A importância das relações interpessoais no âmbito escola........................29

8. PLANO DE AULA APLICADO.......................................................................................35


8.1 Planos de Aulas - Ensino Infantil....................................................................................37
8.2 Planos de Aulas - Ensino Fundamental I.......................................................................50

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................66
10. REFERÊNCIAS.....................................................................................................................67

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1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho apresenta reflexões sobre a prática educativa vivenciada durante as


atividades do Estágio Curricular Supervisionado no âmbito escolar do curso de Pedagogia.
Sabemos que o estágio é absolutamente essencial na formação acadêmica de um aluno, pois,
neste momento é vivenciada na prática, toda a teoria obtida durante a graduação. Essa
articulação é importante como nos esclarece Barreiro e Gebran (2006, p. 22) “a articulação da
relação teoria e prática é um processo definidor da qualidade da formação inicial e continuada
do professor, como sujeito autônomo na construção de sua profissionalização docente”.
Em relação à metodologia, foi realizada neste trabalho a construção de relatórios
descritivos analíticos sobre diversos temas relevantes para a perfeita atuação do futuro
professor no âmbito escolar. Convem ressaltar, que para a plena fundamentação teórica deste
trabalho utilizou-se de pesquisas científicas e acadêmicas como, por exemplo, artigos,
monografias e livros de autores renomados.
Cabe ainda destacar que esse trabalho, em substituição ao estágio in lócus na escola,
encontra amparo legal na Portaria 544, de junho de 2020, publicada pelo Ministério da
Educação (MEC), que dispõe sobre a organização do ensino e seus estágios, neste momento

5 de Pandemia mundial ocasionada pelo COVID-19, em que a maioria das escolas brasileiras
está atuando com o ensino remoto.
Este trabalho está também em estrito cumprimento a nossa Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - LDBEN brasileira, lei de no 9.394/96, que estabelece em seu art. 82
que “os sistemas de ensino estabelecerão normas para a realização dos estágios dos alunos
regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição”.
Assim, este está organizado na primeira parte com a introdução. Logo em seguida vêm
os temas dos relatórios descritivos analíticos, a saber: a concepção de cidadania e democracia
dentro da escola, o uso da linguagem do professor como instrumento importante da formação
humana, o fracasso e o sucesso escolar na concepção do estado, da escola e da família, a
relação entre objetivos do ensino e a seleção de conteudos significativos nas categorias
conceitual, procedimental e atitudinal referente às 10 (dez) competências da nossa Base
Nacional Comum Curricular - BNCC, a análise e a reflexão sobre o comportamento ético
profissional na educação e a importância das relações interpessoais no âmbito escolar. Na
terceira parte tem-se a conclusão do mesmo. Na quinta parte está o Projeto de Intervenção,
que se refere ao plano de aula que será desenvolvido em casa com 02 (dois) alunos de 05
(cinco) anos por meio de vídeoaulas gravadas em casa.
Por fim, entende-se que o estágio é um alicerce da formação, sendo um elemento
definidor na qualidade do profissional da educação, pois não se trata meramente de cumprir
uma carga horária, mas sim levar os conhecimentos teóricos ao campo da prática, que é
primordial ao futuro educador.

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2. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALÍTICO SOBRE A CONCEPÇÃO DE
CIDADANIA E DEMOCRACIA DENTRO DA ESCOLA

O art. 2o da Lei 9394/1996 que instituiu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional -


LDBEN, afirma que “a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento
do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Já inciso o VIII do art. 3o, ainda referente à lei citada acima, diz que um dos princípios a
serem seguidos para a ministração do ensino a nível nacional é “a gestão democrática do
ensino público, na forma desta e da legislação dos sistemas de ensino”.
Além disso, no art. 14 da lei anterior temos também que:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público


na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola.
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.

Muito embora tenhamos todo esse amparo legal quanto à questão de ensinar para
7 formar cidadãos conscientes e participativos dentro de uma perspectiva democrática em que
todos podem opinar e participar ativamente dos processos educativos de uma escola, sabemos
que o discurso favorável à democracia vale mais na teoria que na prática. Como dizia Paulo
Freire, “é necessário que nossas falas sejam corporificadas pelo exemplo”, ou seja, que nossas
práticas não neguem aquilo que defendemos. Assim, constatamos que entre o discurso
favorável e o exercício efetivo da democracia há uma longa distância a ser percorrida.
Atualmente, a maioria dos gestores escolares afirma ou “acha” que a sua escola é
democrática, mas, seria isso verdade? Para tal pergunta podemos fazer as seguintes
indagações: quantas vezes a escola convida a comunidade para refletir sobre as práticas
vivenciadas em relação ao planejamento, à avaliação, à participação e as relações humanas? A
comunidade participa das tomadas de decisões importantes das escolas ou ao menos sabe
informar quantos e quem são os alunos que foram evadidos e reprovados em cada ano e o
motivo? A escola avalia se o conhecimento que ali se constrói contribui para melhorar a vida
da população, do bairro ou de si própria? A educação oferecida é significativa à vida dos
alunos, dos pais e da sociedade em geral?
Assim, essas e outras indagações a mais são relevantes para a reflexão e o
entendimento do que realmente está sendo e o que deve ser feito para o alcance de um
verdadeiro espaço escolar democrático, em que todos tenham voz e vez e que possam
participar efetivamente de todas as decisões importantes da escola em prol do bem estar de
todos. De acordo com Paulo Freire (1997):
Ninguém vive plenamente a democracia nem tampouco a ajuda a crescer, primeiro
se é interditado no seu direito de falar, de ter voz, de fazer o seu discurso crítico;
segundo, se não se engaja, de uma ou de outraforma na briga em defesa deste
direito, que no fundo, é o direito também a atuar.

Outra componente escolar importante, e que muito tem ajudado no processo de


democratização nas escolas são os Conselhos Escolares, que tem ganhado destaque nos
últimos anos, justamente por envolver nas importantes decisões da escola não somente os
gestores, mas também os representantes dos alunos, dos pais/responsáveis e das comunidades.
Temos também nas escolas os Grêmios estudantis, que são verdadeiros representantes dos
anseios e interesses dos alunos, embora saibamos que na maioria dos casos os gestores
escolares os relegam a espaços minúsculos ou inadequados, quase que esquecidos dentro da
escola, porém, esse fato não tira a importância do mesmo para o processo democrático.
Vale Ressaltar ainda, que a relação pedagógica, na perspectiva da humanização,
necessariamente, pressupõe a democracia. Relações autoritárias excluem e impedem que
todos sejam sujeitos do processo educativo e de fato devem ser abolidas do contexto escolar.
8 Paro (1999) falava que “A democracia é condição para a existência da relação pedagógica”.
Outra faceta importante dentro do ambiente escolar é a prática educativa voltada para a
cidadania, ou seja, a que buscar formar cidadãos/alunos participativos, democráticos e
solidários, conscientes de seus direitos e deveres, sempre buscando associar a educação aos
direitos humanos, pois são complementares. Benevides (2000) dizia que “Não existe
democracia sem direitos humanos, assim como não existem direitos humanos sem a prática da
democracia”.
Ademais, a participação é uma construção histórica e social. Exige o aprendizado
continuado. A escola não pode se furtar de criar condições para aprender a fazer. Os espaços
educacionais precisam criar condições para que todos os segmentos aprendam a se expressar,
a se articular em torno de seus interesses individuais e coletivos, a debater com pessoas que
pensam diferentes, a defender suas idéias, a resolver seus conflitos por meio do diálogo, a
fundamentar suas opiniões com razão e sensibilidade e etc.
Por outro lado, com dizia Paulo Freire, a educação não é neutra, pois sempre há uma
intencionalidade, hoje muito influenciada pelas classes dominantes, e por esse motivo
devemos repenssar nossas práticas e buscar incluir também as classes populares.
Conforme Paulo Freire (1991, p. 16):
(...) A escola é também um espaço de organização política das classes populares. A
escola será então um centro de debate de idéias, soluções, reflexões, onde a
organização popular vai sistematizando sua própria experiência. O filho do
trabalhador deve encontrar nessa escola os meios de autoemancipação intelectual
independentemente dos valores da classe dominante. (...) A escola não é só um
espaço físico. É um clima de trabalho, uma postura, um modo de ser.

Por fim, é possível afirmarmos que ainda existem muitas controvérsias e um árduo e
longo caminho para de fato tornamos os ambientes escolares em verdadeiros espaços de
inclusão, democráticos e formadores de pessoas críticas e conscientes, capaz de intervirem
positivamente na realidade social em que vivem, contribuindo dessa maneira para o
desenvolvimento da sociedade, sempre tendo como pricípios maiores o respeito às diferenças
e o bem estar coletivo.

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3. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALÍTICO SOBRE O USO DA LINGUAGEM DO
PROFESSOR COMO INSTRUMENTO IMPORTANTE DA FORMAÇÃO HUMANA

O professor enquanto ser humano se constrói em sociedade, em ambientes formais e


não formais porque participa de todas as instâncias formativas, seja na família, na igreja, na
escola, na universidade entre outros. Posteriormente, como profissional da educação continua
em construção permanente, sendo tudo isso muito importante para a formação humana e
escolar dos seus alunos, que também são formados em ambiente formais e informais. De
acordo com Lajolo (1996, p. 5):
Neste fim de século, vivemos todos, um processo aparentemente irreversível de
globalização, pautado nas mais diferentes linguagens. A escola precisa ter a
capacidade de interagir com todas elas, fazendo-se palco do grande diálogo de
linguagem e de códigos que, porque existem na sociedade, precisam estar presentes
na escola, [...].

Confome Maturana (1998, p. 175):


O humano surge na história evolutiva a que pertencemos ao surgir à linguagem, mas
se constitui de fato como tal na conservação de um modo de viver particular
centrado no compartilhamento de alimentos, na colaboração de machos e fêmeas, na
criação da prole, no encontro sensual individualizado recorrente, no conversar. Por
isso todo o afazer humano se dá na linguagem, e o que na vida dos seres humanos
não se dá na linguagem não é afazer humano; ao mesmo tempo, como todo afazer
10 humano se dá a partir de uma emoção, nada do que seja humano ocorre fora do
entrelaçamento do linguajar com o emocionar e, portanto, o humano se vive sempre
num conversar. Finalmente o emocionar, centra-se no prazer da convivência, na
aceitação do outro junto a nós, ou seja, no amor, que é a emoção que constitui o
espaço de ações no qual aceitamos o outro na proximidade da convivência. Sendo o
amor à emoção que funda a origem do humano, e sendo o prazer do conversar nossa
característica, resulta em que tanto nosso bem estar como nosso sofrimento depende
de nosso conversar.

Maturana escreveu sobre o papel da linguagem no processo de humanização, na qual a


conservação do linguajar está no princípio da humanização, abarcando a totalidade da vida
cotidiana. O mesmo desvenda a linguagem como portadora de afetividade, agressividade,
aberturas, fechamentos, podendo levar ao isolamento ou à convivência consensual, ou seja,
como construtora de realidades, a linguagem pode levar tanto a aceitação do outro como à sua
negação.
Assim, a linguagem como fenômeno sócio-ideológico, é construída dialogicamente no
fluxo da história. A linguagem utilizada por um determinado grupo é expressa por palavras,
gestos, textos, músicas, símbolos que indicam as formas de se perceber o mundo e a
imposição de determinados valores, a exemplo do espaço escolar, em que a linguagem foi
usada, historicamente, para reforçar os valores concebidos pelas classes dominantes, e, assim,
vemos que é por meio do dialogismo que ocorre a constituição mútua do sujeito.
A supervalorização da palavra do professor no momento da exposição dos conteúdos
(linguagem verbal oral) e as palavras dos autores implícitas nos currículos escolares, livros
didáticos e apostilas (linguagem verbal escrita), legitimada pelos discursos competentes em
sala de aula, leva a desconsideração da relação dos alunos com outras linguagens (a pintura, a
música, o cinema, hipermídia e etc) e com a prática de leitura cotidiana (não escolar). Assim,
a escola se firma em um formalismo descrito por Lefebvre (1983) como “o máximo de
abstração com um mínimo de significado”. O método de ensino do professor se sobrepõe ao
processo de aprendizagem, ou seja, o conhecimento do aluno é desvalorizado o que leva a não
relação com o inesperado, o plural e o diferente.
Cortella (1999, p. 101-102) diz ainda que:
Por meio do uso de diferentes linguagens o professor poderá conhecer as condições
de produção de leitura de mundo de seus alunos. Pois o mais comum no ambiente de
sala de aula é [...] observarmos o Conhecimento ser tratado como uma coisa mágica,
transcendental, que “cai dos céus” e não é raro encontrarmos educadores que passam
para seus alunos uma visão estática do conhecimento. Um exemplo disso é o ensino
da origem de algumas teorias científicas: ensina-se a lenda (como o “eureca” de
Arquimedes, acometido de subida iluminação) e a genialidade espantosa dos
cientistas, mas não o processo de produção. [...] Torna-se bastante difícil escapar
dessa imagem; nos dias de hoje, a mídia (instrumento pedagógico poderoso) oferece
uma noção bastante triunfalista da Ciência e aqueles que têm limitado acesso ao
pensamento crítico (a maioria) acabam por se deixar levar pela convicção de que
tudo isso ocorre em outro mundo, fora deles e da possibilidade de também serem
11 capazes de nele estarem presentes.

Eis o sentido de usarmos a sala de aula como um espaço de diálogo com todas as
formas de linguagens, não apenas para ler e interpretá-las, mas, sobretudo para ressignificá-
las. Pois, se todo saber pressupõe uma intencionalidade e esta é sempre histórica e social,
logo, não há linguagem sem finalidade, ou melhor, não há linguagem neutra.
O trabalho no espaço escolar requer que os sujeitos (professores, alunos, pais,
diretores, pedagogos entre outros) se reconheçam como interlocutores, ou seja, como sujeitos
simbólicos que não apenas vivem experiências, mas atribuem a elas sentidos e significados
diversos. A linguagem segundo Garcia (1988, p. 62):
[...] o nosso próprio pensamento, o modo como analisamos o mundo que nos cerca
e como refletimos sobre ele; ela determina os esquemas que utilizamos para
interpretar os fenômenos que nos envolvem; ela nos permite localizá-los e
categorizá-los. E, claro, a linguagem acaba por definir, de uma forma direta, o
próprio conhecimento, pois conhecer significa também, e principalmente, descrever
um fenômeno, seja em seus aspectos estruturais, seja em suas características
funcionais, além de relatar suas possíveis relações espaciais e/ou temporais com
outros fenômenos. Sim, pois temos já um acervo de imagens, um repertório de
significados, uma coleção de símbolos e com estes trabalhamos, com eles
qualificamos e ordenamos o mundo, o nosso universo sensível.

Ao lançar mão das múltiplas linguagens os professores abrem um leque de


possibilidades no campo das comunicações interdisciplinares impulsionando o
desenvolvimento de um pensamento crítico e criativo frente ao mundo a ser apreendido. Neste
debate não podemos desconsiderar a importância da hipermídia como aglutinadora de
múltiplas linguagens. Com o seu aparecimento instaura-se uma espécie de “dança das
linguagens”, em que ocorre a combinação, em um mesmo programa digital, da palavra oral ou
escrita, imagens e sons em movimento. De acordo cm Santaella (2005, p. 28):
As linguagens são muitas. Desde a revolução industrial e, mais recentemente, a
revolução eletrônica, seguida da revolução informática e digital, o poder
multiplicador e o efeito proliferativo das linguagens estão se ampliando
enormemente. [...] A era das imagens de registro físico de fragmentos do mundo,
iniciada com a fotografia e seguida pelo cinema, TV, vídeo e holografia, por
exemplo, tem apenas um século e meio de existência e já estamos instalados agora
em plena efervescência da era pós-fotográfica, de geração sintética das imagens e da
realidade virtual [...]. Se, no século passado, a natureza - antiga fonte de inspiração
dos pintores paisagistas - já havia virado cartão-postal, hoje ela pode ser gerada
através de números nos programas dos computadores.

Desse modo, os alunos levam para a sala de aula suas experiências discursivas,
incluindo suas relações concretas com a hipermídia, entre outras linguagens, que emergem
das condições do meio social em que se inserem. A convivência com estas linguagens pode
apontar para a inserção no universo simbólico permeado de valores culturais e referências
identitárias, cuja conduta não faz parte da dinâmica recorrente na escola. Assim, ao utilizar as
diferentes linguagens, bem como os canais que as veiculam, os professores incitam seus
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alunos na interpretação, criação e recriação das mesmas. A cultura midiática é repleta de
informações em que os diferentes espaços e fenômenos são explorados de uma forma tão
eficiente (ao fim que se presta) que as pessoas parecem vivenciar tais espaços ou fenômenos.
Portanto, em meio à existência das múltiplas linguagens o professor precisa
resignificar o seu papel de comunicação para com os seus alunos, atualmente, mergulhados
numa modernidade que lhes oferecem distintos tipos de linguagens, sejam provenientes dos
ambientes formais (na escola) ou infomais (mídia, internet, família, bairro, igreja, amigos,
entre outras). O professor deve sempre buscar novos conhecimentos e uma melhor
comunicação escolar interdisciplinar, estando atento às mudanças nas relações socias e nas
transformações do mundo nessa era dita como “digital”, fazendo a sala de aula ser um
ambiente inclusivo e de respeito à adversidade cultural.
Aqui a relação professor-aluno deve ser horizontal, pois ambos possuem
conhecimentos e linguagens iniciais possivelmente diferentestes, assim, cada um ensina e
aprende ao mesmo tempo com o outro, numa via de mão dupla e de plena parceria e
entendimento entre os atores envolvidos. Vale ressaltar ainda, que investir na formação
profisional de professores leitores por diversos caminhos significa ampliar suas concepções de
linguagem, de leitura e de escrita, de modo a dar conta dos novos desafios do trabalho
docente, visando o objetivo maior que é antigir um processo de ensino-aprendizagem de
qualidade e voltado para a formação humana e de excelência dos alunos.

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4. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE O FRACASSO E SUCESSO
ESCOLAR NA CONCEPÇÃO DO ESTADO, DA ESCOLA E DA FAMÍLIA

O fenômeno do fracasso escolar é entendido como um desajuste produzido em algum


ponto do sistema educativo, ou seja, na formação dos docentes, na exigência dos conteúdos,
na fragmentação curricular ou quem sabe nas responsabilidades oferecidas aos alunos para o
aprendizado.
Segundo Giúdice (2013):
O fracasso escolar é difícil de ser definido e compreendido por se tratar de um
fenômeno que não é natural, mas resultado das condições de interação entre a
proposta e o ensino, a assimilação do aprendizado por parte dos alunos, os modelos
de ensino e de avaliação, além do contexto escolar e familiar.

Existe então um culpado para o insucesso compreendido como fracasso escolar?


Segundo Fernandez (1994): “a culpa, o considerar-se culpado, em geral, está no nível
imaginário” isto significa que em vez da culpa, o que deve existir é a responsabilidade.
Segundo Rovira (2004):
Há fracasso na escola quando o rendimento é baixo, quando a adaptação social é
deficiente e, também, quando se destrói a autoestima dos alunos. Deve se aprender
na escola conhecimentos e deve-se aprender a viver de acordo com um mínimo de
normas compartilhadas, mas a escola também deve inculcar em seus alunos a
14 confiança em si, deve lhes dar um vivo sentimento de valor, de capacidade, de força,
de certeza que podem conseguir muitas coisas a que se propõem. A escola não deve
criar indivíduos apáticos, desanimados ou desmoralizados. [...] Não há pior fracasso
escolar que produzir alunos com tão baixa estima.

Segundo o autor o baixo rendimento vem da adaptação social considerada como


deficiente e destrutiva, pois, acaba com a autoestima do aluno.
O insucesso passou a ser chamado de fracasso e vários teóricos vêm estudando e
mostrando as frequentes causas que os educandos enfrentam na vida escolar. As causas são
importantes para que se identifique o problema, mas é de interesse que também sejam vistos
os responsáveis por tal fato, no caso o conjunto de todos os que atuam na educação, a saber: a
escola, os alunos, a família, os professores, o conteúdo, os currículos, a família, os sistemas
educativos e os investimentos oferecidos pelo estado e a sociedade em geral.
Na concepção escolar, entre as causas mais comuns para o fracasso escolar, a
reprovação é a que mais causa indignação e revolta, seguidas por avaliações mal feitas pelos
professores em relação à aprendizagem. E como consequência surge nos alunos sintomas de
ansiedade, medo, falta de afeto, angústias e também de falta de expectativas. O
comportamento em sala de aula é o reflexo dessa situação, ou seja, muitas vezes, os alunos se
tornam indisciplinados, revoltado e sem interesse.
Sabemos que o fracasso no dizer da palavra pode ser interpretado como evasão,
reprovação, indisciplina, falta de práticas pedagógicas, currículos inadequados e avaliações
mal feitas. E esta má qualidade da educação está intimamente ligada ao erro. Segundo
Carvalho (1999):
Quando associamos o erro ao fracasso, como se fossem causa e consequência, por
vezes nem se quer percebemos, enquanto um termo - o erro - é um dado, algo
objetivamente detectável, por vezes, até indiscutível, o outro - o fracasso - é fruto de
uma interpretação desse dado, uma forma de encararmos e não a consequência
necessária do erro [...] a primeira que devemos examinar é a própria noção de que
erro é equivocadamente um indicio de fracasso. A segunda questão intrigante é que,
curiosamente, o fracasso é sempre do aluno.

A escola, na atualidade, de fato vem contribuindo para o insucesso escolar, pois, vem
avaliando majoritariamente o aluno por provas quantitativas e o resultado delas dizem quem
são os capazes e os incapazes. Paro (2003), nos chama a atenção para esta situação:
[...] a razão de ser da avaliação educativa não é classificação ou a retenção de
alunos, mas a identificação do estágio de compreensão e assimilação do saber pelo
educando, junto com as dificuldades que este encontra, bem como os fatores que
determinam tais dificuldades, com vistas à adoção de medidas corretivas da ação.
[...] os que são reprovados devem repetir o mesmo processo no ano seguinte, em
geral com o mesmo professor (ou professores) e com a utilização dos mesmos
recursos e métodos do ano anterior. Para os reprovados, o absurdo da situação não é
apenas que se espera todo um ano para se verificar que o processo não deu certo (o
que já não é de pouca gravidade); o absurdo consiste também em que nada se faz
para identificar e corrigir o que andou errado. Não se trata propriamente de uma
15 avaliação, mas de uma condenação do aluno, como se só ele fosse culpado pelo
fracasso. Como se o processo não fizesse parte do aluno, o professor (ou
professores) e todas as condições em que se dá o ensino na escola.

Assim, os resultados negativos da avaliação escolar devem servir como um norte para
as ações dos professores e dos gestores em si para constatação dos erros e das dificuldades no
processo de ensino-apredizagem, principalmente nos alunos e não uma condenação aos alunos
reprovados ou com baixo desempenho. O que falta é um olhar docente e de gestão que visem o
planejamento, a organização, a formação continuada voltada para o sucesso e não para o
fracasso escolar.
Ainda de acordo com Paro (2001), seria melhor a progressão continuada garantindo ao
aluno seguir para a série seguinte refazendo apenas o conteúdo que não foi viável durante o
ano sob alguma forma variável de recuperação e acrescenta:
Se na passagem de um ano para outro [...] fica abolida a retenção do aluno, na
suposição de que possíveis “atrasos” ou “defasagens” do aluno com relação a algum
padrão desejável de aprendizado possam ser “compensados” nos períodos seguintes,
esse mesmo processo, mais flexível, baseado na constante revisão e autocorreção do
processo educativo, vai permitir que os alunos, em sua grande maioria, completem
cada ciclo em condições de passar para o seguinte, sem necessidade de retenção [...].
Para Marchesi e Perez (2004):
[...] é preciso que os alunos com maior risco de fracasso escolar tenham “experiência
de êxito escolar” [...] a história escolar dos alunos que não terminam a educação
obrigatória ou a abandonam prematuramente está cheia de experiências frustrantes,
de falta de confiança, de experiências negativas, de baixa autoestima, de sensação de
impossibilidade, de antecipação do próprio fracasso. É preciso romper essa dinâmica
e propiciar que o aluno tenha experiências positivas que melhorem sua autoestima e
que o revigorem para manter o esforço em tarefas posteriores. Para isso, é necessário
que o professor ajuste a tarefa às possibilidades de cada um e mantenha expectativas
positivas para a aprendizagem de todos os seus alunos.

Assim, para promover o sucesso, as escolas e os professores precisam despertar o


interesse nos seu aluno buscando a participação ativa, motivando o conhecimento,
estabelecendo os conteúdos de maneira que tenham foco na aprendizagem efetiva e dinâmica,
com aulas ministradas de diversas maneiras, como, por exemplo, teatro, jogos, jornais,
poesias e etc.
O que é necessário, hoje, é considerar o “fracasso” como possível possibilidade de
sucesso, onde haja uma forma de envolver o aluno ao desenvolvimento e ao saber
pedagógico, que proporcione isto como meio de dar chances para que ele alcance objetivos.
Outra faceta pernisiosa e que muito contribui para acentuar o fracasso é a falta de
parceria e participação das famílias na vida escolar dos seus filhos. De acordo com Reis

16 (2007), “a escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da


família jamais cessará. Uma vez escolhida à escola, a relação com ela apenas começa. É
preciso o diálogo entre escola, pais e filhos”.
Na concepção de fracasso escolar influenciado também pelo ambiente familiar dos
alunos, podemos afirmar que as relações desajustadas podem fazer com que os educandos
percam o estímulo e fiquem desinteressados e até indisciplinados como forma de expor o
sentimento que lhes incomoda e angustia. A situação econômica também pode interfererir na
aprendizagem pela falta de acompanhar os alunos que tem mais poder econômico, no que
tange a alimentação, materia escolar, vestuário, transporte, entre outros.
Sabemos perfeitamente bem que o grupo familiar é um dos pilares de sustentação do
ser humano, é onde o indivíduo começa a interagir, conhece os primeiros valores, a sua
cultura e a afetividade. A família, é responsável pela mediação da pessoa com a sociedade, é
dela que as pessoas tiram o seu comportamento, as suas emoções, a suas aprendizagens e
vivências. Dessa forma, a escola deve buscar a participação das famílias para que colaborem
nas ações desenvolvidas e que com certeza influenciarão na aprendizagem.
Dessa maneira, muitos pesquisadores e estudiosos associam o insucesso escolar a falta
de participação da família.
Segundo Tiba (1996):
O interesse e participação familiar são fundamentais. A escola necessita saber que é
uma instituição que completa a família, e que ambos precisam ser um lugar
agradável e afetivo para os alunos/filhos. Os pais e a escola devem ter princípios
muitos próximos para o benefício do filho/aluno.

Para que haja uma investigação de mudanças na área educacional, a escola e a família
necessitam de um trabalho integrado que possibilite o aluno desenvolver um olhar crítico em
relação ao saber em torno da realidade em que vive. Assim, é necessária a intervenção da
família e da escola na vida do aluno. Não podemos esquecer que a família educa e a escola
ensina. Portanto, hoje é importante que as famílias não estejam ausentes e distantes da escola.
A família é a garantia indispensável para o processo de sobrevivência dos filhos, pois
é ela que dá o suporte afetivo e a estrutura para o desenvolvimento, tendo papel formal e
informal nos valores a serem construídos, os quais deixarão marcas a serem observadas nos
valores culturais do indivíduo. Sendo assim, a família, é o centro da vida social e escolar. A
educação bem sucedida é o que vai dar apoio ao comportamento produtivo e influenciar a
aprendizagem, consequentemente no desenvolvimento da personalidade e do caráter.
Outrossim, a parceria escola-família é extremamente benéfica porque cada aluno passa
a desenvolver sentimentos positivos e seguros, o que lhes causará melhor desempenho na
17 aprendizagem e é mais do que importante a escola considerar a bagagem cultural de cada
aluno, seja nas artes, nas ciências, na linguagem, na cultura e etc. Assim, os pais também se
tornam incluídos no processo de ensino-aprendizagem e passam de espectadores a
protagonistas porque participam junto com a escola buscando soluções.
Portanto, há uma necessidade de integração entre escola e família, pois esta é a
instituição responsável pela educação integral do indivíduo no intuito de tornar estas pessoas
cidadãos críticos e conscientes do se papel na sociedade.
Por último, mas, não menos importante, vale ressaltar ainda, a necessidade urgente de
ações mais efetivas e específicas por parte do estado, que precisa investir mais e fortemente
nas estruturas físicas e humanas das escolas, oferencendo condições dignas para a atuação dos
professores e gestores escolares, que muita das vezes recai no fracasso justamente por falta de
condições estruturais das escolas, de capacitação dos profissionais e até mesmo de apoio de
profissionais mais específicos, como, por exemplo, psicólogos e psiquiatras para apoio no
diagnóstico e combate ao problema ocasionado por fatores biológicos como problemas ou
distúbios de aprendizagem.
or fim, reforçamos que o fenômeno do insucesso/fracasso escolar é realmente
complexo, pois envolve diversas causas: origem biológica nos alunos com transtornos ou
distúrbios de aprendizagem, ações precárias e inadequadas da escola, por meio de seus
professores, demais agentes, currículos, avaliações e métodos de ensino, da ausência da
família e por último por falta de políticas públicas mais específicas por parte do estado.
Assim, para superar o fracasso e atingir o sucesso escolar é imprescindível a atuação conjunta
e efetiva da escola, da família, do estado, do aluno e da sociedade em si.

18
5. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE O PAPEL DA MEDIAÇÃO DO
PROFESSOR NA RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E CURRÍCULO (OBSERVAR O
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO)

Compreende-se currículo como as experiências escolares que se desdobram em torno


do conhecimento, em meio às relações sociais e que contribuem para a construção das
identidades dos estudantes. Além disso, corresponde ainda ao conjunto de intenções
pedagógicas planejadas, construídas e desenvolvidas com propósitos educativos, bem como as
relações subjetivas e culturais que são tecidas no cotidiano escolar. O currículo é um dos
eixos estruturantes do Projeto Político Pedagógico - PPP de uma escola, tendo sempre uma
intencionalidade e sempre sofre fortes influências das classes sociais dominantes de uma dada
época e local.
Vale ressalta ainda, que doutrinariamente é consensual que existem 03 (três) tipos de
currículos, a saber: O currículo oficial, prescrito ou explícito que é o imposto pelo sistema
de ensino, como, por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN,
os Parametros Curriculares Nacionais - PCN e as diversas Propostas Pedagógicas. O
currículo real: é o planejamento que será realizado em sala de aula e o currículo oculto:
19 aquele que não está expresso em palavras ou não está formalmente no papel e se dá por
intermédio das relações sociais.
Assim, fica evidente que a prática pedagógica é muito mais que simplesmente
transmitir o conhecimento científico aos alunos sem a adoção de estratégias e procedimentos
para se trabalhar também o aspecto humano presente nas relações dentro do contexto escolar,
principalmente a relação entre o professor e o aluno, com o aquele exercendo a função de
mediador sobre este durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
O autor Moraes (2003, p. 2010) define a mediação escolar como:
[...] é um processo comunicacional, conversacional, de reconstrução de significados,
cujo objetivo é abrir e facilitar o diálogo e desenvolver a negociação significativa de
processos e conteúdos a serem trabalhados nos ambientes educacionais; bem como
incentivar a construção de um saber relacional, contextualizado, gerado na interação
professor/aluno.

Dessa forma, é possível perceber a imensa responsabilidade que o professor possui


dentro do ambiente escolar, uma vez que o desenvolvimento dos alunos se dará por meio do
processo de ensino-aprendizagem que passa pela sua efetiva mediação.
Conforme Paulo Freire (2002):
[...] ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é
memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do professor.
Ensinar e aprender têm que ser com o esforço metodicamente crítico do professor de
desvelar a compreensão de algo e com o empenho igualmente crítico do aluno de ir
entrando, como sujeito de aprendizagem, no processo de desvelamento que o
professor ou professora deve deflagrar.

Dessa maneira, a gestão da sala de aula compreende processos interativos de ensino e


de aprendizagem que superam os limites do currículo formal, dessa maneira, o professor deve
manter-se como ponte entre o aluno e o conhecimento para que aprendam a “pensar” e a
questionar por si e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito
do educador.
Assim, o professor deve sempre estar fazendo uma avaliação de suas práticas
docentes, suas estratégias de ensino, oportunizando aos educandos expressar seus desejos,
gostos e preferências em sala de aula. É realmente necessário que o mesmo entenda os seus
alunos como um ser que está constantemente em processo de aprendizagem, tendo suas
limitações, inquietudes, linguagens, comportamentos diferenciados uns dos outros e que
trazem consigo conhecimentos prévios da vida. Para Berni (2018) o professor, observando e
investigando os conhecimentos que os alunos já possuem ao chegar à escola, tem condições
20 de intervir e organizar estes conhecimentos, agregando-os aos conhecimentos científicos e
levando o aluno a outro patamar.
Parafraseando Freire (2011, p. 58), o professor que respeita a cultura do aluno, que
está comprometido com o seu papel de mediador de conhecimentos, estará contribuindo de
forma significativa para a formação social deste.
Por fim, reforça-se a tese de que o papel do professor não é somente a de transmitir
conhecimentos científicos acumulados ao longo da história e reproduzidos por meio dos
currículos e das velhas práticas pedagógicas escolares, é necessário ir além, e trabalhar
também as relações afetivas em sala de aula, sempre respeitando as diferenças culturais e os
conhecimentos prévios de cada aluno. O professor aqui exerce o papel de mediador de todo o
processo de ensino-aprendizagem, instigando seus alunos a serem ativos e críticos em relação
a sua realizade. Essa relação professor-aluno é sempre horizontal, de diálogo e exerce a
função de meio para que haja a prática e o desenvolvimento do currículo prescrito e do
currículo oculto, com a aprendizagem indo muito além dos conhecimentos científicos
trabalhados na escola, chegando assim, ao meio social, cultural e afetivo de cada aluno,
visando à sua plena formação humana.
6. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALITICO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE
OBJETIVOS DO ENSINO E A SELEÇÃO DE CONTEUDOS SIGNIFICATIVOS NAS
CATEGORIAS: CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL. (As 10
competências da BNCC)

Referência para a construção dos currículos de todas as escolas do país, a Base


Nacional Comum Curricular (BNCC) foi elaborada estabelecendo como pilares 10 (dez)
competências gerais que irão nortear o trabalho das escolas e dos professores em todos os
anos e componentes curriculares. Essas competências gerais se constituem em um propósito
final de tudo que os estudantes irão vivenciar, aprender e desenvolver, desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio
Conforme a BNCC de 2017 as 10 (dez) competências gerais são:
1) Conhecimento;
2) Pensamento científico, crítico e criativo;
3) Repertório cultural;
4) Comunicação;
5) Cultura digital;
21 6) Trabalho e Projeto de vida;
7) Argumentação;
8) Autoconhecimento e Autocuidado
9) Empatia e Cooperação;
10) Responsabilidade e Cidadania.
Dessa forma, cada competência traz a proposta de um aluno ativo, que consegue não
apenas compreender e reconhecer a importância do que foi aprendido, mas, principalmente,
refletir sobre como ocorre a construção do conhecimento, conquistando autonomia para
estudar e aprender em diversos contextos, inclusive fora da escola. 
Assim, segue abaixo as definições de cada competência:
1) Conhecimento segundo a BNCC (2017, p. 9) é “valorizar e utilizar os conhecimentos
historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.
Essa competência dialoga com todas as áreas educativas.
2) Pensamento científico, crítico e criativo segundo a BNCC (2017, p. 9):
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.

De acordo com Rosi Rico (2017) essa competência trata do desenvolvimento do


raciocínio, que deve ser feito por meio de várias estratégias, privilegiando o questionamento,
a análise crítica e a busca por soluções criativas e inovadoras. As áreas que mais contribuem
para o seu aprendizado são: as Ciências da Natureza e as Linguagens.
3) Repertório Cultural segundo a BNCC (2017, p. 9) é “valorizar e fruir as diversas
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural”.
Conforme Rosi Rico (2017) essa competência estabelece como fundamental que os
alunos conheçam, compreendam e reconheçam a importância das mais diversas manifestações
artísticas e culturais. E acrescenta que eles devem ser participativos, sendo capazes de se
expressar e atuar por meio das artes. As áreas que mais contribuem para o seu
aprendizado são: as Linguagens e as Ciências Humanas.
4) Cultura digital segundo a BNCC (2017, p. 9):
22
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.

Segundo Rosi Rico (2017) essa competência reconhece o papel fundamental da


tecnologia e estabelece que o estudante deve dominar o universo digital, sendo capaz,
portanto, de fazer uso qualificado e ético das diversas ferramentas existentes e de
compreender o pensamento computacional e os impactos da tecnologia na vida das pessoas e
da sociedade. Todas as áreas educacionais contribuem para o aprendizado dessa
competência.
5) Comunicação segundo a BNCC (2017, p. 9):
Utilizar diferentes linguagens, – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.

De acordo Rosi Rico (2017) essa competência, para se comunicar bem, crianças e
jovens necessitam entender, analisar criticamente e saber se expressar utilizando uma
variedade de linguagens e plataformas. Enfatiza ainda, a importância de que a comunicação
ocorra por meio da escuta e do diálogo. As áreas que mais contribuem para o seu aprendizado
são: as Linguagens e as Ciências Humanas.
6) Trabalho e Projeto de Vida segundo a BNCC (2017, p. 9):
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Conforme a autora Rosi Rico (2017) essa competência compreende a capacidade de


gerir a própria vida. Os estudantes devem conseguir refletir sobre seus desejos e objetivos,
aprendendo a se organizar, estabelecer metas, planejar e perseguir com determinação, esforço,
autoconfiança e persistência seus projetos presentes e futuros. Inclui a compreensão do mundo
do trabalho e seus impactos na sociedade, bem como das novas tendências e profissões. A
área que mais contribue para o seu aprendizado é as Ciências Humanas.
7) Argumentação segundo a BNCC (2017, p. 9):
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Segundo Rosi Rico (2017) o destaque é para a capacidade de construir argumentos,


23
conclusões ou opiniões de maneira qualificada e de debater com respeito às colocações dos
outros. Ela inclui a consciência e a valorização da ética, dos direitos humanos e da
sustentabilidade social e ambiental como referências essenciais no aprendizado dessa
competência para orientar o posicionamento dos estudantes. Todas as áreas contribuem para
o seu aprendizado.
8) Autoconhecimento e Autocuidado segundo a BNCC (2017, p. 10) é “conhecer-se,
apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas”.
De acordo com a autora Rosi Rico (2017) essa competência trata do aprendizado que
crianças e jovens devem adquirir a respeito de si mesmos, sendo capazes de identificar seus
pontos fortes e fragilidades, lidar com suas emoções e manter a saúde física e o equilíbrio
emocional. As áreas que mais contribuem para o seu aprendizado são: as Ciências da
Natureza, as Ciências Humanas e as Linguagens.
9) Empatia e Cooperação segundo a BNCC (2017, p. 10):
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Conforme a autora Rosi Rico (2017) essa competência aborda o desenvolvimento


social da criança e do jovem, propondo posturas e atitudes que devem ter em relação ao outro.
Fala da necessidade de compreender, de ser solidário, de dialogar e de colaborar com todos,
respeitando a diversidade social, econômica, política e cultural.
10) Responsabilidade e Cidadania segundo a BNCC (2017, p. 10) é “agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários”.
Segundo a autora Rosi Rico (2017) essa competência estabelece a necessidade de
desenvolver na criança e no jovem a consciência de que eles podem ser agentes
transformadores na construção de uma sociedade mais democrática, justa, solidária e
sustentável. As áreas que mais contribuem para o seu aprendizado são: as Ciências
Humanas, as Linguagens e as Ciências da Natureza.
24 Assim, a Base aponta que a Educação Básica brasileira deve promover a formação e
o desenvolvimento humano global dos alunos, para que sejam capazes de construir
uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e
solidária. Isso significa orientar-se por uma concepção de Educação Integral (que não se
refere ao tempo de permanência do estudante no espaço escolar ou a uma determinada
modalidade de escola), que indica a promoção do desenvolvimento de crianças e jovens em
todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural.
Outra faceta importante desse documento oficial é que o foco das escolas passar a ser
não apenas a transmissão de conteúdos, mas o desenvolvimento de competências,
compreendidas como a soma de conhecimentos (saberes), habilidades (capacidade de aplicar
esses saberes na vida cotidiana), atitudes (força interna necessária para utilização desses
conhecimentos e habilidades) e valores (aptidão para utilizar esses conhecimentos e
habilidades com base em valores universais, como direitos humanos, ética, justiça social e
consciência ambiental).
Vale destacar que as competências gerais não são temas transversais, como os que se
apresentavam nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), mas direitos essenciais a ser
garantidos para cada um dos estudantes brasileiros como objetivo primordial da sua trajetória
escolar. Assim como a Base tem caráter normativo e deve ser incorporada por todas as redes e
instituições de ensino do país, as competências gerais também necessitam ser explicitadas
nos Currículos, nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) e nas práticas cotidianas de
gestores e professores.
Portanto, essa nova proposta de ensino e educação exige muita disponibilidade,
reflexão, formação e proposição por parte de gestores e educadores, bem como forte
envolvimento dos estudantes, de suas famílias e da sociedade em geral. Afinal, mudanças
culturais só ocorrem quando todos os envolvidos reconhecem a importância e participam
ativamente do processo de reconstrução.

25
7. ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE O COMPORTAMENTO ÉTICO
PROFISSIONAL (Para refletir: Temas 1 e 2 abaixo)

7.1. TEMA 1 - O COMPORTAMENTO ÉTICO DOS PROFISSIONAIS NA


EDUCAÇÃO

Este tema é de grande valor para aqueles que assumem um real significado para os
grupos humanos que vivenciam a educação revelando um caráter social. Considerando o
contexto no qual se realiza para os diversos meios em que o aprendizado esteja envolvido
inclusive para quem é responsável por transmitir a educação ao próximo direta e
indiretamente independente de sua formação. Desta maneira, considera-se a ética como uma
das questões imprescindíveis para sucesso no trabalho, pois através dela que os educadores do
mundo todo desempenhem papeis fundamentais pressupondo responsabilidade e
compromisso, permitindo assim o diálogo constante na intencionalidade de melhorar a
convivência com os alunos e demais profissionais da educação.
Referindo-se a este tema, o educador auxilia a trazer segurança, autocrítica e
autoconfiança aos alunos, de modo a oferecer uma aula educativa sem que os alunos
exacerbem seus limites, respeitando a individualidade de cada um.
26 Nesse sentido, você acredita que esse tema tem sido abordado como um
redirecionamento mental para aqueles que fazem parte da formação dos indivíduos
desde o princípio, educar e transformar o pensamento dos profissionais da educação
como daqueles que fazem parte do cotidiano social e educacional? E os métodos
utilizados, devem considerar as práticas educativas, como meios de formar cidadãos com
princípios éticos e morais na sociedade atual?
Antes de iniciarmos as discussões sobre a ética e a moral no ambiente escolar é
imprescindível entender a definição de ambas. Para Vasquez (1992, p. 2) a ética “é um
comportamento pautado por normas, em que consiste o bom - visado pelo comportamento
moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos”. Conforme Boff
(1997) ser ético “significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para
que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e
espiritualmente fecundada”. Em relação a moral recorremos a Tadêus e Cunha (2009, p. 142)
que a define como “um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em
sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano”.
O tema sobre a ética e a moral na educação tem se tornado o centro de amplas
discussões e reflexões no campo educacional, uma vez que majoritariamente tem-se o
entendimento que os seus bons princípios e valores devem fazer parte do ambiente escolar,
servindo para a contrução de relações sólidas com base no respeito, na participação, na
coloboração e no compromisso entre os profissionais, a comunidade escolar e os alunos, tendo
como finalidade o alcance de uma educação comprometida, democrática, inclusiva e de
qualidade, que forme cidadãos com responsabilidade, princípios e valores.
Dessa maneira, o autor Libâneo (2000, pág. 22) afirma com propriedade que a
“educação é o conjunto de ações, processos, influências, estruturas que intervêm no
desenvolvimento humano de indivíduos e grupo na relação ativa com o ambiente natural e
social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais”. Assim, a
educação pautada por princípios éticos e morais tem como premissa desenvolver os alunos em
várias dimensões/aspectos, ou seja, no afetivo, no biológico, no cognitivo, no psicomotor e
social, formando indivíduos críticos guiados por valores morais considerados adequados para
intervir na sua realidade de maneira responsável e visando o bem comum.
Assim, é possível afirmar que a ética tem sido abordada atualmente como um
redirecionamento mental para a análise e a reflexão das práticas educativas, princípios e
valores morais de todos os profissionais da educação, dos alunos e das famílias. Sabemos
ainda, que a família é o local onde os alunos assim que nascem já aprendem e incorporam os
27 seus princípios, valores e regras, primeiramente, e por isso tem um papel importantíssimo na
formação humana para a vida dos seus filhos juntamente com a escola.
Nesse sentido, deve haver uma parceria efetiva entre a família e a escola para que as
boas práticas sejam reafirmadas, discutidas, alinhadas e incorporadas no contexto escolar e
também na vida em sociedade. Por isso, todos os atores escolares devem entender sua
relevância nesse processo e refletir sobre a importância da ética para os ambientes escolares e
comunitários, como condição para a promoção de um ambiente mais saudável, participativo,
ativo e democrático, com respeito pleno às diferenças, igualdade de oportunidades e
condições, onde as opiniões adversas são respeitadas e as soluções para os problemas
rotineiros são decididas e buscadas coletivamente, tendo assim, como missão final a de formar
pessoas/alunos integrais e comprometidos com as transformações e os desafios em seu meio.
Outra faceta perniosa para a formação de cidadãos integrais pautados por princípios
éticos e valores morais considerados adequados para o convívio e desenvolvimento social são
as práticas e os métodos pedagógicos, ainda bastante marcados por preconceitos e resistências
por todos os lados, principalmente pelos professores que ainda insistem em atuar com base em
currículos rígidos e métodos de ensino tradicionais fechados para opiniões e sugestões, onde o
aluno não é o protagonista e o responsável por sua formação e a relação professor-aluno ainda
é veticalizada.
Dessa forma, como exemplo para a problemática citada acima destacamos os métodos
avaliativos que ainda são predominantemente baseados em atribuições de notas, o que
corrobora para acentuar a exclusão dos alunos com baixo ou nenhum redimento escolar,
quando deveriam servir de base para a compreensão de onde estão os erros e as dificuldades
dos alunos, o que demandaria novas ações, redirecionamentos pedagógicos e métodos de
ensino novos por parte dos professores para promover o seu ensino com qualidade e cumprir a
função social da escola de formar pessoas integrais e humanas. De acordo com Sobrinho
(2004):
Por muito tempo as provas escritas, testes e exames marcaram o modo de avaliar os
alunos. Como se estes fizessem parte da essência das aprendizagens e das
formações, como se a qualidade da formação de um aluno se afirmasse aos
resultados alcançados nesses instrumentos de avaliação. Na realidade, a avaliação
nem sempre é aplicada com função pedagógica, formativa e, portanto, de
emancipação pessoal e social.

Ainda discorrendo sobre o parágrafo anterior, os professores devem reaver suas ações
e práticas pedagógicas para uma educação de qualidade e emancipadora. De acordo com
Tadêus e Cunha (2009) “esse profissional educador que se preocupa com a formação de seus
alunos, efetiva o ensinar e o aprender dos mesmos, a partir da afirmação de valores, do
28 conjunto de saberes proporcionando autonomia de pensamentos e saberes”. Segundo Paulo
Freire (1996, p. 17) “a escola tem o papel fundamental de potencializar e sensibilizar o
comportamento ético e civil de seus alunos que são indispensáveis para uma boa convivência
e participação ativa na sociedade”. O autor Rodrigues (2001, p. 253) diz também que “cada
vez mais a escola exercerá ou poderá exercer um papel que a ela jamais foi atribuído em
tempos passados: o de ser a instituição formadora dos seres humanos”.
Por fim, reforçamos a tese que a ética está tendo um redirecionamento mental de
reflexão e análise das ações, práticas e métodos de ensino de educadores, alunos, família e da
sociedade em si. Nessa linha, os métodos de ensino precisam se basear em práticas
pedagógicas emancipadoras e voltadas para a formação humana de qualidade, que permitam
aos nossos alunos atuarem com autonomia, liberdade, consciências de suas responsabilidades
e compromissos com o meio social, pautados por ética e valores morais considerados
adequados para o desenvolvimento da sociedade em geral. Finalizamos as discussões com o
autor Cortella (2010, pg.107) que dizia: “A ética é uma plantinha frágil que deve ser regada
diariamente.” Isso acontece no nosso cotidiano e no convívio social.

7.2. TEMA 2 - A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO


ESCOLAR

Entendemos que o equilíbrio é a dose correta para que se obtenham os melhores


resultados em tudo, e no ambiente de trabalho não é diferente, sabemos que a boa relação
entre professor e aluno é um dos princípios fundamentais para se desenvolver equilíbrio no
sucesso do ensino aprendizagem, intercedendo às inquietações e as dúvidas existentes.
A escola tem papel fundamental na formação do indivíduo, e o compromisso de
propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais. Neste contexto, a educação em geral
tem a função de possibilitar e de oferecer alternativas para que as pessoas que estejam
excluídas do sistema possam ter oportunidades de se reintegrar através da participação, bem
como da luta pelos direitos sociais e o resgate da cidadania.
A escola que todos almejam, deve estar regulada na lógica de um espaço ideal para a
construção de uma sociedade sadia, uma escola democrática com formação para a cidadania.
Aquela que tem como bandeira o combate á exclusão social e que possa, ao mesmo tempo,
trabalhar a relação escola-aluno-família, possibilitando que a comunidade escolar participe de
forma assídua a todos os interesses que envolvam o bom andamento do ensino aprendizagem
e do sucesso escolar em geral. E propondo colaborar com o desenvolvimento do ensino-
29 aprendizagem, tendo em vista que o homem é um ser ativo, social e histórico Bock (2002)
enfatiza que a psicologia no âmbito da educação foi construindo formas de compreensão do
ser humano, cujas condutas no espaço escolar são compreendidas a partir das relações que se
estabelecem entre si, e dando atenção às diferentes subjetividades construídas na relação com
a cultura e a sociedade. Para o autor é da psicologia que o sujeito começa a relacionar-se com
o mundo, tendo em vista que a escola é responsável pela construção, elaboração e difusão do
conhecimento, formando cidadãos críticos capazes de lidar com os desafios da época bem
como com as influencias interpessoais deparadas em diferentes pessoas e situações.
Percebe-se que as relações interpessoais e a aprendizagem possuem característica em
comum, para que venham acontecer é necessário pelo menos duas pessoas, portanto em um
ambiente escolar ela se faz fundamental devido os grandes desafios cotidianos que a escola
enfrenta. Nesse mesmo sentido, Goergen (2005) defende que o sujeito não forma a sua
identidade a partir de um impulso subjetivo, mas a partir da relação intersubjetiva com o
outro, no meio social no qual vive. Portanto, para o autor, a formação moral do sujeito
depende fundamentalmente do contexto com o qual ele se relaciona interativamente. Para o
autor, o problema ético não é individual, é a relação do indivíduo com a comunidade.
Estamos em um momento de transição de paradigmas, que solicita uma maior abertura
por parte daqueles que lidam com a educação, e uma relação de confiança, admiração e
respeito são fundamentais para aprendizagem do aluno, sabemos que se há respeito mútuo e
admiração no contexto escolar o professor não necessita usar de artifícios como o
autoritarismo para punir ou fazer com que o aluno tenha um bom desenvolvimento em sala de
aula.
É sabido que uma das maiores dificuldades deparadas por professores e profissionais
da educação é justamente a possibilidade de mudar sua forma de pensar. Porém, uma vez
superada essa dificuldade inicial, ainda que os novos caminhos que se descortinam não se
apresentem como mais fáceis, torna-se possível perceber outras dimensões da realidade, como
por exemplo, do direito ao diálogo, à livre expressão de sentimentos e ideias, ao tratamento
respeitoso, à dignidade e tantos outros aspectos que contribuem para a configuração de
ambiente escolar harmonioso e igualitário.
Um grande desafio que a escola enfrenta é a construção de proximidade e empatia no
processo de ensino e de convivência, á saber que para a efetiva construção destes é necessário
se levar em consideração o ambiente, as experiências, os saberes, enfim a realidade local,
portanto, é necessário adotar uma postura dialógica baseada na vida pessoal de cada um,
buscando compreender as complexidades e os saberes um dos outros.
30 Considerando que é impossível obter sucesso nas relações de convivência e no
ambiente escolar se o gestor e demais participantes não tentarem de forma ousada e
permanente essa busca de excelência e de relações saudáveis no convívio escolar, bem como
na vida social em geral, pois é no convívio em geral que se dá a proximidade e empatia, e o
gestor tem aí o papel principal que é o de liderar uma equipe, cujo objetivo é trabalhar em prol
de uma educação de qualidade, segundo LÜCK (2005) a liderança deve ser baseada no bom
senso e nas ações democráticas:
A liderança participativa é uma estratégia empregada para aperfeiçoar a qualidade
educacional. Constitui a chave para liberar a riqueza do ser humana que está presa a aspectos
burocráticos e limitada dentro do sistema de ensino e a partir de práticas orientadas pelo senso
comum ou hábitos não avaliados. Baseado em bom senso, a delegação de autoridades àqueles
que estão envolvidos na realização de serviços educacionais é construída a partir de modelos
de liderança compartilhada, que são os padrões de funcionamento de organizações eficazes e
com alto grau de desempenho ao redor do mundo. (LÜCK. 2005, p.35)
Ainda cabe ao gestor a função de trabalhar com os conflitos e as diversidades de
personalidades, vez que cada indivíduo traz para o convívio social e escolar suas
peculiaridades e culturas, então o gestor deve estar preparado para buscar alternativas que
atenda o interesse de todos, e principalmente compreender que o sucesso escolar depende da
participação efetiva de todos os profissionais, incluindo vigias, merendeiras, pessoal de apoio,
agentes administrativos, enfim estabelecer um convívio de harmonia e conscientização em
prol de uma educação de qualidade.
Baseado o texto acima, estabeleça a importância das Relações Interpessoais no
âmbito escolar e citem algumas intervenções que poderão ser realizadas para eventuais
problemas na relação aluno-professor-gestor.
A escola é considerada uma organização e assim como tal tem características baseadas
na estrutura física, estrutura administrativa e social. Segundo Carvalho et al. (1999, p. 17) a
“escola é uma unidade social de agrupamentos humanos, em que há uma interação entre
indivíduos e grupos, distinta das demais organizações pela sua especificidade, pela sua
construção social operada por professores, alunos, pais e elementos da comunidade”. Dessa
maneira, a escola deve sempre ser vista como uma comunidade educativa que visa à
mobilização dos atores que a compõem, assim como dos profissionais que a fazem acontecer.
Nesse contexto não se pode deixar de evidenciar que cada um tem o seu papel e que
limites também devem existir para que a colaboração aconteça de forma plena. Uma escola
que promove a redistribuição de responsabilidades e trabalha em equipe proporciona um
31 espaço de troca de saberes e delegações no objetivo de estabelecer uma aprendizagem
significativa ao aluno e conquistar o sucesso por meio de ações que são conduzidas com os
interesses e os anseios de todos.
Vale ressaltar ainda, a importância que a escola deve despender para a questão das
relações interpessoais (relações humanas) que ocorrem naturalmente dentro do seu contexto.
Sabe-se que as relações humanas ocorrem a partir do processo de interação, sendo dividida
em relação interpessoal (a interação entre duas ou mais pessoas em ambientes diversos do
contexto social) e a intrapessoal (a comunicação que mantemos conosco mesmo). Segundo
Minicucci (1985, p. 21) "as relações humanas são estudadas como uma ciência [...] valendo-se
também de outras ciências que estudam o homem no seu relacionamento, como a psicologia,
a sociologia, a moral, as chamadas ciências sociais". Dessa forma, o professor precisa, de fato,
conhecer essa ciência, pois ela exerce um papel fundamental no que diz respeito às relações
durante a trajetória escolar, pois, mesmo que não simpatize com o seu aluno, deve tratá-lo
com respeito e expressar a sua afetividade sem medo.
Outrossim, as relações interpessoais que acontecem rotineiramente no âmbito escolar é
um tema relevante e primordial para o perfeito funcionamento do ensino nas escolas e devem
ser acompanhadas e trabalhadas por todos (principalmente professores, gestores e demais
agentes), pois a afetividade é um dos aspectos de suma importância para o pleno
desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. Há tempos se busca romper com o
autoritarismo do professor na relação com o estudante.
Segundo o autor Paulo Freire (1996): “ensinar exige querer bem o aluno, não significa
que o professor é obrigado a ter o mesmo sentimento por todos os alunos, significa que o
educador deve ter afetividade pelo aluno sem medo de expressá-la”. Assim, é possível afirmar
que a relação que o professor promove em sala é fundamental para um trabalho de sucesso,
pois de acordo com Paulo Freire (1996, p. 103): “o clima de respeito que nasce de relações
justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se
assumem eticamente, autentica o caráter formador do espaço pedagógico”. Portanto, manter
um ambiente de respeito é essencial para manter um trabalho efetivo e de qualidade no
processo de ensino e aprendizagem escolar.
Outra faceta interessante, apontanda por Mosquera e Stobäus (2004 p. 93) é que:
“grande parte dos problemas que um docente enfrenta podem ser provenientes de um
ambiente hostil, podendo este se tornar ainda mais hostil quando se trabalha com pessoas
diversas”. Acredita-se que os estudantes quando não recebem um tratamento adequado podem
agir de maneira agressiva, por isso mesmo o educador precisa manter um vinculo afetivo.
32 De acordo com Leite e Tassoni (2002, p. 136) as práticas pedagógicas "devem ser
sempre permeadas por sentimentos de acolhimento, simpatia, respeito e apreciação, além de
compreensão, aceitação e valorização do outro [...] favorecendo a autonomia e fortalecendo a
confiança em suas capacidades e decisões". Nessa linha os professores precisam sempre
praticar a afetividade, constituindo valores, ensinando o respeito, a amizade e a solidariedade
estreitando os lações com seus alunos e promovendo um ambiente escolar harmonioso e
inclusivo. Conforme Minucucci (1985) "saber ouvir é uma das mais importantes ferramentas
de comunicação interpessoal, vindo em segundo a empatia, pois a sensibilidade social faz com
que o sujeito compreenda determinadas situações sem precisar se envolver de forma direta".
Por outro lado é preciso frisar ainda, que embora o professor seja o carro chefe em
busca da formação da identidade de um individuo, o diretor-gestor é também uma peça
fundamental para a inovação ou para o desenvolvimento de qualquer inovação pedagógica e
principalmente para o sucesso de todas as atividades que são desenvolvidas dentro do
ambiente escolar. E para que de fato isso aconteça é necessário que esse gestor tenha um
perfil ético e uma relação saudável com professores e demais funcionários. É necessário que
um líder pedagógico tenha a sutileza no tratamento pessoal com os demais colaboradores,
conquistando a admiração e colaboração de todos os envolvidos no setor educacional.
Assim, uma escola coordenada por um gestor que se preocupe com a interação de
todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, irá enfrentar com maestria todos os
desafios e dificuldades encontrados no ambiente escolar sem a preocupação de apontamentos,
pois uma escola onde todos estão envolvidos no intuito de melhorar o ensino é uma escola
que trabalha em equipe, portanto, se surgir eventuais problemas serão atribuídos á todos.
Nessa perspectiva, citamos abaixo algumas das atitudes/ações que professores, gestores e
alunos devem ter diante de alguns problemas rotineiros que surgem na escola na tríade
professor-aluno-gestor:
 Saber ouvir e ser empático com o outro, buscando cultivar as boas relações que geram
compreensão, parceria, colaboração e resultado satisfatórios para o processo de
ensino-aprendizagem escolar;
 Diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos, os professores e os gestores
devem estimular o potencial dos mesmos, oferecendo-lhes oportunidades, novos
métodos e práticas pedagógicas que os auxiliem a superar as dificuldades e progredir
nos estudos e na vida, sem desvalorizar suas diferenças socioculturais, numa relação
democrática e aberta para sugestões.
 O gestor deve incentivar o trabalho em equipe e a realização de atividades coletivas,
33 enfatizando a necessidade e a importância das relações interpessoais na vida das
pessoas, em especial no contexto escolar que prepara o aluno para a vida;
 A escola por meio dos gestores e professores deve realizar parcerias duradoura e
efetiva com as famílias, visando estabelecer relações mais próximas, ativa e
participativa, onde todos queiram e tenham o prazer de frequentar o ambiente escolar e
colaborar com a excelência no processo de ensino-aprendizagem;
 Os gestores, professores e demais profissionais do ensino nunca devem rotular os seus
alunos por apresentarem dificuldades de aprendizagem, seja por apresentarem
problemas de relacionamentos, por serem de culturas diferentes, por terem
desempenhos abaixo da média ou por alguma dificuldade currícular específica;
 A construção do conhecimento e as soluções para transpor as dificuldades em sala de
aula devem ser realizadas de maneira democrática, permitindo aos alunos exporem
suas agústias, dificuldades nos métodos de ensino ou até mesmo de relacionamentos
adversos.
 O aluno deve compreender o papel do professor e também o seu, para juntos buscarem
as soluções para fazer o processo de ensino-aprendizagem acontecer com qualidade.
Por fim, é possível afirmar que as relações interpessoais realmente são grandes
responsáveis pela formação de valores morais adequados para a convivência em sociedade,
assim, se tomarmos como ponto de partida as ações desenvolvidas no contexto escolar iremos
perceber que as relações interpessoais são evidenciadas principalmente a partir da forma
como os gestores, professores, alunos e ademais agentes as conduz. O autor Luck (2005)
reforça a importância de ações participativas e democráticas na escolar. Para ele a abordagem
participativa na gestão escolar demanda maior envolvimento de todos os interessados no
processo decisório da escola. Assim, para que as relações interpessoais dentro do contexto
escolar serem efetivas e positivas para a qualidade e a excelência no processo de ensino-
aprendizagem é necessário uma profunda mudança de posturas de todos os atores evolvidos
na escola, sendo balizados por ações calçadas na ética, nos valores morais, na empatia, na
solidariedade, na pareceria, no prazer em ajudar o próximo, no gostar do que faz (professores
principalmente) e acreditar na educação como instituição social formadora de cidadãos
críticos, participativos, ativos, democráticos e compromissado com o desenvolvimento de sua
nação e das relações humanas para a vida.
 

34

8. PLANO DE AULA APLICADO


Link da Aula gravada: https://youtu.be/7-e2Fh5JoVM
Tema da aula: oficina de Culinária - Salada de frutas saudável.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 360 min.
Objetivo Geral:
 Explorar conhecimentos matemáticos (medidas, quantidades e porções) e a
importância da ingestão de frutas para a saúde.
Objetivos específicos:
 Desenvolver a autonomia;
 Trabalhar em equipe;
 Criar o hábito e entender a importância de uma alimentação saudável por meio do
consumo de frutas;
 Entender a importância da higienização das mãos antes de manipular e comer
alimentos;
 Noções de quantidades, medidas e porções matemáticas;
 Entender os nomes e as cores das frutas ultilizadas na receita.
Eixo norteador
 Matemática, higiene e saúde.
35 Materiais e ingredientes necessários para a atividade prática (Culinária):
 Mamão;
 Abacate;
 Maça;
 Banana;
 Mel;
 Pote de plástico;
 Colheres (grandes e pequenas);
 Tigelas (grande e pequena);
 Toucas;
 Aventais;
 Palitos pequenos;
 Papel EVA;
 Papel/TNT;
 Cola;
 Desenhos de frutas diversas.
Exploração da Oficina
10 Momento:
A aula será realizada num cenário previamente organizado e com os ingredientes para
a culinária à disposição das crianças, que devem seguir as orientações do professor. Cada
aluno estará devidamente preparado para a aula, usando avental e touca, estando ainda com as
mãos devidamente higinizadas. Em seguida a receita será lida aos alunos em voz alta com
cada um ficando responsável pelo preparo da sua salada de frutas, conforme as orientações e
intervenções do professor. O professor fará ainda algumas orientações importantes sobre a
importância da higienização das mãos antes de manipular alimentos.
20 Momento:
No momento do manuseio dos ingredientes o professor permitirá que os alunos façam
a experimentação de medidas e quantidades diferentes, com o objetivo de obterem o
conhecimento de noções matemáticas de quantidades, medidas e porções diferentes. Para isso,
será utilizada a exploração livre de diferentes instrumentos de medidas, tais como, colheres e
tijelas de tamanhos diferentes, copos, entre outros. Após a preparação da salada de frutas, os
alunos terão um momento para degustação da mesma juntamente com o professor.
Durante a realização da atividade serão feitos alguns questionamentos/intervenções, a
saber:
36  Quem já comeu e gosta de salada de frutas?
 Alguém sabe o nome e as cores de cada uma das frutas que usaremos no preparo dessa
receita?
 Vocês já fizeram em casa alguma salada de frutas?
 Por que é importante comer frutas?
 As tijelas que estamos usando são de tamanhos diferentes ou iguais?
 Temos que misturar as frutas na tijela com as mesmas quantidades ou podem ser
diferentes?
 Qual o momento para misturamos todos os ingredientes?
Vale ressaltar, que as crianças devem participar de todo o processo, desde a
separação e o manuseio dos ingredientes até a degustação. Por outro lado, os
cortes dos alimentos serão realizados pelo professor por motivos de segurança
dos pequenos.
Avaliação:
Será verificado se as crianças conseguiram relacionar a atividade as noções de
quantidades, proporções e porções matemáticas e a importância de uma alimentação saudável
para a saúde por meio da ingestão de frutas. Além disso, será analisada a capacidade proativa
e do trabalho em equipe dos mesmos.
8.1 PLANOS DE AULAS - EDUCAÇÃO INFANTIL
Tema da aula 01: aprendendo os números por meio da identificação do corpo.
Objetivos:
 Ler, comparar e ordenar os números;
 Aprender os numerais de 01 á 05 por intermédio da contagem com os
dedos corporais.
Conteúdos:
 Investigação de algumas regularidades do sistema de numeração;
 Comparação de números.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: papel, lápis de cor e de escrever.
Desenvolvimento:
Apresentação dos números de 01 a 05 do nosso sistema numérico aos alunos, podendo
ser contado nos dedos. Registros dos numerais no caderno com observação dos mesmos nas
tabelas e ilustações em sala de aula e do meio externo.
37 Avaliação:
Analisar se as crianças avançaram no uso social dos números encontrados
por meio da contagem dos dedos, na comparação e na utilização das informações
por meio de desenhos, pinturas e de tabela numéricas. É importante também
observar os critérios utilizados para fazer as comparações e ainda analisar
aspectos como: os tópicos das discussões, os equívocos das crianças, as questões
que ainda poderiam ser explorados e quais outras informações podem ser
incluídas nas próximas aulas.
Tema da aula 02: familiarizando-se com as formas, os números e as cores.
Objetivos:
 Desenvolver a coordenação motora, a socialização e a assimilação de
formas geométricas, cores e dígitos;
 Desenvolvimento da coordenação motora grossa por meio de movimentos
como: lançar, saltar e agachar. Reconhecer as formas geométricas, os
números e as cores.

Conteúdo:
 Brincadeiras diversas.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: variadas formas geométricas confeccionados com materiais
alternativos, como, por exemplo, embalagens de leite.
Desenvolvimento:
Apresentar as formas geométricas, os numerais de 01 a 03 e algumas cores.
Para a realização das atividades as crianças serão posicionadas no centro do
circuito, em seguida serão demonstradas as brincadeiras. Segue abaixo as
brincadeiras propostas:
Brincadeira 01: amarelinha com as formas geométricas.
Serão colocadas no chão as formas numa sequencia formando a "amarelinha", com a
ajuda de um dado contendo as mesmas formas que serão lançadas por cada participante vai
ser escolhida a forma a NÃO ser pisada pelo participante que irá até o fim e depois retornará
também evitando pisar na forma escolhida e em seguida se dirige ao final da fila.
Brincadeira 02: travessia da ponte das formas geométricas coloridas.
Será formada uma ponte com as formas geométricas e cada aluno lançará
38 um dado contendo a cor das formas, onde SOMENTE poderá passar sobre as
formas com essa cor (se errar o jacaré vai pegar o pé) usando o lúdico para
representar o rio, o jacaré e etc.
Brincadeira 03: sequência das formas.
O participante deve memorizar o número atribuido a si pelo professor e
associar com a forma equivalente ao número, sendo assim o primeiro buscará sua
respectiva forma e entregará ao próximo que por sua vez colocará de volta essa
forma e trará a sua respectivamente.
Brincadeira 04: corredor dos movimentos.
Neste corredor haverá uma sequencia aleatória em que cada forma tem uma cor
contendo um número que representa um movimento, assim sendo em fila indiana as crianças
percorreram o corredor fazendo os movimentos, podendo cada aluno seguir imediatamente o
próximo respeitando um aluno por figura.
Avaliação:
Análisar se as crianças avançaram no uso social dos números, cores e formas por meio
das brincadeiras, na comparação e na utilização das informações por intermédio de perguntas
coletivas. É importante também observar os critérios utilizados para fazer as comparações.
Pensando que o aprendizado do sistema numérico é sequencial deve-se analisar aspectos
como: os tópicos das discussões, os equívocos das crianças e as questões que ainda poderiam
ser explorados e quais outras informações podem ser incluídas nas próximas aulas.
Tema da aula 03: numerais do dia a dia.
Objetivo:
 Ler, comparar e ordenar os números.
Conteúdos:
 Investigação de algumas regularidades do sistema de numeração;
 Leitura e comparação de números;
 Análise das informações numéricas contida nos rótulos e embalagens dos alimentos do
cotidiano.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: diferentes rótulos e embalagens de alimentos, como, por
exemplo, de leite, de chocolate e etc.
Desenvolvimento:
1ª Etapa:
39
Pedir para que as crianças tragam de casa embalagens e rótulos de alimentos diversos
como, por exemplo, de cereal matinal, de amido de milho, de café, de chocolate em pó, de
gelatina e outros mais. Serão formados grupos, convidando os pequenos a encontrarem os
números nos pacotes e a pensarem sobre a utilidade dos mesmos no cotidiano.
As crianças devem explorar as embalagens e discutir nos grupos o que interpretaram,
socializando em seguida suas descobertas, ideias e opiniões. É importante ter em mente que,
nesta primeira etapa, o esperado é que as crianças descubram novas informações por meio da
exploração dos materiais, por isso, o importante são os questionamentos e não as respostas em
si.
2ª Etapa:
Missão: encontrar o alimento mais pesado e o mais leve.
Recuperar o que foi aprendido na etapa anterior. Em seguida, entregar quatro
embalagens para cada grupo e pedir para que descubram os números que indicam o peso dos
produtos e mostrem quais são os mais pesados. Durante aproximadamente dez minutos as
crianças irão discutir nos grupos como solucionar o problema. Ao longo da atividade, o
professor vai realizando observações sobre o que os pequenos estão fazendo para reconhecer
as diferenças de pesos e quais suas estratégias.
Num segundo momento, serão selecionados dois grupos que tenham respostas
diferentes sobre o peso dos pacotes. Essa seleção atenderá ao menos dois objetivos: o
primeiro é ver se todos consideraram correto o número que representa o peso do alimento na
embalagem. O outro é evidenciar a maneira como as crianças compararam os números e
escolheram o mais pesado. Aqui o fundamental não é apontar os erros e os acertos, e sim
proporcionar o intercâmbio de diferentes ideias e permitir que os pequenos contem quais os
critérios utilizados para solucionar o problema.
2ª Etapa:
Apresentar às crianças os números de 01 a 05 para o reconhecimento e a
familiarização com os mesmos.
Avaliação:
Analisar se as crianças avançaram no uso social dos números encontrados nos rótulos,
na leitura, na comparação e na utilização das informações, como a tabela nutricional e o peso,
como fonte de pesquisa. É importante também observar os critérios utilizados para fazer as
comparações. Serão analisados também os seguintes aspectos: os tópicos das discussões, os
equívocos das crianças, as questões que ainda poderiam ser exploradas e quais outras
informações podem ser incluídas nas próximas aulas.
40
Tema da aula 04: contando com os dedos os numerais de 05 a 10.
Objetivo:
 Ler, comparar e ordenar os números.
Conteúdos:
 Investigação de algumas regularidades do sistema de numeração;
 Comparação de números.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: papel, lápis de cor e de escrever.
Desenvolvimento:
Apresentação dos números de 05 a 10 do nosso sistema numérico aos alunos, podendo
ser contado nos dedos. Registros dos numerais no caderno com observação dos mesmos nas
tabelas e ilustações em sala de aula e do meio externo.
Avaliação:
Analisar se as crianças avançaram no uso social dos números encontrados por meio da
contagem dos dedos, na comparação e na utilização das informações nos desenhos, pinturas e
tabela numéricas. É importante também observar os critérios utilizados para fazer as
comparações. Serão ainda analisados outros aspectos como: os tópicos das discussões, os
equívocos das crianças, as questões que ainda poderiam ser explorados e quais outras
informações podem ser incluídas nas próximas aulas.
Tema da aula 05: oficina de Culinária - Salada de frutas saudável.
Público-Alvo: alunos de 04 anos - Pré I.
Tempo estimado: 360 min.
Objetivo Geral:
 Explorar conhecimentos matemáticos (medidas, quantidades e porções) e a
importância da ingestão de frutas para a saúde.
Objetivos específicos:
 Desenvolver a autonomia;
 Trabalhar em equipe;
 Criar o hábito e entender a importância de uma alimentação saudável por meio do
consumo de frutas;
 Entender a importância da higienização das mãos antes de manipular e comer
alimentos;
41
 Noções de quantidades, medidas e porções matemáticas;
 Entender os nomes e as cores das frutas ultilizadas na receita.
Eixo norteador
 Matemática, higiene e saúde.
Materiais e ingredientes necessários para a atividade prática (Culinária):
 Mamão;
 Abacate;
 Maça;
 Banana;
 Mel;
 Pote de plástico;
 Colheres (grandes e pequenas);
 Tigelas (grande e pequena);
 Toucas;
 Aventais;
 Palitos pequenos;
 Papel EVA;
 Papel/TNT;
 Cola;
 Desenhos de frutas diversas.
Exploração da Oficina
10 Momento:
A aula será realizada num cenário previamente organizado e com os ingredientes para
a culinária à disposição das crianças, que devem seguir as orientações do professor. Cada
aluno estará devidamente preparado para a aula, usando avental e touca, estando ainda com as
mãos devidamente higinizadas. Em seguida a receita será lida aos alunos em voz alta com
cada um ficando responsável pelo preparo da sua salada de frutas, conforme as orientações e
intervenções do professor. O professor fará ainda algumas orientações importantes sobre a
importância da higienização das mãos antes de manipular alimentos.
20 Momento:
No momento do manuseio dos ingredientes o professor permitirá que os alunos façam
a experimentação de medidas e quantidades diferentes, com o objetivo de obterem o
conhecimento de noções matemáticas de quantidades, medidas e porções diferentes. Para isso,
será utilizada a exploração livre de diferentes instrumentos de medidas, tais como, colheres e
42 tijelas de tamanhos diferentes, copos, entre outros. Após a preparação da salada de frutas, os
alunos terão um momento para degustação da mesma juntamente com o professor.
Durante a realização da atividade serão feitos alguns questionamentos/intervenções, a
saber:
 Quem já comeu e gosta de salada de frutas?
 Alguém sabe o nome e as cores de cada uma das frutas que usaremos no preparo dessa
receita?
 Vocês já fizeram em casa alguma salada de frutas?
 Por que é importante comer frutas?
 As tijelas que estamos usando são de tamanhos diferentes ou iguais?
 Temos que misturar as frutas na tijela com as mesmas quantidades ou podem ser
diferentes?
 Qual o momento para misturamos todos os ingredientes?
Vale ressaltar, que as crianças devem participar de todo o processo, desde a
separação e o manuseio dos ingredientes até a degustação. Por outro lado, os
cortes dos alimentos serão realizados pelo professor por motivos de segurança
dos pequenos.
Avaliação:
Será verificado se as crianças conseguiram relacionar a atividade as noções de
quantidades, proporções e porções matemáticas e a importância de uma alimentação saudável
para a saúde por meio da ingestão de frutas. Além disso, será analisada a capacidade proativa
e do trabalho em equipe dos mesmos.
Tema da aula 06: explorando os sólidos geométricos com as crianças.
Objetivos:
 Compreender os principais tipos de sólidos geométricos;
 Conhecer as aplicações de alguns sólidos geométricos no cotiano das pessoas.
Conteúdo:
 Os sólidos geométricos e suas aplicações.
Público-Alvo: alunos de 05 anos - Pré II.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: caixas de papelão e objetos de tamanhos e formas diferentes
(retangulares, cilíndricos, esféricos e etc).
Desenvolvimento:
1ª Etapa:
43
Realizar um levantamento sobre os sólidos geométricos, apresentando
as caixas e os objetos que o professor levou para a classe. Fazer
questionamentos como: quantos lados tem cada sólido? Algum deles possui
lados iguais?
2ª Etapa:
Dividir a classe em grupos de quatro alunos, entregando a cada um uma
caixa e alguns objetos e em seguida lançando o seguinte desafio: construir a torre
mais alta possível com o material disponível. Explicar que para a torre não cair
eles devem debater entre si e levar em conta a forma com que os objetos têm.
Durante a tarefa, serão propostas algumas questões: como posicionar um cilindro
para fazer que a pilha continue a subir? Uma embalagem de CD fica mais alta de
pé ou deitada? Qual o melhor jeito para manter o equilíbrio entre as peças?
Durante os questionamentos deve-se sempre verificar o critério utilizado pelas
crianças para classificar as figuras e usá-las na construção.
3ª Etapa:
Para refletir sobre a etapa anterior, serão propostas que a turma examine as
duas construções. Na torre campeã, que tipos de caixas foram usados? Por que ela
ficou mais alta? Como conseguiu sustentar o equilíbrio? Quais os tipos de caixas
que foram usadas na base?
4ª Etapa:
Reunir novamente os objetos e as caixas e organizar um novo jogo: feito
isso, um dos grupos terá de pegar, no menor tempo possível, o sólido descrito
pelo outro grupo. A dificuldade consiste em não poder apontar o objeto. Se a
criança sentir dificuldade, o professor irá intervir, perguntando, por exemplo,
quantos lados tem o objeto? São iguais ou diferentes?
5ª Etapa:
Registrar num cartaz as perguntas mais importantes que a turma formulou
para diferenciar um sólido do outro. Com base nessas diferenças, o professor
apresentará os nomes de alguns sólidos geométricos bastantes comuns no
cotidiano das pessoas (cubo, paralelepípedo, cilindro, esfera, pirâmide e prisma).
Avaliação:
Avaliar a evolução de cada criança em termos da caracterização dos
diferentes tipos de sólidos geométricos e do vocabulário específico (verificar,
por exemplo, se indicativos genéricos do tipo "aquele ali" e "a figura pontuda"
44 foram substituídos por outros mais próximos da linguagem geométrica).
Tema da aula 07: grandezas e medidas básicas matemáticas: aprendendo a escrita
numérica.
Objetivos:
 Registrar e reconhecer os números;
 Aprender a escrita numérica;
 Noções de diferentes grandezas e medidas matemáticas utilizadas com frequência no
cotidiano das crianças.
Conteúdo:
 Os tipos mais básicos de grandezas e medidas do sistema numérico.
Público-Alvo: alunos de 05 anos - Pré II.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: uma tabela numérica, o jogo de percurso com dois dados e os objetos
para colecionar ou materiais escolares.
Desenvolvimento:

1ª Etapa:
Entregar uma folha em branco para cada criança anotar os números que
o professor ditar da forma como elas acham que são escritos. Se uma olhar a
do colega, apenas anote que o mesmo copiou. Se achar que duas produções
ficaram muito parecidas, o professor chamará os autores e perguntará se eles
fizeram em conjunto. O professor escolherá os números com diferentes
características e peculiaridades, a saber:
Opacos: aqueles que não explicitam, em sua forma oral, o princípio aditivo
e multiplicativo do sistema de numeração, por exemplo, do 1 ao 15.
Redondos: 10, 20, 50, 90, 100, 1000...
Os que explicitam as relações aditivas e multiplicativas: 86 (80 mais 06),
134 (100 mais 30 mais 04) 100.000 (100 vezes 1000).
Familiares: os de uso social frequente, que aparecem nas notas de dinheiro
(100, 50, 20, 10, 5, 2 e 1), moedas (25) e datas (2006-2007).
Com algarismos iguais, por exemplo, o númeral 555. O que pode levar
os pequenos a fazer algum tipo de variação na escrita dos algarismos em
função de seu valor posicional (500505).
Os que são formados pelos mesmos algarismos de outro já ditado,
45 porém invertidos: 52 e 25.
2ª Etapa:
Fixar uma tabela numérica na parede. A sequência poderá ser
organizada de 10 em 10 (do 1 ao 10 na primeira linha, do 11 ao 20 na segunda
e etc.) para facilitar a identificação das regularidades. Ela deve ser consultada
quando for preciso lembrar à escrita ou recordar a série. Para estimular o uso,
sugirir que os pequenos escolham um número e recitem todos os outros até
chegar nele, quando param de contar e tentam escrevê-lo. Outra opção será
solicitar que as crianças realizem uma consulta quando não souberem nomear
um algarismo. Também nesse caso elas contam sobre a tabela até encontrar a
escrita desejada e descobrir o nome.
3ª Etapa:
Trabalhar com um jogo de percurso, em que a garotada percorrerá uma
trilha com base no número que tirou em um dado. Utilizar dois dados para que
a turma passe da contagem quando o pino anda a quantidade de casas
correspondente ao que saiu em um dado para a sobrecontagem: ao tirar 5 e 3, em
vez de contar os pontos, um a um, o jogador aprende que é mais rápido partir do
dado que traz o maior número e adicionar os pontos do outro, completando 6, 7 e
8.
Avaliação:
Observar os avanços das crianças, o trabalho em equipe e o
reconhecimento dos tipos mais básicos de grandezas e medidas matemáticas do
cotidiano.
Tema da aula 08: circuito.
Objetivos:
 Progredir no domínio das relações espaciais a partir da interpretação e produção
de representações gráficas de caminhos e trajetos;
 Antecipar ações concretas por meio da representação de espaços utilizando linguagens
gráfica e verbal;
 Seguir e elaborar instruções para que outro possa percorrer os trajetos estabelecidos,
progredindo na utilização de um vocabulário adequado.
Conteúdos:
 Localização;
 Comunicação e reprodução de trajetos considerando elementos do entorno como
46
pontos de referência;
 Representação gráfica de percursos e trajetos.
Público-Alvo: alunos de 05 anos - Pré II.
Tempo estimado: 45 min.
Materiais necessários: materiais diversos para montar os circuitos no pátio da escola como,
por exemplo, cones, colchonete, pneus, bancos, mesa, corda, tábuas, caixas e etc.
Desenvolvimento:
1ª Etapa:
As representações espaciais (esquemas, desenhos e mapas) substituem a ação direta
sobre o ambiente e a percepção imediata, comunicando informações espaciais. Do ponto de
vista didático, o desenho e os problemas próprios da representação plana são um meio ideal
para provocar, intencionalmente, o início da conceituação de alguns aspectos do ambiente
físico. Eles também são uma possibilidade de iniciar os alunos nos primeiros conhecimentos
geométricos.
Percorrer circuitos: 
Será organizado no pátio da escola percursos ou labirintos, confeccionados com
diferentes materiais: cordas, bancos, caixas, caixotes, pneus, bambolês, mesas, tábuas e etc.
Em seguida as crianças serão convidadas para percorrerem esse circuito, explorando o espaço
de diferentes maneiras: subindo, descendo, agachando-se, arrastando-se, pulando, passando
por cima, por baixo, rodeando, equilibrando-se, pulando, passando por pontes e corredores,
entrando e saindo de caixas e túneis de diferentes tamanhos e etc.
2ª Etapa:
Montar um circuito a partir de ilustrações fornecidas: 
Conforme as crianças se familiarizam com esse tipo de atividade, o professor proporá
as mesmas a ajudarem a confeccionar os circuitos, imaginando possíveis trajetos e diferentes
maneiras para percorrê-los, sendo essa uma das formas de antecipar as ações que serão
realizadas.
Num segundo momento as crianças serão organizadas em grupos de quatro, sendo
entregue para cada grupo uma representação de um circuito que deverão montar. Os desenhos
também são meios para a representação de ideias espaciais. Será proposto que as crianças
identifiquem e providenciem os materiais necessários para montar o circuito.
Por fim, os alunos serão deslocados ao pátio da escola para que montem o circuito e o
percorram, verificando assim se suas antecipações foram corretas. É interessante propor esse
tipo de situação algumas vezes.
47 Avaliação:
Trabalho em equipe, proatividade e capacitação de solução de problemas.
Tema da aula 09: jogo de cartas do tipo supertrunfo.
Objetivo:
 Ler, comparar, e ordenar números de até 03 algarismos.
Tempo estimado: 02 aulas de 45 min.
Material necessário: jogo Supertrunfo de vários temas, diferentes portadores numéricos,
como fita métrica. Canetas coloridas, cartolinas e folhas de sulfite.
Desenvolvimento:
1ª Etapa:
Perguntar às crianças se já conhecem o jogo Supertrunfo. Em caso afirmativo,
sistematizar o que foi falado e socialize as informações. Se não, apresentar e organizar alguns
dias de jogo.
2ª Etapa:
Propor situações-problemas para que as crianças reflitam e elaborem critérios de
comparação entre dois números apresentados nas cartas do jogo (como força 314 e força 324.
Quem ganhou?). Dessa forma, todas terão repertório para construir critérios comuns a fim de
comprar números altos.
3ª Etapa:
Propor ao grupo criar um jogo do tipo Supertrunfo. Primeiramente, decidir o tema
(como animais) e as grandezas (altura e número de filhotes). Questionar os pequenos a
respeito do intervalo numérico em que se encontram as informações é interessante para o
jogo? Depois, organizar a pesquisa das informações.
4ª Etapa:
Distribuir papel e caneta para elaborar a primeira versão das cartas. Lembrar à
criançada que recorra aos portadores numéricos em caso de dúvida. Durante o preparo, não
interferir. Os conflitos e os problemas que surgirem devem ser analisados coletivamente
depois.
5ª Etapa:
Com o jogo pronto, é hora de problematizar a produção. Convidar os alunos a jogar.
Será solicitado que a turma averigue se o jogo apresenta problemas e quais as soluções
possíveis. Sistematizar as falas e propor a construção de um novo jogo ou a reformulação do
que foi feito.
48 6ª Etapa:
Solicitar que a turma confeccione a versão final das cartas, criando ilustrações para
cada uma delas. Produto final Jogo tipo Supertrunfo.
Avaliação:
Observar, ao longo da proposta, se as crianças avançaram nas questões relacionadas à
leitura e à comparação numérica, utilizando a tabela numérica e portadores numéricos como
fonte de pesquisa. É importante que empreguem alguns critérios para determinar qual número
é maior quando fazem a comparação das cartas.
Créditos: Andrea Miguel, Elaine Lavada, Juliana Codognato e Nanci das Neves
Formação: Professoras da Escola Projeto Vida, em São Paulo.
Tema da aula 10: oficina de pães.
Objetivos:
 Interação com os colegas;
 Incentivar o trabalho em equipe;
 Ter um contato inicial com noções de peso, quantidade e volume;
 Compreender que materiais (neste caso, os alimentos) podem ser divididos em partes
menores;
 Adquirir hábitos saudáveis de alimentação.
Público-Alvo: alunos de 05 anos - Pré I.
Tempo estimado: 04 aulas de 45 min.
Materiais necessários: receita de pão, utensílios de cozinha, ingredientes para a receita e
forno-fogão.
Desenvolvimento:
1ª Etapa:
Confeccionar um cartaz informando o dia e horário ou escrever nas agendas, caso não
encontre os responsáveis pessoalmente. Solicitar que as crianças tragam de casa diferentes
receitas de pães. Selecionar as mais adequadas para preparar na cozinha da escola.
2ª Etapa:
Preparar com antecedência o espaço para cozinhar e separar os ingredientes e
utensílios. Levantar os conhecimentos prévios dos pequenos, perguntando quem já viu alguém
fazendo pão e pedir que contem como foi. Questionar também que ingredientes eles acham
que são usados para produzir esse alimento tão comum.
3ª Etapa:
Ler a receita em voz alta e separar, junto da turma, as medidas necessárias indicadas
49 no texto. Enquanto lê, serão realizados os seguintes questionamentos como, por exemplo:
quantos ovos serão necessários usarmos? Quanto de leite? E de farinha? Vamos usar que
quantidade? A maneira como medimos a farinha, o leite e os ovos é a mesma? Vocês notam
que há diferenças entre as medidas? E se fizermos duas receitas, vamos precisar de quantos
ovos? Se os pães são pequenos, quantos podemos fazer com esta massa? E se for grande,
quantos serão? Se não utilizarmos muita açúcar este pão ficará com que sabor? E se o recheio
for de frutas? As crianças devem participar de todo o processo. Desde a separação dos
ingredientes, o manuseio até a degustação. Vale destacar que o forno será manipulado por um
adulto.
4ª Etapa:
Será proposto que as crianças montem receitas de pães próprias levando em
consideração a quantidade de açúcar e sal na massa, alertando que sal ou açúcar em excesso
são prejudiciais à saúde. Destacando também que é importante incluir ingredientes, tanto no
recheio quanto na massa, mais saudáveis como, por exemplo, verduras e legumes, com a
adição de vegetais, além de mais saudável o pão fica mais colorido!
Após a confecção de algumas receitas, propor que as crianças criem uma própria. Eles
podem mudar a cor, adicionando, por exemplo, beterraba. No lugar do leite, usar suco de
laranja ou de cenoura.
5ª Etapa:
Criar com o grupo um registro das receitas criadas. No final, compartilhar com as
famílias e o resto da escola no formato de um livro de culinária da turma.
Avaliação:
Observar, ao longo das etapas, se os pequenos conseguiram dividir com todos os
conhecimentos que possuem sobre o tema trabalhado. Analisar também se eles refletiram
sobre as medidas e as escolhas dos ingredientes durante o preparo dos pães. E perceber se a
atividade ajudou os pequenos a trabalharem em grupo e a cooperarem entre si.
8.2 PLANOS DE AULAS - ENSINO FUNDAMENTAL I
Tema da aula 01: consumo e desperdício.
Habilidade da BNCC:
 (EF01CI01) comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de
uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem
ser usados de forma mais consciente.
Objetivo:
 Reconhecer a importância da redução de consumo e/ou do descarte correto dos
50 materiais.
Público-Alvo: alunos de 1o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 90 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Solicitar que os alunos da turma se organize em grupos de 3 ou 4 alunos. Em seguida
apresentar um vídeo sobre os impactos ambientais causados pelo consumo exagerado de
produtos.
2a Etapa:
Leitura compartilhada de um texto sobre os impactos do consumo exagerado de
produtos, levantando os seguintes questionamentos aos alunos: vocês já compraram algo de
que não precisavam? Compraram, por exemplo, brinquedos, roupas ou eletrônicos que quase
não usaram? Em caso afirmativo. Quais são os motivos que os levaram a ter esse tipo de
atitude? Já pensaram como todos esses produtos serão descartados? E afinal o que é o
consumo consciente?
Fechamento:
Questão disparadora com a apresentação prévia de um texto para reflexão: por que
alguém compra algo de que não precisa? Num segundo momento será solicitado que cada
grupo apresente, pelo menos, um argumento favorável e outro desfavorável à compra de
algum produto ou mercadoria sem necessidade ou exageradamente. Durante as apresentações
será destacado como os meios de comunicação estimulam as pessoas a sempre comprarem
mais e mais, explique como é importante refletir e utilizar o senso crítico antes de comprar.
Avaliação:
Realizada em diversas dimensões, levando-se em consideração a realização das
atividades propostas, o trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial
do tema.
Tema da aula 02: impactos ambientais causados pelo óleo de cozinha
Habilidades da BNCC:
 (EF02LP23) planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros de
observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado;
 (EF02LP25) identificar e reproduzir, em relatos de experimentos, entrevistas, verbetes
de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica
de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais;
 (EF01CI01) comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de
51
uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem
ser usados de forma mais consciente.
Objetivos:
 Vivenciar uma situação de aprendizagem;
 Investigar possibilidades de correlação da experiência com situações presentes no
cotidiano das crianças;
 Articular as experimentações que acontecem na escola com ações que acontecem em
casa;
 Refletir sobre os impactos ambientais causados pelas atividades humanas.
Público-Alvo: alunos de 1o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 135 min.
Materiais necessários:
 1 recipiente transparente cilíndrico;
 1 recipiente com água e outro com óleo previamente separados com estas substâncias;
 Corante alimentício (cores fortes como, por exemplo, verde, vermelho e azul);
 Antiácido em pastilha;
 2 ímãs;
 Clipes (2 são suficientes);
 Caderno de percurso;
 Roteiro de experimentação disponível nos materiais complementares.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Apresentar para a turma uma imagem por meio de slide questionando se o óleo e a
água se misturam. Fazendo os seguintes questionamentos: o que vocês obervam na imagem?
O que pode ter acontecido? Tem algum culpado por isso? Será que se alguns seres vivos
entrarem em contato com a água nesse estado conseguirão sobreviver? O que podemos fazer
em casa para diminuir esses e outros problemas que prejudicam os seres vivos.
2a Etapa:
Com todas as informações compartilhadas será realizado um diálogo com a
turma sobre a importância de percebermos o que fazemos para prejudiciar o meio
ambiente e tudo que podemos fazer para mudar isso e o quanto nossas escolhas
interferem na vida de outras pessoas e seres vivos. Tudo isso registrado no
caderno em formato de planilhas com as causas e as consequências das ações
antrópicas do homem sobre a natureza.
52 3a Etapa:
Formar a turma em grupos de 5 alunos, para a realização da atividade
prática de investigação e experiência no laboratório da escola sobre o que
acontece como o óleo quando misturado com a água. Todas as informações
observadas devem ser registradas e apresentadas pelos grupos no final para toda a
turma e também em casa para as famílias.
Fechamento:
Retomar as obsevações realizadas no experimento anterior, questionando
se a água e o óleo se misturam. Em seguida será explicado aos alunos que esses
dois materiais possuem diferentes composições e polaridades, ou seja, funcionam
como ímã, em que o lado positivo atrai o negativo da molécula de água que é
chamada de polar. Explicando ainda, que no caso o óleo não tem polaridade e por
isso não tem como se grudar a nada.
Propor as crianças que conversem com as suas famílias sobre a temática e
as experiências realizadas na escola mostrando que o óleo não se mistura a água,
e por isso quando jogado no ralo da pia, por exemplo, causam muitos problemas
para o meio ambiente e também para os seres vivos.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante as experiências será avaliada a capacidade de proatividade dos alunos, o
desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o meio
ambiente e os seres vivos.
Tema da aula 03: plantas brasileiras, preservar, por quê?
Habilidade da BNCC:
 (EF02CI04) descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase
da vida, local onde se desenvolvem e etc.) que fazem parte de seu cotidiano e
relacioná-los ao ambiente em que eles vivem.
Objetivo:
 Identificar espécies vegetais da região ameaçadas pelo desmatamento. Discutir as
causas e as consequências desta ação e reconhecer-se como agente transformador da
realidade.
Público-Alvo: alunos de 2o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
53
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Breve momento de apresentação geral do tema, seguida de apresentação e vídeo aos
alunos sobre o trecho da reportagem “Pesquisadores apontam espécies de árvores mais
desmatadas na Amazônia”, por meio do site G1, acessado pelo link:
http://g1.globo.com/ap/amapa/amapatv/. Em seguida realizar os seguintes questionamentos
aos alunos: vocês já presenciaram alguém cortando ou queimando árvores na sua região
(escola e moradia)? Como era esta vegetação (características) e, principalmente, qual seria o
motivo que levou a esta ação? O vídeo também expõe as consequências deste desmatamento e
será o ponto para concatenar a introdução às questões norteadoras da aula.
2a Etapa:
Assim como o vídeo aponta o grave desmatamento na região da Floresta Amazônica,
será problematizado com as crianças o que sentem ao saber que as pessoas matam plantas de
muitas espécies em nossa região e o que isso pode acarretar tanto para quem está perto quanto
para outras áreas do país. Feitas as perguntas deixar que os alunos reflitam e sistematize todos
os questionamentos após a atividade.
3a Etapa:
Apresentação aos alunos de charges envolvendo a temática. Em seguida será
questionado aos mesmos o que foi observado nas imagens. A primeira charge diz respeito à
ação de extrativismo, com cortes de árvores pelas madeireiras (em sua maioria). A segunda é
sobre a agricultura, que desmata para plantios de monoculturas e a terceira sobre a criação de
gado, que retira espécies vegetais de grande porte para formar pastagens. O intuito, neste
caso, é promover a discussão do impacto climático que a ausência das vegetações densas pode
causar, fazendo um paralelo com a região dos alunos. Outros questionamentos: onde moram,
há lugares com maior quantidade de árvores do que outros? Onde é mais fresco e gostoso de
estar? Por quê?
Logo sem seguida, será trabalhado a charge 4 que traz animais cujo habitat foi destruído por
corte ou queimadas. Será problematizado se isso ocorre na região onde vivem. Se há animais
de matas próximas alcançando as áreas urbanas em busca de abrigo e comida? Isso é ruim?
Por quê? Será que traz riscos, quais? Esses animais conseguirão sobreviver por muito tempo?
Ao passo que os alunos trouxerem as considerações serão feitos registros pontuais das
falas. Em seguida os alunos serão divididos em grupos propondo que pesquisem quais são as
espécies vegetais mais ameaçadas da região (cada grupo poderá citar uma espécie). Portanto,
54 um representante será o responsável por montar uma lista organizando a turma de modo a não
haver repetição entre as buscas.
Fechamento:
A aula será fechada com o professor solicitando aos grupos que citem quais são as
espécies desmatadas e os por quês, colocando assim, os nomes no quadro acima das anotações
feitas a respeito da interpretação das charges, simbolizando uma “proteção”, um “guarda-
chuva”, como se elas impedissem todas as ações ruins citadas anteriormente de acontecer.
Reforçando ainda, o papel de cada indivíduo para a proteção da região onde vive, tanto em
escala local como em âmbito global.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.

Tema da aula 04: as Plantas e o Ambiente.


Habilidades da BNCC:
 (EF02CI04) descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase
da vida, local onde se desenvolvem e etc.) que fazem parte de seu cotidiano e
relacioná-las ao ambiente em que eles vivem;
 (EF02CI05) investigar a importância da água e da luz para a manutenção da vida de
plantas em geral.
Objetivo:
 Identificar algumas estruturas das plantas relacionadas ao ambiente em que vivem.
Público-Alvo: alunos de 2o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 90 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
A aula será iniciada questionando aos alunos por que alguns seres vivos sobrevivem
muito bem em um local e não conseguem sobreviver em outros, deixando que pensem a
respeito e anotem as observações para discussão ao longo da aula, estimulando-os a pensar
sobre as diferentes estruturas que permitem que isso aconteça. Provavelmente se lembrarão
com facilidade dos animais, sendo introduzidas então as reflexões sobre as plantas para que
55 pensem a partir do mesmo questionamento.
2a Etapa:
Apresentação de imagens por meio de slides de plantas em vários ambientes diferentes
para que observem a diversidade e os locais onde estão inseridas. Perguntando ainda, se elas
são iguais e o que conseguem observar de diferente entre elas. Caso não obtenha variedade
nas respostas, estabelecer alguns comparativos como tamanho das folhas, lugares com muita
ou pouca luz, solos muito secos e úmidos e etc. Sendo importante que pensem sobre algumas
estruturas como folhas e raízes, por exemplo. Em seguida será feito a pergunta aos alunos
sobre o que as plantas têm? Incitando a reflexão dos alunos por meio de um poema a ser lido
por todos ao mesmo temo em sala de aula.
3a Etapa:
Como complemento do poema recitado, serão lançadas à turma as seguintes perguntas:
como as plantas conseguem água e luz em ambientes tão diferentes? Será que quando temos
muita ou pouca água elas são iguais? E como muita ou pouca luz? O professor explicará aos
alunos que eles analisarão algumas evidências de como as plantas conseguem sobreviver
numa diversidade tão grande de habitats, comentando ainda que existem milhões de espécies
de plantas no mundo, inseridas em diversos locais. A busca pela resposta da questão proposta
será feita com a análise de alguns exemplares. O Professor estimulará os seus alunos a
pensarem sobre as diferentes estratégias que as plantas utilizam para conseguir sobreviver em
ambientes com pouca disponibilidade de água e com abundância de água. O mesmo
raciocínio será trabalhado para ambientes com grande incidência de luz e pouca incidência de
luz.
4a Etapa:
Atividade prática: separar os alunos da turma em grupos de 4, disponibilizando para
cada um o roteiro (material complementar) para melhor orientá-los. Em seguida, será
separado para cada grupo as plantas preparadas previamente pelo professor que auxiliaráainda
os grupos para que sigam todas as etapas presentes no slide e no roteiro proposto. O primeiro
passo será observar atentamente às folhas, principalmente tamanho, raízes, caule, pétalas e
etc. O segundo passo será tocar as folhas para sentirem diferentes texturas, as gavinhas ou
demais partes. A próxima etapa será comparar solicitando que preencham a tabela
disponibilizada no material complementar marcando um X nas alternativas. A última etapa
será anotar o que observaram em cada planta e outras características julgadas relevantes.
Abaixo seguem alguns tipos de plantas que poderão ser utilizadas na atividade:
 Plantas com gavinhas: estruturas usadas para crescimento e apoio. Exemplos: chuchu
56 e flor do maracujá.
 Plantas suculentas: apresentam estruturas para reserva de água. Exemplo: cactos.
 Plantas com raízes abundantes: garantem maior absorção. Exemplo: tanchagem e
samambaia.
 Plantas epífitas: garantem nutrientes através da planta hospedeira. Exemplo:
orquídeas e bromélias.
 Plantas com folhas diminutas: adaptação para diminuir a superfície de perda de
água. Exemplo: bonsai e orquídeas.
 Plantas com tricomas nas folhas: estrutura que atua contra a herbivoria. Exemplo:
violeta e orelha-de-onça.
 Plantas com brácteas: favorece a atração do agente polinizador. Exemplo: flor do
maracujá ou leguminosas.
 Plantas com estípulas: aumentam a área fotossintetizante da planta. Exemplo: flor do
maracujá.
Num segundo momento serão feitos aos alunos vários questionamentos referente a
temática trabalhada na atividade práticas para consolidação do conteúdo.
Fechamento:
O professor irá complementar que o sucesso de sobrevivência das plantas em diversos
habitats se dá por meio de suas adaptações, que lhes permitem sobreviver e multiplicar,
existindo uma gama de características tanto visíveis externamente quanto internamente, que
garante a adaptação das plantas numa diversidade de locais, seja ele um deserto ou em regiões
de clima frio.
A aula será finalizada com exemplos de adaptações que certas plantas apresentam para
sobreviverem em ambientes adversos.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.
Tema da aula 05: Problemas ambientais com o plástico.
Habilidade da BNCC:
 (EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas
causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente,
57
considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/ descarte de
materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.
Objetivo:
 Identificar os problemas do plástico no dia-a-dia da população e propor estratégias
Público-Alvo: alunos de 3o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Roda de conversa com os alunos, fazendo ainda os seguintes questionamentos: vocês
sabiam que o dia 5 de junho é o dia mundial do meio ambiente? Este dia foi escolhido depois
de uma conferência onde vários países participaram. O objetivo principal dessa conferência
era de chamar atenção para os problemas ambientais que afetam a população e os recursos
naturais. Essa conferência aconteceu em 1972, já se passaram aproximadamente 47 anos.
Algumas leis foram criadas como tentativa de proteger o meio ambiente e impedir mais
problemas. O que vocês têm feito pelo meio ambiente? E o que farão? Conhecem alguma
atitude que tivemos que tomar para preservar o meio ambiente e evitar mais problemas?
2a Etapa:
Apresentar aos alunos um slide com vários materiais que utilizamos no dia a dia
como, por exemplo, papel, pano, nylon, vidro, cigarros, clicletes, madeira pintada, plástico,
metal e borracha, e peguntar aos mesmos quais ultilizaram ou mais utilizam? Reforçando em
seguida que o que está escrito embaixo de cada imagem é o tempo que cada um deles demora
a entrar em decomposição no meio ambiente. Num segundo momento serão formados grupos,
onde cada um deverá pensar em numa estratégia para que esses materiais não sejam
descartados aleatoriamente no meio ambiente e respondendo a seguinte questão: por que
devemos refletir bem antes de comprar um produto e descartá-lo?
Fechamento:
Problematizar com os alunos, que assim como fizeram na atividade em grupo proposta
aguns estados também criaram estratégias e fizeram com que elas se transformassem em leis.
Outros questionamentos: é uma boa ideia transformar estratégias em lei? Por quê? Em seguida
será solicitada aos alunos uma atividade, mesmos grupos anteriores, em que terão que
transformar às estratégias em um projeto de lei. Na atividade o professor fará o papel de um
prefeito fictício, onde irá avaliar se a lei tem um nome, um objetivo e o quão ela será efetiva
para todos.
58 Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.
Tema da aula 06: impacto ambiental - poluição da água.
Habilidade da BNCC:
 (EF03GE11) comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o
ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e
máquinas.
Objetivo:
 Identificar atividades que podem causar a poluição hídrica contribuindo para a
escassez do recurso natural.
Público-Alvo: alunos de 3o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Inicialmente os alunos da turma serão divididos em duplas, o professor apresentará em
slide imagens de garrafas pets abandonadas em rios e outras com seres vivos em meio a
ambientes aquáticos amplamente poluídos, solicitando em seguida aos alunos que digam o
que as mesmas querem dizer, questionando ainda se representam coisas boas ou ruins para o
meio ambiente e os seres vivos. O professor orientará ainda que tanto na produção rural
quanto na urbana (indústria) há um grande consumo de água, assim como nas nossas
atividades cotidianas. Conversará com os alunos sobre a importância do consumo responsável
e como podemos começar em nossa casa. Será perguntado quais as atividades humanas
podem levar a poluição e a escassez da água, destacando que poluição não é somente a sujeira
aparente, que ela pode estar aparentemente limpa e estar contaminada de muitas outras
formas.
2a Etapa:
Propor aos alunos, em duplas, a realização de uma atividade de montar um diagrama
de caça palavra a partir de um texto problematizador, separando oito palavras-chaves, de até
dez letras, anotando essas palavras destacadas no verso da folha com o diagrama em branco,
59 dispondo no diagrama a lápis na horizontal e na vertical. Num segundo momento deverão
preencher todos os quadradinhos restantes com letras aleatórias, “escondendo” as palavras,
embaralhando-as. O professor orientará sobre o fato das letras poderem se cruzar na vertical e
na horizontal. Feito isso, solicitar aos alunos que, com os diagramas prontos, troquem com
seus colegas e encontrem as palavras que destacaram. Ao final, retomar a pergunta
questionando quais as atividades humanas podem levar a poluição e a escassez da água.
Fechamento:
Ao final, retomar a pergunta questionando aos alunos quais as atividades humanas
podem levar a poluição e a escassez da água.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em duplas será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar a
água.
Tema da aula 07: saúde e Meio Ambiente.
Habilidade da BNCC:
 (EF04CI08) propor, a partir do conhecimento das formas de transmissão de alguns
microrganismos (vírus, bactérias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para
prevenção de doenças a eles associadas.
Objetivo:
 Relacionar a preservação do meio ambiente e a promoção da saúde, reconhecendo a
importância da ação consciente do ser humano na manutenção das relações que
garantem o equilíbrio dinâmico do planeta.
Público-Alvo: alunos de 4o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Inicialmente será lido para os alunos o título da aula com os seguintes
questionamentos: como podemos definir o que é saúde? E o que é o meio ambiente?
Quais os problemas ambientais vocês conhecem? Qual a relação entre saúde e meio
ambiente?
60 2a Etapa:
Apresentar aos alunos os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável, elaborado
pela ONU (Organização das Nações Unidas). Questionar aos alunos: alguém já ouviu falar
sobre o tema desenvolvimento sustentável? Como seria o mundo se todos esses objetivos
fossem colocados em prática em todos os lugares?
3a Etapa:
Destacar com os alunos dois dos dezessete objetivos do desenvolvimento
sustentável relacionados aos objtivos da aula, a saber: Objetivo 3 - “assegurar uma
vida saudável e promover o bem estar para todos, em todas as idades”. Objetivo 6:
“assegurar a disponibilidade e gestão sutentável da água e saneamento para
todos”. Em seguida será apresentando alguns dados científicos que reforçam as
discussões em torno da temática.
Após a apresentação dos dados será realizado os seguintes
questionamentos: vocês acham que esses dois objetivos se relacionam em algum
ponto? O que vocês consideram como vida saudável? Como vocês definiriam bem-estar?
Como a disponibilidade interfere no bem-estar de uma população? O que é saneamento de
água e por que ele é tão importante para a manutenção da saúde das pessoas? O significa
gestão sustentável da água? Por que devemos cuidar desse recurso?

4a Etapa:
Questão problematizodora: de que forma os problemas ambientais podem afetar a
saúde da população? Este é um momento rico para o levantamento de hipóteses pelos alunos,
com base em seus conhecimentos prévios. Enquanto os alunos levantam hipóteses, o
professor perguntará se algum colega concorda ou discorda do que foi dito, solicitando ainda
que complementem as opiniões uns dos outros, isso enriquecerá os argumentos.
Fechamento:
Retomar a questão problematizadora com os alunos, elaborando coletivamente a
resposta, que será registrada no caderno. Por fim, será solicitado aos alunos, como tarefa, que
façam uma pesquisa para saber se sua cidade ou bairro sofrem com algum dos problemas
ambientais citados no texto ou com outros não citados. A partir da identificação dos
problemas ambientais locais, será feita uma discussão e possíveis ações de solução para tais
situações.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas e a
61 participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso, a capacidade de
proatividade dos alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de
se preservar o meio ambiente.
Tema da aula 08: causas e consequências do aquecimento global.
Habilidade da BNCC:
 (EF04CI05) descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o
fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema.
Objetivo:
 Refletir sobre as causas e consequências do aquecimento global, identificando
possíveis atitudes que as minimizem.
Público-Alvo: alunos de 4o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Inicialmente será lido para os alunos o título da aula. Em seguida, será perguntado o
que eles já ouviram sobre o aquecimento global, permitindo que apresentem as informações
que trazem consigo, pois este é um momento de levantamento. A partir das hipóteses
levantadas, fazer os seguintes questionamentos: de onde surge a fumaça que permanece na
atmosfera e que favorece a intensificação do aquecimento global? Quais os perigos que os
seres vivos correm com o aquecimento global? É importante salientar que os questionamentos
não têm a intenção que os alunos cheguem às respostas exatas neste momento, mas que, por
meio da mediação do professor tragam seus conhecimentos prévios e sejam estimulados à
discussão e à reflexão sobre o tema.
2a Etapa:
Informar aos alunos que irão assistir a um rápido vídeo sobre a necessidade de explicar
o que é o aquecimento global para a sociedade. O vídeo indicado será o “Akatu: peça
publicitária referent ao aquecimento global”. Após o vídeo, será solicitado que os alunos
formem duplas, esclarecendo que cada uma irá procurar alguma pessoa que estiver na escola e
perguntar a ela: “o que é aquecimento global?”, assim como foi feito no vídeo. Após ouvirem
a resposta, os alunos devem retornar à sala de aula para que contem as respostas ouvidas.
Após isso, seráo realizados alguns questionamentos, como: será que toda a população sabe
como evitar o aquecimento global? A população precisa saber mais sobre como evitar o
aquecimento global? É possível contribuir para mudar a realidade?
3a Etapa:
62 Pergunta sobre o significado da palavra consequência. Verificar junto aos alunos se,
no caso do aquecimento global, as consequências são benéficas ou maléficas, permitindo que
eles digam suas próprias percepções possibilitando a troca de informações.
4a Etapa:
Apresentação de um vídeo a respeito do que causa o aquecimento global. O vídeo
indicado é “o que causa o aquecimento global”. Após isso, será solicitado aos alunos que
relembrem outras atitudes que foram apresentadas no vídeo. Na sequência será feito
um semicírculo com os alunos para que realizem uma roda de conversas e
discussões sobre o tema fazendo os seguintes questionamentos: Qual o nome do
fenômeno natural que aquece o planeta? O aquecimento global interfere a cadeia alimentar
dos seres vivos? Como?
Para finalizar será questionado ainda: o que nós podemos fazer para
ajudar a população a perceber que pode reduzir as causas do aquecimento global?
Vale salientar que a proposta desses questionamentos é promover a construção de
conhecimentos, sejam eles conceituais ou atitudinais.
Fechamento:
Questão problematizadora: se todas as pessoas podem ajudar a reduzir as
consequências do aquecimento global em nosso planeta, o que está faltando? Propor a criação
de cartazes, que podem ser expostos na escola e na comunidade escolar. Reler a questão
disparadora, permitindo que os alunos digam as ações/atitudes abordadas em aula. Logo em
seguida as equipes serão reagrupadas e o professor entregará os materiais para a confecção
dos cartazes.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.
Tema da aula 09: a cobertura vegetal e a qualidade do ar atmosférico.
Habilidade da BNCC:
 (EF05CI03) selecionar argumentos que justifiquem a importância da cobertura
vegetal para a manutenção do ciclo da água, a conservação dos solos, dos cursos de
água e da qualidade do ar atmosférico.
Objetivo:
 Perceber a influência da cobertura vegetal na qualidade do ar atmosférico.
63
Público-Alvo: alunos de 5o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 45 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
Iniciar com o título “o ar puro que respiramos” promovendo uma breve
discussão para verificar o que os alunos entendem por ar puro. Em seguida expor para a turma
um vídeo de uma reportagem intitulada: “poluição mata mais de 100 mil pessoas por ano no
Brasil, diz relatório”, disponivel em https://www.bbc.com/portuguese/geral41692503. Feito
isso será realizada uma breve discussão sobre os conceitos abordados no vídeo, questionando
os alunos sobre o que é poluição, como ela pode ser tão crucial à vida humana, o que causa a
poluição do ar e o que podemos fazer para reduzir a poluição do ar.
2a Etapa:
Trabalhar com a turma uma questão problematizadora: como a cobertura
vegetal pode influenciar na qualidade do ar atmosférico como a cobertura vegetal
pode influenciar na qualidade do ar atmosférico? Em seguida organizar a turma em
pequenos grupos, de 3 a 5 alunos, explicando o que é um mapa conceitual auxiliando na
elaboração dos mesmos. Num segundo momento a turma será orientada a realizar uma
pesquisa sobre as causas, efeitos e medidas que podem ser tomadas para reduzir a poluição do
ar.
Fechamento:
Organizar a turma para que cada grupo possa compartilhar seu mapa conceitual. O
professor irá retomar os pontos levantados sobre as medidas que podem ser tomadas para
reduzir a poluição, em especial às relacionadas à preservação da cobertura vegetal. Finalize a
aula com uma breve discussão sobre os conceitos levantados.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.
Tema da aula 10: cobertura vegetal e o equilíbrio do ambiente.
Habilidade da BNCC:
 (EF05CI03) Selecionar argumentos que justifiquem a importância da cobertura
vegetal para a manutenção do ciclo da água, a conservação dos solos, dos cursos de
64
água e da qualidade do ar atmosférico.
Objetivo:
 Descrever a importância da restinga para o equilíbrio do ambiente.
Público-Alvo: alunos de 5o ano do Fundamental I.
Tempo estimado: 315 min.
Desenvolvimento:
1a Etapa:
A aula será iniciada com uma breve discussão para verificar o que os estudantes
entendem sobre o tema. Será questionado sobre a relação entre a cobertura vegetal e o
equilíbrio do ambiente. Em seguida será feita a leitura com a turma de uma reportagem
fictícia intitulada “Projeto de espaço de lazer prevê retirada de cobertura vegetal na orla da
praia”. Logo após acontecerá uma breve discussão sobre a importância da participação da
comunidade nas tomadas de decisões que os afetam.
2a Etapa:
Organizar a turma em quatro grupos para fazer um Role Play ou
Conferência do Consenso sobre a importância da cobertura vegetal nas praias.
Os grupos serão distribuidos da seguinte forma e responsabilidades:
Grupo 1 - Especialistas: será responsável por pesquisar e apresentar
argumentos em defesa da preservação da cobertura vegetal nas praias.
Grupo 2 - Especialistas: será responsável por pesquisar e apresentar
argumentos em defesa da retirada da restinga para construção de uma área de
lazer para a comunidade.
Grupo 3 - Especialistas: será responsável por elaborar questionamentos
aos especialistas, ouvir argumentos e chegar a um consenso sobre a melhor
alternativa para a cidade.
Grupo 4 - Especialistas: será responsável por registrar todo o processo e
fazer divulgação ao final da conferência.
Ao final o professor discutirá com os alunos a importância dos trabalhos
realizados pelos grupos em total sintonia com a realidade atual.
3a Etapa:
Apresentação no auditório da escola pelo grupo 4 sobre a cobertura e as discussões
promovidas na conferência de consenso realizada em sala de aula. Após isso, será promovida
uma breve discussão sobre qual a decisão tomada pela comunidade? O que fez com a
comunidade tomasse essa decisão? Qual o papel da restinga para o meio ambiente?
65 Fechamento:
A aula será finalizada com o professor retomando os principais pontos relacionados ao
papel da restinga para o meio ambiente.
Avaliação:
Realizada levando-se em consideração a realização das atividades propostas, o
trabalho em equipe e participação oral durante a abordagem sequencial do tema. Além disso,
durante os trabalhos em equipe será avaliada também a capacidade de proatividade dos
alunos, o desenvolvimento da autonomia e a consciência da importância de se preservar o
meio ambiente e os seres vivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio Curricular Supervisionado é imprescindível para a consolidação da


formação acadêmica do futuro professor, visto que proporciona experiências que permitem o
contato na prática com o ambinte escolar, os alunos, os demais agentes da escola e os
problemas e a complexidade do sistema educacional em si.
Apesar dessa prática não ter ocorrido in lócus (na escola) por causa da Pandemia
ocasionada pelo CONVID 19, neste ano de 2020, momento em que a maioria das escolas
brasileiras está trabalhando com o ensino remotamente, foi possível compreender por
intermédios dos relatórios confeccionados e da vídeoaula gravada em casa a importância dos
conhecimentos prévios (teoria) que o estágiário deve levar consigo para exercer o estágio
supervionado nas escolas com bastante embasamento teórico e segurança para exercer a
função do docente com propriedade e qualidade.
Vale ressaltar ainda, que a construção dos relatórios descritivos presentes neste
trabalho foi realizada por meio de pesquisas em difentes fontes científicas como, por
exemplo, artigos, monografias e livros de autores renomados. Além disso, a prática em si
ficou por conta do desenvolvimento e execução do Projeto de Intervenção, onde ocorreu a
66 gravação de uma vídeoaula em casa com 02 (dois) alunos de 05 (cinco) anos de idade, da
Pré-escola II.
Por fim, reforça-se a importância do estágio na vida de um acadêmico para a sua
plena formação tanto científica quanto humana, tornando-o capaz de atuar ativa, crítica e
reponsavelmente no meio em que vive, contribuindo para uma educação brasileira de
qualidade, inclusiva, tolerante, ativa e compromissada com a formaçao profissional e
humana das pessoas, objetivando contruir uma nação mais forte e justa.
10. REFERÊNCIAS

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